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Medidas para o RS: flexibilizações passam a valer apenas para três municípios

Diretoria da ANP decidiu na sexta-feira (17/5) reduzir mais a abrangência da flexibilização temporária da mistura de biodiesel ao óleo diesel e do etanol à gasolina, concedida em 4/5 ao Rio Grande do Sul e depois (10/5) restrita às bases de distribuição de quatro municípios. A partir de hoje, as flexibilizações valem apenas para as bases de distribuição localizadas nos municípios de Canoas, Esteio e Rio Grande. Ou seja, exclui-se o município de Santa Maria, uma vez que foi identificado que a situação do abastecimento no local se estabilizou. As flexibilizações para as bases dos três municípios contemplam os seguintes produtos e percentuais: - Gasolina C contendo no mínimo 21% de etanol anidro, em substituição ao percentual de 27% vigente na legislação atual; - Óleo diesel S10 contendo no mínimo 2% de biodiesel, em substituição ao percentual de 14% vigente na legislação atual; e - Óleo diesel S500 sem nenhuma mistura de biodiesel. Mantém-se o prazo de 30 dias para essa medida, nos três municípios mencionados, a contar da decisão original de 4 de maio. Esse período pode ser revisto a depender das condições de abastecimento na região. Da mesma forma, em caso de piora nas condições do estado, a ANP pode determinar a retomada da flexibilização da mistura em outras localidades, garantindo assim a continuidade do abastecimento. A ANP segue mantendo um monitoramento contínuo da situação no Rio Grande do Sul, tendo, inclusive, determinado que os distribuidores da região reportem diariamente os dados de movimentação dos combustíveis incluindo o detalhamento do percentual de mistura adotado. A Agência vem ainda realizando um trabalho diário em campo, verificando bases de distribuição, postos de combustíveis e revendas de GLP (gás de cozinha) para obter um panorama da situação do abastecimento de combustíveis no estado. A ANP também está participando diariamente de reuniões com os gabinetes de crise conduzidos pelo MME e pela Casa Civil para prestar informações e coordenar suas ações. A Agência segue em contato direto e permanente com os demais órgãos públicos e com os agentes do mercado, buscando assim antecipar eventuais dificuldades regionais na reposição de estoques de combustíveis, de forma a impedir ou mitigar problemas localizados de desabastecimento.

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Preço médio da gasolina e do etanol no país avançam em abril, informa Ineep

O preço médio dos combustíveis no Brasil segue em ritmo de crescimento nos últimos meses. A gasolina comum nos postos de revenda registrou mais um ligeiro avanço no valor médio aplicado na bomba, de R$ 5,74 em março, para R$ 5,80 em abril. No mesmo período, o etanol também subiu em 5,6%, e atingiu o valor médio de R$ 3,78 nos postos de todo o país. Também registrou elevação no preço médio no último mês, o diesel S10, que apresentou um leve aumento de 0,2% em abril, atingindo R$ 5,94 por litro na bomba. O Ineep avalia que os preços internacionais do petróleo se mantiveram em alta devido às tensões no Oriente Médio. Em abril, o preço do petróleo tipo Brent, no mercado internacional, subiu 5,3% e atingiu US$ 89,94, o que representa uma elevação maior que o dobro da que foi registrada no mês anterior, quando o avanço foi de 2,3%. O instituto também ressalta a forte variação do dólar em relação ao real, devido, principalmente, à insegurança no investimento em mercados emergentes, como o Brasil, por conta da política monetária mais restritiva dos EUA. Com os juros em alta no país, a pressão inflacionária aumentou ainda mais no último período analisado. De acordo com dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem do preço da gasolina nas refinarias da Petrobras atingiu 21% no mês passado endash; o maior patamar do ano. Segundo o Ineep, é importante ressaltar que, mesmo com um cenário internacional desafiador, a estabilidade aparente é um efeito da mudança na política de preços da petrolífera em maio do ano passado. eldquo;Esta política tem exercido influência significativa sobre seus competidores, incentivando-os a manter preços mais alinhados com os praticados pela empresa líder, cada um ajustando-se conforme suas possibilidades e considerando as particularidades regionais. A incerteza quanto à duração dessa estabilidade permanece como a principal questão em abertoerdquo;, pontua, em nota,o instituto.

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Nova política de preços da Petrobras completa um ano com efeito reduzido sobre combustíveis

O fim da política de paridade de importação (PPI) na Petrobras completa um ano nesta sexta-feira, 17, e a avaliação é que houve uma redução no preço dos combustíveis, porém tímida. O destaque foi o gás de cozinha, vendido, em média, 10% abaixo da cotação do mercado internacional, segundo levantamento do Observatório Social do Petróleo (OSP), ligado à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). A gasolina e o diesel tiveram reduções menores, em torno dos 5%. Nesses últimos 12 meses, a estatal cobrou o litro da gasolina, em média, 6% abaixo da cotação do mercado internacional, e o diesel S-10 se manteve 7% menor do que a paridade de importação. O PPI foi adotado pela Petrobras em outubro de 2016, vigorando por seis anos e meio. Essa medida foi responsável pelos preços da gasolina, diesel e gás de cozinha mais altos da história do Brasil em 2022. Em maio, a estatal decretou o fim do PPI e anunciou uma nova estratégia comercial, que leva em conta o preço mínimo que a Petrobras considera vender e o preço máximo que o cliente se dispõe a pagar. No último ano em que essa política de preços (PPI) esteve em vigor, o botijão de 13 quilos de gás de cozinha nas refinarias da estatal custava 23% acima do PPI, informou o Observatório. O levantamento, com base nos dados publicados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), mostra que a Petrobras cobrava R$ 9,68 mais caro pelo botijão quando utilizava o PPI para calcular os preços dos combustíveis. Com o fim dessa referência, o GLP passou a ser comercializado R$ 3,68 mais barato do que a paridade de importação. Quando a gestão da Petrobras implementou uma nova estratégia de preços, em 17 de maio do ano passado, eliminou o PPI do cálculo da gasolina e do diesel, mas manteve a referência para o gás de cozinha. eldquo;Inicialmente, o preço do GLP continuou sendo guiado pelas cotações de importação, mas houve uma inversão dessa prática no final de julho e, a partir daí, o preço vem sendo mantido abaixo do PPIerdquo;, explicou o economista do OSP e do Instituto Brasileiros de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), Eric Gil Dantas. Gasolina e diesel No último ano em que o PPI esteve em vigor emdash; de 17 de maio de 2022 a 16 de maio do ano passado emdash;, a gasolina era comercializada a 2,5%, em média, abaixo da paridade de importação, enquanto o diesel custava cerca de 0,4% a menos. O observatório comparou os dois períodos e constatou que, na vigência do PPI, a gasolina da estatal custava cerca de R$ 0,08 abaixo da referência internacional, valor que caiu para R$ 0,19 após a extinção da política de paridade de importação. O preço do diesel, durante a vigência do PPI, era apenas R$ 0,03 menor do que a referência internacional. A diferença saltou para R$ 0,26 após a eliminação dessa fórmula de preços. eldquo;O levantamento demonstra que nossa exigência pelo fim do PPI era justa e correta. Com o fim desta política, houve redução concreta dos preços. Mas também revela que o abrasileiramento dos preços ainda não é realidade. A queda é muito tímidaerdquo;, disse Dantas. Segundo o secretário-geral da FNP, Adaedson Costa, a futura presidente da Petrobras, Magda Chambriard, tem condição de nacionalizar de fato os preços, seja acelerando e ampliando a capacidade de refino no País, seja alterando a atual política de remuneração aos acionistas privados, marcada por dividendos recordes.

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Rio Grande do Sul: a rotina de uma distribuidora de combustíveis que não pode parar no meio do caos

O vai e vem dos barcos, ambulâncias, helicópteros e carros de bombeiros nas operações de salvamento pelas ruas alagadas nos municípios do Rio Grande do Sul depende do essencial para rodar: o combustível. Para que haja fornecimento de gasolina, diesel e etanol, a unidade da distribuidora Vibra de Canoas não pode parar, mesmo curando suas próprias cicatrizes. A sede foi invadida pela enchente que atingiu a cidade da região metropolitana. A atividade foi interrompida, pois parte do maquinário ficou embaixo de#39;água. Dois dias depois, as bombas puderam voltar a funcionar, ainda que de forma manual. Muitos funcionários também retornaram, outros demoraram um pouco mais: moradores da cidade destruída, eles perderam suas casas, suas memórias e entes queridos. O blog conversou por vídeo com três dos 84 funcionários lotados na unidade, que é a principal base de distribuição de combustíveis da empresa no estado, com atendimento a 70% dos municípios gaúchos e funcionamento 24 horas. Os operadores Silovete Machado e Moises Vissoto tiveram suas casas invadidas pela água e saíram do local com a família. A empresa os hospedou em hotéis da região, deu o apoio necessário e tempo para se recuperar. Mas eles quiseram voltar a trabalhar. -Meu filho quando me viu me arrumando me perguntou se eu ia voltar a trabalhar. Eu respondi: meu filho, a gente precisa de combustível para poder ajudar essas outras pessoas, ambulância, policial, todo o pessoal envolvido - relembrou a operadora, que está no hotel com seu marido e os dois filhos. Este foi o mesmo sentimento de Moisés: - Se a gente parar, para o estado inteiro. A vontade de trabalhar era muito grande, de querer vir ajudar para que as coisas voltassem à normalidade o mais rápido possível.No ápice do caos, o gerente da base de Canoas, Geraldo Marchesan, sabia que precisava colocar a unidade para funcionar e, ao mesmo tempo, tinha que pensar no drama dos colaboradores atingidos pela água. Dos 98 motores da distribuidora, 25 ficaram totalmente submersos com a enxurrada. Na parte da equipe, turmas de voluntários lotados no Rio e em São Paulo foram para Canoas em voos da FAB para render os funcionários gaúchos. - Acho que a gente saiu de um período extremamente crítico, que foi a parte que impactou muita gente, com a chuva e água subindo. Quando a água baixar e entendermos o tamanho do estrago na cidade, acho que esse período vai ter muito impacto emocional, psicológico para todo mundo - analisa ele. A base tem capacidade de armazenar 100 milhões de litros e não houve risco de desabastecimento, já que havia estoque. Marcelo Bragança, vice-presidente de Operações, Logística e Sourcing da Vibra, explica que a unidade agora opera em plena carga, mas a demanda está 30% abaixo do movimento normal. Além da questão logística - várias estradas destruídas - a agricultura e indústrias estão paralisadas. - A unidade de Canoas atende boa parte da economia do estado. O Rio Grande do Sul é um estado muito forte no agro, que é atendido a partir daquela base. Sem contar a questão dos serviços essenciais, como transporte urbano, hospitais, polícia, corpo de bombeiros, que são atendidas majoritariamente por essa unidade. O trabalho ali é essencial, o combustível é necessário para ter esta mobilidade dos barcos, os resgates, transporte de alimento, de remédios. Em conversa com autoridades e com a diretoria, a expectativa de Bragança é que o estado vai viver meses intensos de recuperação em maior e menor grau. Na parte corporativa, a preocupação é com o psicológico dos funcionários. - A primeira preocupação era como que garantiríamos que as pessoas estão bem mentalmente, aptas a trabalhar para aí sim botar a base para operar e dar esse apoio todo que a gente está dando para o estado? Esta é uma preocupação que temos e vamos continuar tendo, sem dúvida alguma, por alguns meses. A gente lida com um produto perigoso. Mesmo quando não tem crise, uma atenção constante é o estado mental das pessoas. O empregado não pode entrar num terminal de combustível com a cabeça pensando em outra coisa. Disponibilizamos psicólogos para acompanhá-los, sabemos que será um longo processo. Diria que para alguns a ficha ainda nem caiu completamente. O operador Moises diz que a situação está um pouco melhor, pois alugou uma casa para a família, a mulher e os três filhos, de 14, 9 e 2 anos. - Nunca imaginei que ia atingir minha casa como atingiu. Foi um pânico, um trauma muito grande, especialmente para as crianças. Agora conseguimos nos instalar e estou conseguindo vir trabalhar tranquilamente sabendo que minha família está segura. (Blog Míriam Leitão)

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Petróleo sobe e acumula ganhos na semana; Brent é cotado a US$ 83,98

O petróleo subiu nesta sexta-feira, 17, com o preço do WTI voltando a ficar acima dos US$ 80 por barril na máxima intraday pela primeira vez neste mês. A commodity chegou a oscilar perto do negativo nesta manhã, mas se consolidou em alta em meio ao enfraquecimento do dólar contra divisas desenvolvidas. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para julho fechou em alta de 1,07% (US% 0,84), a US$ 79,58 por barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para julho ganhou 0,95% (US$ 0,71), a US$ 83,98 por barril. Na semana, o WTI mais líquido teve alta de 1,69%, enquanto o Brent subiu 1,44%. O estrategista-chefe de commodities do Saxo Bank, Ole Hansen, pontua que os preços do petróleo bruto estão estabilizados na parte inferior da faixa esperada, dado que o mercado concluiu que conflitos no Oriente Médio terão impacto limitado endash; ou nulo endash; sobre a oferta. Enquanto isso, ele aponta que o pico da demanda no verão americano deverá sustentar os preços na faixa atual nos próximos meses. A Capital Economics pontua, em nota, que o mercado de petróleo deve ser cauteloso, dado que a Agência Internacional de Energia (AIE) atualizou para baixo pela segunda leitura consecutiva a sua perspectiva de crescimento da demanda global. Paralelo a isto, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) tem uma visão antagônica, destaca a consultoria, e segue esperando um crescimento robusto da demanda. Segundo a Capital, a AIE parece mais próxima de acertar do que a Opep. Em comentário a clientes, o gestor da Navellier Louis Navellier escreve que os riscos para uma alta do petróleo permanecem elevados, dadas as trocas de ataques a refinarias entre Rússia e Ucrânia. Ele prevê que, caso a Rússia capture a região de Karkhiv, a cotação do Brent toque US$ 100, visto que a Ucrânia provavelmente sabotará os oleodutos russos e as nações ocidentais ampliarão embargos ao petróleo russo, elevando os preços. (Estadão Conteúdo)

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Justiça nega liminar em ação que forçaria reeleição do conselho da Petrobras

O juiz federal Paulo Cezar Neves Junior da 21ª Vara Cível Federal de São Paulo negou o pedido liminar feito em uma ação civil pública (ACP) que levaria a Petrobras a convocar uma nova assembleia geral antes da confirmação de Magda Chambriard como nova presidente e conselheira. A ação foi aberta pelo deputado estadual Leonardo Siqueira (Novo/SP), depois da demissão do presidente da empresa, Jean Paul Prates, e de sua renúncia ao cargo de conselheiro. A intenção da ACP era forçar a reeleição de todo o conselho, contrariando o rito em curso e, assim, postergar a transição iniciada após a saída de Prates. O Novo é um partido de oposição ao governo Lula. No X (Twitter), o Leonardo Siqueira afirmou que entrou com a ação para eldquo;destituir todo o conselho da Petrobraserdquo;. Magda Chambriard está passando pelos processos de checagem interna da governança da estatal antes de poder ser eleita em reunião do conselho endash; sem convocação de assembleia endash; para a vaga deixada por Prates. Posteriormente, a executiva deve ser confirmada no cargo em Assembleia Geral Ordinária (AGO), o que deve ocorrer em 2025. O arranjo é similar ao que permitiu com que Prates assumisse a presidência da empresa em janeiro de 2023, antes da realização da reunião de acionistas. Teses rejeitadas na negativa da liminar O parlamentar do Novo se baseou no artigo 141, da Lei das Sociedades Anônimas, que prevê a necessidade de nova eleição de todos os conselheiros eleitos pelo mecanismo do voto múltiplo quando um deles for destituído. Prates, contudo, renunciou à vaga no conselho, o que significa que não foi destituído dessa função. Na ação, Siqueira argumenta que este caso invocaria uma alternativa: eldquo;nos demais casos de vaga, não havendo suplente, a primeira assembleia-geral procederá à nova eleição de todo o conselhoerdquo;. Não implica, portanto, a convocação de assembleia extraordinária. A ação também argumentava que dois conselheiros da Petrobras teriam sido eleitos de forma ilegal, pois ocupam vagas em ministérios do governo. Seriam eles, Pietro Mendes e Rafael Dubeux. O argumento é baseado no artigo 17 da Lei das Estatais, que regula indicações de dirigentes partidários para os conselhos, que não são os casos dos dois conselheiros, e veda a indicação de ministros do governo federal, além de secretários estaduais. O presidente do conselho da Petrobras, Pietro Mendes, é secretário de Petróleo, Gás e Biocombustíveis; Rafael Dubeux é secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda. O deputado do Novo também foi o autor das ações recentes que suspenderam os mandatos no conselho de Pietro Mendes e do ex-conselheiro Sérgio Rezende, por meio de decisões liminares, que foram revertidas pela União antes da última eleição do conselho.

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