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Antes contestado, delivery de combustíveis atrai distribuidoras

Anos após a regulamentação pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), feita em 2021, os negócios baseados em entrega de combustíveis sob demanda atraiu a maior empresas de distribuição no país. Além da iniciativa Vibra Energia, que investiu esse ano em uma startup, a agência autorizou nove postos revendedores a comercializar combustíveis no modelo conhecido como eldquo;deliveryerdquo;. São revendas ou redes nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Sergipe, tanto de bandeira branca, como embandeirados, com contratos com a própria Vibra e a Raízen. As autorizações partem dos postos, não das distribuidoras. O modelo foi inicialmente contestado, em razão da falta de previsão regulatória. Varejistas chegaram a recorrer à Justiça para impedir a prática, que leva ao abastecimento fora das áreas dos postos. No delivery de combustíveis, o cliente envia uma solicitação de abastecimento e a empresa responsável pelo transporte e entrega vai até o posto solicitado, retira o volume de combustível e leva até o consumidor. O pagamento é feito diretamente ao posto e o foco, agora, é sobretudo no atendimento a clientes corporativos, como locadoras de carros. Ainda não é possível estimar o volume de combustível comercializado nesse modelo, pois a regulação vigente não determina que os revendedores repassem essa informação à ANP. Vibra faz aporte de R$ 6 milhões em startup de delivery A Vibra anunciou a entrada no segmento este mês, com um aporte de R$ 6 milhões na startup Versa Fuel. Voltada para o atendimento de frotas corporativas, a empresa opera hoje em São Paulo, com a entrega de etanol e gasolina. eldquo;O objetivo é atender o nicho corporativo, atraindo empresas cujas frotas serão abastecidas pela Versa diretamente em suas garagens. A Versa não vai atender o cliente pessoa física, esse seguirá indo ao postoerdquo;, disse em nota a vice-presidente de negócios, produtos e marketing da Vibra, Vanessa Gordilho. Juntas, as companhias vão avaliar oportunidades de expansão para outros estados e nichos de mercado. eldquo;Com o aporte, vamos ampliar a nossa oferta de serviços, fortalecer nossa proposta de valor e ajudar a fidelizar volume para nossa rede de postoserdquo;, disse o diretor de Inovação da Vibra, Renato Vieira, em resposta enviada por e-mail. Histórico de proibição do delivery de combustíveis O pioneiro nesse modelo foi o aplicativo Gofit, da Fit Combustíveis, que também controla a Refit, antiga Refinaria de Manguinhos. O projeto teve início no Rio de Janeiro, em 2020, com entrega na Zona Oeste, na Barra da Tijuca, Recreio e Vargem Grande. Na época, no entanto, foi fortemente questionado. A operação chegou a ser suspensa por decisão da 18ª Vara Federal do Rio de Janeiro, depois que a Fecombustíveis ingressou com uma ação civil pública questionando a segurança do projeto. Em 2020, um dos postos de bandeira branca responsável pela entrega, o Posto Vânia, foi autuado pela ANP pela venda de combustível fora do posto. A própria Vibra, que na época ainda se chamava BR Distribuidora, chegou a questionar o aplicativo, por se anunciar como uma alternativa aos eldquo;preços abusivoserdquo; cobrados no mercado carioca. A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) também aprovou uma lei (PL 1592/2019) que proibia o abastecimento de veículos fora do posto de combustível. A lei, no entanto, foi declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por invadir a competência federal. Refit e Fecombustíveis não responderam aos pedidos de entrevista até o fechamento desta reportagem. Depois da regulamentação pela ANP em 2021,a Gofit passou a atuar também nas cidades de São Paulo (SP), Guarulhos (SP) e Niterói (RJ). A resolução 858/2021 da ANP liberou os projetos de delivery. As regras preveem que, para aderir ao programa, o posto deve estar adimplente com o programa de monitoramento da qualidade da ANP e o delivery deve ser feito até os limites do município onde se encontra o revendedor varejista autorizado. No ano passado, a agência publicou a Resolução nº 948/2023, que passou a regular a atividade de revenda varejista de combustíveis.

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Petrobras assina acordo com CGU para aperfeiçoar controle e combate à corrupção

A Petrobras informou ter assinado nesta segunda-feira, 29, um acordo de cooperação técnica com a Controladoria Geral da União (CGU) para aprimorar mecanismos de controle da companhia e de prevenção e combate à corrupção. O acordo, segundo a Petrobras, permitirá que as partes compartilhem ferramentas, sistemas e metodologias de análise de dados e técnicas de fiscalização e investigação interna, com soluções informatizadas, pesquisas e acesso mútuo a instruções e relatórios. Está prevista, também, a realização de treinamentos conjuntos, visando aprimorar os mecanismos de controle interno e externo da empresa. No evento de assinatura do acordo, estiveram a presidente da companhia, Magda Chambriard, o diretor de Governança e Conformidade da empresa, Mário Spinelli, e o ministro da CGU, Vinicius Marques de Carvalho. eldquo;O acordo reforça a implementação de medidas de incentivo à adoção de práticas de integridade, prevenção e combate à corrupção, promoção da transparência e da ética e defesa do patrimônio públicoerdquo;, disse Chambriard, lembrando que já existe uma cooperação entre a estatal e a CGU, agora aprofundada. Segundo Spinelli, o acordo vai permitir prevenir e detectar com maior agilidade e efetividade irregularidades e indícios de fraude. eldquo;O acordo reforça a implementação de medidas de incentivo à adoção de práticas de integridade, prevenção e combate à corrupção, promoção da transparência e da ética e defesa do patrimônio públicoerdquo;, disse Chambriard, lembrando que já existe uma cooperação entre a estatal e a CGU, agora aprofundada. Segundo Spinelli, o acordo vai permitir prevenir e detectar com maior agilidade e efetividade irregularidades e indícios de fraude. A Petrobras também aderiu à iniciativa da CGU chamada eldquo;Pacto Brasil pela Integridade Empresarialerdquo;. A companhia obteve eldquo;nota máximaerdquo; em autoavaliação relativa a medidas de integridade. São elas: prevenir, detectar e sanar desvios, fraudes e atos de corrupção praticados contra a Administração Pública; mitigar os riscos social e ambiental decorrentes de suas atividades, zelando pela proteção dos direitos humanos; e fomentar e manter uma cultura de integridade no ambiente organizacional).

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Novo substituto assume amanhã (30/7) a Diretoria 4 da ANP

Foi publicada hoje (29/07), no Diário Oficial da União (DOU), a portaria da ANP que convoca o servidor e atual superintendente de Participações Governamentais da Agência, Bruno Caselli, para assumir, a partir de amanhã (30/7), temporariamente, como substituto, a Diretoria 4. Estão vinculadas à Diretoria 4 as superintendências de Infraestrutura e Movimentação (SIM), de Defesa da Concorrência (SDC), de Exploração (SEP) e de Avaliação Geológica e Econômica (SAG). Desde o término do mandato do Diretor Cláudio Jorge de Souza, que ocupava a Diretoria 4, em 22/12/2023, ainda não foi indicado pela Presidência da República e aprovado pelo Senado Federal novo diretor com mandato fixo, para ocupar o cargo. Em situações como essa, a legislação prevê que as diretorias vagas nas agências reguladoras federais devem ser ocupadas por servidores, até a posse de novo diretor com mandato fixo. Esses servidores podem atuar como substitutos por 180 dias e fazem parte de uma lista tríplice que consta de decreto da Presidência da República. Do fim do mandato do Diretor Cláudio Jorge de Souza, até 31/01/2024, o superintendente de Segurança Operacional da ANP, Luiz Henrique Bispo, respondeu, como substituto, pela Diretoria 4. Ele integrava a lista tríplice anterior, que não está mais em vigor. Com a publicação de nova lista tríplice, Patrícia Baran, primeira substituta da lista, assumiu a Diretoria 4 por 180 dias, de 1/2 a 29/7. Com o final do período de Patrícia Baran como substituta, Bruno Caselli assume a Diretoria 4. Segundo a Lei 9.986/2000, com redação dada pela Lei Geral das Agências (Lei nº 13.848/2019), devem ser selecionados três nomes entre os servidores das agências reguladoras (ocupantes dos cargos de superintendente, gerente-geral ou equivalente hierárquico) para atuarem como substitutos em caso de vacância na diretoria do órgão. Para cada vaga na lista, a Agência deve indicar três nomes, para escolha e designação pelo Presidente da República.

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ANP revoga autorizações de funcionamento da Copape

A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) revogou 3 autorizações de funcionamento da Copape. A empresa, que atua no setor de distribuição de combustíveis, está impedida de exercer atividades de formulação e distribuição, além de atuar como agente de comércio exterior. Leia a íntegra do despacho (PDF endash; 78 kB). A decisão da agência reguladora foi celebrada por diversas associações ligadas ao mercado de combustíveis no Brasil. Em nota, as entidades afirmaram que a revogação das autorizações foi um marco da fiscalização da ANP para segurança dos consumidores e na mitigação de prejuízos às empresas que atuam no mercado brasileiro. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Etanol/Cepea: Indicadores caem 3% em SP

Os preços dos etanóis anidro e hidratado caíram cerca de 3% na última semana no mercado paulista. De acordo com pesquisadores do Cepea, distribuidoras seguiram mostrando menor interesse em efetuar compras, mantendo baixa a movimentação no spot. Entre 22 e 26 de julho, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado foi de R$ 2,5664/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), queda de 3,39% frente ao período anterior. Para o anidro, a desvalorização foi de 3%, com o Indicador a R$ 2,9592/litro (líquido de PIS/Cofins). Segundo pesquisadores do Cepea, muitos vendedores ficaram fora do mercado, devido aos preços internacionais competitivos do açúcar. Esses agentes também se mostram descontentes tanto com os valores atuais quanto com o volume de negociação nos últimos meses. As usinas ativas, por sua vez, baixaram os preços do biocombustível, ainda conforme pesquisas do Cepea.

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Montadoras dos EUA dobram aposta em veículos a combustão

Durante a maior parte dos últimos cinco anos, as montadoras gastaram bilhões de dólares em uma corrida frenética para desenvolver veículos elétricos e construir fábricas para produzi-los, com a expectativa de que os consumidores aderissem a esses novos modelos. No entanto, nos últimos 12 meses, a taxa de crescimento das vendas de veículos elétricos diminuiu. Alguns compradores de carros não gostaram dos altos preços dos automóveis e caminhões elétricos e das dificuldades de carregá-los, especialmente em viagens longas. A mudança no sentimento do consumidor agora está forçando muitas montadoras a recuar em seus planos de investimento agressivos e a voltar, pelo menos em parte, para os veículos com motor a combustão, que ainda são responsáveis pela maioria das vendas de carros novos e por uma grande parcela dos lucros corporativos. O exemplo mais recente ocorreu quando a Ford disse, há duas semanas, que iria reequipar uma fábrica no Canadá para produzir grandes caminhonetes, em vez dos utilitários-esportivos elétricos que havia planejado fabricar anteriormente. A decisão da Ford ocorreu um dia depois que a General Motors disse esperar fabricar de 200 mil a 250 mil carros e caminhões movidos a bateria este ano, 50 mil a menos do que o previsto anteriormente. TENSÃO POLÍTICA. eldquo;Após a pandemia, houve uma enorme exuberância em torno dos veículos elétricos e acho que muitos fabricantes pensaram que o crescimento continuariaerdquo;, disse Arun Kumar, sócio e diretor administrativo da AlixPartners, uma empresa de consultoria. eldquo;Mas a realidade é que esse não é o caso, e é uma medida inteligente garantir que você não esteja perdendo participação no mercado de combustão interna.erdquo; A hesitação das montadoras em relação aos veículos elétricos ocorre num momento politicamente tenso para o setor. As regulamentações automotivas dos EUA podem mudar significativamente se o ex-presidente Donald Trump vencer a eleição em novembro. Trump prometeu desfazer muitas das políticas do presidente Joe Biden, incluindo aquelas que promovem o uso de carros movidos a bateria para lidar com as mudanças climáticas. Mas mesmo antes do início da campanha presidencial, a Ford, a GM e outras montadoras vinham diminuindo seus investimentos em veículos elétricos, atrasando alguns modelos novos e o trabalho em fábricas de baterias. Há apenas alguns anos, a GM e a Ford esperavam conseguir fabricar mais de 1 milhão de veículos elétricos por ano até meados desta década. Em um evento da CNBC, Mary T. Barra, CEO da GM, disse que levaria mais tempo para atingir esse nível de capacidade devido ao crescimento mais lento das vendas de veículos elétricos. Até mesmo a Tesla, a principal produtora de carros elétricos dos EUA, mudou seus planos porque não espera mais que as vendas cresçam 50% ao ano; suas vendas globais caíram 6,6% nos primeiros seis meses do ano. A empresa desacelerou seus planos de construir uma fábrica de carros elétricos no México e cancelou uma reunião em abril entre seu CEO, Elon Musk, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, para discutir uma nova fábrica naquele país. Recentemente, a fábrica da Ford em Oakville, Ontário (Canadá), deixou de produzir o utilitário-esportivo Edge, movido a gasolina, e estava programada para produzir novas versões elétricas do Ford Explorer e do Lincoln Aviator. Em vez disso, a Ford transformará a fábrica em um terceiro local de produção para sua picape Super Duty, um de seus modelos mais lucrativos. Jim Farley, CEO da Ford, disse que as outras fábricas da Super Duty em Kentucky e Ohio não conseguiam produzir tantos veículos quanto os clientes comerciais desejavam. eldquo;Não podemos atender à demandaerdquo;, disse ele em um comunicado. Em abril, Farley disse que o número de pedidos da Super Duty era o dobro do número de picapes que a empresa conseguia fabricar. No primeiro semestre deste ano, a Ford produziu mais de 200 mil unidades da Super Duty. E informou que ainda planejava fabricar o Explorer e o Aviator elétricos, mas não disse quando ou onde faria isso. ebull;

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