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Vendas de carros elétricos crescem 167% em janeiro, mesmo com imposto de importação

Levantamento da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) apontam janeiro de 2024 como o segundo melhor mês da série histórica para a venda de carros elétricos no Brasil. No mês passado, 12.026 unidades foram emplacadas, crescimento de 167% em relação ao mesmo período de 2023. Segundo a associação, este foi também o melhor janeiro de toda a série, mesmo com a cobrança do Imposto de Importação de veículos elétricos que entrou em vigor este ano. Desde 1º de janeiro de 2024, os veículos a bateria importados passaram a ser taxados com uma alíquota de 10%, enquanto para híbridos a cobrança é de 12%. A ABVE avalia o resultado de janeiro como um indicativo de que o mercado continuará crescendo. Apesar da desaceleração em comparação com dezembro de 2023, quando 16,3 mil unidades foram vendidas, a associação afirma que o primeiro mês de 2024 superou todas as expectativas. eldquo;Os números indicam a continuidade do forte crescimento das vendas de eletrificados leves nos últimos anos no Brasil, especialmente em 2023, quando chegaram a 93.247 unidadeserdquo;, afirma em nota. Plug-in conquista brasileiros Os veículos 100% elétricos a bateria responderam por 36% das vendas de eletrificados em janeiro de 2024, com 4,3 mil unidades Na comparação com janeiro de 2023 (755), o crescimento foi de 477%. Outra categoria de plug-in que teve um janeiro de crescimento nas vendas foi a dos híbridos, que registraram 3,9 mil unidades emplacadas, 139% a mais que janeiro de 2023. O market share dos híbridos plug-in no comércio de eletrificados foi de 32,5% no mês passado. Com 8.268 unidades, os veículos elétricos plug-in (híbridos PHEV e 100% elétrico BEV com recarga externa) chegaram a 68,5% das vendas totais do segmento de eletrificados no mês (12.026). eldquo;O crescimento de mercado dos veículos plug-in é resultado do fortalecimento das montadoras para estes segmentos de veículos, com mais oferta de modelos, parceria com empresas de recarga e maior divulgaçãoerdquo;, analisa a ABVE. Já os veículos híbridos convencionais não plug-in totalizaram 3.758 emplacamentos em janeiro, sendo 1.593 flex, 1.261 a gasolina e 904 híbridos leves (Mild Hybrid Electric Vehicle), tecnologia que usa um motor elétrico menor. Os mais vendidos BYD (4.298), GWM (2.315) e Toyota (1.593) lideram as vendas em janeiro, seguidas por CAOA Chery (752) e Volvo (668). O BYD Dolphin GS foi o modelo 100% elétrico mais emplacado no mês, com 1.583 unidades, seguido do híbrido plug-in BYD Song Plus GS, com 1.519. Já no ranking estadual, São Paulo continua liderando o número de emplacamentos de eletrificados leves, com 4.082 veículos em janeiro endash; aumento de 185,5% sobre janeiro de 2023 (1.430). O Rio de Janeiro segue na vice-liderança, com 896 emplacamentos (crescimento de 126%) Por munícipio, São Paulo também é a cidade que mais emplacou eletrificados em janeiro (1.819), seguida por Brasília (876) e Rio de Janeiro (561).

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Vendas de carros elétricos crescem 167% em janeiro, mesmo com imposto de importação

Levantamento da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) apontam janeiro de 2024 como o segundo melhor mês da série histórica para a venda de carros elétricos no Brasil. No mês passado, 12.026 unidades foram emplacadas, crescimento de 167% em relação ao mesmo período de 2023. Segundo a associação, este foi também o melhor janeiro de toda a série, mesmo com a cobrança do Imposto de Importação de veículos elétricos que entrou em vigor este ano. Desde 1º de janeiro de 2024, os veículos a bateria importados passaram a ser taxados com uma alíquota de 10%, enquanto para híbridos a cobrança é de 12%. A ABVE avalia o resultado de janeiro como um indicativo de que o mercado continuará crescendo. Apesar da desaceleração em comparação com dezembro de 2023, quando 16,3 mil unidades foram vendidas, a associação afirma que o primeiro mês de 2024 superou todas as expectativas. eldquo;Os números indicam a continuidade do forte crescimento das vendas de eletrificados leves nos últimos anos no Brasil, especialmente em 2023, quando chegaram a 93.247 unidadeserdquo;, afirma em nota. Plug-in conquista brasileiros Os veículos 100% elétricos a bateria responderam por 36% das vendas de eletrificados em janeiro de 2024, com 4,3 mil unidades Na comparação com janeiro de 2023 (755), o crescimento foi de 477%. Outra categoria de plug-in que teve um janeiro de crescimento nas vendas foi a dos híbridos, que registraram 3,9 mil unidades emplacadas, 139% a mais que janeiro de 2023. O market share dos híbridos plug-in no comércio de eletrificados foi de 32,5% no mês passado. Com 8.268 unidades, os veículos elétricos plug-in (híbridos PHEV e 100% elétrico BEV com recarga externa) chegaram a 68,5% das vendas totais do segmento de eletrificados no mês (12.026). eldquo;O crescimento de mercado dos veículos plug-in é resultado do fortalecimento das montadoras para estes segmentos de veículos, com mais oferta de modelos, parceria com empresas de recarga e maior divulgaçãoerdquo;, analisa a ABVE. Já os veículos híbridos convencionais não plug-in totalizaram 3.758 emplacamentos em janeiro, sendo 1.593 flex, 1.261 a gasolina e 904 híbridos leves (Mild Hybrid Electric Vehicle), tecnologia que usa um motor elétrico menor. Os mais vendidos BYD (4.298), GWM (2.315) e Toyota (1.593) lideram as vendas em janeiro, seguidas por CAOA Chery (752) e Volvo (668). O BYD Dolphin GS foi o modelo 100% elétrico mais emplacado no mês, com 1.583 unidades, seguido do híbrido plug-in BYD Song Plus GS, com 1.519. Já no ranking estadual, São Paulo continua liderando o número de emplacamentos de eletrificados leves, com 4.082 veículos em janeiro endash; aumento de 185,5% sobre janeiro de 2023 (1.430). O Rio de Janeiro segue na vice-liderança, com 896 emplacamentos (crescimento de 126%) Por munícipio, São Paulo também é a cidade que mais emplacou eletrificados em janeiro (1.819), seguida por Brasília (876) e Rio de Janeiro (561).

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Relator defende diesel verde, sem coprocessado, no Combustível do Futuro

O relator do projeto do Combustível do Futuro (PL 4516/2023), deputado Arnaldo Jardim (Cidadania/SP), disse nesta terça (6/2) que pretende manter a proposta original para o diesel verde, sem abrir margem para inserção do coprocessado de petróleo com óleos vegetais, um pleito da Petrobras, no mandato que será criado. eldquo;Não estou disposto a incluir o coprocessado na proposta do Combustível do Futuroerdquo;, confirmou à agência epbr. O relatório ainda não foi apresentado. Segundo Jardim, deve ser concluído nas próximas semanas. Encaminhado à Câmara em setembro de 2023 pelo governo Lula (PT), o projeto cria o Programa Nacional de Diesel Verde (PNDV), delegando ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) a definição da mistura mínima obrigatória do novo combustível ao diesel fóssil, que já conta com um percentual de biodiesel. Pela proposta, esse novo mandato precisa ser cumprido com diesel produzido a partir de matérias-primas exclusivamente derivadas de biomassa renovável. A participação mínima obrigatória não poderá exceder o limite de 3% a cada ano. O PL recebeu o nome de Combustível do Futuro porque regulamenta a entrada de novos produtos no mercado, como o SAF (querosene sustentável de aviação) e o próprio diesel verde (HVO). Ambos saem juntos da biorrefinaria e precisam que a criação de seus mercados ocorra simultaneamente para fechar a conta dos investidores. Desde o início da discussão do marco legal no Ministério de Minas e Energia (MME) em 2021, a Petrobras busca espaço para o seu coprocessado (antigamente chamado de HBIO), produto que a petroleira encara como uma transição entre o refino convencional e o descarbonizado. Enfrenta, no entanto, resistência de produtores de biocombustíveis.

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Relator defende diesel verde, sem coprocessado, no Combustível do Futuro

O relator do projeto do Combustível do Futuro (PL 4516/2023), deputado Arnaldo Jardim (Cidadania/SP), disse nesta terça (6/2) que pretende manter a proposta original para o diesel verde, sem abrir margem para inserção do coprocessado de petróleo com óleos vegetais, um pleito da Petrobras, no mandato que será criado. eldquo;Não estou disposto a incluir o coprocessado na proposta do Combustível do Futuroerdquo;, confirmou à agência epbr. O relatório ainda não foi apresentado. Segundo Jardim, deve ser concluído nas próximas semanas. Encaminhado à Câmara em setembro de 2023 pelo governo Lula (PT), o projeto cria o Programa Nacional de Diesel Verde (PNDV), delegando ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) a definição da mistura mínima obrigatória do novo combustível ao diesel fóssil, que já conta com um percentual de biodiesel. Pela proposta, esse novo mandato precisa ser cumprido com diesel produzido a partir de matérias-primas exclusivamente derivadas de biomassa renovável. A participação mínima obrigatória não poderá exceder o limite de 3% a cada ano. O PL recebeu o nome de Combustível do Futuro porque regulamenta a entrada de novos produtos no mercado, como o SAF (querosene sustentável de aviação) e o próprio diesel verde (HVO). Ambos saem juntos da biorrefinaria e precisam que a criação de seus mercados ocorra simultaneamente para fechar a conta dos investidores. Desde o início da discussão do marco legal no Ministério de Minas e Energia (MME) em 2021, a Petrobras busca espaço para o seu coprocessado (antigamente chamado de HBIO), produto que a petroleira encara como uma transição entre o refino convencional e o descarbonizado. Enfrenta, no entanto, resistência de produtores de biocombustíveis.

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Prates trabalha para minar Silveira e aumentar influência do PT no conselho da Petrobras

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, articula uma ofensiva com o objetivo de ampliar o controle do PT sobre o Conselho de Administração da estatal e remover os conselheiros ligados ao ministro de Minas e Energia (PSD), Alexandre Silveira. A equipe do blog apurou com fontes da empresa e do governo que Prates já tentou convencer o Palácio do Planalto a indicar a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, e o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, para ocupar o lugar do atual presidente do conselho, Pietro Mendes, que é ligado ao ministro das Minas e Energia. Por enquanto, nenhum dos dois topou. Procurado, Mercadante afirmou por meio de sua assessoria de imprensa que a discussão sobre sua possível ida para o colegiado da Petrobras é "pura especulação". Mas a tese de que o conselho da petroleira deve ser comandado pelo PT e não por aliados do Centrão vem ganhando espaço no entorno de Lula, e conta com o apoio de Fernando Haddad, que pela costura em curso indicaria para uma vaga no colegiado seu assessor especial para transição energética Rafael Dubeux. Dubeux entraria no lugar de Victor Saback, apadrinhado do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). O ministro das Minas e Energia detectou a movimentação de Prates e está trabalhando para impedi-la. Silveira já esteve com seu colega da Casa Civil, Rui Costa, e cobrou o cumprimento de um acordo do início do mandato de Lula, pelo qual o grupo do ministro comandaria o conselho e Prates (e portanto o PT) controlariam a diretoria. Tem sido assim desde então, mas como os mandatos terminam em abril e um novo conselho deve ser aprovado pela assembleia geral de acionistas marcada para dia 25 de abril para os próximos dois anos, a movimentação em torno do assunto na companhia e no governo se intensificou. A disputa entre Silveira e Prates, que já teve picos de tensão e acusações públicas mas andava arrefecida, tem potencial para causar mais uma crise entre o governo e o Centrão, bloco político que já anda rebelde por conta do embate a respeito da liberação de emendas parlamentares. Não só porque Silveira é do mesmo partido e grupo político do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) , mas também por ser aliado de Alcolumbre, que pretende disputar a sucessão de Pacheco em 2025. Por isso, uma ala do governo considera que será difícil Prates ganhar essa queda de braço com Silveira. Duas fontes próximas ao CEO da Petrobras com quem conversei nos últimos dias afirmam que só o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode decidir essa questão. Mas avaliam que ele deve esperar que os dois lados gastem todos os seus cartuchos para só então decidir. No momento os nomes dos conselheiros indicados pelo governo para o próximo mandato já estão em avaliação pelos comitês internos da Petrobras. Além de Mendes e Saback, também foram incluídos na lista Renato Galuppo, próximo de Rodrigo Pacheco, Sérgio Rezende, indicação de Lula, Bruno Moretti , e o próprio Jean Paul Prates - o CEO é sempre membro do conselho. A companhia ainda vai escolher quatro representantes dos acionistas minoritários e um dos funcionários. Uma vez aprovados nos processos internos da estatal, os nomes serão submetidos ao conselho. Só depois serão enviados à assembleia. É o Conselho de Administração que define os rumos da companhia, deliberando sobre a estratégia e os investimentos mais relevantes. Um dos focos de tensão entre Silveira e Prates é o investimento em energia eólica. Os aliados do ministro consideram que iniciativas como a instalação de usinas eólicas em alto mar endash; as chamadas eólicas offshore endash; estão superdimensionadas, enquanto Silveira prefere focar em gás e refinarias. Também causou bastante ruído o fato de que, à frente do MME, Silveira patrocinou agendas favoráveis ao setor do gás. Em novembro, um eldquo;jabutierdquo; gestado dentro da pasta pelo então secretário-executivo, Efrain Cruz, que favorecia os interesses do empresário Carlos Suarez, conhecido como rei do gás, acabou incluído no projeto de lei que regulamenta as eólicas offshore aprovado pela Câmara dos Deputados. Em janeiro, o secretário foi demitido e deixou também o conselho. Além disso, setores do PT e a própria Federação Única dos Petroleiros (FUP) emdash; pilar importante de sustentação política de Prates na presidência emdash;- já criticaram publicamente as escolhas do ministro de Minas e Energia para a Petrobras, que acusam de indicar eldquo;bolsonaristaserdquo; para a gestão da estatal sob um governo petista. Embora não seja tão próximo do núcleo duro de Lula emdash; Silveira tem muito mais proximidade com o ministro Rui Costa e com a primeira-dama, Janja, por exemplo emdash;, Prates se aproximou de Haddad nos debates sobre a política de preços da empresa, como publicamos em novembro passado. Já no caso de Mercadante a proximidade maior se deu nas discussões sobre iniciativas da companhia no campo da transição energética. Para Prates, a escolha do atual presidente do BNDES se justificaria em função do banco de desenvolvimento ser o maior acionista isolado da Petrobras, atrás apenas do governo federal. Mercadante não precisaria abrir mão do comando do BNDES para assumir a presidência do Conselho de Administração. Pietro Mendes, o atual dirigente, acumula a função com a secretaria de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME.

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Prates trabalha para minar Silveira e aumentar influência do PT no conselho da Petrobras

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, articula uma ofensiva com o objetivo de ampliar o controle do PT sobre o Conselho de Administração da estatal e remover os conselheiros ligados ao ministro de Minas e Energia (PSD), Alexandre Silveira. A equipe do blog apurou com fontes da empresa e do governo que Prates já tentou convencer o Palácio do Planalto a indicar a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, e o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, para ocupar o lugar do atual presidente do conselho, Pietro Mendes, que é ligado ao ministro das Minas e Energia. Por enquanto, nenhum dos dois topou. Procurado, Mercadante afirmou por meio de sua assessoria de imprensa que a discussão sobre sua possível ida para o colegiado da Petrobras é "pura especulação". Mas a tese de que o conselho da petroleira deve ser comandado pelo PT e não por aliados do Centrão vem ganhando espaço no entorno de Lula, e conta com o apoio de Fernando Haddad, que pela costura em curso indicaria para uma vaga no colegiado seu assessor especial para transição energética Rafael Dubeux. Dubeux entraria no lugar de Victor Saback, apadrinhado do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). O ministro das Minas e Energia detectou a movimentação de Prates e está trabalhando para impedi-la. Silveira já esteve com seu colega da Casa Civil, Rui Costa, e cobrou o cumprimento de um acordo do início do mandato de Lula, pelo qual o grupo do ministro comandaria o conselho e Prates (e portanto o PT) controlariam a diretoria. Tem sido assim desde então, mas como os mandatos terminam em abril e um novo conselho deve ser aprovado pela assembleia geral de acionistas marcada para dia 25 de abril para os próximos dois anos, a movimentação em torno do assunto na companhia e no governo se intensificou. A disputa entre Silveira e Prates, que já teve picos de tensão e acusações públicas mas andava arrefecida, tem potencial para causar mais uma crise entre o governo e o Centrão, bloco político que já anda rebelde por conta do embate a respeito da liberação de emendas parlamentares. Não só porque Silveira é do mesmo partido e grupo político do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) , mas também por ser aliado de Alcolumbre, que pretende disputar a sucessão de Pacheco em 2025. Por isso, uma ala do governo considera que será difícil Prates ganhar essa queda de braço com Silveira. Duas fontes próximas ao CEO da Petrobras com quem conversei nos últimos dias afirmam que só o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode decidir essa questão. Mas avaliam que ele deve esperar que os dois lados gastem todos os seus cartuchos para só então decidir. No momento os nomes dos conselheiros indicados pelo governo para o próximo mandato já estão em avaliação pelos comitês internos da Petrobras. Além de Mendes e Saback, também foram incluídos na lista Renato Galuppo, próximo de Rodrigo Pacheco, Sérgio Rezende, indicação de Lula, Bruno Moretti , e o próprio Jean Paul Prates - o CEO é sempre membro do conselho. A companhia ainda vai escolher quatro representantes dos acionistas minoritários e um dos funcionários. Uma vez aprovados nos processos internos da estatal, os nomes serão submetidos ao conselho. Só depois serão enviados à assembleia. É o Conselho de Administração que define os rumos da companhia, deliberando sobre a estratégia e os investimentos mais relevantes. Um dos focos de tensão entre Silveira e Prates é o investimento em energia eólica. Os aliados do ministro consideram que iniciativas como a instalação de usinas eólicas em alto mar endash; as chamadas eólicas offshore endash; estão superdimensionadas, enquanto Silveira prefere focar em gás e refinarias. Também causou bastante ruído o fato de que, à frente do MME, Silveira patrocinou agendas favoráveis ao setor do gás. Em novembro, um eldquo;jabutierdquo; gestado dentro da pasta pelo então secretário-executivo, Efrain Cruz, que favorecia os interesses do empresário Carlos Suarez, conhecido como rei do gás, acabou incluído no projeto de lei que regulamenta as eólicas offshore aprovado pela Câmara dos Deputados. Em janeiro, o secretário foi demitido e deixou também o conselho. Além disso, setores do PT e a própria Federação Única dos Petroleiros (FUP) emdash; pilar importante de sustentação política de Prates na presidência emdash;- já criticaram publicamente as escolhas do ministro de Minas e Energia para a Petrobras, que acusam de indicar eldquo;bolsonaristaserdquo; para a gestão da estatal sob um governo petista. Embora não seja tão próximo do núcleo duro de Lula emdash; Silveira tem muito mais proximidade com o ministro Rui Costa e com a primeira-dama, Janja, por exemplo emdash;, Prates se aproximou de Haddad nos debates sobre a política de preços da empresa, como publicamos em novembro passado. Já no caso de Mercadante a proximidade maior se deu nas discussões sobre iniciativas da companhia no campo da transição energética. Para Prates, a escolha do atual presidente do BNDES se justificaria em função do banco de desenvolvimento ser o maior acionista isolado da Petrobras, atrás apenas do governo federal. Mercadante não precisaria abrir mão do comando do BNDES para assumir a presidência do Conselho de Administração. Pietro Mendes, o atual dirigente, acumula a função com a secretaria de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME.

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