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Opep+ considerará estender cortes voluntários na produção de petróleo, dizem fontes

A Opep+ considerará estender os cortes voluntários na produção de petróleo até o segundo trimestre, disseram três fontes da Opep+ à Reuters. Duas das fontes disseram ainda que o grupo poderá manter os cortes em vigor até o final do ano. Em novembro passado, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados liderados pela Rússia concordaram em cortes voluntários totalizando cerca de 2,2 milhões de barris por dia (bpd) para o primeiro trimestre deste ano, liderados pela Arábia Saudita, que estendeu o seu próprio corte voluntário. Os preços do petróleo encontraram apoio este ano nas crescentes tensões geopolíticas devido aos ataques do grupo houthi, alinhado com o Irã, ao transporte marítimo do Mar Vermelho, embora a preocupação com o crescimento econômico e as elevadas taxas de juros tenham pesado. O Brent era negociado perto de 83 dólares por barril nesta terça-feira. A extensão dos cortes de produção para o segundo trimestre é eldquo;provávelerdquo;, disse uma das fontes da Opep+, que não quis ser identificada. Dois deles disseram que uma prorrogação mais longa até o final do ano era possível. A Opep e o Ministério da Energia saudita não responderam imediatamente aos pedidos de comentários. O líder de fato da Opep+, a Arábia Saudita, disse que os cortes poderão continuar após o primeiro trimestre, se necessário. A questão ainda não foi discutida formalmente pela Opep+, disseram duas das fontes. Uma decisão sobre a extensão dos cortes é esperada na primeira semana de março, disseram fontes, e espera-se que cada país anuncie as suas decisões. (Reuters)

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Cade aprova venda de postos de gasolina do GPA para a M Ribeiro

A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (SG/Cade) aprovou, sem restrições, a venda de um conjunto de postos de gasolina da Companhia Brasileira de Distribuição, holding que controla o GPA, para a M Ribeiro Holding. Se não houver nenhum questionamento à aprovação nos próximos 15 dias o negócio será considerado aprovado em definitivo. Para o GPA, o negócio está alinhado com seu planejamento estratégico de alienação de alguns ativos como forma de captação de recursos, segundo informou ao Cade. Já para a M Ribeiro, é uma eldquo;boa oportunidade de negócioserdquo;, alinhada com sua atuação no setor de revenda de combustíveis, conforme apresentado à autarquia. Clique aqui para continuar lendo a matéria.

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Pacote de socorro a aéreas pode chegar a R$ 6 bilhões, diz ministro

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou nesta segunda-feira (26) que o pacote do governo federal para financiar as companhias aéreas deve ficar entre R$ 4 bilhões e R$ 6 bilhões. De acordo com o ministro, a proposta do projeto deverá ser encaminhada para as empresas no próximo mês. O ministro explicou que os valores serão repassados a partir de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Um fundo garantidor deverá ser criado para dar garantias aos empréstimos que serão feitos pelas companhias. A análise do projeto é feita em conjunto com o Ministério da Fazenda e a Casa Civil. "Estamos trabalhando na ordem de R$ 4 bilhões a R$ 6 bilhões. Essa é a demanda das aéreas. Elas acham que esses valores seriam suficientes no primeiro momento. A gente espera trabalhar para fechar o montante ao longo do mês de março", afirmou. Com os valores, as empresas poderão pagar dívidas, fazer investimentos e comprar novas aeronaves. "Para o consumidor, são mais aeronaves no Brasil. A Latam sinaliza compra 15 novos aviões. A Gol, mais dez, e a Azul, mais 16. São mais de 30 aeronaves novas que vão entrar no Brasil. Isso quer dizer mais voos operando no país e levando para mais destinos", completou o ministro. Voa Brasil Silvio Costa Filho também informou que a primeira etapa do Programa Voa Brasil deve disponibilizar 5 milhões de passagens aéreas a partir de março. "Não tem nenhum recurso público neste programa. É um projeto em parceria com as companhias áreas. Cinco milhões de passagens, que vão atender 20 milhões aposentados e mais 800 mil alunos Prouni", completou. O ministro participou de um evento sobre investimentos em aeroportos na Bolsa de Valores de São Paulo.

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Pacote de socorro a aéreas pode chegar a R$ 6 bilhões, diz ministro

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou nesta segunda-feira (26) que o pacote do governo federal para financiar as companhias aéreas deve ficar entre R$ 4 bilhões e R$ 6 bilhões. De acordo com o ministro, a proposta do projeto deverá ser encaminhada para as empresas no próximo mês. O ministro explicou que os valores serão repassados a partir de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Um fundo garantidor deverá ser criado para dar garantias aos empréstimos que serão feitos pelas companhias. A análise do projeto é feita em conjunto com o Ministério da Fazenda e a Casa Civil. "Estamos trabalhando na ordem de R$ 4 bilhões a R$ 6 bilhões. Essa é a demanda das aéreas. Elas acham que esses valores seriam suficientes no primeiro momento. A gente espera trabalhar para fechar o montante ao longo do mês de março", afirmou. Com os valores, as empresas poderão pagar dívidas, fazer investimentos e comprar novas aeronaves. "Para o consumidor, são mais aeronaves no Brasil. A Latam sinaliza compra 15 novos aviões. A Gol, mais dez, e a Azul, mais 16. São mais de 30 aeronaves novas que vão entrar no Brasil. Isso quer dizer mais voos operando no país e levando para mais destinos", completou o ministro. Voa Brasil Silvio Costa Filho também informou que a primeira etapa do Programa Voa Brasil deve disponibilizar 5 milhões de passagens aéreas a partir de março. "Não tem nenhum recurso público neste programa. É um projeto em parceria com as companhias áreas. Cinco milhões de passagens, que vão atender 20 milhões aposentados e mais 800 mil alunos Prouni", completou. O ministro participou de um evento sobre investimentos em aeroportos na Bolsa de Valores de São Paulo.

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Menos vendedores, mais auxiliares de logística: entenda a mudança do perfil do varejo

A transformação digital do varejo, acelerada pela pandemia, está mudando rapidamente o perfil do emprego no comércio. Profissões ligadas diretamente ao varejo online foram as que mais ampliaram as contratações com carteira assinada nos últimos quatro anos, embora os vendedores ainda representem a grande massa de trabalhadores formalmente ocupados no comércio. Entre 2019 e 2023, das dez profissões que mais aumentaram o estoque de postos de trabalho no comércio varejista, a maioria está ligada ao e-commerce, revela um estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), feito pelo economista Fabio Bentes, a pedido do Estadão. Os grandes destaques no período foram para as admissões de auxiliar de logística, expedidor de mercadorias e estoquista, cujo número de contratações líquidas (descontadas as demissões) mais que dobrou no período em relação ao estoque de empregados na função. Já o tradicional vendedor - que em dezembro do ano passado respondia por quase 20% dos 8,5 milhões de trabalhadores empregados formalmente no comércio - nem aparece entre as dez ocupações que mais ampliaram o número de vagas nos últimos quatro anos. Nesse período, a quantidade de postos de trabalho para a função de vendedor aumentou apenas 4,1%. eldquo;O varejo está demandando profissionais com características diferentes do que demandava antes da pandemiaerdquo;, afirma Bentes. O economista observa que essa mudança vem ocorrendo num ritmo muito acelerado justamente porque o comércio precisa se adaptar à nova realidade de digitalização do consumo, que foi impulsionada pela crise sanitária e não parou de avançar. Para constatar a mudança do perfil do emprego, Bentes usou dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho de 2021, a última edição divulgada. E atualizou esses dados até dezembro de 2023 pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Das 2,5 mil ocupações existentes no varejo, foram consideradas no estudo as mais relevantes. Isto é, somente aquelas que empregam pelo menos um trabalhador em cada mil ocupados no setor. Online X físico O forte desempenho das vendas do comércio online em relação às vendas do varejo físico deixa claro por que o perfil do emprego no comércio está mudando rapidamente, observa Bentes. No entanto, o comércio eletrônico ainda responde por uma pequena fatia das vendas do varejo como um todo, menos de 10%. Em 2020, por exemplo, o primeiro ano da pandemia, o volume de vendas do comércio eletrônico cresceu 78,6%, descontada a inflação, segundo dados do Ministério da Indústria e Comércio (MDIC). No mesmo período, as vendas do varejo restrito endash; que exclui veículos e materiais de construção endash; avançou só 1,2%, também em termos reais, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De lá para cá, a taxa de crescimento do comércio eletrônico desacelerou. Mas, ainda assim, o avanço em relação ao ano anterior ficou muito acima do registrado no varejo tradicional. No ano passado, o volume de vendas no varejo cresceu 1,7%, segundo o IBGE. Os dados do varejo online de 2023, apurados pelo MDIC, ainda não foram divulgados. Mas, pelo histórico do desempenho, o economista da CNC acredita que o volume real de vendas do comércio eletrônico tenha avançado muito mais do que a média do varejo físico. eldquo;Seguramente deve ter crescido algo entre 7% e 10%erdquo;, prevê. Isso justifica a demanda crescente por mão de obra para funções do varejo online, que tem ganhado musculatura como um grande empregador. O site asiático Shopee, por exemplo, informa que emprega mais de 10 mil trabalhadores no País. Isso equivale ao total de empregados na rede varejista de materiais de construção Leroy Merlin em 2022, segundo o ranking da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC). Por sua vez, o marketplace Mercado Livre encerrou o ano passado com 22, 7 mil empregados, segundo a empresa. É quase 45% a mais do que no ano anterior. Tanto na Shopee como no Mercado Livre, a maior parte dos postos de trabalho está ligada à logística e à tecnologia. Os dados mostram que a percepção de que o varejo online não emprega é equivocada. A questão, ressalta Bentes, é que o setor demanda outro tipo de profissional. Agência e sindicato sentem a mudança eldquo;Antes, a gente atendia e abastecia o varejo de rua com as posições presenciais. Agora, temos um movimento crescente do comércio eletrônicoerdquo;, diz Debora Herdeiro, gerente de recrutamento e seleção da Luandre, uma das maiores agências de empregos do País. Há cinquenta anos no mercado, a agência tem hoje 1.789 vagas de auxiliar de logística para serem preenchidas até meados de março. Os postos de trabalho são oferecidos por cinco grandes companhias, que incluem tanto as dedicadas ao comércio online, como varejistas tradicionais que estão se digitalizando. Já o número de vagas disponíveis na agência só para o varejo físico neste momento é bem menor. São cerca de 700 postos de trabalho. Se forem descontadas as vagas direcionadas para a Páscoa, esse número cai para 200 empregos, observa a gerente. A mudança do perfil do emprego no comércio também foi notada por Ricardo Patah, presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo e da União Geral dos Trabalhadores (UGT). No último Mutirão do Emprego, por exemplo, realizado em meados do ano passado pelo sindicato, as ofertas de vagas para o varejo online cresceram 20% em relação ao evento do ano anterior, embora as lojas físicas tenham respondido pela maior parte das vagas ofertadas no mutirão. Ranking das profissões Das 976.726 vagas criadas no comércio varejista como um todo entre dezembro de 2019 e dezembro de 2023, quase 40% (372.152) ficaram concentradas em dez profissões. Destas, sete estão ligadas diretamente ao varejo online, aponta o estudo da CNC. No topo da lista está o auxiliar de logística, com a geração de 15.339 postos de trabalho no período e crescimento de 127,2% em relação ao estoque de vagas, seguido pelo expedidor de mercadorias (6.634 postos e crescimento 118, 9%), estoquista (40.074 vagas e alta de 102,7%) e embalador (54.906 postos e crescimento de 62,3%). O auxiliar de logística é a função mais básica do varejo online. Ele atua na separação e na organização das mercadorias já vendidas pelo e-commerce. Por ser a porta de entrada do emprego no comércio online, pode ser comparado ao tradicional vendedor da loja física, que durante anos também foi o primeiro emprego de muitos trabalhadores. De acordo com dados do Caged, o salário médio mensal de admissão de um auxiliar de logística em 2023 foi de R$ 1.687. É 8,7% acima do salário médio mensal de admissão de um vendedor no mesmo período (R$ 1.552). Débora, da Luandre, lembra que, além do auxiliar de logística, cujo trabalho está muito mais ligado ao esforço físico na separação de mercadorias, há funções mais estratégicas demandadas pelo varejo online, como armazenamento, gerenciamento de estoque, distribuição e processamento de pedidos, por exemplo. Essas funções exigem familiaridade com números, leitura de planilhas e processamento de dados estatísticos.

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Menos vendedores, mais auxiliares de logística: entenda a mudança do perfil do varejo

A transformação digital do varejo, acelerada pela pandemia, está mudando rapidamente o perfil do emprego no comércio. Profissões ligadas diretamente ao varejo online foram as que mais ampliaram as contratações com carteira assinada nos últimos quatro anos, embora os vendedores ainda representem a grande massa de trabalhadores formalmente ocupados no comércio. Entre 2019 e 2023, das dez profissões que mais aumentaram o estoque de postos de trabalho no comércio varejista, a maioria está ligada ao e-commerce, revela um estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), feito pelo economista Fabio Bentes, a pedido do Estadão. Os grandes destaques no período foram para as admissões de auxiliar de logística, expedidor de mercadorias e estoquista, cujo número de contratações líquidas (descontadas as demissões) mais que dobrou no período em relação ao estoque de empregados na função. Já o tradicional vendedor - que em dezembro do ano passado respondia por quase 20% dos 8,5 milhões de trabalhadores empregados formalmente no comércio - nem aparece entre as dez ocupações que mais ampliaram o número de vagas nos últimos quatro anos. Nesse período, a quantidade de postos de trabalho para a função de vendedor aumentou apenas 4,1%. eldquo;O varejo está demandando profissionais com características diferentes do que demandava antes da pandemiaerdquo;, afirma Bentes. O economista observa que essa mudança vem ocorrendo num ritmo muito acelerado justamente porque o comércio precisa se adaptar à nova realidade de digitalização do consumo, que foi impulsionada pela crise sanitária e não parou de avançar. Para constatar a mudança do perfil do emprego, Bentes usou dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho de 2021, a última edição divulgada. E atualizou esses dados até dezembro de 2023 pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Das 2,5 mil ocupações existentes no varejo, foram consideradas no estudo as mais relevantes. Isto é, somente aquelas que empregam pelo menos um trabalhador em cada mil ocupados no setor. Online X físico O forte desempenho das vendas do comércio online em relação às vendas do varejo físico deixa claro por que o perfil do emprego no comércio está mudando rapidamente, observa Bentes. No entanto, o comércio eletrônico ainda responde por uma pequena fatia das vendas do varejo como um todo, menos de 10%. Em 2020, por exemplo, o primeiro ano da pandemia, o volume de vendas do comércio eletrônico cresceu 78,6%, descontada a inflação, segundo dados do Ministério da Indústria e Comércio (MDIC). No mesmo período, as vendas do varejo restrito endash; que exclui veículos e materiais de construção endash; avançou só 1,2%, também em termos reais, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De lá para cá, a taxa de crescimento do comércio eletrônico desacelerou. Mas, ainda assim, o avanço em relação ao ano anterior ficou muito acima do registrado no varejo tradicional. No ano passado, o volume de vendas no varejo cresceu 1,7%, segundo o IBGE. Os dados do varejo online de 2023, apurados pelo MDIC, ainda não foram divulgados. Mas, pelo histórico do desempenho, o economista da CNC acredita que o volume real de vendas do comércio eletrônico tenha avançado muito mais do que a média do varejo físico. eldquo;Seguramente deve ter crescido algo entre 7% e 10%erdquo;, prevê. Isso justifica a demanda crescente por mão de obra para funções do varejo online, que tem ganhado musculatura como um grande empregador. O site asiático Shopee, por exemplo, informa que emprega mais de 10 mil trabalhadores no País. Isso equivale ao total de empregados na rede varejista de materiais de construção Leroy Merlin em 2022, segundo o ranking da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC). Por sua vez, o marketplace Mercado Livre encerrou o ano passado com 22, 7 mil empregados, segundo a empresa. É quase 45% a mais do que no ano anterior. Tanto na Shopee como no Mercado Livre, a maior parte dos postos de trabalho está ligada à logística e à tecnologia. Os dados mostram que a percepção de que o varejo online não emprega é equivocada. A questão, ressalta Bentes, é que o setor demanda outro tipo de profissional. Agência e sindicato sentem a mudança eldquo;Antes, a gente atendia e abastecia o varejo de rua com as posições presenciais. Agora, temos um movimento crescente do comércio eletrônicoerdquo;, diz Debora Herdeiro, gerente de recrutamento e seleção da Luandre, uma das maiores agências de empregos do País. Há cinquenta anos no mercado, a agência tem hoje 1.789 vagas de auxiliar de logística para serem preenchidas até meados de março. Os postos de trabalho são oferecidos por cinco grandes companhias, que incluem tanto as dedicadas ao comércio online, como varejistas tradicionais que estão se digitalizando. Já o número de vagas disponíveis na agência só para o varejo físico neste momento é bem menor. São cerca de 700 postos de trabalho. Se forem descontadas as vagas direcionadas para a Páscoa, esse número cai para 200 empregos, observa a gerente. A mudança do perfil do emprego no comércio também foi notada por Ricardo Patah, presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo e da União Geral dos Trabalhadores (UGT). No último Mutirão do Emprego, por exemplo, realizado em meados do ano passado pelo sindicato, as ofertas de vagas para o varejo online cresceram 20% em relação ao evento do ano anterior, embora as lojas físicas tenham respondido pela maior parte das vagas ofertadas no mutirão. Ranking das profissões Das 976.726 vagas criadas no comércio varejista como um todo entre dezembro de 2019 e dezembro de 2023, quase 40% (372.152) ficaram concentradas em dez profissões. Destas, sete estão ligadas diretamente ao varejo online, aponta o estudo da CNC. No topo da lista está o auxiliar de logística, com a geração de 15.339 postos de trabalho no período e crescimento de 127,2% em relação ao estoque de vagas, seguido pelo expedidor de mercadorias (6.634 postos e crescimento 118, 9%), estoquista (40.074 vagas e alta de 102,7%) e embalador (54.906 postos e crescimento de 62,3%). O auxiliar de logística é a função mais básica do varejo online. Ele atua na separação e na organização das mercadorias já vendidas pelo e-commerce. Por ser a porta de entrada do emprego no comércio online, pode ser comparado ao tradicional vendedor da loja física, que durante anos também foi o primeiro emprego de muitos trabalhadores. De acordo com dados do Caged, o salário médio mensal de admissão de um auxiliar de logística em 2023 foi de R$ 1.687. É 8,7% acima do salário médio mensal de admissão de um vendedor no mesmo período (R$ 1.552). Débora, da Luandre, lembra que, além do auxiliar de logística, cujo trabalho está muito mais ligado ao esforço físico na separação de mercadorias, há funções mais estratégicas demandadas pelo varejo online, como armazenamento, gerenciamento de estoque, distribuição e processamento de pedidos, por exemplo. Essas funções exigem familiaridade com números, leitura de planilhas e processamento de dados estatísticos.

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