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Transição energética com segurança jurídica, eficiência e baixa tarifa é prioridade

A Frente Parlamentar de Recursos Naturais e Energia iniciou as atividades do ano nesta quarta-feira (28) assumindo como prioridade a garantia da transição energética com segurança jurídica, variadas fontes e baixo valor da tarifa para o consumidor. Reeleito para a presidência da frente, o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) sintetizou a meta de se buscar um eldquo;futuro energético eficiente e equitativoerdquo;. eldquo;Trazendo mais segurança jurídica para investimentos, combatendo a pobreza energética e promovendo uma transição energética segura e justaerdquo;. A frente é composta por 34 senadores e 85 deputados. Mesmo com trabalhos impactados pelas eleições municipais, os parlamentares elencaram algumas propostas legislativas prioritárias para este ano, com destaque para a regulamentação da reforma tributária, que deve ser encaminhada pelo Executivo ao Congresso no próximo mês. A lista ainda inclui a proposta de identificação e controle do devedor contumaz, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência (PLP 164/22, em discussão no Senado). Também há prioridade para os projetos de lei que tratam de combustíveis do futuro, mercado de carbono e programa de desenvolvimento da indústria de fertilizantes e gás natural. Combustíveis do futuro Eleito presidente do Conselho Consultivo da frente parlamentar, o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) é o relator da proposta dos combustíveis do futuro, que, segundo ele, é baseada em eldquo;reforço do papel das agências reguladoras, busca permanente por inovação e diversidade de fontes energéticaserdquo;. eldquo;O Brasil continental não comporta uma solução única. O Brasil pode oferecer ao mundo o exemplo de convivência de diversidadeserdquo;. Antecipando os debates sobre o tema, o relatório de Arnaldo Jardim repercutiu entre os setores empresariais. O presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Roberto Ardenghy, criticou a mistura obrigatória de biometano no gás natural prevista no texto. Onze entidades do setor divulgaram nota apontando prejuízos com a medida. eldquo;Será na faixa de R$ 570 milhões por ano de custo adicionado na produção de gás natural. Nós temos que ter preocupação de redução dos custos desses insumos industriaiserdquo;. Por outro lado, a coordenadora de relações governamentais da Associação Brasileira de Biogás (ABIOGÁS), Ludimilla Cabral, manifestou eldquo;total apoioerdquo; das entidades de biocombustíveis ao texto de Jardim. eldquo;O setor de biogás e biometano é complementar ao de gás natural, ampliando toda essa malha de infraestrutura que o Brasil precisa tererdquo;. A busca de consensos entre defensores de combustíveis fósseis e outras fontes menos poluentes também esteve presente nos discursos parlamentares. O deputado Hugo Leal (PSD-RJ) alerta para a carência de testes e de avaliação de custos dos chamados eldquo;combustíveis do futuroerdquo;. eldquo;Claro que nós precisamos de um futuro descarbonizado. Perfeito. A que custo? A primeira pergunta que temos de fazer é essaerdquo;. Além de entusiasta da energia nuclear, o deputado Julio Lopes (PP-RJ) fez defesa enfática do petróleo. eldquo;O petróleo é e continuará a ser um dos maiores e mais importantes negócios do Brasil e do mundo. Que a gente continue a valorizar aquilo que é nosso e de que a gente ainda vai depender por, pelo menos, um séculoerdquo;. Novo vice-presidente de industrialização e economia verde da frente parlamentar, o deputado Pedro Campos (PSB-PE) reforçou a meta descarbonização dos setores econômicos. eldquo;Para termos a indústria mais limpa e mais verde do mundo. Esse é o trabalho que a gente vai fazer aquierdquo;. Já o vice-presidente de infraestrutura energética, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), enfatizou a busca por preços acessíveis ao consumidor. eldquo;Nós precisamos avançar muito nessa ideia de energias limpas, mas também precisamos garantir uma energia mais barata para o povo brasileiroerdquo;. Zarattinni sugeriu que a proposta de Programa de Renda Básica Energética (PL 4449/23) também entre na lista de propostas prioritárias da Frente Parlamentar de Recursos Naturais e Energia. Outro vice-presidente, o deputado Rodrigo de Castro (União-MG) aposta que o setor avance seguindo um tripé de eldquo;transição energética, modicidade tarifária e segurança energéticaerdquo;. Vice-presidente do Conselho Consultivo, o deputado Bohn Gass (PT-RS) aposta na presidência do Brasil no G-20 e nas articulações para a COP-30 como momento propício de eldquo;credibilidade, previsibilidade e estabilidade econômica, política e democráticaerdquo; no avanço de temas de energia. Vice-presidente de eficiência energética, o deputado Bandeira de Mello (PSB-RJ) anunciou a realização de audiência sobre o tema na próxima semana, em articulação com o BNDES.

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Demanda por petróleo já sente efeitos estruturais da transição energética, dizem analistas

A demanda por petróleo já começou a sentir efeitos estruturais da transição para energias de baixo carbono, com impactos sobretudo no consumo global de combustíveis para transporte, apontam analistas ouvidos pela agência epbr. Entretanto, os preços ainda demoram para refletir esse cenário, por causa dos esforços da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) para restringir a oferta e das incertezas geopolíticas causadas pelos conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio. A partir do fim deste ano, há expectativa de queda nas cotações. O Citi estima que a demanda global este ano deve começar a desacelerar. A projeção é um aumento de 1,3 milhão de barris por dia (bpd), abaixo do crescimento de 1,9 milhão de bpd em 2023. Para 2025, a previsão é ainda menor, entre 700 mil e 1 milhão de bpd. Segundo o estrategista de commodities do banco, Eric Lee, o mercado de petróleo vai sentir impactos sobretudo do aumento do uso de veículos elétricos e híbridos, biodiesel, diesel renovável e combustíveis sustentáveis de aviação (SAF, na sigla em inglês). Por isso, aponta, a tendência é que a demanda não consiga mais acompanhar o aumento no suprimento global. eldquo;Ainda vemos muito risco geopolítico para o mercado de petróleo nesse momento. Isso pode levar a picos nos preços, mas a direção é de queda ao longo do tempo, porque o fornecimento está crescendo mais rápido do que a demanda e a Opep+ ainda tem muita capacidade ociosaerdquo;, disse à epbr. China desce, Índia sobe Lee ressalta que, depois da pandemia de covid-19, o aumento do consumo por derivados tem se mantido alto na comparação anual, mas que isso não significa volumes robustos. eldquo;Em níveis absolutos, apenas agora estamos retornando aos níveis de consumo de 2019, logo antes da pandemia. Perdemos anos de crescimento na demandaerdquo;, afirmou. Um sinal das alterações no mercado é a redução no crescimento da demanda da China, segundo país no ranking do consumo mundial de petróleo, atrás apenas dos Estados Unidos. A China foi um dos últimos países a liberar restrições à circulação para combater a pandemia, por isso os impactos da recuperação na demanda ainda estão em curso. Para o analista de energia da hEDGEpoint Global Markets, Victor Arduin, o consumo chinês vai seguir alto, mas o potencial de aumento está menor. eldquo;Acho que a China vai continuar frustrando análises que colocam muita esperança num forte aumento de consumo, porque está fazendo uma mudança na matriz energética e, consequentemente, a demanda por produtos refinados vai cairerdquo;, disse em apresentação sobre as perspectivas do mercado, na terça-feira (27/2). Com isso, o principal polo de crescimento do consumo de combustíveis líquidos nos próximos anos deve passar a ser a Índia. eldquo;É interessante olhar para a Índia para observar para onde está indo o crescimento energético no mundoerdquo;, acrescentou. Tendência de alta no curto prazo Apesar das alterações estruturais no mercado, a hEDGEpoint estima que os preços dos derivados de petróleo têm viés de alta nos próximos meses, por causa dos baixos estoques e da interrupção em refinarias nos Estados Unidos no começo deste ano. Quedas na atividade de refino nos Estados Unidos por causa das baixas temperaturas registradas em janeiro levaram a uma menor produção de gasolina. eldquo;Há menos formação de estoque do que seria esperado para essa época do anoerdquo;, disse Arduin. A combinação de baixos estoques com um possível aumento na demanda tende a levar a um aumento nos preços. Para o analista, os bons indicadores econômicos nos EUA, como o baixo desemprego, podem levar a um consumo de gasolina maior do que o esperado durante a driving season, no verão, quando há um aumento das viagens. Uma possível queda nos juros no país no segundo semestre também tende a estimular a demanda, aponta. O cenário é similar para o diesel, que tem estoques baixos não apenas nos Estados Unidos, como também na Europa. Com a invasão à Ucrânia e as sanções à Rússia, os europeus ampliaram o uso de derivados de diesel em substituição ao gás natural.

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Petróleo fecha em leve queda, com aumento de estoques da commodity nos EUA

Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda, após um aumento maior do que o esperado de barris nos estoques da commodity bruta na semana passada nos Estados Unidos dificultar o prolongamento do movimento da terça-feira, quando relatos de potenciais cortes na oferta deram sustentação aos preços. As negociações para um potencial cessar-fogo em Gaza também colocam limites para o avanço dos preços. Na Internacional Commodity Exchange (ICE), o Brent para maio fechou com baixa de 0,62% (US$ 0,51), aos US$ 82,15 por barril. Enquanto isso, na New York Mercantile Exchange, o WTI para abril recuou 0,42% (US$ 0,33), a US$ 78,54 o barril. Os estoques comerciais de petróleo bruto saltaram 4,2 milhões de barris na semana encerrada na sexta-feira nos Estados Unidos, gerando preocupações com excesso de oferta. A previsão era de aumento de 1,5 milhão de barris. O aumento mais do que compensou as reduções nos estoques de gasolina e destilados. O crescimento dos estoques interrompeu a alta dos contratos na véspera, quando foram impulsionados por notícia de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) estuda estender seus cortes voluntários na produção no segundo trimestre. A TD Securities ponderou que os operadores podem em breve liquidar uma parte dos contratos de prazos mais longos recentemente adquiridos a preços abaixo de US$ 78 o barril. eldquo;No entanto, embora um cessar-fogo durante o mês sagrado do Ramadã possa aliviar os riscos para o suprimento, é pouco provável que diminua o prêmio de risco nos preços até que haja uma resolução mais permanente para o conflito, especialmente porque as operações dos Houthis no Mar Vermelho continuamerdquo;, escreveram analistas da corretora. Em relação ao conflito em Gaza, Israel tem ameaçado iniciar uma ofensiva terrestre contra a última fortaleza do Hamas, a cidade de Rafah, onde mais de um milhão de palestinos buscaram abrigo, se não houver um acordo com libertação de reféns até o início do Ramadã, em 10 de março. O vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, disse hoje que há um equilíbrio entre oferta e demanda nos mercados petrolíferos mundiais, segundo matéria da Reuters. (Estadão Conteúdo)

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Diretora do FMI diz que países desperdiçam dinheiro com subsídio a combustíveis fósseis

A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, disse que os países ainda desperdiçam dinheiro em atividades que criam os problemas climáticos. Ela criticou, por exemplo, o subsídio a combustíveis fósseis, que chegam a US$ 7 trilhões ao ano. emdash; Temos que admitir que fomos lentos em relação às mudanças climáticas e ainda estamos desperdiçando dinheiro com atividades que criam esses problemas. Os choques climáticos vão impactar o desempenho das economias, os negócios, além de afetar o bem estar das pessoas com poluição e direcionar recursos para a transição energética deve ser uma prioridade emdash; disse a diretora do FMI, que veio ao Brasil para o encontro de ministros de Finanças do G20, grupo das maiores economias do mundo, em São Paulo. Na tarde desta quarta-feira, Geogieva participou de um evento realizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), no Auditório Ibirapuera, que discutiu inovação financeira para o clima e desenvolvimento. Georgieva afirmou que mesmo com todos os esforços financeiros para reduzir as emissões de gases na atmosfera nesta década, atualmente só é possível cortar em 11%, quando o necessário seria algo entre 25% e 50%. emdash; Temos que admitir que fomos lentos em relação às mudanças climáticas e ainda estamos desperdiçando dinheiro com atividades que criam esses problemas. Esta deve ser uma prioridade porque os choques climáticos vão impactar o desempenho das economias, os negócios, além de afetar o bem estar das pessoas com poluição emdash; disse. Governo subsídiou compra de carros populares Um exemplo de subsídio a combustíveis fósseis veio do próprio governo brasileiro. No ano passado, foi criado o o programa de incentivo à compra de carros de entrada, com descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil nos modelos com preços de até R$ 120 mil. O governo concedeu R$ 1,5 bilhão em créditos tributários para as montadoras que aderiram ao programa e ofereceram os descontos. Pelo menos 125 mil veículos foram venidos com os descontos. Georgieva disse que para mercados emergentes serão necessários "trilhões" para enfrentar as mudanças climáticas e que não há esse dinheiro disponível. Por isso, Georgieva defendeu que esses recursos de subsídios sejam direcionados para esse fim já que se "fizermos mal feito vamos afetar as pessoas mais pobres e teremos protestos". emdash; Lidar com subsídios e criar incentivos à descarbonização precisam ser levados em conta agora emdash; afirmou a diretora do FMI. Um estudo do FMI mostra que os países que tomam medidas a respeito do clima tendem a estimular a inovação verde e atrair fluxos de tecnologia e investimentos de baixo carbono. "Além disso, a tributação das formas mais poluentes de transporte internacional pode gerar receitas que podem ser usadas para combater as mudanças climáticas e a fome, assim como para apoiar os mais vulneráveis da população", escreveu Geogieva no blogo do FMI. Ela afirmou que o FMI e o Banco Mundial estão trabalhando em programas que ajudem os países a aprimorar a qualidade de suas receitas e de seus gastos para que o investimento de longo prazo com objetivo de combater as mudanças climáticas seja previsível . Georgieva citou um fundo criado pelo FMI com direito de saque a países que precisam de liquidez para esse objetivo. Embora os esforços para obter recursos sejam enormes, Georgieva se mostrou otimista de que será possível atingir esse objetivo e até usou uma frase de Pelé para explicar sua posição. emdash; Pelé disse que quanto mais difícil a vitória, mais você a aproveita emdash; disse.

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Ticket Log: Litro da gasolina sobe 3% em fevereiro na média nacional; etanol tem alta de 4%

O preço médio do litro da gasolina fechou fevereiro a R$ 5,92, com alta de 3% na comparação com janeiro, segundo a última análise do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), levantamento que consolida o comportamento de preços das transações em 21 mil postos de combustível. Entre os estados, a maior média foi registrada no Acre, a R$ 6,73, e a menor, na Paraíba, a R$ 5,69. "Com a cobrança das alíquotas do ICMS, a tendência segue de alta", destaca o diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil, Douglas Pina. Já o etanol fechou o mês a R$ 3,73 na média nacional, com alta de 4% em relação a janeiro. O etanol mais barato foi encontrado nos postos de abastecimento do Mato Grosso, a R$ 3,46, e o mais caro, em Roraima, a R$ 4,94. (Estadão Conteúdo)

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Diesel fica praticamente estável nos postos na 2ª quinzena de fevereiro, diz Ticket Log

O preço médio do diesel, combustível mais comercializado do Brasil, ficou praticamente estável nos postos do Brasil na segunda quinzena de fevereiro ante a anterior, segundo análise do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), publicada nesta quarta-feira. O diesel S-10, principal tipo vendido no país, recuou 0,16%, a 6,13 reais o litro, enquanto o tipo comum ficou estável em 6 reais, segundo o índice, feito com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Edenred Ticket Log. "Quando comparado a janeiro, o IPTL revelou uma tendência de aumento no preço que chega a 0,5% para os dois tipos", disse em nota o diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil, Douglas Pina. "A cobrança das alíquotas do ICMS deve fazer com que o valor repassado aos motoristas permaneça com a média nacional acima de 6 reais. Em alguns Estados como Acre, Amapá e Roraima o preço do litro já ultrapassa 7 reais." O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) elevou a cobrança do tributo estadual ICMS sobre combustíveis a partir de fevereiro de 2024. (Reuters)

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