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Preço do diesel e do GLP ficam estáveis na semana; gasolina sobe 0,5%, aponta ANP

Os preços do diesel e do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) de 13 kg (gás de cozinha) ficaram estáveis na semana de 5 a 11 de maio, comparado à semana anterior, segundo o levantamento de Preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Já a gasolina apresentou leve alta, de 0,5%. O preço médio do litro da gasolina no País ficou em R$ 5,87 no período. O preço do diesel ficou em média em R$ 5,96, como na semana anterior, e o gás de cozinha teve oscilação de 0,06%, de R$ 101,77 para R$ 101,84 de uma semana para outra. (Estadão Conteúdo)

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'Petrobras discute nova etapa de recompra de ações'

A Petrobras estuda uma nova etapa do programa de recompra de ações, que começou no ano passado, disse ao Valor Sérgio Caetano Leite, diretor financeiro e de relações com investidores da companhia. eldquo;Todas as grandes empresas de petróleo, as congêneres, fazem e tratam a recompra como remuneração do acionistaerdquo;, afirmou Leite. O primeiro passo foi dado em 2023 e envolveu um projeto piloto, de cerca de 157 milhões de ações preferenciais, o qual está 86% concluído, disse Leite. eldquo;Estabelecemos agosto como prazo para finalizar [o programa], e os resultados são excepcionais porque, em média, esses programas de recompras param em 70%, 75%erdquo;, comparou. O executivo conversou com este jornal entre compromissos na Offshore Technology Conference (OTC), principal evento da indústria de petróleo, em Houston, no Texas. Leite afirmou que a empresa tem caixa suficiente para financiar os investimentos previstos, sem necessidade de recorrer ao mercado financeiro. A empresa emitiu recentemente US$ 250 milhões em títulos globais para trocar dívida cara por mais barata. Segundo o executivo, a companhia monitora o mercado em busca de operações semelhantes. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Enchente no RS coloca em xeque alta de 2% no PIB brasileiro

Os impactos negativos das enchentes no Rio Grande do Sul, Estado com o quarto maior Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, para a economia nacional podem variar, em estimativas preliminares, de 0,2 a 0,3 ponto percentual (p.p) e impedir que, apesar da atividade geral resiliente, o ano de 2024 feche com um PIB agregado muito acima de 2%. A XP Asset já revisou sua projeção para o PIB do Brasil neste ano de 2,4% para 2,1%. Se antes a expectativa era de crescimento de 0,7% no segundo trimestre, sobre o primeiro, agora a gestora espera queda de 0,2%. eldquo;E a impressão que eu tenho, hoje, é que o impacto pode ser ainda mais negativo do que nossas contas sugeremerdquo;, diz o economista-chefe, Fernando Genta. Isso porque sua estimativa leva em consideração mais o efeito direto das enchentes na economia gaúcha e menos seus eldquo;transbordamentoserdquo;, explica Genta. Por exemplo: tendo em vista que o ajuste anual do salário mínimo já foi dado, a alta nos preços de alimentos, por problemas com as safras no RS, pode levar a uma corrosão do poder de compra das famílias. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Vibra anima, Ultrapar frustra e ações reagem: os dois lados das distribuidoras no 1T

O setor de distribuição de combustível teve dois nomes de peso reportando seus resultados na noite de ontem. Enquanto Vibra (VBBR3) superou o consenso com bons números e multiplicação de lucro por 10 vezes, a Ultrapar (UGPA3) decepcionou o mercado com margens mais baixas que o esperado na Ipiranga. Os papéis das duas empresas refletiram os dados divulgados na quinta-feira. Os ativos da Ultrapar fecharam com queda de 6,34% a R$ 25,10. Já a Vibra conseguiu fechar com leves ganhos de 0,86%, a R$ 23,59, após chegar a cair em um dia de aversão ao risco no mercado. A XP considerou, no balanço da Ultrapar, como principais destaques negativos o lucro abaixo das expectativas (ainda que seja feita a ressalva de que as projeções eram elevadas) e o consumo de caixa como elevado. Além disso, a corretora destaca que a dívida líquida teve avanço em relação trimestre anterior, pela dinâmica de capital de giro, e o cenário não deve se alterar positivamente nos próximos trimestres. Para Vibra, a surpresa positiva veio do lucro líquido, em especial por ganhos não recorrentes com créditos fiscais e ganhos de capital. Ainda que a dívida líquida tenha aumentado por investimentos em capital de giro em estoque, ao contrário da Ultrapar, a XP considera que isso será revertido nos próximos trimestres. A corretora ressalta que há alguns pontos a serem observados nos próximos balanços, como o baixo gasto de capital (capex, em inglês), a diminuição de número de postos de serviço e os volumes de venda. Para o Itaú BBA, a Ultrapar apresentou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) abaixo da estimativa em 4%. A eldquo;vilãerdquo; do balanço foi Ipiranga, que apresentou a margem Ebitda muito abaixo tanto das expectativas o banco quanto do consenso. A Ultragaz, nesse cenário, se apresentou como destaque positivo, com margem Ebitda 6% acima da estimativa, com expansão na comparação trimestral. O banco antecipou que a reação do mercado seria negativo, ainda que considere os números como neutros e classifique o nome como eldquo;market performerdquo; (performance de mercado, similar à neutro). As margens melhores que o esperado surpreenderam positivamente o BBA, que considerou também que os números poderiam impulsionar as ações. Além disso, a contribuição da Comerc, da qual a Vibra tem participação, foi considerada, uma vez que a companhia reportou um Ebitda de R$ 113 milhões. Santander rebaixa UGPA3 Os resultados apresentados pela Ultrapar foram responsáveis pelo rebaixamento da companhia pelo Santander, de compra para neutro, com preço alvo estabelecido em R$ 30 (dos R$ 34 anteriores) para o final de 2024. A análise destacou que os números decepcionaram e desapontariam também investidores, além de apontarem para tendência de piores números para Ipiranga no futuro. A UGPA3 apresentaria, ainda, avaliação muito elevada e ausência de catalisadores que pudessem trazer altas para o papel. Já sobre o balanço da Vibra, o Santander considera que a companhia aproveitou melhor os chamados eldquo;ventos favoráveis para o setor de distribuição de combustíveiserdquo;. A expectativa é que ainda é que os próximos trimestres de 2024 sejam tão positivos quando o primeiro, que o banco considerou que refletiu as condições de mercado favoráveis. Mesmo com o fluxo de caixa livre (FCF, na sigla em inglês) negativo em cerca de R$ 200 milhões por inventários mais elevados, a visão do Santander é positiva e o banco aguarda a normalização no próximo balanço a ser divulgado. O EBITDA se apresentou mais forte que o esperado e o resultado, em linhas gerais, foi considerado sólido. O banco reafirmou a classificação de outperform (desempenho superior, similar à compra).

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Demanda por biodiesel exigirá R$ 52,5 bi em aportes da indústria de soja no Brasil

A elevação da mistura de biodiesel no diesel para 25% até 2035 vai exigir um volume de óleo de soja 296% maior que os 4,8 milhões de toneladas que o país usou em 2023, quando a mistura estava em 12%. Para que seja possível alcançar esse nível de produção, serão necessários investimentos de R$ 52,5 bilhões em novas usinas e esmagadoras de soja, segundo cálculos que a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) antecipou à reportagem. Para atender a demanda, as indústrias terão de, além de aumentar a produção, direcionar para o biodiesel parte do volume de óleo de soja que hoje é exportado. Isso terá de ocorrer sem comprometer a oferta de óleo para o setor de alimentos, diz a Abiove. O diretor de economia e assuntos regulatórios da entidade, Daniel Amaral, calcula que a demanda anual por biodiesel chegará a 21,2 bilhões de litros em 2035. Esse número leva em conta o consumo esperado de diesel, de 86,2 bilhões de litros ao ano, e o uso do óleo de soja para produzir 70% do biocombustível no país, o mesmo percentual atual. Os outros 30% são feitos a partir de sebo bovino e outras matérias-primas. Nesse cenário, a produção de biodiesel consumirá 19 milhões de toneladas de óleo de soja por ano. Para atingir esse volume, será necessário instalar 47 esmagadoras de soja e 33 usinas de biodiesel. O país conta hoje com 129 unidades de esmagamento e 59 fábricas de refino e envase de óleo de soja. eldquo;O investimento total no setor vai ser muito maior, considerando renovação de frota e plantio, entre outras açõeserdquo;, afirma Amaral. O economista descarta a hipótese de o aumento da demanda pressionar o mercado. eldquo;A demanda para a indústria de alimentos está bastante estável. Além disso, a safra atual já é muito maior que o consumo projetado para 2035erdquo;, acrescenta. Por enquanto, a demanda adicional de óleo para biodiesel tem sido compensada com a redução nas exportações. Em 2023, o Brasil exportou 2,6 milhões de toneladas. Neste ano, o volume deve cair para 1,15 milhão de toneladas, segundo a Abiove. O consumo de óleo de soja no país em 2024 deverá ser de 9,7 milhões de toneladas, ou 1 milhão a mais do que em 2023. Do total, a indústria alimentícia consumirá 3,7 milhões de toneladas. O restante será para produzir biodiesel. Alguns dos investimentos em fábricas foram revelados nos últimos meses. Em novembro de 2023, executivos de tradings como Cargill, Bunge, ADM, Cofco, Amaggi e Louis Dreyfus Company (LDC) anunciaram em Brasília que investirão US$ 10 bilhões nos próximos anos no país. Os recursos serão destinados sobretudo à área de esmagamento e produção de biocombustíveis. A ADM investe na expansão de três unidades de processamento de grãos, em Campo Grande, Porto Franco (MA) e Uberlândia (MG), para ampliar a capacidade em 40 mil toneladas por ano. eldquo;O projeto foi concebido para atender à crescente demanda no mercado interno e à exportação de derivados do esmagamento de grãoserdquo;, afirma Jayson Lee, diretor de esmagamento de grãos da ADM América Latina. As obras devem terminar entre 2025 e 2026. Recentemente, a ADM concluiu a compra de participação majoritária na fabricante de glicerina refinada Buckminster Química, de Macatuba (SP). Lee estima que a demanda por soja para óleo crescerá 28% neste ano. eldquo;O volume de óleo deve aumentar com a adoção da mistura de 14% de biodiesel no diesel, implementada em marçoerdquo;, diz. Ele acredita que o preço do óleo ficará estável neste ano, apesar do crescimento da demanda. A brasileira Caramuru Alimentos está investindo R$ 210 milhões para dobrar a capacidade de processamento de soja em Ipameri (GO), até o primeiro semestre de 2025, para 900 mil toneladas por ano. Com isso, a companhia vai gerar 180 mil toneladas de óleo por ano. eldquo;A duplicação vai suprir nossa necessidade de óleo para biodiesel daquela unidadeerdquo;, afirma o diretor de soja da Caramuru, Cleusdimar Rodrigues da Costa. Hoje, a empresa compra de terceiros 20% do óleo que utiliza na produção do biodiesel. A companhia também está investindo R$ 80 milhões em uma planta de glicerina em Sorriso (MT). Em outubro de 2023, a Caramuru inaugurou uma unidade de processamento de proteína de soja concentrada em Itumbiara (GO), que recebeu investimento de R$ 250 milhões e tem capacidade para 90 mil toneladas por ano. eldquo;As exportações de óleo de soja oferecem margem baixaerdquo;, diz Costa. eldquo;Assim, tudo que puder agregar valor à produção local é vantagem.erdquo; Como parte da estratégia para ampliar sua atuação em biodiesel, a Cargill adquiriu em 2023 ativos da Granol emdash; três fábricas de esmagamento de soja e produção de biodiesel, em Anápolis (GO), Porto Nacional (TO) e Cachoeira do Sul (RS), além de quatro armazéns. Com esses ativos, a gigante passou a ter quatro usinas, com capacidade de 1,53 milhão de metros cúbicos de produção de biodiesel. Com isso, se tornou uma das maiores em biodiesel no país. Em recente entrevista à reportagem, o presidente da Cargill, Paulo Sousa, disse que parte dos investimentos da empresa previstos para este ano será destinada ao aumento de capacidade e à melhoria de eficiência das fábricas compradas da Granol. eldquo;Infelizmente, não há outra Granol na prateleiraerdquo;, afirmou, numa indicação de que a Cargill segue atenta a eventuais oportunidades para ampliar o esmagamento de soja no Brasil. Procuradas pela reportagem, Amaggi, Bunge, Cofco e LDC não quiseram detalhar seus planos.

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Fusão com 3R fortalece planos da Enauta para gás e energia, diz Oddone

O CEO da Enauta, Décio Oddone, acredita que uma eventual fusão com a 3R Petroleum pode fortalecer os planos da companhia para o mercado de gás e energia, ainda que o foco principal da transação seja o ganho de escala na produção de petróleo. A Enauta vem se reposicionando no mercado de gás, por meio de aquisições. No fim de 2023, a petroleira anunciou a compra dos campos de Uruguá e Tambaú, operado pela Petrobras no pós-sal da Bacia de Santos. Junto com as concessões, a Enauta adquiriu a infraestrutura de escoamento de gás que conecta os campos até a concessão de Mexilhão. Até então, a presença da empresa no setor de gás se resumia à fatia de 45% que detém em Manati, campo no litoral baiano que está em declínio, mas que tem perspectivas de desenvolvimento de estocagem subterrânea de gás no futuro. Manati e Uruguá-Tambaú, segundo Oddone, já posicionam estrategicamente a Enauta no mercado de gás. Os planos da petroleira independem, portanto, da fusão com a 3R. eldquo;Mas a combinação amplificaria o potencial desse negócio [gás e energia] para a companhiaerdquo;, disse o CEO, na quarta-feira (8/5), durante teleconferência com analistas e investidores sobre os resultados financeiros do 1º trimestre. A Enauta espera concluir até junho a diligência sobre a possível fusão com a 3R. Se avançar, a transação criaria uma companhia com cerca de 90% de suas reservas focadas em petróleo, mas com presença estratégica também no mercado de gás. Fusão pode criar empresa verticalizada A 3R contribuiria, para a empresa combinada, com a Unidade de Processamento (UPGN) de Guamaré (RN) e a produção de gás nas bacias Potiguar e Recôncavo, em terra, e no campo de Peroá, no offshore do Espírito Santo. Para o diretor financeiro da Enauta, Pedro Medeiros, a fusão entre as petroleiras teria, como um eldquo;atributo distintoerdquo;, a montagem de uma carteira de gás essencialmente não associado ao petróleo e com presença na infraestrutura de gás (como processamento e escoamento). eldquo;Essa composição [gás não associado] permite avançar em certos aspectos da cadeia de gás e energia de maneira diferenciadaerdquo;, disse. eldquo;A 3R conta, hoje, com ativos industriais, terminais que tem posicionamento estratégico importante dentro do contexto brasileiro. Faz parte do mérito da transaçãoerdquo;, complementou. 3R está aberta a parcerias em Guamaré Em paralelo às negociações com a Enauta, para uma fusão, o presidente da 3R Petroleum, Matheus Dias, afirmou nesta quinta-feira (9/5) que a companhia está aberta a discutir com a PetroReconcavo uma eventual parceria na UPGN de Guamaré. Na semana passada, a PetroReconcavo anunciou um acordo com a Enerflex, para estudar a viabilidade técnico-econômica de uma UPGN própria no Rio Grande do Norte. eldquo;Isso [parceria] é algo que devemos endereçar nos próximos meses, independente de qualquer fusão, eventual Meamp;A que possa ser feito da 3R com terceiros. Entendemos que há uma sinergia completa com a PetroReconcavo. Aparentemente ambos os lados estão abertos a discutirerdquo;, comentou Dias, em teleconferência com analistas e investidores. A construção de uma UPGN própria no Rio Grande do Norte é encarada, dentro da PetroReconcavo, como uma alternativa à tentativa da petroleira de se associar à 3R endash; seja como sócia na UPGN, seja com uma possível fusão entre as duas. Até então, a 3R vinha sinalizando que estava confortável com a posição de prestadora de serviços de processamento. eldquo;A gente está bem satisfeito com o que tem no portfólio. A gente prestar serviços na UPGN funciona muito bem (ehellip;) Logicamente que, se for estudado um perímetro de transação que seja oportunístico e muito vantajoso para a companhia, certamente a gente vai estudar e seguir com uma análiseerdquo;, afirmou Dias, em novembro de 2023, sobre uma eventual sociedade em Guamaré.

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