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Etanol/Cepea: Indicadores iniciam junho estáveis em SP

Os preços do etanol no mercado spot do estado de São Paulo iniciaram junho praticamente estáveis. De acordo com pesquisadores do Cepea, distribuidoras realizaram poucos negócios na primeira semana do mês. A expectativa desses agentes era que a oferta de biocombustível aumentasse no período endash; dada a necessidade de parte das usinas de eldquo;fazer caixaerdquo; para pagamentos de salários endash; e os valores caíssem. No entanto, segundo levantamento do Cepea, a oferta até cresceu, mas não de forma generalizada e nem ao ponto de resultar em fortes reduções de preços. Vendedores estiveram firmes nas suas pedidas, atentos ao bom desempenho das vendas de etanol hidratado na ponta varejista e às atuais cotações do açúcar, ainda conforme pesquisadores do Cepea. Entre 3 e 7 de junho, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado fechou em R$ 2,3062/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), pequeno recuo de 0,06% frente ao período anterior. Para o anidro, o Indicador foi de R$ 2,6170/litro (líquido de PIS/Cofins), ligeira queda de 0,22% em igual comparativo. (Cepea)

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Maior demanda nos EUA faz petróleo fechar em alta

Os contratos futuros do petróleo encerraram em leve alta nesta terça-feira, 11, com o barril do Brent cotado acima de US$ 81. A commodity operou em baixa moderada durante a maior parte da manhã, após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) manter inalteradas suas previsões para a demanda e a oferta do óleo em 2024. No início da tarde, porém, o Brent e o WTI já ensaiavam movimento de recuperação, o que se firmou com a expectativa do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos por uma demanda mais alta neste ano. No relatório sobre a Perspectiva de Energia no Curto Prazo (STEO, na sigla em inglês) de junho, o DoE disse esperar que a demanda global de petróleo e líquidos em 2024 chegue a 103 milhões de barris por dia (bdp), contra 102,8 milhões de bpd na projeção anterior. Para 2025, a estimativa foi de 104,3 milhões de bpd para 104,5 milhões de bpd. O contrato do WTI para julho fechou nesta terça-feira em alta de 0,21% (US$ 0,16), a US$ 77,90 o barril, New York Mercantile Exchange (Nymex), e o do Brent para agosto subiu 0,36% (US$ 0,29), a US$ 81,92 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Mais cedo, a Opep divulgou relatório mensal no qual manteve sua previsão para o aumento da oferta de petróleo entre países fora da Opep+ em 2024, em 1,2 milhão de bpd. A estimativa de alta na demanda global também ficou inalterada em 2,2 milhões de bpd. A Seamp;P Global avaliou que, enquanto alguns membros do cartel estão produzindo em excesso, outros continuam a aceitar cortes voluntários. Além disso, a produção fora da Opep+ segue um desafio para manter os preços equilibrados, disse a agência de classificação de risco. Na Ásia, as preocupações com a demanda chinesa persistem. O Commerzbank destacou em relatório que o país importou pouco menos de 47 milhões de toneladas de petróleo bruto em maio, bem abaixo do volume importado no ano anterior. E a Associação Automobilística Americana (AAA) informou que a média nacional para os preços da gasolina nos Estados Unidos ficou em US$ 3,44 na segunda-feira, 10, nove centavos mais baixa que a da semana anterior. É a maior queda em uma semana registrada em 2024, afirmou a associação. (Estadão Conteúdo)

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Ultragaz compra controle da Witzler por R$ 110 milhões e entra no mercado livre de energia

A Ultragaz, empresa controlada pela Ultrapar, assinou contrato para a aquisição de 51,7% de participação na Witzler, companhia que atua em comercialização no mercado livre e gestão de energia. O investimento será de R$ 110 milhões, pagos no fechamento da transação. Há ainda uma parcela de R$ 40 milhões a ser desembolsada em 12 meses condicionada ao desempenho do negócio. O mercado livre de energia é um segmento no qual os consumidores podem escolher seus fornecedores e estabelecer contratos por fonte, prazo ou preço da energia. A aquisição do controle da Witzler ocorre num contexto de ampla liberalização do setor elétrico, fruto da Portaria 50/2022 do Ministério de Minas e Energia (MME). Para ler esta notícia, clique aqui.

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Pressão contra MP para compensar desoneração cresce e chega ao Supremo

A pressão da iniciativa privada e do Congresso Nacional contra a MP (medida provisória) que corta benefícios tributários para compensar a desoneração da folha de empresas e municípios se intensificou, forçando o governo a discutir alternativas enquanto vê o caso chegar ao STF (Supremo Tribunal Federal). O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se reuniu com o presidente Lula (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta segunda-feira (10) para discutir uma saída para o texto que tramita no Congresso e que restringe créditos tributários do PIS/Cofins. O senador mineiro demonstrou preocupação com a enorme reação dos setores e criticou o fato de que o governo tratou do tema via medida provisória endash;um instrumento com eficácia imediata, mas que precisa ser posteriormente votado pela Câmara e pelo Senado. Segundo relatos, ele mencionou inclusive a possibilidade de devolver a MP. O presidente do Congresso afirmou que o empresariado foi pego de surpresa com a mudança na compensação. Ele reforçou a insatisfação dos parlamentares e pediu uma solução do Palácio do Planalto até esta terça-feira (11). Apesar da pressão, integrantes do governo descartam a retirada da medida provisória por parte do presidente da República e afirmam que a ideia é abrir a negociação com o Congresso, além de explicar os impactos para cada um dos setores afetados. A estratégia de conversar com o empresariado já deve começar a ser executada nesta terça. A agenda de Lula prevê um encontro no Palácio do Planalto com o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Ricardo Alban, que também se reúne à tarde com Haddad. Na semana passada, o presidente da CNI disse que tomaria "todas as medidas jurídicas e políticas" contra a MP e antecipou a volta ao Brasil. Alban participava da comitiva oficial do governo brasileiro na Arábia Saudita e China. "Chegamos ao nosso limite", disse. Pacheco foi avisado pelo governo do teor da MP antes da publicação, na terça-feira da semana passada (4), mas pessoas próximas ao presidente do Congresso dizem que ele não recebeu detalhes da mudança emdash;o que um auxiliar de Lula nega. Aliados do senador mineiro afirmam que a tendência é ajudar a encontrar uma saída honrosa para o governo, apontando inclusive outras fontes para compensar o impacto da desoneração da folha para os 17 setores da economia beneficiados. Entre os grupos contemplados pela desoneração está o de comunicação, no qual se insere o Grupo Folha, empresa que edita a Folha. Também são beneficiados os segmentos de calçados, call center, confecção e vestuário, construção civil, entre outros. A consultoria do Senado elaborou um estudo sobre os impactos da medida provisória, mas o teor não foi divulgado pela Casa. A expectativa de arrecadação com a MP em 2024 é de R$ 29,2 bilhões, segundo a Fazenda. "Nós vamos mais uma vez reiterar e intensificar o diálogo, seja com os setores produtivos, CNI (Confederação Nacional da Indústria), CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária), as frentes parlamentares, os líderes tanto na Câmara quanto no Senado, para explicar mais didaticamente", disse o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Na mesma linha, Haddad disse que pretende manter contato com os setores empresariais para esclarecer alguns pontos da medida provisória. O chefe da equipe econômica falou que busca principalmente "diluir determinados questionamentos que não conferem com a intenção da MP", em particular no que diz respeito à exportação. Na sexta-feira (7), Haddad sugeriu que a resistência de alguns setores é para tentar manter privilégios. "Ninguém que tem privilégio quer abrir mão dele. Mas nós temos de pensar no país", disse ele, em São Paulo, após reunião com bancos e gestores de fundos do mercado financeiro. Nesta segunda, o diretório nacional do Progressistas (PP) apresentou uma ADI (ação direta de inconstitucionalidade) ao STF com pedido de medida cautelar (decisão urgente) contra a MP. O PP pede a suspensão imediata dos efeitos da medida até o julgamento da ação e defende que a iniciativa do governo seja declarada inconstitucional. O ministro Gilmar Mendes foi escolhido relator da ação. Na ação, o partido diz que, com a entrada em vigor da MP, "o atual planejamento financeiro das empresas sofrerá implicações instantâneas, comprometendo investimentos e corroborando para uma elevação da insegurança jurídica e de negócios do país". "A restrição das regras de compensação de créditos tributários de PIS/Pasep e Cofins cria um cenário de incertezas ao setor produtivo do país, concedendo ao Executivo o poder de implementar políticas de arrecadação além dos limites constitucionais, conforme sua conveniência", diz o texto. Como a Folha mostrou, governistas reforçam que a medida foi a saída encontrada para viabilizar a desoneração e que, para substituí-la, os parlamentares devem apresentar uma alternativa. Na quinta (6), cardeais do Senado conversaram pessoalmente com Padilha e relataram que o incômodo do empresariado tem chegado ao Congresso. Um deles afirma que o governo erra ao insistir em uma proposta criticada por quase todos os setores econômicos. Também é lembrado que a MP da subvenção do ICMS, outra medida controversa, só foi aprovada no ano passado às vésperas do recesso, após quatro meses de negociação emdash;e que a reação dos empresariado era visivelmente menor.

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IBP vê alta de preços de combustíveis e impacto de R$10 bi com MP do PIS/Cofins

A medida provisória publicada em 4 de junho que restringe a compensação de créditos de PIS/Cofins pode levar à alta dos preços da gasolina e diesel, disse o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), que estimou um impacto de 10 bilhões de reais para o setor de distribuição de combustíveis. Pelos cálculos do IBP, a gasolina pode ter aumentos de 4% a 7%, ou 0,20 a 0,36 real por litro, enquanto o diesel pode encarecer de 1% a 4%, ou 0,10 a 0,23 real por litro. Não foram computados nestes valores impactos nos elos anteriores da cadeia, como o custo do produto, somente os custos adicionais às empresas de logística, explicou a associação. O IBP representa empresas como Vibra Energia, Raízen e Ipiranga, do grupo Ultra, as três maiores distribuidoras de combustíveis do Brasil. "A MP 1227/24, com efeito imediato, irá onerar vários setores da economia, inclusive os essenciais ao bem-estar da sociedade, como o de petróleo, gás e combustíveis, que já convive com uma carga tributária elevada, tendo como consequência a elevação de custos no transporte público e no frete de cargas e alimentos, entre outros, com impactos negativos no consumidor final", afirmou o IBP, em nota anteriormente. A Ipiranga já teria comunicado à sua rede sobre um aumento de preços da gasolina, etanol e diesel a partir desta semana em função dos efeitos da MP, segundo comunicado veiculado por matérias na imprensa. Em nota, a Ipiranga disse que o comunicado foi enviado pela empresa à sua rede de revendedores por meio de canal direto e privado, parte da rotina da relação comercial com a rede. "A Ipiranga informa que pratica uma política de preços alinhada aos parâmetros vigentes, atendendo às normas setoriais... A Ipiranga reforça, ainda, que o preço é livre e a prática do preço do combustível na bomba é uma decisão do revendedor, uma vez que a empresa opera em regime de livre iniciativa e concorrência, conforme previsto em lei", disse a empresa. Procuradas, a Vibra e a Raízen disseram que não vão comentar o assunto. A Brasilcom, que reúne mais de 40 distribuidoras regionais de combustíveis instaladas em quase todos os Estados brasileiros, e a Fecombustíveis, que representa os interesses de cerca de 40 mil postos revendedores de combustíveis que atuam em todo o território nacional, afirmaram também ter "profundas preocupações" com a medida. Em nota conjunta, a Brasilcom e a Fecombustíveis disseram que a MP representa um retrocesso e que os "custos adicionais impactarão toda a cadeia, inclusive para o transporte público, frete de cargas e alimentos, com impactos diretos sobre o consumidor final e sobre a inflação". As entidades ressaltaram ainda que a MP gera grave insegurança jurídica e obriga as empresas a revisarem seus planejamentos econômicos e financeiros para 2024. "Essa incerteza prejudica o ambiente de negócios, desestimula novos investimentos e compromete a capacidade das empresas de realizarem planejamentos de longo prazo", afirmaram. Editada na semana passada pelo governo, a medida provisória que restringe o ressarcimento e a compensação dos saldos credores acumulados do PIS e da Cofins gerou forte reação contrária principalmente de indústrias exportadoras, dos setores de carnes, suco de laranja, petróleo e gás, café, entre outros. (Reuters)

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Custo com mudança no uso do PIS/Cofins será repassado a consumidor, diz Fecombustíveis

A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) se juntou a outras associações que criticaram a Medida Provisória (MP) 1.227/24, publicada em 4 de junho no Diário Oficial da União (DOU), e os possíveis efeitos da medida ao longo de toda a cadeia comercial, como a alta do preço dos combustíveis nos postos de abastecimento. A MP 1.227/24 limitou o uso dos créditos PIS/Cofins para abatimento de outros tributos, o que poderá gerar impactos no caixa e nos investimentos produtivos e de logística das empresas de produção, distribuição e transporte de combustíveis. eldquo;Como consequência lógica da oneração fiscal, existe a probabilidade de aumento de custos na cadeia de circulação comercial dos combustíveis, desde os produtores, passando pelos distribuidores e até o transporte, chegando aos postos e consumidor finalerdquo;, alertou a entidade. Na semana passada, a Refina Brasil, associação das refinarias privadas brasileiras, já havia contestado a MP, afirmando que o texto era inconstitucional e que resultaria no aumento de preços nas refinarias e, por consequência, nos postos de abastecimento do país. Conforme a Fecombustíveis, eldquo;o eventual aumento de custos nas etapas anteriores também impacta o segmento de revenda, que passa a necessitar de maior capital de giro em sua atividade de revenda.erdquo; A Fecombustíveis destacou que o mercado é livre e competitivo em todos os segmentos, cabendo a cada agente econômico repassar ou não eventuais aumentos de custos ao consumidor. Entretanto, quer esclarecer a realidade dos fatos à sociedade, eldquo;para que o revendedor varejista, agente mais visível e que compõe o último elo da cadeia, não seja responsabilizado por elevações de preços ocorridas em etapas anteriores da cadeiaerdquo;, concluiu.

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