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Além do combustível: Raízen quer fatia de 10% do mercado livre com solar e geração distribuída

O lucro líquido de 754 milhões de reais obtido pela Raízen no terceiro trimestre do ano safra 2023/24, quase três vezes maior do registrado um ano antes, foi celebrado como um dos melhores resultados da história pela empresa. Nem a queda de 3% na receita, ou a pressão sobre o preço do etanol, abalaram o otimismo de seus executivos na divulgação dos resultados, anunciados dois dias antes do carnaval. Mas, há um aspecto pouco explorado pelos analistas na estratégia da companhia que causa certa ansiedade pré-celebratória na liderança: o avanço na comercialização de energia. No mesmo período, a Raízen Power, braço de geração e comercialização de energia do grupo, entregou 9.476 MWh aos seus 70 mil clientes, alta superior a 400% na comparação anual. No acumulado do ano safra, as vendas totalizam 21.964 MWh, crescimento próximo de 45%, na mesma base de comparação. eldquo;Os clientes querem saber de onde vem a energiaerdquo;, justifica Frederico Saliba, CEO da Raízen Power, chamando atenção para o foco em energia renovável. A Raízen, que tem na produção de açúcar e etanol e na distribuição de combustíveis seus principais negócios, almeja conquistar 10% do mercado livre de energia em 6 anos, e, para isso, busca conquistar um quarto do segmento de geração distribuída, composto por fontes geradas localmente em menor escala, como a energia solar. Até o momento, a Power conta com 100 parques solares em operação, própria ou por terceiros. A estratégia é seguir pelo caminho fotovoltaico. eldquo;A eólica não faz sentido na geração distribuídaerdquo;, afirma Saliba. One stop shop de energia Não é de hoje que companhias do setor de combustíveis, notadamente as petroleiras, buscam se posicionar como eldquo;empresas integradas de energiaerdquo;. A Raízen e sua controladora, a Cosan, não fogem dessa regra. Alheia a jogadas marqueteiras ou discurso publicitário, a Power atua como elo entre os negócios legados do grupo e sua visão de futuro, calcada na transição energética. É através dela, ou de sua plataforma, que os clientes da empresa poderão acessar as diversas opções energéticas disponíveis, sejam elas via caminhão-tanque, rede elétrica ou baterias. O plano de instalar, até o final do ano, mil pontos de recarga para carros elétricos, por exemplo, faz parte dessa estratégia. No início de fevereiro, a BYD, fabricante chinesa de veículos elétricos, anunciou uma parceria com a Raízen que vai render 600 desses pontos em diversas localidades. Em outra frente, a empresa trabalha no desenvolvimento do mercado de SAF, sigla em inglês para o combustível de aviação sustentável, grande aposta do setor aéreo para a descarbonização. Essa visão holística sobre o setor de energia, que refuta a ideia de eldquo;caixinhaserdquo; para separar as fontes fósseis e renováveis, advém da ideia de tratar a transição energética como uma indústria, não apenas uma campanha ambiental. eldquo;Temos que encarar como brasileiro, como governo e como iniciativa privada que isso [a transição energética] é uma indústriaerdquo;, disse à EXAME o CEO da Cosan, Luis Guimarães, durante a COP28. eldquo;Temos que estar na mesa de negociação para construir regras para que as nossas soluções sejam comercializadaserdquo;. Para Saliba, o Brasil está bem-posicionado em termos estruturais, porém, há a necessidade de investimentos em transmissão para não frustrar a entrega dos megawatts produzidos de energia limpa. Holisticamente, é preciso entender que, neste cenário de descarbonização, cada parte tem seu papel. Mas, no todo, a energia tem de chegar ao consumidor sem interrupções e barata.

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Mercado eleva a previsão de inflação para 3,82%

As projeções do mercado para a inflação deste ano subiram de 3,81% para 3,82%, segundo o Boletim Focus do Banco Central divulgado ontem. A publicação, que normalmente acontece às segundas-feiras, foi adiada por causa do feriado de carnaval. A previsão para a inflação de 2025 também avançou, de 3,50% para 3,51%, após ter permanecido estável por 28 semanas. Com base nas informações dos analistas do mercado, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano foi mantida: a mediana para a alta da atividade seguiu em 1,60%, ante 1,59% de um mês atrás. Além da divulgação das expectativas para o IPCA e o PIB, o Boletim Focus ainda trouxe projeções sobre a taxa básica de juros, a Selic. As projeções dos economistas consultados se mantiveram em 9% para o final do ano, pela sétima semana seguida.

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Mercado eleva a previsão de inflação para 3,82%

As projeções do mercado para a inflação deste ano subiram de 3,81% para 3,82%, segundo o Boletim Focus do Banco Central divulgado ontem. A publicação, que normalmente acontece às segundas-feiras, foi adiada por causa do feriado de carnaval. A previsão para a inflação de 2025 também avançou, de 3,50% para 3,51%, após ter permanecido estável por 28 semanas. Com base nas informações dos analistas do mercado, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano foi mantida: a mediana para a alta da atividade seguiu em 1,60%, ante 1,59% de um mês atrás. Além da divulgação das expectativas para o IPCA e o PIB, o Boletim Focus ainda trouxe projeções sobre a taxa básica de juros, a Selic. As projeções dos economistas consultados se mantiveram em 9% para o final do ano, pela sétima semana seguida.

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Vendas de etanol em janeiro somaram maior volume em mais de três anos

As vendas de etanol alcançaram 3 bilhões de litros em janeiro, aumento de 38,22% em relação ao mesmo período da safra 2022/23, conforme dados da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) divulgados nesta quinta-feira (15/2). Segundo a entidade, o volume foi o maior desde outubro de 2020. A comercialização do biocombustível anidro e hidratado na segunda quinzena do mês foi determinate do resultado. As usinas venderam um total de 1,11 bilhão de litros de etanol anidro em janeiro, alta de 1,34%, e 1,89 bilhão de litros do hidratado, um salto de 75,54%. O mercado interno foi o principal comprador do combustível, com 2,8 bilhões de litros, o maior volume desde outubro de 2019. Apenas de etanol hidratado, foram 1,77 bilhão de litros, aumento de 75,59% em relação ao ano passado. A comercialização de anidro ficou em 1,03 bilhão de litros, 6,48% a mais. "O resultado reverbera a competitividade do biocombustível nas bombas que já dura meses. Na última semana, dados da ANP [Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis] apontam uma paridade média de 61,7% entre o preço do hidratado e da gasolina C", disse a Unica, em nota. No acumulado da safra 2023/24, a comercialização de etanol soma 26,95 bilhões de litros, representando um aumento de 9,37%. O hidratado alcançou 16,27 bilhões de litros (+15,68%), enquanto o anidro atingiu 10,68 bilhões (+0,99%).

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Vendas de etanol em janeiro somaram maior volume em mais de três anos

As vendas de etanol alcançaram 3 bilhões de litros em janeiro, aumento de 38,22% em relação ao mesmo período da safra 2022/23, conforme dados da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) divulgados nesta quinta-feira (15/2). Segundo a entidade, o volume foi o maior desde outubro de 2020. A comercialização do biocombustível anidro e hidratado na segunda quinzena do mês foi determinate do resultado. As usinas venderam um total de 1,11 bilhão de litros de etanol anidro em janeiro, alta de 1,34%, e 1,89 bilhão de litros do hidratado, um salto de 75,54%. O mercado interno foi o principal comprador do combustível, com 2,8 bilhões de litros, o maior volume desde outubro de 2019. Apenas de etanol hidratado, foram 1,77 bilhão de litros, aumento de 75,59% em relação ao ano passado. A comercialização de anidro ficou em 1,03 bilhão de litros, 6,48% a mais. "O resultado reverbera a competitividade do biocombustível nas bombas que já dura meses. Na última semana, dados da ANP [Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis] apontam uma paridade média de 61,7% entre o preço do hidratado e da gasolina C", disse a Unica, em nota. No acumulado da safra 2023/24, a comercialização de etanol soma 26,95 bilhões de litros, representando um aumento de 9,37%. O hidratado alcançou 16,27 bilhões de litros (+15,68%), enquanto o anidro atingiu 10,68 bilhões (+0,99%).

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Petrobras inaugura polo de venda de combustíveis no Centro-Oeste para atender agronegócio

O aumento da demanda do agronegócio por combustível no Centro-Oeste brasileiro levou a Petrobras a inaugurar mais um polo de comercialização de diesel e gasolina em Rio Verde (GO). Atualmente, o combustível que chega até a cidade é transportado pelas distribuidoras por caminhões, a partir de Paulínia (SP) ou de municípios mais distantes. A logística do novo polo usa uma combinação do modal dutoviário (OSBRA), a partir da Refinaria de Paulínia (Replan), em São Paulo, até o município de Senador Canedo, em Goiás, e o modal rodoviário até Rio Verde. eldquo;O novo polo de vendas tem potencial de crescimento e a Petrobras estuda alternativas logísticas que possibilitem maior competitividade ao seu produtoerdquo;, disse a estatal em nota. Esta é a segunda base de entrega na região Centro-Oeste que a companhia inaugurou em menos de um ano. Um polo em Rondonópolis (MT) foi inaugurado em março do ano passado. Antes disso, a Petrobras já possuía duas bases de entrega de combustíveis no Centro-Oeste: os terminais de Brasília e Senador Canedo, também em Goiás. Para essas localidades, os produtos também têm origem na Refinaria de Paulínia, mas são transportados pelo oleoduto OSBRA. eldquo;A região Centro-Oeste é a que mais cresce no País, muito em função do agronegócio. Por conta disso, a demanda por combustíveis tem aumentado muito, o que nos fez decidir por abrir este polo, mantendo nosso posicionamento como principal supridorerdquo;, informou em nota o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser. eldquo;A criação dos polos de venda de Rio Verde e Rondonópolis está alinhada à estratégia de aprimorar o acesso a mercados do interior do País, uma oportunidade de melhorar nossa cadeia logística, em diálogo constante com nossos clienteserdquo;, completou.

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