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Etanol volta a ganhar força com agosto quente para mercado; em quais estados compensa abastecer?

Os preços do etanol voltaram a ganhar força na última semana, com o indicador Cepea/Esalq do hidratado avançando 1,39%, de R$ 2,5664/l em 26 de julho para R$ 2,6022/l em 2 de agosto. O anidro, por sua vez, recuou 0,51% no comparativo, para R$ 2,9441/l. Segundo Marcelo Di Bonifácio, analistas de açúcar e etanol da StoneX, o aumento de preços está diretamente ligado ao reajuste da Petrobras (PETR3; PETR4) para gasolina, de 7,11%, há cerca de um mês, sendo esse um novo fundamento para as usinas elevarem seus preços de oferta do etanol. eldquo;Esse movimento já era observado pelo lado comprador, que de 2022 até janeiro deste ano viu preço mais baixos, algo anormal visto que o piso costuma ser no pico de safra. Essa trajetória teve pausa na virada do mês, fazendo com que os preços cedessem, atraindo na semana passada novamente a retomada das compras pelas distribuidoraserdquo;, afirma. Vale lembrar que entre 22 e 26 de julho, o indicador Cepea/Esalq do hidratado foi de R$ 2,5664/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), queda de 3,39% frente ao período anterior. Para o anidro, a desvalorização foi de 3%, com o Indicador a R$ 2,9592/litro (líquido de PIS/Cofins), o que também atraiu as distribuidoras a adquirir volumes. Por outro lado, há uma preocupação quanto a qualidade da cana-de-açúcar que será colhida, pela seca do ano passado, que deve resultar em uma menor produtividade. eldquo;Há um consenso de que a safra terminará em outubro, diferente do ano passado, quando algumas usinas operaram até dezembro, algo atípicoerdquo;, vê. De acordo com o levantamento mais recente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o etanol segue mais competitivo frente à gasolina em seis estados (Acre, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo) e no Distrito Federal. Vale mais a pena abastecer com o biocombustível quando ele representa até 70% do preço da gasolina.

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Governo lança programa de incentivo para impulsionar produção nacional de biodiesel

O presidente Luis Arce anunciou o lançamento de um inovador programa de incentivo financeiro e fiscal para fortalecer a produção de biodiesel no país. A iniciativa busca estimular o investimento privado no setor e promover a sustentabilidade ambiental através de uma série de medidas que favorecem novos empreendimentos e empresas existentes no setor. O programa inclui uma tarifa de zero por cento para a importação de máquinas e equipamentos para fábricas de biodiesel. Esta medida soma-se ao atual Imposto sobre Valor Acrescentado (IVA) zero para estes insumos, o que permitirá aos produtores privados o acesso a tecnologias avançadas sem os custos adicionais que tradicionalmente implicam a importação de tais equipamentos. A implementação deste programa contempla também a aplicação de tecnologia avançada para aumentar a produtividade das matérias-primas para a produção de biodiesel. Além disso, espera-se que o investimento em novos empreendimentos e a modernização de plantas existentes como Cusi, Totaí e Macororó, entre outras, tenham papel fundamental no aumento do escoamento da produção de biodiesel no país. Os incentivos não visam apenas melhorar a infraestrutura e a capacidade produtiva, mas também buscam incentivar a pesquisa e o desenvolvimento de novas técnicas e processos que otimizem a produção e reduzam o impacto ambiental. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Raízen paga multa ao Cade quase uma década após condenação

Após quase uma década na Justiça tentando reverter condenações impostas pelo Cade por fixação irregular de preço de combustíveis em postos no interior de São Paulo, a Raízen desistiu e efetivou, no fim de junho, o pagamento de mais de R$ 110 milhões ao órgão. Os processos no Cade, iniciados em 2005 e com julgamento final em 2015, referiam-se a práticas de forçar donos de postos com bandeira Shell, operada pela Raízen, a comercializarem combustíveis a preços definidos pela companhia. Isso aconteceu, conforme o Cade, no interior de São Paulo, mais especificamente nos municípios de Bauru, Marília e São Carlos. "Há elementos nos autos aptos a comprovar a existência de imposição unilateral de preço mínimos, por meio de uma política de controle dos postos revendedores, no intuito de auferir maiores margens de lucros, além da clara intenção de influenciar a adoção de conduta uniforme entre os concorrentes no mercado de combustível nos referidos municípios de São Paulo", concluiu o relator de um dos processos no Cade, o ex-conselheiro Alessandro Octaviani. Após a condenação no Cade, a Raízen entrou com ação anulatória na Justiça, buscando reverter a punição sofrida na esfera administrativa. Entre outros pontos, a companhia argumentava que a multa aplicada fora desproporcional. Na época, as punições nos dois processos que tratavam da fixação de preços no interior de São Paulo somavam R$ 58,1 milhões. Em 25 de junho, a Raízen apresentou ao ministro Sérgio Kukina, do STJ, pedido de desistência do recurso que ainda pretendia anular as decisões do Cade. No STJ, a empresa buscava reverter decisão que impediu que a Raízen tivesse recurso analisado pela corte. O pagamento foi feito na sequência, em parcela única. Com a incidência de juros de mora, o valor pago pela Raízen saltou para R$ 110,02 milhões. Consultada, a Raízen não quis comentar.

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Petrobras confirma descoberta de gás na Bacia de Guajira, na Colômbia

A Petrobras informou na segunda-feira, 5, a descoberta de gás natural na Bacia de Guajira, na Colômbia, após a perfuração de um poço localizado em águas profundas, a 31 quilômetros da costa e em uma profundidade de 804 metros. De acordo com a companhia, a operação no poço denominado Uchuva-2 teve inicio em 19 de junho. O poço agrega informações relevantes para o desenvolvimento de uma nova fronteira de exploração e produção no país, reforçando o potencial volumétrico para gás na região. Segundo detalhado pela Petrobras, o Uchuva-2 dá continuidade às atividades de exploração realizada no poço Uchuva-1, descoberto em 2022 na Colômbia. O Uchuva-2 está sendo executado em cinco fases e o intervalo portador de gás foi constatado na fase 4 da perfuração, por meio de perfis elétricos, que serão posteriormente caracterizadas por meio de análises de laboratório. De acordo com o comunicado, o consórcio formado pela Petrobras como operadora, com a participação de 44,44%, em parceria com a Ecopetrol, que detém 55,56%, é responsável pela exploração de gás na região e dará continuidade às operações para concluir o projeto de perfuração do poço até a profundidade prevista e para caracterizar as condições dos reservatórios encontrados, com a previsão de realização de um teste de formação até o final deste ano. eldquo;A atuação da Petrobras no Bloco Tayrona está alinhada à estratégia de longo prazo da companhia, visando à recomposição das reservas de petróleo e gás por meio de exploração de novas fronteiras e atuação em parceria, assegurando o atendimento à demanda global de energia durante a transição energéticaerdquo;, diz a Petrobras em nota.

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Petrobras negocia com empresas argentinas para trazer gás ao Brasil

A Petrobras está conversando com empresas argentinas para encontrar uma forma de trazer gás natural argentino para o Brasil, disse nesta terça-feira, 6, o gerente executivo de Gás e Energia da Petrobras, Álvaro Tupiassú. No início de julho, a presidente da estatal, Magda Chambriard, anunciou a intenção de apostar na sinergia entre Brasil, Bolívia e Argentina, países interligados por gasodutos. eldquo;O gás da Argentina é um potencial a ser considerado. A Argentina tem recursos que podem virar reservas, e há chance de que parte desse gás, de forma flexível, possa fluir em outros paíseserdquo;, disse o executivo durante painel no Fórum de Energia Rio, promovido pela Seamp;P Global. Para ele, a diversificação dos agentes trazida pelas mudanças nas regras do setor de gás está sendo fundamental para aumentar a oferta do insumo no País. Ele citou a Rota 3, que vai trazer gás dos campos do pré-sal a partir deste ano, e afirmou que o País vai precisar cada vez mais gás para térmicas, à medida que as energias renováveis, intermitentes, não param de crescer no Brasil e precisam de geração firme para suportá-las. eldquo;Hoje, quando acordei, a Petrobras estava gerando 500 megawatts (MW). Às duas da tarde já estava em 2,5 gigawatts (GW) e vai ficar gerando isso à noite, mas acordo de novo com 500 MWerdquo;, explicou, ressaltando a intermitência das energias renováveis. eldquo;Temos informação de retorno de construção de novas usinas térmicas na Arábia Saudita, Estados Unidos, mercado asiático. Isso tende a se intensificar, porque vai entrar mais energia renovável e é o conjunto que funcionaerdquo;, concluiu. Também para a vice-presidente de Estratégia e Desenvolvimento de Negócios da Equinor, Claudia Brun, presente no mesmo painel, a diversificação de agentes do setor tem sido bem vinda, assim como a de novas fontes de gás, mas ainda não é suficiente. eldquo;A gente precisa de mais gente para pagar o transporte, que é caro e vai ficar mais caroerdquo;, observou Brun. Para ela, é preciso aumentar a liquidez do mercado de gás, ou não terá mercado para justificar investimentos. Outra avaliação da executiva é de que chegou a hora de rever os sistemas de leilões no Brasil. eldquo;É preciso repensar contratos de Concessão e Partilha no Paíserdquo;, disse Brun, sobre os dois sistemas de ofertas de blocos de petróleo e gás natural.

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Petróleo fecha em alta, de olho em tensões no Oriente Médio e perspectivas globais

Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta terça-feira (6) depois de operarem com volatilidade durante o pregão, afetado pela valorização do dólar, as dúvidas quanto ao crescimento global nos próximos meses e o aumento das tensões geopolíticas, após o Hezbollah lançar uma série de ataques de drones e foguetes no norte de Israel. A queda de produção por tempo indeterminado em um importante campo de petróleo na Líbia também afetou os negócios. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro fechou em alta de 0,36% (US$ 0,26), a US$ 73,20 o barril, enquanto o Brent para outubro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de 0,24% (US$ 0,18), a US$ 76,48 o barril. Analistas do Goldman Sachs argumentam que eldquo;os medos de recessão macroeconômica impulsionam a maior parte da venda de 6% nos preços do petróleo na última semanaerdquo;, conforme nota enviada a clientes. O banco ainda acredita que o petróleo Brent não deve ficar abaixo de US$ 75, que os preços vão resistir aos medos macroeconômicos, e que deverão eldquo;encontrar suporte nas próximas semanaserdquo;. (Estadão Conteúdo)

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