Petróleo fecha em alta, de olho na demanda e em tensões geopolíticas
O petróleo fechou em alta nesta quarta-feira (8), após dado de estoques nos Estados Unidos renovar expectativa por demanda da commodity. Investidores ainda monitoram tensões geopolíticas no Oriente Médio. Contudo, analistas alertam que os preços podem voltar a cair. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para junho fechou em alta de 0,78% (US$ 0,61), a US$ 78,99 por barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para julho subiu 0,51% (US$ 0,42), a US$ 83,58 por barril. O petróleo começou o pregão com fortes perdas, ante temores sobre os estoques de petróleo bruto dos EUA, após pesquisa do American Petroleum Institute (API) mostrar aumento de 509 mil barris na semana passada, segundo a Reuters. No entanto, o relatório oficial do Departamento de Energia americano apontou queda de 1,362 milhão de barris no período, o que tende a sinalizar demanda pelo óleo e deu fôlego para os contratos, que inverteram sinal e firmaram ganhos. Tensões geopolíticas também continuam sendo monitoradas pelo mercado de energia. Hoje, explosões foram ouvidas na passagem de Rafah, na Faixa de Gaza, controlada por Israel. Autoridades israelenses afirmam que as negociações para um cessar-fogo continuam em andamento, mas que não veem progresso. Ainda, a Rússia atacou o setor energético e o complexo militar-industrial da Ucrânia, como retaliação a ofensivas ucranianas. Na visão do Navellier, os riscos geopolíticos passar para o segundo plano entre os catalisadores do petróleo. A Capital Economics avalia que a diminuição das preocupações sobre efeitos dos conflitos na oferta do petróleo e um aumento gradual na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) devem pressionar os preços da commodity ao longo do ano. Cálculos da Bloomberg, utilizando informações de fontes anônimas, mostram que a Rússia cortou sua produção menos do que o prometido em abril, excedendo em 319 mil barris o limite dos cortes voluntários combinados em março com a Opep+. (E-Investidor)