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Pré-Sal Petróleo tem arrecadação recorde de R$ 6 bi em 2023 e se prepara para leilões

A Pré-Sal Petróleo (PPSA), responsável por representar a União nos contratos de partilha de produção do pré-sal, obteve arrecadação de R$ 6,02 bilhões em 2023, marcando um aumento de 28% na comparação anual e um recorde, segundo relatório publicado pela estatal nesta terça-feira (28). O desempenho refletiu o incremento da produção dos contratos de partilha, além da conjuntura dos preços de petróleo no mercado internacional, disse a empresa, que completou 10 anos em atividade em 2023 com lucro também recorde, de R$ 34 milhões, e R$ 181,6 milhões em caixa. No ano passado, foram comercializados pela PPSA 16 milhões de barris de petróleo e 43 milhões de metros cúbicos de gás da União. A companhia faz gestão de 23 contratos de partilha de produção, em campos que representam 45% das reservas de petróleo do Brasil e respondem por aproximadamente 29% da produção nacional. Ao todo, são nove contratos comerciais, dos quais oito já estão em produção, com um volume médio total de um milhão de barris por dia. Esses nove contratos já representam para o Estado, em toda a vida útil, mais de R$ 2 trilhões em royalties, tributos e comercialização de petróleo e gás natural da União. Desde sua criação, em 2013, a PPSA já acumulou arrecadação de mais de R$ 14 bilhões para o Tesouro Nacional, e agora a estatal se prepara para um "novo cenário" dos próximos dez anos, disse a diretora técnica e presidente interina, Tabita Loureiro. "Trabalhamos em novas estratégias para imprimir uma gestão cada vez mais eficiente e estamos estudando novos modelos para a comercialização do petróleo e gás natural da União, a fim de garantir que os recursos sejam maximizados para a sociedade brasileira", afirmou a executiva, em nota. Entre as estratégias para os próximos anos, está o estudo de ações relacionadas à atratividade do Polígono do Pré-Sal e o aprimoramento dos modelos para a comercialização de petróleo e gás natural, a fim de garantir melhores resultados para a União. A PPSA já tem um calendário de leilões de óleo e gás a serem realizados na B3 nos próximos três anos, sendo os próximos previstos para comercializar petróleo em julho deste ano e abril de 2025. O certame de julho vai comercializar 33 milhões de barris de petróleo, toda a produção estimada para a União, em 2025, dos Campos de Mero e Búzios. Serão quatro lotes de petróleo, sendo três de Mero (dois com quantidades estimadas de 10 milhões de barris e um de 10,5 milhões de barris) e um de Búzios (com quantidade estimada de 2,5 milhões de barris). A expectativa é de que a arrecadação com o leilão de julho supere R$ 13 bilhões para o governo federal, disse nesta semana o diretor de Administração, Finanças e Comercialização da PPSA, Samir Awad. Os recursos serão recebidos ao longo de 2025 e podem variar conforme o preço do barril, o valor oferecido no leilão e a taxa de câmbio. (Reuters)

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Preços da gasolina e do diesel da Petrobras estão 9% e 3% abaixo do PPI, segundo Abicom

O acompanhamento diário da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) divulgado nesta terça-feira mostrou que os preços praticados nos polos operados pela Petrobras também estavam menores em relação ao preço de paridade internacional (PPI), em -9% (-R$ 0,27) na gasolina e -3% (-R$0,11) no diesel, em média. A variação do diesel apurada pela entidade nesses polos na segunda-feira (27) era de -2% (-R$ 0,07), enquanto a defasagem da gasolina era de -6% (-R$ 0,18). Ainda conforme a medição de hoje da Abicom, os preços do litro da gasolina e do diesel nas principais refinarias do País mostravam defasagens de -8% e -3%, respectivamente, em relação ao PPI. As variações de hoje representam preços por litro mais baratos nos principais polos, de R$ 0,23 na gasolina e R$ 0,12 no diesel em relação aos preços no exterior. Na segunda-feira, as mesmas variações correspondiam a diferenças de -5% (-R$ 0,15) na gasolina e -2% (-R$ 0,08) no diesel. A Abicom calcula o PPI usando como referência os valores para gasolina, óleo diesel, câmbio, RVO e frete marítimo nas cotações, considerando os fechamentos do mercado do pregão anterior ao dia da apuração (27/05/2024). eldquo;Com a estabilidade no câmbio e nos preços de referência do óleo diesel, com a gasolina apresentando ligeira valorização no mercado internacional no fechamento do dia útil anterior, o cenário médio de preços está abaixo da paridade para o óleo diesel e na paridade para gasolinaerdquo;, comenta a Abicom, no relatório do PPI desta terça-feira. A taxa de câmbio Ptax, calculada diariamente pelo Banco Central, fechou na última sessão operando em patamar elevado (no fechamento, em R$ 5,17) e pressionando os preços domésticos dos produtos importados. A oferta apertada do petróleo segue pressionando os preços futuros da commodity, acrescentou a associação, que apontava que os futuros do Brent eram negociados acima dos US$ 83/bbl. A medição de hoje ocorreu 154 dias após a vigência da redução linear média de R$ 0,30 por litro no diesel S10, em 27 de dezembro de 2023, e 221 dias após da validade da redução de R$ 0,12 por litro na gasolina, pela Petrobras, em 21 de outubro de 2023. Com isso, o PPI acumula reduções de R$0,16 por litro no diesel e de R$ 0,01/l na gasolina desde os últimos reajustes nos preços da Petrobras. A análise também considerou a redução do preço da gasolina A, em R$ 0,0262 por litro, e a manutenção do preço do diesel A, pela Acelen, no Polo Aratu (BA), na última quarta (22). Os preços médios dos dois combustíveis operam abaixo da paridade em todos os polos analisados.

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Puxada pela gasolina, prévia da inflação acelera para 0,44% em maio

O IPCA-15, considerado a prévia da inflação oficial, acelerou em maio. O indicador ficou em 0,44%, acima da taxa registrada em abril (0,21%). Apesar do avanço, o resultado veio abaixo do esperado abaixo pelos analistas, que previam alta de 0,47% em maio. As maiores influências vieram dos grupos Saúde e cuidados pessoais, por conta da alta dos produtos farmacêuticos, e Transportes, em grande parte por causa da alta da gasolina. Os dados foram divulgados nesta terça-feira pelo IBGE. O que dizem analistas? Economistas consideram uma boa notícia o resultado do IPCA-15. Isso porque confirmou o cenário de desaceleração dos preços no país, a despeito de altas em alguns alimentos e em preços administrados. Por outro lado, analistas seguem atentos a possível alta em alimentos in natura em função da tragédia no Rio Grande do Sul. Estes impactos não chegaram até o consumidor por ora, mas devem se refletir nas gôndolas e no índice de preços nos meses seguintes, esperam. Outro ponto no radar dos analistas é o impacto da inflação no controle da taxa básica de juros, a Selic, pelo Banco Central. A maior barreira à continuação da queda dos juros é o movimento de desancoragem das expectativas de inflação para os próximos dois anos - algo já admitido pelo presidente do BC. Para Victor Beyruti, da Guide Investimentos, as crescentes preocupações com o fiscal e o ruído recente na comunicação do BC têm levado o mercado a elevar as expectativas de inflação para 2025. Esse movimento acaba por levar o Comitê de Política Monetária (Copom) a adotar uma postura mais dura: emdash; Caso esse movimento de desancoragem se intensifique até a próxima decisão, seja por números piores ou uma avaliação qualitativa pior por parte do mercado, o Copom pode optar por um caminho mais conservador e sinalizar uma pausa no próximo encontro ou até confirmar as expectativas de agentes do mercado de um fim de ciclo antecipado, nos atuais 10,5% ao ano. Luis Otávio Leal, economista-chefe da G5 Partners, alerta que itens como o arroz ainda não refletiram os aumentos observados nos supermercados, o que deverá ocorrer a partir do IPCA de maio. Em termos de política monetária, ele concorda que o problema para a calibragem dos juros por parte do BC não tem sido mais a inflação corrente, mas sim as expectativas de inflação: emdash; Apesar deste IPCA-15 bom, em nada vai mudar a expectativa de que, se houver corte na próxima reunião do Copom, será a última. O problema não é a inflação corrente e Roberto Campos deixou isso claro ontem emdash; afirma Leal. Para Claudia Moreno, economista do C6 Bank, a lenta desaceleração da inflação de serviços é um dos motivos que deverá fazer o Copom realizar apenas um corte adicional de 0,25 ponto percentual na Selic, em junho. emdash; E diante da contínua piora das expectativas de inflação, não descartamos a possibilidade de que a taxa fique estacionada em 10,5%, ou seja, que não ocorra mais nenhum corte na taxa básica de juros da economia neste ano emdash; alerta. Enchentes no Sul afetam coleta de preços em Porto Alegre As enchentes no Rio Grande do Sul afetaram parte da coleta de preços do IPCA-15 realizada em Porto Alegre, informou o IBGE. Segundo o órgão, cerca de 30% da pesquisa na região foi realizada de modo remoto, por telefone ou internet, em vez do modo presencial. O IBGE lançou mão da coleta remota a partir do dia 6 de maio, quando aproximadamente 70% dos preços já tinham sido captados na cidade. Ainda assim, o órgão não conseguiu coletar os preços de algumas hortaliças e verduras por telefone. Por isso, adotou o procedimento de imputação dos preços, que considera a média de preços de produtos similares. A coleta de preços do IPCA-15 foi realizada entre 16 de abril e 15 de maio. As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul começaram no dia 27 de abril e se intensificaram no início de maio. O IPCA-15 investiga preços nas regiões metropolitanas de onze cidades brasileiras. Gasolina e medicamentos mais caros Dos nove grupos pesquisados, oito registraram alta em maio. O principal destaque foi o grupo Saúde e cuidados pessoais (1,07%), que registrou a maior alta no mês. Um dos motivos foi o reajuste sobre os preços dos medicamentos, a partir de 31 de março, que encareceram os produtos farmacêuticos. O segmento de higiene pessoal também apresentou alta nos preços, puxado principalmente pelo perfume, que ficou em média 2% mais caro. IDH dos municípios brasileiros: índice recua na pandemia com piora na expectativa de vida e na frequência escolar Em seguida ficou o grupo Transportes (0,47%), puxada pela gasolina, que teve alta de 1,9%. O combustível é o subitem de maior peso na pesquisa, com 5%, segundo economistas. Portanto, qualquer alteração no preço da gasolina tem impacto no levantamento e no bolso do consumidor. Também ficaram mais caros o etanol (4,70%) e o óleo diesel (0,37%). Por outro lado, o gás veicular (-0,11%) registrou queda no preço. As passagens aéreas, por sua vez, tiveram alta de 6,04%. Houve ainda alta de 2,53% do metrô, puxado pelo reajuste em meados de abril, no Rio de Janeiro. Já a alta do táxi (0,73%) decorre do reajuste médio em Recife. Veja a variação dos grupos em maio Alimentação e bebidas: 0,26% Habitação: 0,25% Artigos de residência: -0,44% Vestuário: 0,66% Transportes: 0,77% Saúde e cuidados pessoais: 1,07% Despesas pessoais: 0,18% Educação: 0,11% Comunicação: 0,18% Alta dos alimentos desacelera, mas preço da cebola sobe 16% O grupo Alimentação e bebidas registrou alta de 0,26% em maio, uma desaceleração frente ao mês anterior (0,61%). No segmento de alimentação no domicílio, a alta foi de 0,22%. A cebola, por exemplo, ficou em média 16% mais cara. Já o café moído e o leite longa vida tiveram altas em torno de 2%. No lado das quedas, destacam-se a queda de 5% no preço do feijão carioca, além das quedas entre 0,5% e 1% no preço das frutas, do arroz e das carnes. A alimentação fora do domicílio, por sua vez, registrou aceleração nos preços - de 0,25% em abril para 0,37% em maio. Houve uma alta mais intensa da refeição (0,07% em abril para 0,34% em maio). O lanche continuou subindo 0,47%, variação igual à registrada no mês anterior. Também registraram alta os grupos Vestuário (0,66%), Despesas pessoais (0,18%), Comunicação (0,18%) e Educação (0,11%), enquanto Artigos de residência (-0,44%) registrou a única retração no mês.

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Diesel russo salvou ano de importadores brasileiros, diz Abicom

No 1º ano da nova política de preços da Petrobras, a avaliação dos importadores de combustíveis, que atendem a demanda que a estatal não é capaz de suprir no país, é de que o diesel russoendash; negociado a um preço abaixo da cotação internacionalendash; salvou o ano. Ao Poder360, o presidente-executivo da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), Sérgio Araújo, declarou nesta 3ª feira (28.mai.2024) que a defasagem constante do preço da gasolina tornou a importação do combustível pouco atrativa, mas que o mercado resistiu através da presença cada vez maior do diesel russo nas bombas brasileiras. eldquo;As importadoras só não saíram do mercado por causa da existência do diesel russo. Ele tem um desconto em relação ao preço do mercado praticado pela Petrobraserdquo;, disse Araújo. Clique aqui para continuar a leitura.

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Polícia recupera 595 mil litros de combustíveis adulterados avaliados em R$ 3,3 milhões na Bahia

Uma carga de combustíveis adulterados avaliada em R$ 3,3 milhões foi apreendida pela Polícia Civil, em Dias dersquo;Ávila, cidade da Região Metropolitana de Salvador , na segunda-feira (27). Durante a ação, também foi desarticulado um laboratório, depósito e distribuidora de diesel S10, gasolina e etanol alterados, mantidos em um galpão no município. De acordo com a PC, o material adulterado era fruto de roubos em tanques de gasolina de postos licenciados. As investigações apontam que, para furtar os combustíveis, os suspeitos faziam um furo no duto dos reservatórios, instalavam uma válvula para extrair o produto, que em seguida era adulterado e posteriormente vendido para postos de combustíveis clandestinos, sem bandeira, embalagem e em grandes quantidades. Dois homens foram encontrados no galpão e autuados em flagrante durante a operação. Material apreendido: Dez caminhões tanques e mais três tanques fixos; 595 mil litros de combustíveis, entre diesel S10, gasolina e etanol; Máquinas de sucção, mangueiras, luvas, corante, placas de simbologia de combustível, amostras de tipos de combustíveis; Notebook, caderno de contabilidade e documentos. Todo material apreendido foi analisado por técnicos da Petrobras Transporte (Transpetro) e demais empresas do setor petrolífero.

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Petróleo ganha força com tensões geopolíticas e perspectivas para a produção

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta terça-feira, 28, em retorno após feriados em Londres e Nova York. As tensões geopolíticas no Oriente Médio, com crescente rechaço às ações de Israel na Faixa de Gaza, ampliam os prêmios de risco da commodity. Além disso, as perspectivas para o aperto da oferta por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), que realiza reunião no próximo final de semana, são observadas. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para julho fechou em alta de 2,71% (US$ 2,11), a US$ 79,83 por barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para agosto fechou em alta de 1,28% (US$ 1,06), a US$ 83,94 o barril. O ataque de Israel à cidade de Rafah, no Sul da Faixa de Gaza, ainda repercute nas mesas de operações, com críticas na comunidade internacional à ofensiva. Neste cenário, Espanha, Irlanda e Noruega reconheceram nesta terça oficialmente o Estado da Palestina nas fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias, em 1967, o que inclui a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e Jerusalém Oriental. Em outra frente, o ING prevê que a Opep+ estenderá os cortes na produção em vigor no encontro do próximo domingo. eldquo;Há um risco de que a Opep+ aperte demais o mercado no terceiro trimestre deste anoerdquo;, alerta. eldquo;Os receios geopolíticos e de oferta parecem regularmente impulsionar temporariamente os preços do petróleo. No entanto, o mercado petrolífero parece ter aumentado a sua resiliência aos choques de oferta ao longo dos últimos anos, o que continua a ser pouco reconhecidoerdquo;, pondera o Julius Baer. eldquo;Até agora, o ano trouxe muito ruído geopolítico. Os preços do petróleo subiram acima dos US$ 90 em abril, devido aos receios de uma escalada das tensões no Oriente Médio. Durante estas fases, o mercado petrolífero incorpora temporariamente um prêmio de risco, que reflete a incerteza e os receios em torno de potenciais perturbações no fornecimento na regiãoerdquo;, avalia. Por sua vez, Oriente Médio continua fundamental para o abastecimento de petróleo, mas a percepção da dependência pode ter-se tornado ultrapassada. O banco aponta que hoje há ampla capacidade de produção sobressalente; mais opções para comércio, com a produção aumentando em países como Estados Unidos, Brasil e Guiana; e um amplo armazenamento de óleo. (Estadão Conteúdo)

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