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Petrobras prevê queda de 10% no preço do gás após aprovar novas modalidades de venda

A Petrobras aprovou nesta sexta-feira, 10, novas modalidades comerciais nas vendas de gás natural para distribuidoras estaduais e para os consumidores livres. Com este novo mecanismo, a depender dos contratos e volumes movimentados, as distribuidoras terão uma redução adicional de até 10% nos preços da molécula de gás, disse a companhia. O novo desconto amplia a queda já acumulada da ordem de 25% no preço médio da molécula desde o início de 2023, com potencial de atingir uma redução de até 35%, informou a companhia. Para as distribuidoras, a Petrobras ofertará mecanismo de redução de preço nos contratos de venda de gás natural atualmente vigentes, de acordo com seu desempenho. Já para os consumidores livres, a Petrobras oferecerá uma nova carteira de produtos de venda em condições mais customizadas e competitivas. eldquo;Desta forma, a Petrobras intensifica sua atuação no processo de abertura de mercado, contribuindo para expansão e fortalecimento de um mercado livre mais líquido, competitivo e diversificadoerdquo;, disse a Petrobras em nota. No dia 1º de maio, os preços do gás natural já haviam sido ajustados, com redução de, em média, 1,5% em reais por metro cúbico (R$/m³) da molécula vendida às distribuidoras, em relação ao início do trimestre fevereiro-março-abril de 2024. A queda de preços também refletiu a redução no preço do petróleo Brent e a apreciação do dólar, conforme indicadores de referência previstos nos contratos.

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Petróleo fecha em queda diante de preocupações com demanda global

O petróleo fechou em queda nesta sexta-feira (10), encerrando a semana com perdas, em meio a preocupações sobre a demanda global pela commodity apesar da continuidade de tensões geopolíticas. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para junho fechou em baixa de 1,26% (US$ 1,00), a US$ 78,26 por barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para julho caiu 1,30% (US$ 1,09), a US$ 82,79 por barril. Na semana, o WTI teve alta modesta de 0,19%, enquanto o Brent recuou 0,20%. Os preços do petróleo subiam nesta manhã, mas inverteram sinal após leitura preliminar da Universidade de Michigan apontar deterioração no sentimento do consumidor dos Estados Unidos e aumento nas expectativas de inflação. Economista do Jefferies, Thomas Simons observa que o pico dos preços do petróleo e da gasolina em abril pode ter contribuído para a piora nas expectativas de inflação dos consumidores americanos, mas projeta que as cotações devem continuar desacelerando nos próximos meses. Em relatório, o Commerzbank nota que os preços do petróleo foram particularmente pressionados nesta semana por preocupações com a demanda na China e nos Estados Unidos. O banco alemão destaca que as importações chinesas da commodity desapontaram, enquanto o potencial de exportações do país indica possibilidade de aumento na oferta do óleo. eldquo;Os preços do petróleo devem continuar sob pressão até a próxima reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+)erdquo;, projeta o Commerzbank. Ainda, o número de poços e plataformas de petróleo em operação nos EUA caiu para 496, segundo relatório da Baker Hughes. A contagem de plataformas eldquo;está ganhando maior atenção depois que a percepção de cortes na produção dos EUA colocou um alerta no mercadoerdquo; afirmou o Mizuho, em nota. Alguns especulam que a produção doméstica poderia cair sob pressão dos níveis de perfuração, acrescenta o banco. (E-Investidor)

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Vendas de gasolina e diesel no Rio Grande do Sul estão em 60% do normal

A Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) retoma gradativamente a saída de combustíveis, que chegou a ser interrompida pelas inundações que afetam diversos municípios do Rio Grande do Sul. Atualmente, o volume de diesel e gasolina vendidos nos postos atinge entre 50% e 60% da capacidade normal, o que representa cerca de 5 milhões de litros diários de cada tipo de combustível. Em relação ao gás de cozinha, a oferta alcançou um nível adequado à demanda atual. Segundo informou a Petrobras, foram distribuídas 950 toneladas na última quarta-feira (8/5) e a expectativa é que esse volume aumente para 1.050 toneladas nesta quinta. Diante dos desafios técnicos para a adição de biodiesel ao diesel convencional, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) concedeu uma autorização para que a mistura do biocombustível possa ser reduzida temporariamente abaixo dos 14% habituais. Na segunda-feira (6/5), a ANP havia ajustado as misturas obrigatórias de combustíveis, temporariamente até o final de maio. Além disso, a agência dispensou a homologação prévia para cessão de espaço entre distribuidores nos municípios de Canoas e Esteio, visando ampliar a capacidade de armazenamento e distribuição de derivados líquidos. Transporte aéreo Paralelamente, estão sendo implementadas medidas para facilitar a reconexão aérea do Rio Grande do Sul com o restante do país. O movimento de passageiros que usualmente se concentrava no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), será redistribuído para terminais menores que estão em funcionamento, tanto no Rio Grande do Sul quanto em Santa Catarina. O reabastecimento prioritário de querosene de aviação (QAV) ocorrerá nos aeroportos das cidades gaúchas de Caxias do Sul, Santo Ângelo, Passo Fundo e Pelotas. Em Santa Catarina serão priorizados os aeroportos de Chapecó, Florianópolis e Jaguaruna. Aviões de grande porte irão pousar nessas localidades já abastecidos, de modo a evitar o uso do QAV nas regiões críticas, informou o Ministério de Minas e Energia (MME). A estratégia, que envolve a pasta, ANP, Anac e associações e empresas do setor, vai dar prioridade a aeronaves e helicópteros de pequeno porte, sobretudo os que estão sendo utilizados em resgates. Nível das águas De acordo o Serviço Geológico do Brasil (SGB), subordinado ao MME, o nível do Rio Guaíba, que atravessa a capital Porto Alegre, ainda se encontra em patamares críticos e deve se manter acima da cota de inundação de 3 metros até a próxima semana. A situação impacta os municípios da região metropolitana, que estão entre os mais prejudicados pelos temporais. O número de municípios afetados subiu para 414, segundo informações oficiais do estado e prefeituras gaúchas, atualizadas na manhã de quarta (8). Desde o início das fortes chuvas, na segunda-feira (29/4), o Guaíba subiu mais de três metros e, no sábado (5/5), chegou à máxima histórica de 5,33 m, 58 cm acima do recorde anterior, de 4,75 m, observado em 1941. O SGB vem operando os Sistemas de Alerta Hidrológico das bacias dos rios Caí, Taquari e Uruguai e fornecendo dados contínuos sobre os níveis e previsões para as barragens locais. Além disso, a entidade viabilizou um mapeamento de áreas de risco para 62 municípios, incluindo mapas de inundação e estudos que podem auxiliar no planejamento da drenagem fluvial.

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"Navio terá multa se não descarbonizar combustível", alerta Mercadante

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, chamou a atenção, nessa quinta-feira (9/5), sobre mudanças nos combustíveis para a navegação e a aviação. As regras são definidas pela Organização das Nações Unidas (ONU), que vem adotando medidas com o objetivo de reduzir as emissões de carbono, num esforço para mitigar os efeitos do aquecimento global. De acordo com Mercadante, o país precisa estar preparado, e o BNDES vem se debruçando sobre a questão. eldquo;A ONU é mandatária sobre navegação e espaço aéreo. No espaço aéreo, já estão dados a data e o volume do combustível renovável que terá que ser adotado a partir de 2027. Nós estamos financiando a produção de SAF, que é o combustível sustentável da aviaçãoerdquo;, disse Mercadante, durante apresentação do balanço financeiro do BNDES referente ao primeiro trimestre de 2024. Em sua visão, a maior preocupação envolve, no entanto, a navegação marítima. eldquo;Cerca de 90% de todo o transporte de mercadorias do planeta são feitos por navios. Eles terão multas se não descarbonizarem o combustível. E temos um problema logístico para chegar, por exemplo, à China. Nosso navio demora muito mais tempo do que, por exemplo, o da Austrália. Com isso, podemos perder competitividade. E o BNDES está debruçado sobre issoerdquo;, explicou. Uma das ferramentas que o país possui para fomentar essa transição energética é o Fundo da Marinha Mercante (FMM), que existe desde 1958 e é voltado para promover o desenvolvimento da marinha mercante e da indústria naval nacional. São vários gestores, mas o BNDES responde por 75%. Segundo Mercadante, por meio do fundo, estão em processo de contratação R$6,6 bilhões, envolvendo balsas, rebocadores, empurradores para transporte de grãos e minério, entre outras embarcações. Apesar dos desafios, ele vê uma oportunidade. eldquo;No curto prazo, para adaptar os navios, a melhor resposta é o etanol e o metanol, dos quais o Brasil é o segundo maior produtor. Nós temos a produção de etanol mais evoluída, que é o de segunda geração. É o mais eficiente, o que mais descarboniza. Podemos entrar nesse mercadoerdquo;. O presidente do BNDES afirmou que, para atender à demanda, será preciso dobrar a produção de etanol no Brasil. Subsídio à aviação O BNDES também está estudando uma forma de apoiar as empresas aéreas, tendo em vista que o setor ainda sente os prejuízos acumulados ao longo da pandemia de covid-19, quando as medidas de distanciamento social reduziram drasticamente a locomoção das pessoas, incluindo o transporte para negócios e turismo. A alternativa que vem sendo discutida envolve o Fundo Nacional da Aviação Civil (FNAC). Ele conta com recursos de contribuições provenientes das atividades ligadas ao próprio setor. eldquo;Esse fundo poderia ser acionado como garantidor para que possamos operar e oferecer crédito. Temos uma discussão em andamentoerdquo;, diz Mercadante. Segundo ele, as empresas vivem um bom momento. eldquo;Elas estão bem. O faturamento é crescente, os resultados são excelentes. Mas elas têm um passivo da pandemia. Os aviões ficaram no chão praticamente um ano e elas pagando leasing, tendo que manter equipes de profissionais, pagando taxas aeroportuárias. Foram custos muito pesados e as empresas sem faturamento. O Brasil não adotou nenhuma medida naquele períodoerdquo;. Mercadante também afirmou que, em diversos países, o setor recebeu apoio para suportar os prejuízos do período. eldquo;Depois da pandemia de covid-19, houve subsídios à aviação no mundo inteiro. Houve nos Estados Unidos, em quase todos os países europeus, na Índia e em outros. A China sempre fez isso. E é muito importante para um país do tamanho do Brasil ter o setor estruturado. A gente não chega em muitos locais importantes do território nacional se não tiver empresas que tenham uma visão sistêmica do país e que deem prioridade ao Brasil. A disposição do BNDES é contribuir para que essas empresas resolvam a situaçãoerdquo;. (Agência Brasil)

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G20 discute potencial de US$ 7,7 tri em bioeconomia e o papel dos biocombustíveis

A segunda reunião da Iniciativa de Bioeconomia do G20, que chegou ao fim nesta quinta-feira (09), discutiu o potencial de US$ 7,7 trilhões em negócios com a adoção da bioeconomia circular. A estimativa foi apresentada no recente relatório do Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD, na sigla em inglês). O documento intitulado eldquo;Uma oportunidade de negócio que contribui para um mundo sustentávelerdquo; aponta que a utilização de produtos de base biológica em setores que vão desde energias alternativas até indústrias farmacêuticas e de embalagens é capaz de movimentar trilhões até 2030. Na abertura do encontro, (7/5), a ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, destacou a necessidade de superar falsas disputas entre bioenergia e segurança alimentar. Um dos objetivos da pasta, junto ao Ministério de Relações Exteriores, é mostrar ao mundo que, no caso brasileiro, o cultivo de grãos ou outras matérias primas para produção de biocombustíveis não coloca em risco o abastecimento de alimentos. Sendo assim, uma alternativa sustentável importante para redução das emissões de gases do efeito estufa. eldquo;Para fazer avançar a bioeconomia, além de recursos financeiros, precisamos avançar na definição global de padrões de sustentabilidade que sejam justos e levem em conta as circunstâncias nacionaiserdquo;, destacou Marina Silva. Há anos, o Brasil trava um debate, em especial com a União Europeia, sobre a relação entre biocombustíveis, desmatamento e a produção de alimentos. No final do mês passado, durante reunião ministerial do G7 sobre Clima, Energia e Meio Ambiente, a ministra já havia pontuado essa questão. eldquo;O Brasil tem plena capacidade instalada de produzir biocombustíveis sem ameaçar a floresta, garantindo alimentos para a população e a preservação de serviços ecossistêmicoserdquo;. Oportunidades para o Brasil A ministra também destacou a criação de um acordo de gestão para implementação do programa Bioeconomia para um Novo Ciclo de Prosperidade. O comitê gestor será responsável por acompanhar as ações necessárias para cumprimento das metas do Programa, que incluem número de negócios da bioeconomia apoiados, incubados e acelerados; tamanho da área de florestas públicas federais concedidas e em produção de produtos e serviços florestais, entre outras. O Brasil preside o G20 em 2024 e organizará a COP30, em 2025, na cidade de Belém (PA). A próxima reunião da Iniciativa de Bioeconomia está marcada para ocorrer em junho em Manaus/AM. Segundo Carina Pimenta, secretária nacional de Bioeconomia do MMA, eldquo;a relação da biodiversidade com as economias existe independente de um país ser rico ou não em biodiversidadeerdquo;. Pimenta destaca que a indústria da saúde, por exemplo, depende do conhecimento sobre biodiversidade para desenvolver novos medicamentos e terapias. A ministra Marina Silva ressaltou a necessidade de trazer as comunidades para o centro da agenda, destacando o papel dos conhecimentos das populações tradicionais e comunidades indígenas para o avanço da bioeconomia. eldquo;A ação humana no meio ambiente foi e ainda continua sendo a tal ponto impactante que não nos bastará apenas adaptar e mitigar mas, sobretudo, transformarerdquo;, enfatizou. Já a ministra Luciana Santos, do Ministério da Ciência e Tecnologia e Informação, afirma que o Brasil está comprometido com a transferência de tecnologia e desenvolvimento de produtos sustentáveis. eldquo;A bioeconomia é tema estratégico para o desenvolvimento sustentável da nossa estratégia nacional de ciência, tecnologia e inovaçãoerdquo;, afirmou Luciana.

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Petrobras vai produzir menos, mas ainda precisa de reservas, diz diretor de E&P

A Petrobras vai se conformar com uma queda na produção em oito a dez anos, mas mesmo com um patamar menor vai precisar de mais reservas, afirmou o diretor de Eeamp;P da estatal, Joelson Mendes, em entrevista ao estúdio epbr durante a Offshore Technology Conference (OTC) 2024, em Houston (Texas). A intenção da companhia é manter uma produção de pelo menos 2 milhões de barris/dia na próxima década, abaixo dos 2,2 milhões de barris/dia atuais. eldquo;Daqui a dez anos a Petrobras vai estar produzindo menos e a gente vai se conformar com uma produção menor. Mas, mesmo com essa produção menor, a gente vai precisar recorrer a muita reservaerdquo;, disse. eldquo;Para que nós não sejamos, antes do final da próxima década, importadores de petróleo de novo, a gente precisa reforçar isso.erdquo; Mendes reforçou que é necessário explorar novas fronteiras, especialmente a Margem Equatorial, para evitar que o Brasil se torne importador de petróleo. Segundo ele, dificilmente a companhia fará outras descobertas tão grandes quanto as de Libra, Búzios e Tupi, que ocorreram no pré-sal. Para o executivo, a companhia precisa partir em busca de novos projetos, mesmo menores, de modo a garantir relevância. eldquo;Existe uma falsa crença que a Petrobras não precisa de novas fronteiras porque tem o pré-salerdquo;, disse.

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