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Transição energética: Petrobras vai produzir menos petróleo nas próximas décadas

A Petrobras entende que deve atingir um pico da produção e que a partir daí a extração deve cair, disse o diretor executivo de exploração e produção da estatal, Joelson Mendes. O que não elimina, segundo o executivo, a necessidade de explorar novas reservas, dado o declínio na produção dos campos descobertos. eldquo;E eu não estou falando que a gente vai crescer a produção indefinidamente, não, muito pelo contrário. A gente endash; após esse pico de produção que vai acontecer daqui a seis, sete anos endash; entende que a nossa produção vai decair, mas a gente quer continuar sendo uma empresa relevante, produzindo 2 [milhões], 2,2 milhões de barris de óleo equivalente por dia endash; menos do que hojeerdquo;. Joelson Mendes concedeu uma entrevista ao estúdio epbr durante a durante a Offshore Technology Conference (OTC) 2024, em Houston (Texas). A Petrobras e governos estaduais interessados na abertura da Margem Equatorial para a exploração de petróleo defendem que sem novas reservas o Brasil corre o risco de se tornar um importador de petróleo, como publicou a epbr em abril. eldquo;Existe uma falsa crença que a Petrobras não precisa de novas fronteiras porque tem o pré-salerdquo;, disse. Segundo ele, dificilmente a companhia fará outras descobertas tão grandes quanto as de Libra, Búzios e Tupi, que ocorreram no pré-sal. Para o executivo, a companhia precisa partir em busca de novos projetos, mesmo menores, de modo a garantir relevância. eldquo;Daqui a dez anos a Petrobras vai estar produzindo menos e a gente vai se conformar com uma produção menor. Mas, mesmo com essa produção menor, a gente vai precisar recorrer a muita reservaerdquo;, disse. eldquo;Para que nós não sejamos, antes do final da próxima década, importadores de petróleo de novo, a gente precisa reforçar issoerdquo;, acrescentou. O diretor lembrou que o aumento da extração nos próximos anos também vai gerar uma necessidade de maior reposição de reservas, sobretudo em áreas de novas fronteiras, pois as Bacias de Campos e Santos já tiveram as suas grandes acumulações descobertas. eldquo;Estamos falando aqui de cinco bacias sedimentares na Margem Equatorial, onde entendemos que, com similaridades com o que está acontecendo na Guiana, no Suriname, e com as descobertas que a gente fez na [Bacia] Potiguar, tem um potencial bastante relevanteerdquo;, disse. A Margem Equatorial é a próxima fronteira exploratória que a Petrobras pretende explorar. A companhia concluiu dois poços na Bacia Potiguar este ano. A intenção agora é realizar uma perfuração na Bacia da Foz do Amazonas, considerada a mais promissora da região, com potencial estimado em 6 bilhões de barris. O pedido de licenciamento ambiental para a perfuração foi negado no ano passado e gerou um pedido de reconsideração, que ainda está em análise. Retorno de sonda para o Amapá em outubro depende de licença em dois meses Mendes afirmou que a intenção da companhia é iniciar a perfuração na Bacia da Foz do Amazonas em outubro de 2024, mas disse que para isso vai ser necessário ter uma resposta do Ibama em até dois meses. eldquo;São equipamentos que a Petrobras não pode deixar paradoserdquo;, disse em referência a helicópteros e embarcações que estão mobilizados para essa atividade. A estatal chegou a deslocar uma sonda para a região para realizar uma avaliação pré-operacional, etapa necessária para o licenciamento, mas a atividade não foi autorizada pelo Ibama e o equipamento retornou para a Bacia de Campos. A estatal também adquiriu blocos no ano passado na Bacia de Pelotas, durante a oferta permanente da Agência Nacional do Petróleo (ANP). O diretor disse que a Petrobras vai realizar as campanhas sísmicas que são parte do compromisso exploratório dos blocos na região para decidir sobre eventuais perfurações em Pelotas. Em relação às atividades terrestres, Mendes disse que a Petrobras está focada em campanhas de intervenções de poços. Em abril, a companhia voltou a contratar sondas de perfuração terrestres. Nos últimos anos, a estatal conduziu um processo de venda de ativos terrestres, diretriz que foi revertida no terceiro governo Lula. Entretanto, o executivo disse que novas campanhas exploratórias em terra vão depender da aquisição de novas áreas. Mendes também elogiou a decisão da ANP de retirar da oferta permanente as áreas exploratórias de maior risco. eldquo;Acho positiva a atitude da agência, de fazer um certo enxugamento, uma certa limpeza, para que os empreendedores possam, sim, participar do leilão com a segurança de que vão poder dar continuidade aqui no projetoerdquo;, afirmou.

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TCU decide investigar Petrobras por decisão sobre dividendos

O TCU (Tribunal de Contas da União) vai investigar a Petrobras por causa da decisão de reter parte dos dividendos extraordinários referentes ao lucro de 2023. O ministro da Corte de Contas Jhonatan de Jesus aceitou na 4ª feira (8.mai.2024) a solicitação de fiscalização feita pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI) e determinou a realização de diligências. A Corte vai colher mais informações junto à estatal, à Secretaria Executiva do Ministério de Minas e Energia e à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), para colher elementos para a apuração dos fatos. Eis a íntegra do despacho (PDF endash; 122 kB). ENTENDA O CASO Em 7 de março, o Conselho de Administração da Petrobras aprovou a retenção de toda a quantia que poderia ser distribuída em forma de dividendo extraordinário. A proposta era manter os R$ 43,9 bilhões em uma conta, chamada de reserva estatutária. Os conselheiros governistas votaram pela retenção. A ideia, no entanto, ainda precisaria passar pela assembleia geral de acionistas, em 25 de abril, mas foi revista nesse meio tempo pelo próprio governo. A ideia de reter todo o valor levou a uma crise que quase culminou na demissão de Jean Paul Prates da presidência da petroleira. A reação negativa do mercado e a pressão do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para o pagamento endash;que também beneficia o caixa do governoendash; provocaram um recuo. Na assembleia em abril, foi aprovada a distribuição de quase R$ 22 bilhões em dividendos extraordinários. O montante equivale à metade do total que poderia ser pago. A outra metade, porém, segue retida em uma conta para distribuição futura. Conforme o estatuto da Petrobras, o dinheiro que vai para a reserva estatutária só pode ser usado para o pagamento de dividendos e não afeta o caixa da companhia. Haddad espera conseguir a liberação da outra metade dos dividendos ainda em 2024.

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3R Petroleum reduz preços da gasolina e diesel no RN

A empresa 3R Petroleum anunciou uma redução significativa nos preços da gasolina e do óleo diesel na Refinaria Clara Camarão, situada em Guamaré, no interior do Rio Grande do Norte. Segundo dados divulgados pela empresa, o preço da Gasolina A foi reduzido em R$ 0,20, passando de R$ 3,48 para R$ 3,27 a partir desta quinta-feira (9.mai.2024), conforme consta na tabela de preços da empresa. Além disso, o Óleo Diesel A S500 também registrou uma queda de preço tanto na modalidade de venda EXA, em que a entrega do combustível ocorre através de duto (canal) a serviço da compradora, quanto na LCT, que acontece na entrega por duto ou trecho de duto a serviço da Petrobras. Na primeira modalidade, o preço caiu de R$ 3,45 para R$ 3,42, representando uma queda de R$ 0,28. Já na segunda, a variação foi de R$ 3,46 para R$ 3,43, uma queda similar de cerca de R$ 0,28. A redução nos preços dos combustíveis na Refinaria Clara Camarão pode impactar positivamente os consumidores da região, refletindo-se também em possíveis ajustes nos preços nas bombas dos postos de gasolina. A medida acompanha tendências do mercado petrolífero e busca manter a competitividade da empresa no setor.

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Apesar da demora, abastecimento nos postos de combustíveis começa a normalizar em Porto Alegre

abastecimento de combustíveis nos postos de Porto Alegre começou a normalizar. Depois de dias intensos de procura no fim da semana passada, quando a chuva se intensificou, a reportagem circulou por sete estabelecimentos na manhã desta quinta-feira (9), e apenas um estava desabastecido. O grande empecilho enfrentado pelos revendedores no momento é na demora para receber o produto das distribuidoras. Na Avenida Bento Gonçalves, o Posto Garagem Barcelona recebeu 10 mil litros do produto na quarta-feira (8) e ainda tinha nesta manhã. Conforme a gerente Veronica Reyes, quase todos os dias o estabelecimento recebe nova carga. emdash; Alguns dias chegava 5 mil litros, depois faltava, mas logo chegava mais. O grande problema no momento é com a demora para chegar. Uma carga que demorava uma hora e meia está levando quatro horas emdash; explicou Veronica. O posto mais movimentado em que a reportagem visitou foi o Garagem SS, na Rua Santana. O auxiliar administrativo Rafael Marinho informou que estão recebendo o produto diariamente. emdash; Está chegando com um pouquinho de atraso, mas está chegando. Praticamente todo final do dia está acabando o combustível, mas no outro dia já tem emdash; comentou Marinho, citando que tem cargas demorando até cinco horas para chegar na Capital, vindas de Canoas. Por outro lado, o posto São Chico, na Avenida Princesa Isabel, está sem gasolina desde sábado (4), operando atualmente apenas com GNV. emdash; Temos pedido para chegar hoje emdash; afirmou o gerente Rafael Augusto. emdash; O movimento diminuiu bem. Desde ontem (quarta-feira). Só passava aqui carro de aplicativo e táxi para abastecer emdash; completou. O Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Estado (Sulpreto) reconhece que há uma demora por parte das distribuidoras, mas observa uma normalização nos abastecimento nos últimos dias. emdash; Melhorou um pouco a entrega. Tem mais postos recebendo os produtos. Além disso, boa turma saiu de Porto Alegre emdash; enfatizou o presidente da entidade, João Carlos Dalersquo;Aqua. emdash; A questão da demora está ocorrendo, sim. Se conseguíssemos liberar mais uma entrada da Capital seria melhor. Mas a produção continua e o escoamento melhorou bastante emdash; finalizou. Os estabelecimentos também contam com procura intensa por água mineral e gelo nas lojas de conveniência.

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Petróleo fecha em alta, com China, EUA e tensões geopolíticas no radar

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quinta-feira (9), após dados de exportação e importação da China superarem as expectativas e sustentados também por uma acentuada queda nos estoques de petróleo bruto dos EUA na última semana. As tensões geopolíticas no Oriente Médio seguem observadas, com um prosseguimento das operações de Israel na Faixa de Gaza. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para junho fechou em alta de 0,34% (US$ 0,27), a US$ 79,26 por barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para julho subiu 0,36% (US$ 0,30), a US$ 83,88 por barril. Para o ANZ, a forte atividade industrial da China é evidente no aumento das importações de todas as matérias-primas em abril. eldquo;As importações de petróleo bruto aumentaram 5,5% em termos anuais, graças aos fortes ganhos no tráfego rodoviário e aéreo. O reabastecimento antes da época de condução do verão no norte e o aumento da quota de exportação de produtos petrolíferos deverão manter a demanda resiliente por parte das refinariaserdquo;, afirma o banco. O analista da Spartan Capital Peter Cardillo aponta que para as preocupações geopolíticas e, a notícia de que o governo do presidente Joe Biden está aumentando os preços do petróleo que os EUA estão dispostos a pagar para reabastecer as reservas estratégicas. Autoridades de Israel afirmaram hoje que pretendem seguir com a operação em Rafah, cidade no sul de Gaza, para atingir seus objetivos militares, apesar da pressão para que a ofensiva seja interrompida. Segundo a Reuters, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) deixará de publicar seu cálculo de demanda mundial do petróleo e irá se concentrar nas projeções da Opep+ (grupo que inclui os aliados), disseram duas fontes. A mudança reflete a cooperação de longa data entre os membros da Opep e o grupo mais amplo na tomada de decisões coletivas de oferta de petróleo. (E-Investidor)

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Parada nos leilões de petróleo para 'enxugar' áreas é positiva, diz Joelson Mendes

A decisão da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) de parar a oferta permanente de áreas exploratórias de óleo e gás para retirar os blocos com maior risco de problema é positiva para o mercado, avaliou o diretor de Eeamp;P da Petrobras, Joelson Mendes, em entrevista ao estúdio epbr nesta quarta-feira (8/5) na Offshore Technology Conference (OTC) 2024, em Houston (Texas). eldquo;Eu acho que, dado que estão ocorrendo algumas polêmicas em áreas licitadas, os empreendedores não podem ficar à mercê de participar de um leilão e depois não poder licenciar a área. Isso realmente deixaria os nossos contratos sob risco. Então, eu acho positivo a atitude da agência, de fazer um certo enxugamento, uma certa limpeza, para que os empreendedores possam, sim, participar do leilão com a segurança de que vão poder dar continuidade aqui no projetoerdquo;, disse. Segundo o diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, o a revisão dos blocos de exploração de petróleo disponíveis para leilões futuros deve ficar pronto apenas em 2025. Ou seja, não haverá leilão este ano. Para Mendes, o intervalo de alguns meses não terá impacto relevante para o mercado, pois a atividade é de longo prazo.

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