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ICL diz que manutenção do B14 dá tempo para aprimorar fiscalização

O Instituto Combustível Legal (ICL) classificou como eldquo;assertivaerdquo; a decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de adiar a vigência do B15, mantendo em 14% a mistura de biodiesel ao diesel B. A decisão foi tomada nesta terça (18/2) sob a justificativa de combater a inflação e evitar a competição por soja entre os mercados de biodiesel e de alimentos. Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD/MG), a medida também tem como objetivo a intensificação no combate às fraudes. Para o ICL, a decisão promoverá mais tempo para discutir uma fiscalização mais efetiva para evitar adulterações no teor da mistura. eldquo;A definição do CNPE foi uma sinalização positiva para que possamos debater com as autoridades e representantes do setor como aperfeiçoar os mecanismos de fiscalização e reduzir a perspectiva de adulteração da mistura em um trabalho estratégico e integrado ao longo deste próximo mêserdquo;, avaliou Emerson Kapaz, presidente do ICL. O Instituto estima que 14% do combustível comercializado no Paraná e 4,3% do diesel paulista apresentam risco de fraude e com amplo acesso ao mercado externo por meio dos portos de Paranaguá e de Santos, que são grandes portas de entrada de diesel importado no país. O aumento na diferença nos preços entre o diesel fóssil e o biodiesel vem estimulando os fraudadores. Na análise do ICL, no caso do diesel S-10, a diferença entre o produto com e sem a mistura de biodiesel chegava a R$ 0,37 por litro em dezembro de 2024. Setor reage contra O deputado Alceu Moreira (MDB/RS), presidente da Frente Parlamentar do Biodiesel (FPBio) divulgou nota classificando como equivocada e contraditória a posição do governo federal pelo adiamento do B14. eldquo;O aumento da mistura para 15% em março resultaria em um aumento de apenas R$ 0,01 nas bombas. Mas, por outro lado, reduziria o preço da carne, fortaleceria a balança comercial e os efeitos para a saúde pública e o meio ambiente. Os aumentos de ICMS e do petróleo importado, por exemplo, são de R$ 0,22. Nenhum desses efeitos, contudo, foram levados em contaerdquo; disse Moreira. O argumento do setor é de que o aumento do esmagamento de soja, em virtude da ampliação do mandato, gera como subproduto mais farelo de soja, base da ração animal. Sendo assim, a alimentação de rebanhos mais barata implicaria em redução no preço da proteína animal. A Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio) também manifestou contrariedade à medida. O setor critica a mudança, que ocorre a menos de 15 dias de algo que estava previsto desde 2023. Naquele ano, o CNPE aprovou a antecipação do B15 de 2026 para 2025. eldquo;Parecia inconcebível ter uma quebra de compromisso estabelecidos pelo país nesse processo de transição energética a partir da aprovação do Combustível do Futuro, mas uma visão equivocada do impacto da evolução da mistura de biodiesel na inflação vai comprometer o desempenho em toda a cadeia produtiva, colocando em risco altos volumes de investimentos anunciadoserdquo;, disse Francisco Turra, presidente do Conselho de Administração da Aprobio.

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Governo estuda proposta que pede manutenção da mistura de biodiesel

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) deve analisar nesta terça-feira (18/2) uma proposta de manutenção temporária da mistura do biodiesel ao diesel em 14%. Pelo cronograma atual, a adição passará para 15% no início de março. Com a alta nos preços do biocombustível e do óleo de soja em 2024, uma ala do governo passou a defender o adiamento da elevação do percentual por um ou dois meses. A inclusão desse item na pauta da reunião do conselho foi confirmada ao Valor por fontes da Esplanada dos Ministérios e do setor produtivo. O setor produtivo do biodiesel é contra a manutenção da mistura e alega quebra de previsibilidade com o possível adiamento do aumento do teor. As entidades que representam as usinas do biocombustível em Brasília intensificaram a articulação com os ministros que votam no CNPE ontem. Elas já temem, porém, a possibilidade de revés, uma vez que o tema da inflação segue na pauta, com reflexos na popularidade do governo e na piora da avaliação da população em relação ao mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entre representantes do setor, a análise é que os ministérios da Agricultura e de Minas e Energia tendem a votar contra a alteração temporária do cronograma de mistura, ou seja, pela manutenção do aumento para 15% em 1 de março. A equipe econômica é quem deve divergir dessa posição, assim como a Casa Civil, de onde teria saído a proposta, disseram fontes. O CNPE, órgão de assessoramento da Presidência da República, é formado por 17 ministros mais o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Para ser aprovada, a medida precisa do apoio da maioria simples.

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Transpetro lança edital para compra de 8 navios

A Transpetro, subsidiária de logística da Petrobras, lançou licitação para comprar oito novos navios gaseiros. A medida foi anunciada numa cerimônia em Angra dos Reis (RJ), nesta segunda-feira (17), com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e os presidentes da Petrobras, Magda Chambriard, e da Transpetro, Sérgio Bacci. A licitação faz parte do Programa de Renovação e Ampliação da Frota do Sistema Petrobras. De acordo com a companhia, a previsão é compra de oito navios com capacidade de carga de 7 mil, 10 mil e 14 mil metros cúbicos. O objetivo da contratação é permitir à petroleira carregar amônia. A licitação foi dividida em dois lotes, que não podem ser vencidos pelo mesmo estaleiro ou consórcio. O primeiro pretende adquirir cinco navios, sendo três embarcações com capacidade de 7 mil metros cúbicos e duas de 14 mil metros cúbicos. Esses gaseiros serão do tipo pressurizado, destinados ao transporte de GLP e derivados.Para ler esta notícia, clique aqui.

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Renault fecha acordo com grupo chinês para produzir e vender carros elétricos no Brasil

A montadora francesa Renault e o grupo chinês Zhejiang Geely Holding fecharam um acordo para produzir e vender conjuntamente carros elétricos e de baixa emissão de carbono no Brasil, segundo comunicado divulgado nesta segunda-feira, 17. As negociações ainda estão sujeitas a um acordo definitivo e a aprovação de autoridades. Segundo a Renault, a parceria permitirá que o Geely acesse o complexo industrial Ayrton Senna, em São Jose dos Pinhais, no Paraná, incluindo áreas de produção, vendas e redes de serviços no Brasil. Em troca, o grupo Geely será uma investidora minoritária na filial da francesa no Brasil. eldquo;A Renault do Brasil se tornará uma distribuidora do portfólio de veículos do Geely Holding no País, por meio do seu ecossistema de distribuição existenteerdquo;, descreve a nota. eldquo;Por meio desta parceria, ambas as empresas serão capazes de expandir seus poderes de marca e se tornarão players centrais no Brasil, mercado que representa 44% das vendas automotivas na América Latina.erdquo; O grupo Geely detém diversas marcas de carros ao redor do mundo, incluindo a montadora de veículos elétricos da China Zeekr e a sueca Volvo.

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Magda diz que a Petrobras está 'pisando no acelerador'

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse ontem que a estatal vai pisar no acelerador, seja no refino ou na produção de navio. Em discurso durante evento em Angra dos Reis (RJ), que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de ministros, Magda afirmou que a estatal vai investir R$ 58 bilhões em projetos com a indústria naval, que deverão gerar mais de 60 mil postos de trabalho. E convocou os fornecedores: eldquo;Estejam preparados porque estamos pisando no aceleradorerdquo;. Ela defendeu ainda o reaproveitamento de plataformas de petróleo, com extensão de sua vida útil. eldquo;Não queremos jogar navios fora, queremos reaproveitar esses navios e queremos que sejam úteis. E queremos que esse reaproveitamento aconteça nos estaleiros nacionaiserdquo;, disse Magda. A Petrobras lançou ontem um novo edital de encomendas navais da Transpetro e assina protocolos de intenção para o reaproveitamento de plataformas. A presidente da Petrobras disse ainda que a empresa investirá outros R$ 40 bilhões em refino, com expectativa de criação de outros 130 mil postos de trabalho. elsquo;NOVAS FRONTEIRASersquo;. Fazendo coro ao presidente Lula, que na semana passada em entrevista a uma rádio potiguar defendeu a perfuração de poços no litoral do Amapá e chamou de eldquo;lenga-lengaerdquo; a demora do Ibama em emitir a licença para o início de estudos de prospecção, Magda disse que eldquo;a reposição de reservas é urgenteerdquo;. eldquo;E isso só vai ser possível se começarmos a explorar novas fronteiras agora. Por isso é importante destacar a importância da Margem Equatorial e da pesquisa do seu real potencial. Se tivermos a licença, faremos tudo de forma extremamente segura, presidente Lula. O senhor pode ficar tranquiloerdquo;, disse ela. eldquo;Sendo possível a licença, teremos no Amapá a melhor resposta à emergência do mundo.erdquo; Presente no evento, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que a Petrobras já entregou tudo ao Ibama e que eldquo;chegou a hora de virar a chaveerdquo;. ebull;

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Fecombustiveis - Nota de Esclarecimento

A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), entidade que reúne 34 sindicatos patronais e representa os interesses de cerca de 45 mil postos de combustíveis no país, vem a público esclarecer as declarações que vêm sendo divulgadas na imprensa e responsabilizam os postos pelos altos preços dos combustíveis no Brasil. A Fecombustíveis destaca que, diferentemente do que vem sendo noticiado, é fundamental considerar que a composição dos preços dos combustíveis também inclui os impostos federais. Entre eles, estão o PIS/Cofins, no valor de R$ 0,69 por litro, e a CIDE, de R$ 0,10 por litro, além do ICMS. Inclusive, lembramos que, em 1º de fevereiro, houve aumento do ICMS sobre gasolina, óleo diesel, biodiesel e etanol anidro. Gasolina e etanol: acréscimo de R$ 0,10 por litro, totalizando R$ 1,47. Diesel e biodiesel: aumento de R$ 0,06 por litro, elevando o valor para R$ 1,12. A Fecombustíveis esclarece o funcionamento complexo da cadeia de combustíveis, que, em geral, é pouco conhecido pela sociedade e pelos governantes do país. As refinarias vendem combustíveis exclusivamente para as distribuidoras, que, por sua vez, comercializam os produtos para os postos revendedores. A gasolina que sai das refinarias é pura e ainda não está pronta para o consumo final. Somente nas bases de distribuição recebe a adição de 27% de etanol anidro, tornando-se gasolina C, que é a versão comercializada nos postos. O mesmo processo ocorre com o óleo diesel: ele sai puro das refinarias (diesel A) e, após a adição de biodiesel emdash; atualmente em 14% emdash;, transforma-se em diesel B, que então é comercializado das distribuidoras para os postos de combustíveis. Cabe destacar que, na composição de preços da gasolina, na média Brasil, os custos do produto nas refinarias Petrobras correspondem a 34,7% do total, ou seja, a R$ 2,21 por litro. Quando somado o preço dos tributos federais e estaduais ao custo das refinarias quase dobra-se o valor, em R$ 2,16 por litro. Já a parcela do etanol anidro, com R$ 0,88, ou seja, 13,8%. No caso da composição de preços do óleo diesel 46,8% correspondem a parcela do produto refinado pela Petrobras (R$ 3,03 por litro), somados dos impostos federais (5%) e estaduais (17,3%) resultam em R$ 1,44 e a mistura do biodiesel, R$ 0,85, o que representa 13,2% do custo total. Recentemente, a Petrobras também aumentou em R$ 0,22 o preço do litro diesel para as distribuidoras. As margens brutas da distribuição e revenda, na média Brasil, ficam em torno de 15%, retirando o frete. Vale destacar que desta margem são descontados os salários, encargos sociais e benefícios dos funcionários, aluguel (se houver), água, luz, incluindo todas as demais despesas inerentes à manutenção do negócio. Esta Federação entende ser imprescindível manter a sociedade informada para que a revenda não seja responsabilizada pelos altos custos dos combustíveis no país. Destacamos que a revenda de combustíveis é um dos setores que mais contribuem para a geração de empregos, com aproximadamente 900 mil postos de trabalho diretos, além de ter um papel significativo na arrecadação de impostos dos estados e do país. Além disso, os postos representam um setor fundamental para prestação de serviços à sociedade, informações e apoio à comunidade. Por fim, de quem será a culpa: Petrobras, distribuição/revenda ou impostos? Confira os detalhes da composição de preços da gasolina e do óleo diesel:

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