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Carros híbridos x elétricos: o que os americanos estão escolhendo e por quê

Os americanos estão começando a se afastar dos carros movidos exclusivamente a gasolina, mas a maioria não está se voltando aos veículos elétricos. A escolha tem recaído sobre os híbridos. Os híbridos oferecem alguns dos benefícios dos elétricos - custos mais baixos de combustível, menos poluição - sem despertar a ansiedade quanto a encontrar um carregador ou ficar sem energia em uma longa viagem. eldquo;Os híbridos são a porta de entrada para a transiçãoerdquo; para os carros elétricos, disse Stephanie Valdez Streaty, diretora da consultoria Cox Automotive. eldquo;É uma boa opção para os consumidores que não estão prontos para comprar um elétrico.erdquo; Os americanos estão mais hesitantes em comprar carros elétricos agora do que há um ano, de acordo com uma pesquisa da Gallup de março, que constatou que apenas 44% dos adultos americanos dizem que considerariam comprar um elétrico no futuro, em comparação com 55% no ano passado. Os preços altos e as preocupações com o carregamento são consistentemente classificados como os maiores obstáculos para os veículos elétricos, mas o partidarismo político está começando a influenciar. Os republicanos têm menos probabilidade de comprar um carro elétrico do que os democratas. Essa mudança de atitude coincide com uma desaceleração nas vendas de carros e caminhões elétricos. Os americanos compraram menos desses veículos no primeiro trimestre de 2024 do que no trimestre anterior - a primeira queda desde que a pandemia lançou a economia no caos em 2020. Enquanto isso, os híbridos continuam se tornando mais populares. No último ano, os híbridos aumentaram sua participação no mercado, mesmo com a estagnação dos veículos elétricos. Os prós e contras dos híbridos Os carros híbridos oferecem algumas vantagens sobre os elétricos. Em geral, eles são mais baratos e podem abastecer com gasolina para dirigir longas distâncias sem carga. eldquo;Você não precisa mudar nada em seu estilo de vidaerdquo;, disse Valdez Streaty. Mas os híbridos têm muitas desvantagens. O fato de ter dois sistemas de energia separados, um elétrico e outro a gasolina, significa mais desafios de manutenção, e o funcionamento com gasolina é mais caro do que com eletricidade. Além disso, continuar a queimar gasolina no longo prazo não ajudará a evitar os efeitos mais catastróficos da mudança climática. As novas regras federais de poluição de automóveis permitirão que as montadoras mudem de motores a gasolina pura para híbridos no curto prazo, mas, por fim, as regras empurrarão todas as montadoras para veículos elétricos após 2030. Atualmente, a decisão se resume às circunstâncias individuais dos compradores de automóveis, de acordo com Valdez Streaty. Para aqueles que, em sua maioria, percorrem distâncias curtas, têm acesso a estações de recarga nas proximidades ou em casa e podem se dar ao luxo de gastar um pouco mais no início para economizar combustível mais tarde, os elétricos fazem sentido, disse ela. Para aqueles que dirigem longas distâncias e não têm estações de recarga em sua área, um híbrido é uma boa opção. eldquo;Veremos uma mistura de híbridos e elétricos, e isso dependerá de sua situaçãoerdquo;, disse. Mais modelos híbridos chegam às concessionárias O americano que pensa em comprar um híbrido terá muitas opções. Os fabricantes de automóveis estão inundando o mercado com novos modelos híbridos e recuando em alguns de seus planos mais ambiciosos para aumentar a produção de veículos elétricos. Este ano, a Ford adiou seus planos para novos modelos de picapes e SUVs elétricos e anunciou que desenvolverá versões híbridas de todos os seus modelos até 2030. A General Motors - que se comprometeu a vender somente veículos elétricos até 2035 - agora planeja começar a vender híbridos nos Estados Unidos pela primeira vez desde que abandonou o Chevy Volt, em 2019. Enquanto isso, a Toyota - fabricante do híbrido por excelência, o Prius - manteve sua estratégia de priorizar os híbridos, mesmo quando outras montadoras apostaram seu futuro nos veículos elétricos, e foi recompensada com vendas e lucros recordes. eldquo;Os fabricantes estão determinando: Onde está a demanda por veículos elétricos? E como posso mudar para apoiar a maior demanda por híbridos?erdquo; disse Valdez Streaty.

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Agências reguladoras alertam que corte orçamentário e falta de pessoal podem inviabilizar atuação

As 11 agências reguladoras federais que atuam no Brasil divulgaram nota conjunta em protesto contra o corte orçamentário sofrido, de aproximadamente 20%, além do cenário de defasagem de servidores. Segundo as agências, atualmente mais de 65% dos cargos do quadro de pessoal das agências estão vagos. As agências regulam e fiscalizam setores como saúde, combustíveis e transporte. eldquo;Atualmente, a realidade vivenciada pelas Agências põe em risco toda a evolução ocorrida ao longo desses anos, tendo em vista a situação crítica orçamentária e de pessoal que estão enfrentandoerdquo;, afirmam. eldquo;Contudo, fomos surpreendidos com um corte orçamentário de cerca de 20%, o que pode inviabilizar a realização das ações necessárias para que se possa minimamente continuar a fazer uma boa regulaçãoerdquo;, diz a carta publicada no site da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O documento relata que as agências reguladoras juntas arrecadam mais de R$ 130 bilhões por ano, enquanto o orçamento previsto para 2024 era de cerca de R$ 5 bilhões, eldquo;insuficiente frente às necessidadeserdquo;, ressalta. Além do corte, as vagas autorizadas para a realização de concurso público não são suficientes para recompor nem a metade dos cargos vagos, correspondentes a mais de 65% do quadro de pessoal, decorrente de aposentadorias, exonerações e falecimento de servidores. eldquo;Juntas, elas regulam os mais diversos setores da economia, que correspondem a uma considerável parcela do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiroerdquo;, destaca o protesto. Assinam a carta a Agência Nacional de Águas (ANA); Agência Nacional de Aviação Civil (Anac); Agência Nacional do Cinema (Ancine); Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel); Agência Nacional de Mineração (ANM); Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP); Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS); Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel); Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq); Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT); e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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Petróleo cai mais de 1% com alta dos estoques de gasolina e destilados nos EUA

Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda firme nesta quinta-feira, após o Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE) relatar um aumento acima do esperado no volume estocado de gasolina no país na semana que passou, o que indica a possibilidade de uma demanda mais fraca por combustíveis nos EUA. O mesmo aconteceu com os estoques de produtos destilados, que incluem diesel e gás para calefação. O volume estocado de destilados registrou aumento de 2,544 milhões de barris, para 119,288 milhões na semana, o que contrariou a expectativa de queda de 100 mil. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI, a referência americana, com entrega prevista para julho caiu 1,67%, a US$ 77,91 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent, a referência global, para entrega em agosto recuou 1,45%, a US$ 81,88 por barril. O DoE informou, ainda, que os estoques de petróleo cru nos EUA caíram 4,156 milhões de barris na semana encerrada em 24 de maio, a 454,689 milhões. O recuo foi muito maior que os 1,4 milhão de barris estimados por analistas consultados pelo eldquo;The Wall Street Journalerdquo;. eldquo;Acreditamos que a capacidade ociosa elevada limita o potencial de alta nos preços do petróleo, enquanto o gerenciamento de mercado da Opep+, o baixo risco de recessão e as compras de SPR (Reserva Estratégica de Petróleo) nos EUA limitam o potencial de quedaerdquo;, afirmam analistas do Goldman Sachs em relatório enviado a clientes. Os profissionais esperam que os países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) eldquo;estendam completamente seus cortes voluntários de produção no terceiro trimestreerdquo;, na reunião do próximo domingo. Eles preveem, ainda, valor em posições compradas em petróle, ou seja, apostando na alta da commodity, devido à demanda sólida e aos cortes prolongados de produção da Opep+, eldquo;o que deve continuar contribuindo para um retorno total significativo nos futuros do Brent de 25% neste anoerdquo;.

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Revisão pode aumentar renda do petróleo para estados e municípios produtores

Os valores destoantes dos royalties do petróleo podem estar com os dias contados, a partir da aprovação do Projeto de Lei (PL) 50/2024, do deputado Hugo Leal (PSD/RJ), em análise pela Comissão de Minas e Energia (CME). O assunto foi debatido em mais uma audiência pública, nessa terça-feira (28), e a expectativa é de que haja parecer favorável do relator, deputado Gabriel Nunes (PSD/BA). O diretor de indicadores econômicos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Campos Dos Goytacazes (RJ), economista Ranulfo Vidigal, observa que o projeto busca garantir para os entes federativos (União, Estados e Municípios) produtores de petróleo, uma fatia maior da renda diferencial do petróleoerdquo;. eldquo;Essa fatia - da diferença entre custos e extração e preços de mercado - está muito defasada e com a nova lei vai subir bem, fortalecendo os orçamentos públicos e suas políticas desenvolvimentistas federais, estaduais e locaiserdquo;, aponta o economista em sintonia com argumentos do autor do PL, de que os valores atuais estão substancialmente inferiores aos preços de venda praticados pelas concessionárias de óleo e gás. Pelo projeto de Hugo Leal, atual secretário de Energia e Economia do Mar do Estado do Rio de Janeiro, os critérios para o cálculo do valor dos royalties deverão levar em consideração os preços de mercado e as regras de preço de transferência, a exemplo do que ocorre em operações financeiras internacionais. AUDIÊNCIAS NA ANP - Atualmente, os critérios são definidos pelo preço de referência do petróleo. Vidigal pontua que, no Estado do Rio de Janeiro, 26 cidades recebem por ano cerca de R$ 7 bilhões, na forma de royalties e podem ver crescer essas cifra em, pelo menos R$ 1 bilhão num curto horizonte de tempo, caso a iniciativa de Leal venha prevalecer. Vidigal lembra que a revisão dos critérios para cálculos dos royalties vem sendo discutida na Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural (ANP) há dois anos: eldquo;Inclusive, duas consultas públicas já foram realizadas pela agênciaerdquo;, aponta assinalando que a proposta tem apoio de estados e municípios que recebem royalties. Segundo ainda o economista, refinarias privadas, que têm interesse na pauta no contexto do desestímulo à exportação também já teriam se manifestadas favoráveis ao PL de Leal. A expectativa é de que os trâmites avancem e a PL passe a valer ainda no próximo semestre; principalmente, porque o Ministério da Fazenda também cobra celeridade na revisão do cálculo dos preços de referência.

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Por maioria, ANP aprova desvinculação de áreas técnicas

Por quatro votos a um, a diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou o projeto do novo modelo de governança da agência, com a desvinculação de unidades técnicas das diretorias. O voto do relator, diretor-geral Rodolfo Saboia, foi vencido pelos demais, que acompanharam a posição do diretor Daniel Maia. No modelo atual, criado em 2017, durante o governo de Michel Temer e quando o colegiado era comandado por Décio Oddone, há um rodízio entre os diretores a cada 15 meses, e as áreas técnicas permanecem vinculadas às diretorias específicas. Em seu voto, Saboia defendeu que não há segurança jurídica para adotar a desvinculação de áreas técnicas, uma vez que poderia entrar em conflito com o estabelecido no decreto que criou a agência, em 1998. Daniel Maia abriu divergência, amparado por pareceres da Procuradoria Federal da ANP, que sustentaram a viabilidade da desvinculação. Argumentou que, no modelo atual, as unidades técnicas é que exercem, de fato, as competências finalísticas, e não as diretorias. eldquo;Não vejo insegurança jurídica em um modelo que busque desvincular as áreas de um diretor, des-subordinar as áreas de um diretor, tirar os diretores a gerência das áreas para, ao contrário, vinculá-las (e não subordiná las, por assim dizer), à diretoria colegiadaerdquo;, disse Maia. Ele criticou o modelo atual de rodízio, que, a seu ver, provoca eldquo;ineficiências naturaiserdquo; em razão das visões divergentes que os diretores possam ter em relação a determinado tema. Citou, a título de exemplo, o caso do gasoduto Subida da Serra, que já esteve sob a relatoria de Fernando Moura, passou para Cláudio Jorge e atualmente está com a diretora Patrícia Baran. eldquo;Perde-se a cadênciaerdquo;, concluiu. Baran, Fernando Moura e Symone Araújo acompanharam o voto de Maia, para que a Superintendência de Governança e Estratégia dê continuidade ao projeto do novo modelo de governança. Os detalhes sobre os desdobramentos da desvinculação de áreas ainda serão definidos, como o sistema de distribuição dos processos (que poderá ser por meio de sorteio), as indicações para as superintendências e o que acontecerá com os processos já distribuídos. As mudanças nas regras internas da agência vêm sendo discutidas desde 2022, quando a nova diretoria ainda estava tomando posse, e ganhou força no ano passado. Com o novo modelo, os diretores seriam relatores de processos em todas as áreas de atuação da agência ao mesmo tempo endash; tal como ocorre nos casos analisados pela Aneel. A ideia, ao fim, é diluir o poder individual e fortalecer o colegiado.

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ANP adia decisão sobre GNL em pequena escala

A diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) adiou, novamente, a votação sobre a regulamentação das movimentação de GNL a granel por modais alternativos ao dutoviário. O diretor Fernando Moura pediu vista do caso, que está sob a relatoria de Patricia Baran. A discussão estava prevista para a reunião desta quarta (29/5) endash; foi a segunda tentativa. Em abril, Baran retirou o caso de pauta. Dessa vez, Moura quer estudar melhor o tema. Ele esteve à frente do caso durante sua gestão na diretoria 4, hoje ocupada por Baran, e acompanhou a realização de consulta e audiência pública, realizadas no ano passado. O impasse não está relacionado ao possível conflito de competências entre a ANP e agências reguladoras estaduais endash; como foi levantado pelos órgãos locais durante a consulta pública. O tema já foi tratado pela Procuradoria Federal da ANP, que endossou o entendimento da área técnica da SIM: cabe ao governo federal regular a atividade de movimentação de GNL por modais alternativos ao dutoviário. A ideia é preencher lacunas da portaria ANP 118/2000 e seus critérios para a construção e operação de Centrais de Distribuição de GNL e para distribuição a granel. E assim, contemplar novos modelos de negócio e tecnologias e oferecer alternativas flexíveis para o desenvolvimento de projetos de GNL em pequena escala. GNL em pequena escala divide mercado A Abegás (distribuidoras) defende a competência dos estados em definir alguns pontos da regulação da atividade. Por exemplo: que as regras da ANP reconheçam que o fornecimento do gás para a liquefação possa ser feito, obrigatoriamente, pela concessionária estadual endash; como já previsto em regulamentos existentes em SC e SP. O IBP (produtores), por sua vez, entende que a minuta proposta pela ANP cria restrições para o desenvolvimento de GNL em pequena escala e pede que a agência seja enfática em fixar limites à esfera de atuação dos estados na atividade. As diferentes visões foram tema na gas week, newsletter gratuita da agência epbr, que faz a cobertura do mercado de gás natural. Os produtores alegam que a regulação da distribuição de GNL é independente das regras do serviço de gás canalizado (monopólio estadual) e defende que a resolução da ANP proíba os estados de privatizarem ou fazerem concessões para exploração da atividade de movimentação de GNL a granel. Também pedem à agência que ela seja mais clara em permitir que os distribuidores de GNL a granel forneçam o produto diretamente a consumidores finais. GNL no mercado de distribuição A Abegás vê no GNL a granel uma via auxiliar das distribuidoras, no desenvolvimento da área de concessão. Usualmente, no setor, o gás natural liquefeito ou comprimido é utilizado para abastecer regiões não atendidas por gasodutos e, assim, preparar o mercado local para um futuro projeto de integração à rede. A associação, contudo, olha com ressalvas projetos que miram o desenvolvimento de um mercado próprio emdash; sem, necessariamente, estarem vinculados a um projeto estruturante da distribuidora e que podem, no limite, competir com as concessionárias.

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