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Etanol é mais competitivo que a gasolina em 6 estados, cai em 13 e no DF e sobe em 5 unidades

O etanol mostrou-se mais competitivo em relação à gasolina em seis estados na semana de 27 de abril a 3 de maio. Na média dos postos pesquisados no país, o etanol tinha paridade de 68,57% ante a gasolina no período, portanto favorável em comparação com o derivado do petróleo, conforme levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado. O etanol é mais competitivo em relação à gasolina nos seguintes estados: Acre (69,82%); Mato Grosso (66,40%); Mato Grosso do Sul (65,73%); Minas Gerais (69,68%); Paraná (68,13%) e São Paulo (66,67%). Preço do etanol cai em 13 estados e no DF, sobe em 5 e fica estável em 8, diz ANP Os preços médios do etanol hidratado caíram em 13 estados e no Distrito Federal, subiram em 5 e ficaram estáveis em 8 Estados na semana de 27 de abril a 3 de maio. Os dados são da ANP compilados pelo AE-Taxas. Nos postos pesquisados pela Agência em todo o País, o preço médio do etanol ficou estável na comparação com a semana anterior, a R$ 4,32 o litro. Em São Paulo, principal estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média caiu 0,24%, de R$ 4,11 para R$ 4,10 o litro. A maior queda porcentual na semana, de 10,02%, foi registrada no Acre, onde o litro passou de R$ 5,99 para R$ 5,39. A maior alta no período, no Rio Grande do Norte, foi de 8,68%, para R$ 5,26 o litro. O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,38 o litro, em São Paulo. O maior preço, de R$ 6,49, foi observado em Pernambuco. Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,99, foi registrado em Mato Grosso do Sul, enquanto o maior preço médio foi verificado no Amazonas, de R$ 5,48 o litro. (Estadão Conteúdo)

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Vale-gás tem apoio do mercado, mas reacende racha por controle do botijão

O mercado de gás liquefeito de petróleo (GLP) entrou em rota de colisão diante do que pode vir a ser um capítulo à parte da criação do Gás para Todos, programa social gestado no governo Lula para substituir gradativamente o novo vale-gás. O Planalto pretende editar uma MP para colocar o projeto de pé este ano, mesmo com as restrições orçamentárias, que vão impor um ritmo mais lento de implementação, inicialmente pensado para atender 20 milhões de famílias. De toda forma, a principal mudança será destinar recursos do orçamento da União para a aquisição de cargas de gás de cozinha, criando um vetor de crescimento do mercado. Revendedores, que atuam na ponta, e distribuidoras de GLP entraram em choque, contudo, sobre os efeitos da proposta de reforma do desenho do mercado de botijões. Ambos segmentos estão mantendo reuniões no governo, disputando o saldo dessa discussão. A reforma foi pensada na Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e abraçada pelo governo federal, que trabalha em uma minuta de decreto para acompanhar a MP do Gás Para Todos, como antecipou a agência eixos. O governo e a ANP têm propostas para permitir o chamado enchimento fracionado e de outras marcas de botijões de até 13 kg, permitindo a autorização para instalação de postos destinados à prática. Está sendo chamado de eldquo;enchimento remotoerdquo;. Medidas seriam feitas por decreto e regulamentação da ANP. Na MP, será criado o novo vale-gás, substituindo o atual pagamento bimestral de um valor equivalente ao preço de um botijão, pelo subsídio direto pela carga do gás de cozinha: um voucher para retirada nas revendas, proporcional ao tamanho das famílias de baixa renda e qualificadas no programa Gás para Todos. Gás de cozinha subsidiado terá preço fixado na regulação Como a carga de GLP destinada às famílias beneficiadas será paga com recursos do orçamento da União, a regulamentação do Gás para Todos vai envolver a definição de um preço de referência para remunerar a revenda. Foi um impasse importante na decisão de avançar com a medida provisória, diante de um pleito de empresas do setor que o programa trabalhasse com preços livres. O governo parou para medir o risco de a fixação de preços levar a um desabastecimento do gás de cozinha disponível para o programa social, dado que a aderência é voluntária. Distribuição e revenda dão garantias que isso não vai ocorrer. eldquo;Não vemos problemas de adesão da revenda [ao Gás para Todos], nosso setor tem excesso de competição. Vamos correr atrás para vender (ehellip;) Os revendedores estão aguardando o lançamento [do programa] pelo governo federal, para se cadastrar e aderirerdquo;, afirma o presidente da Abragas, José Luiz Rocha. A entidade reúne sindicatos de varejistas no Acre, Amapá, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Santa Catarina e é associada à Fecombustíveis (varejo de combustíveis). O Brasil tem mais de 58 mil revendas autorizadas pela ANP. Na distribuição, são 19 empresas de GLP que, por sua vez, têm 117 revendas autorizadas. O segmento é concentrado em quatro grandes grupos, com 90% do mercado: Copa Energia (24,7%); Ultragaz (22,8%); Nacional Gás Butano (21,32%); e Supergasbras (20,1%). Os dados são do primeiro semestre de 2024, quando a ANP fez um raio-x do mercado ao propor o escopo da reforma na regulação. eldquo;Somos, absolutamente, entusiastas do programa, vamos apoiar e nos comprometer [com o governo] para que tenhamos, no mínimo, uma revenda por município oferecendo [gás de cozinha] por meio do Gás para Todoserdquo;, afirma Sérgio Bandeira de Mello, presidente do Sindigás, representante das distribuidoras. O executivo afirma que é natural ter uma adesão muito maior do que apenas uma revenda por município. eldquo;A gente sempre defendeu o subsídio direcionado para o GLP, não para vender mais gás [de cozinha], mas porque subsídios generalizados têm maior custo fiscal e menor potência socialerdquo;, diz. De fato, foi uma agenda do Sindigás em 2021, quando a pressão sobre os mais pobres levou o Congresso Nacional a criar o atual vale-gás atual. O orçamento reservado para este ano é de R$ 3,6 bilhões, que poderão ser utilizados para o novo programa; os modelos vão coexistir. Regulação na esteira do vale-gás O consenso se encerra aí. Entre outros pontos, a mudança cogitada na regulação alteraria por completo o mercado de botijões, de forma a permitir que os agentes regulados possam ser autorizados pela ANP a encher, inclusive parcialmente, vasilhames de qualquer marca. Um revendedor poderia ter uma estação de enchimento, por exemplo. A proposta de regulação, a qual a eixos teve acesso, prevê exigências de segurança para esse eldquo;enchimento remotoerdquo; e responsabiliza o agente responsável, que deverá assegurar a integridade do botijão. A Abragas defende essa agenda junto ao governo como uma forma de dar mais concorrência no mercado e acelerar a redução de preços do GLP, na esteira da criação do programa social. Combateria o que o presidente da Abragas, José Luiz Rocha, chama de eldquo;turismo de botijõeserdquo;. Hoje, sob o argumento que é preciso garantir a segurança do envase e a integridade dos botijões, apenas a distribuidora que carimba a marca no vasilhame de 13 kg é autorizada a fazer a recarga. Quando o consumidor entrega o botijão vazio e recebe um cheio, pagando pela carga de combustível, os vasilhames são recolhidos para bases das distribuidoras, o que pode incluir uma logística inversa de destroca, para então serem abastecidos e retornarem ao mercado. Rocha argumenta que a situação se torna mais evidente em regiões afastadas de bases de distribuição, em que é preciso retornar com eldquo;toneladas de açoerdquo; nos botijões vazios para reabastecimento pelas distribuidoras. eldquo;Qual o problema de fazer o enchimento em uma grande revenda?erdquo;, questiona Rocha. eldquo;Por que eu não posso enviar uma carreta de transporte a granel, com 30 toneladas de GLP, e reduzir o custo dessa logística reversa?erdquo; Ele defende que essa atividade poderia ser exercida, com segurança, por revendedores enquadrados como classe V, nível de classificação de risco, com exigências de segurança a depender do porte das instalações. É estabelecido e fiscalizado pela ANP. Sindigás: Gás para Todos é viável sem enchimento remoto Para as distribuidoras, a proposta vai na contramão da redução de custos, criando um risco à segurança dos consumidores, além de pulverizar o mercado de forma a prejudicar os esforços de fiscalização. Hoje, cada distribuidora é a responsável pela requalificação dos botijões com suas marcas, realizada periodicamente. eldquo;Ao se admitir que uma empresa utilize botijões de outras marcas, resta impossível à ANP fiscalizar se todos esses procedimentos foram observados, o que compromete gravemente a segurança do consumidorerdquo;, afirmou o Sindigás a uma consulta da agência. Além disso, defende Bandeira de Mello, os associados do Sindigás estão comprometidos a colocar em circulação os botijões necessários para o sucesso do programa social. eldquo;[Dizer] que a mudança regulatória é necessária para que o [social] programa fique de pé uma ligação completamente descabida e oportunista. Não existe nenhuma necessidade que isso aconteçaerdquo;, afirma Bandeira. eldquo;Alegar que a redução da escala levará a redução de custos é um contrassenso em absolutoerdquo;. O executivo afirma ainda que o debate deve transcorrer sob as competência das ANP. A agência estima que será possível concluir a reforma no primeiro semestre de 2026, após os ritos internos que incluem, ao menos, uma consulta pública de 45 dias. O decreto seria uma forma de acelerar esse processo emdash; normas ainda precisariam ser editadas na agência. Não é sobre censurar o debate regulatório, defende Bandeira. eldquo;Tem que existir a todo tempo, e a gente considera que o ambiente adequado é a Agência Nacional do Petróleo. O que vemos é uma total desconexão [entre o debate regulatório] e a viabilidade do Gás para Todoserdquo;, completa. Rocha desafia, contudo, o papel das distribuidoras no aumento do acesso ao GLP: eldquo;eles não precisam colocar botijão no mercado, que é super abastecido de vasilhames (ehellip;) Não há necessidade de o distribuidor investir nada, é zeroerdquo;. Segundo dados utilizados nos estudos da ANP, há cerca de 128 milhões de botijões de 13 kg em circulação no país, um patrimônio bilionário emdash; um novo consumidor do combustível paga cerca de R$ 200 por um. eldquo;A revenda é a favor da quebra do monopólio e da liberação para entrada de novos agentes. Nós não temos a opção de comprar, somos obrigados a comprar dessas quatro companhias [maiores], ao preço que elas impõemerdquo;, diz Rocha sobre o market share da Copa, Ultragaz, Nacional Gás Butano e Supergasbras. A MP do Gás para Todos se insere em um contexto político de maior protagonismo das políticas da área de energia com fins sociais. Ontem (6/5), antes de embarcar com Lula para uma viagem internacional, o ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira (PSD), anunciou que a MP da tarifa social está fechada. Com essa outra medida, o governo vai assegurar o consumo gratuito de até 80 kWh por mês para famílias mais carentes. Estima que serão alcançadas 14 milhões de famílias com a nova tarifa social.

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ANP divulga Relatório Anual de Gestão 2024

A ANP publicou em seu site o Relatório de Gestão da ANP referente ao exercício de 2024. O documento tem o objetivo de prestar contas à sociedade das ações realizadas ao longo do ano, por meio de uma comunicação aberta e transparente das atividades e resultados da Agência, seguindo os princípios estabelecidos pelo Tribunal de Contas da União (TCU). De acordo com as disposições da Decisão Normativa TCU nº 198, de 23 de março de 2022, da Instrução Normativa TCU nº 84, de 22 de abril de 2020 e da Portaria TCU nº 52, de 27 de março de 2024, o Relatório de Gestão, o rol de responsáveis da ANP, as demonstrações contábeis relativas ao exercício de 2024, além de parecer da Auditoria Interna e da Corregedoria, foram publicados na página Transparência e prestação de contas.

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Brasil assinará com China protocolo de intenções para venda de etanol

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinará um protocolo de intenções para a venda de etanol para a China. O ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia, confirmou a informação à CNN. O objetivo do país é aumentar a venda do produto para o país asiático, que tem adotado políticas para redução de combustíveis fósseis. A China importa hoje etanol brasileiro para mistura com a gasolina. No primeiro semestre do ano passado, a exportação de etanol para a China somou US$ 27 milhões. O país asiático produz biocombustíveis, mas tem focado no desenvolvimento próprio de energia elétrica. Por isso, planeja aumentar a importação do produto brasileiro. O etanol está no centro da discussão do tarifaço com os Estados Unidos. O Brasil negocia a adoção de cotas comerciais para alumínio e aço. O governo de Donald Trump deu acenos positivos, desde que o Brasil reduza seu imposto de importação de etanol. O mercado doméstico brasileiro, no entanto, tem resistências. (Blog por Gustavo Uribe)

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Copom sobe juros em 0,5 ponto porcentual e Selic vai a 14,75%, maior patamar em quase 20 anos

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou a taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto porcentual, de 14,25% para 14,75% ao ano endash; conforme o esperado pela maior parte do mercado financeiro. A decisão foi unânime. Com a decisão desta quarta-feira, 7, o Copom colocou os juros no maior nível nominal desde julho de 2006, no primeiro governo Lula, quando o Copom cortou a taxa de 15,25% para 14,75% ao ano. Nessa época, os juros estavam em queda depois de terem atingido 19,75% em maio de 2005, um dos maiores patamares do século 21. Ao subir a taxa em 0,5 ponto, o Copom cumpre sua sinalização de março de que o juro seria elevado em menor patamar do que o ritmo de 1 ponto porcentual escolhido pelo colegiado nas reuniões anteriores. eldquo;A conjuntura externa, em particular os desenvolvimentos da política comercial norte-americana, e a conjuntura doméstica, em particular a política fiscal, têm impactado os preços de ativos e as expectativas dos agentes. O Comitê segue acompanhando com atenção como os desenvolvimentos da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiroserdquo;, diz o comunicado da decisão. O Copom deixou em aberto a direção da próxima reunião. eldquo;O Comitê se manterá vigilante e a calibragem do aperto monetário apropriado seguirá guiada pelo objetivo de trazer a inflação à meta no horizonte relevante e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscoserdquo;, diz o texto. O colegiado explicou que, para a próxima reunião, o cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação. Até a reunião anterior, a cúpula do BC tinha oferecido um eldquo;guidanceerdquo; claro sobre seu próximo passo de política monetária, ou mesmo uma sinalização sobre o que faria, como agora. A indicação era de que o Copom aumentaria a Selic hoje em um patamar inferior a um ponto porcentual. A curva de juros precificava com 80% de chance uma elevação de 0,5 ponto porcentual na Selic no fim da tarde desta quarta-feira. Havia 20% de chance de uma alta menor, de 0,25 ponto, embutida nos preços. Desde setembro, o BC já aumentou a Selic em 4,25 pontos, o segundo maior ciclo de alta dos últimos 20 anos endash; perdendo apenas para a alta de 11,75 pontos entre março de 2021 e agosto de 2022, que ocorreu após o fim da pandemia. Juros reais Com a elevação de 0,5 ponto na Selic, o Brasil passou da quarta para a terceira posição no ranking dos maiores juros reais do mundo, elaborado pelo site MoneYou, com 8,65%. O País fica atrás de Turquia (10,47%) e Rússia (9,17%), e à frente de África do Sul (6,61%) e Colômbia (4,68%). O BC calcula que a taxa real neutra de juros do Brasil endash; que não estimula, nem deprime a economia endash; é de 5,0%. Política comercial dos EUA e quadro fiscal doméstico O Copom afirmou que a conjuntura externa, em particular os desenvolvimentos da política comercial dos Estados Unidos endash; em meio ao eldquo;tarifaçoerdquo; de Donald Trump, e a conjuntura doméstica, em particular a política fiscal, têm impactado os preços de ativos e as expectativas dos agentes endash; quadro que teria desenhado a Selic para 14,75% ao ano. eldquo;O ambiente externo mostra-se adverso e particularmente incerto em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, principalmente acerca de sua política comercial e de seus efeitoserdquo;, diz o comunicado. Também nesta quarta-feira, o Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) ignorou os apelos por cortes feitos por Trump e manteve os juros inalterados na faixa entre 4,25% e 4,50% ao ano pela terceira vez consecutiva. De acordo com o texto, o cenário segue sendo marcado por expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho. eldquo;Tal cenário prescreve uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período prolongado para assegurar a convergência da inflação à meta.erdquo; O Copom entende que a decisão de hoje é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante. eldquo;Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego.erdquo; Balanço de riscos O Copom abandonou a eldquo;assimetria altistaerdquo; no seu balanço de riscos, pela primeira vez desde setembro de 2024, quando voltou a aumentar a taxa Selic. Isso significa que, agora, o colegiado vê três riscos de alta e três de baixa da inflação no balanço - antes, eram três para cima e dois para baixo. eldquo;Os riscos para a inflação, tanto de alta quanto de baixa, estão mais elevados do que o usualerdquo;, afirmou o Copom, no comunicado da decisão desta quarta-feira. O risco para baixo adicionado diz respeito a uma possível eldquo;redução nos preços das commodities, com efeitos desinflacionárioserdquo;, segundo o comunicado. Entre os riscos de baixa, o Copom mencionou uma eventual desaceleração doméstica mais forte. Também citou a possibilidade de desaceleração global mais forte, eldquo;decorrente do choque de comércio e de um cenário de maior incerteza.erdquo; Nos riscos de alta, o comitê citou: a desancoragem das expectativas por período mais prolongado; maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais positivo; e uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário maior que o esperado, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada. Projeções de inflação O Copom diminuiu a sua projeção para a inflação acumulada em 12 meses até o fim de 2026, que a partir desta reunião é o horizonte relevante da política monetária. A estimativa caiu de 3,7% para 3,6% no cenário de referência, distanciando-se do teto da meta, de 4,50%. Apesar da redução, a estimativa ainda indica que a trajetória da taxa Selic embutida no relatório Focus - com alta dos juros a 15% no fim do ciclo, em junho, e com um corte de 0,25 ponto porcentual em dezembro - seria insuficiente para fazer a inflação convergir ao centro da meta, de 3%, no período de seis trimestres observado pelo BC. Desde a última reunião, de janeiro, a cotação do dólar usada pelo comitê nas suas projeções caiu de R$ 5,80 para R$ 5,70. As medianas do Focus para o IPCA de 2025 e 2026 passaram de 5,66% para 5,53%, e de 4,48% para 4,51%, respectivamente. Os preços de commodities caíram. A projeção do Copom para o IPCA acumulado em 2025 passou de 5,1% para 4,8%, acima do teto da meta. Todas as estimativas levam em conta a evolução da taxa de câmbio conforme a paridade do poder de compra (PPC), a trajetória de Selic embutida no relatório Focus e o preço do petróleo seguindo a curva futura por aproximadamente seis meses, passando a aumentar 2% ao ano posteriormente. Também nesse cenário de referência, o Copom ajustou as suas projeções para a inflação de preços livres em 2025 (5,4% para 5,3%) e 2026 (3,5% para 3,4%). A projeção para os preços administrados passou de 4,3% para 3,5% este ano e de 4,2% para 4,0% no horizonte relevante.

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Vibra (VBBR3) tem lucro líquido de R$ 601 milhões no 1º tri, queda anual de 23,8%

A Vibra (VBBR3) informou nesta terça-feira que registrou lucro líquido de R$ 601 milhões no primeiro trimestre, recuo de 23,8% na comparação com o mesmo período do ano passado, embora o desempenho tenha vindo acima da expectativa média do mercado. Analistas, em média, esperavam lucro líquido de cerca de R$ 501 milhões para a companhia de energia entre janeiro e março, segundo estimativas compiladas pela LSEG. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da Vibra aumentou 43,6% na base anual nos três meses encerrados no final de março, para R$ 2 bilhões, de acordo com relatório de resultados do período. No segmento de Distribuição, Rede de Postos e B2B, o Ebitda ajustado foi de R$ 1,8 bilhão, um crescimento expressivo de 28,5% em relação ao mesmo período de 2024. A margem Ebitda ajustada por m³ atingiu R$ 215, com avanço de 31,4%. Segundo a companhia, isso demonstra o êxito das iniciativas de eficiência operacional e gestão comercial. No segmento de energias renováveis foi registrada uma receita líquida de R$ 1,2 bilhão e Ebitda @stake de R$ 268 milhões, crescimento de 15,1% ante o primeiro trimestre de 2024. A dívida líquida foi de R$ 20,5 bilhões, com índice de 1,8 vez o Ebitda ajustado dos últimos doze meses.

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