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Ministro pede fiscalização de distribuidoras e postos por aumento 'persistente' da margem

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, solicitou a fiscalização de distribuidoras e postos de combustíveis devido ao aumento "persistente" de suas margens de lucro ao comercializar gasolina, diesel e gás de cozinha. A informação consta em dois ofícios obtidos pelo g1, que foram enviados nesta quarta-feira (14) ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Nos documentos, o ministro faz referência a um estudo elaborado pela pasta, que analisa a evolução dos preços da gasolina, diesel e gás de cozinha ao longo da cadeia produtiva emdash; do refino ao consumidor final. "Observa-se que há uma tendência de aumento persistente no incremento de margens no setor de distribuição e de revenda desses combustíveis", escreveu. No setor de combustíveis, a distribuição é o elo responsável por levar o combustível produzido pelas refinarias até os pontos de revenda, como postos de combustíveis e comercializadores de gás de cozinha, que, por sua vez, vendem os produtos ao consumidor final. O Ministério de Minas e Energia identificou que as margens de lucro dos postos e comercializadores de gás de cozinha aumentou muito nos últimos cinco anos, entre maio de 2019 e de 2024. Segundo a pasta, de 2019 para 2024, as margens de revenda aumentaram: gás de cozinha: R$ 15 por botijão de 13 kg; gasolina: R$ 0,35 por litro; diesel: R$ 0,34 por litro. Refinarias privadas. Segundo Silveira, as refinarias privadas também têm praticado preços "significativamente superiores", na comparação com unidades da Petrobras e importadores. O ministro destaca a Refinaria do Amazonas emdash; privatizada pela Petrobras em 2022 para o grupo Atem. "Esse cenário adquire relevância especialmente no contexto de interrupção das operações desta refinaria, que vem operando apenas como terminal desde meados do primeiro semestre de 2024", disse. Para a pasta, segundo apurou o g1, a privatização da refinaria foi prejudicial para o mercado. Isso por causa das dificuldades logísticas da região, que impedem a competição com outros agentes do mercado.

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Vendas no varejo caem 1% em junho com retração nos supermercados

As vendas no varejo brasileiro recuaram mais do que o esperado em junho na comparação com maio, após cinco meses de alta, sob o impacto de uma retração no comércio de hiper e supermercados, mostraram dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (14). A queda foi de 1% na comparação com o mês anterior, em dado livre de efeitos sazonais, na maior queda desde dezembro de 2022, quando houve redução de 1,3%. Frente a junho do ano passado, as vendas cresceram 4%. O desempenho veio abaixo do estimado por economistas em pesquisa da Reuters, de baixa de 0,2% na comparação mensal e avanço de 5,5% sobre um ano antes. O IBGE ainda revisou a alta de maio para um crescimento de 0,9%, ante 1,2% informado há um mês. Para o gerente da pesquisa do IBGE, Cristiano Santos, a tendência é que a queda em junho tenha sido pontual, sinalizando, em parte, um "efeito rebote" após um crescimento forte nas vendas nos meses anteriores. "Não dá para falar em mudança de trajetória, nesse momento a queda parece um ponto em meio a um cenário positivo", afirmou. As vendas de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo emdash;grupo que concentra a maior parte da atividade do comércioemdash; caíram 2,1% em junho sobre maio. Considerando apenas as vendas de super e hipermercados, a queda foi de 2,7%. Para Santos, essa retração tem relação com custos de empréstimos e inflação de alimentos elevados e foi contida pelo crescimento do emprego e da massa salarial. Entre os destaques de alta em junho, estão as vendas de móveis e eletrodomésticos (+2,6%), equipamento e material para escritório, informática e comunicação (+1,2%)e combustíveis e lubrificantes (+0,6%). No semestre, o volume de vendas acumulou alta de 5,2% sobre o mesmo período de 2023. Em 12 meses, a alta foi de 3,6%. No chamado comércio varejista ampliado, que inclui veículos motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, houve aumento de 0,4% nas vendas em junho sobre maio, na série com ajuste sazonal. No total, 20 unidades da federação tiveram queda nas vendas em maio. Em nota, o diretor de pesquisa macroeconômica para América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos, disse esperar que o varejo siga sendo beneficiado à frente pelas transferências do governo às famílias de baixa renda, pela expansão da renda e pelo crédito, mesmo em um cenário de juros altos e níveis elevados de endividamento das família. (Reuters)

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Silveira aciona Cade e ANP sobre alta nos preços de combustíveis

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, notificou o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e a ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) para que sejam tomadas providências em relação aos preços de combustíveis no Brasil. Segundo ofício, a pasta teria identificado uma tendência de "aumento persistente no incremento de margens no setor de distribuição e de revenda" da gasolina, do óleo diesel e do GLP (gás liquefeito de petróleo) no Brasil. Na nota informativa anexada ao ofício, o MME diz que o preço ao consumidor da gasolina cresceu 29% no período entre maio de 2019 e maio de 2024, o óleo diesel subiu 59% e o GLP comercializado em botijões de 13 quilos, 47%, no mesmo período. A análise da evolução dos preços considerou os distintos elos da cadeia de abastecimento, desde o fornecimento primário, passando pela distribuição e chegando no segmento de revenda ao consumidor final. O MME comparou a evolução dos lucros de distribuição e revenda com indicadores como o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), o salário mínimo, impostos, além dos valores dos combustíveis praticados pelos produtores. No caso da gasolina, a evolução da margem dos revendedores teve vantagem sobre o IPCA, enquanto a margem de distribuição cresceu em um nível similar à inflação. Em relação ao diesel, os lucros dos distribuidores caíram frente à inflação, enquanto os de revenda subiram. No GLP, a margem dos distribuidores cresceu próxima à inflação, enquanto a margem de revenda foi superior. Fontes ligadas ao MME disseram à Folha que essa alta na margem dos revendedores traz preocupações do ponto de vista da estrutura de mercado. Há uma desconfiança de que pode estar havendo pouca competição ou até mesmo formação de cartéis. O ministério quer que os órgãos tomem providências sobre a denúncia dentro de suas atribuições: o Cade avalia a concorrência no setor e a ANP propõe medidas regulatórias para aumentar a competição. No ofício a pasta também acusa a Refinaria Amazonas, antes da Petrobras e privatizada no governo de Jair Bolsonaro (PL), de praticar preços muito superiores aos do PPI (Preços de Paridade de Importação). "Verifica-se que as refinarias privatizadas, em especial a Refinaria da Amazônia, têm praticado preços significativamente superiores não apenas dos demais fornecedores primários, como também do próprio preço de paridade de importação. Esse cenário adquire relevância, especialmente no contexto de interrupção das operações dessa refinaria, que vem operando apenas como terminal desde meados do primeiro semestre de 2024", diz o MME no ofício. Procurada, a pasta disse que não se manifestaria. As associações representativas do setor de combustíveis também foram acionadas, mas ainda não retornaram.

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Produção de petróleo no Brasil atingirá pico de 5,3 milhões de barris ao dia em 2030

A produção de petróleo no país deve chegar ao pico de 5,3 milhões de barris por dia (barris/dia) em 2030, para entrar em declínio nos anos seguintes. Para 2034, projeções apontam para uma produção diária de 4,4 milhões de barris, de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A estatal e o Ministério de Minas e Energia (MME) divulgaram, nesta quarta-feira (14), o Caderno de Previsões da Produção de Petróleo e Gás Natural, parte dos estudos que integram o Plano Decenal de Expansão de Energia 2034 (PDE 2034), a ser lançado ainda este ano. Clique aqui para continuar a leitura.

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Silveira fala que não há salvação fora da economia verde, defende exploração da Margem Equatorial

Ao tratar de transição energética durante evento, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu nesta quarta-feira a valorização das fontes de energia limpa ao mesmo tempo em que ressaltou a importância de dar continuidade à exploração de petróleo no país, inclusive a extração de óleo e gás da Margem Equatorial. eldquo;Não há salvação fora da economia verde, independente das discussões que começaram sob o ponto de vista acadêmico, da necessidade da transição energética para se evitar os diversos efeitos climáticos dos gases de efeito estufaerdquo;, disse o ministro no eldquo;Diálogos Capitais - Um Projeto de Brasilerdquo;, promovido pela revista eldquo;Carta Capitalerdquo;. Clique aqui para continuar a leitura.

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Petróleo cai após aumento nos estoques dos EUA ofuscar dado de inflação americana

Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda nesta quarta-feira, 14, após o Departamento de Energia (DoE) dos Estados Unidos revelar aumento dos estoques da commodity nos EUA. O resultado reverteu o breve ímpeto que a commodity exibiu após o índice de preços ao consumidor (CPI) americano em linha com o esperado reforçar expectativa por corte de juros do Federal Reserve (Fed). Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro o fechou em queda de 1,75% (US$ 1,37), a US$ 76,98 o barril, enquanto o Brent para outubro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), caiu 1,15% (US$ 0,93), a US$ 79,76 o barril. O CPI desacelerou à taxa anual de 2,9% em julho, conforme informou o Departamento do Trabalho do país nesta manhã. O indicador sugere contínua tendência desinflacionária e deve encorajar cortes de juros do Fed em setembro, segundo a Capital Economics. Com o ambiente de risco melhor, o petróleo chegou a firmar alta modesta logo após a divulgação do indicador. No entanto, o sinal negativo voltou a predominar e as perdas se acentuaram após o DoE informar inesperada alta de 1,357 milhões de barris nos estoques da commodity nos EUA. A Oanda explica que o aumento dos estoque pressiona os preços para baixo, ao mesmo tempo em que há uma crescente preocupação com a diminuição da demanda por parte das companhias aéreas globais. O combustível de aviação, que representa cerca de 7% da demanda global, poderia impulsionar a demanda à medida que as viagens continuassem a se recuperar após a pandemia, mas uma potencial desaceleração na atividade econômica pode reduzir ainda mais a demanda por viagens aéreas. Segundo a análise, esses fatores apontam para preços mais baixos do petróleo, mas riscos geopolíticos e fatores técnicos podem limitar essa queda. (Estadão Conteúdo)

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