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Tarifas de Trump podem prejudicar as empresas de petróleo e aumentar os preços da gasolina

As empresas de petróleo e gás dos Estados Unidos estão se preparando para a possibilidade de o Presidente Donald Trump bagunçar seus negócios e aumentar os preços na bomba ao impor tarifas de 25% sobre os produtos do Canadá e do México. Os Estados Unidos são o maior produtor de petróleo do mundo, mas as refinarias do país são projetadas para transformar uma mistura de diferentes tipos de petróleo em combustíveis como gasolina e diesel. Aproximadamente 60% do petróleo bruto que os Estados Unidos importam vêm do Canadá e cerca de 7% vêm do México. Muitas refinarias são configuradas para usar essas importações específicas e não podem mudar facilmente para petróleo de outros lugares. Os analistas não têm certeza de como as tarifas de Trump podem afetar o mercado de petróleo - e quem arcará com as despesas adicionais. Os custos podem não ser significativos se as tarifas forem aplicadas apenas temporariamente, ou se o governo facilitar para as refinarias a obtenção de isenções para continuar comprando petróleo bruto canadense ou mexicano sem pagar mais. Trump disse que as tarifas entrariam em vigor neste sábado. Na quinta-feira, ele sugeriu que poderia isentar o petróleo. O setor de petróleo e gás foi um dos maiores apoiadores de Trump durante a eleição de 2024, doando mais de US$ 75 milhões para sua campanha, e o presidente fez da ajuda ao setor, por exemplo, afrouxando as regulamentações, uma prioridade política fundamental. Ele também prometeu reduzir os custos de energia para os consumidores. Um porta-voz da Casa Branca não abordou diretamente como a imposição de tarifas sobre as importações de energia se alinharia com a meta de Trump de reduzir os preços. eldquo;Suas promessas se concentram em aproveitar as conquistas de seu primeiro mandato e reverter os retrocessos dos quatro anos anterioreserdquo;, disse o porta-voz, Harrison W. Fields, em um comunicado. Entre os que provavelmente sofrerão um golpe se Trump não isentar os combustíveis fósseis estão os produtores de petróleo canadenses e as refinarias dos EUA, especialmente as do Meio-Oeste, que processam muito petróleo canadense e não têm um substituto pronto. Os consumidores americanos em regiões que dependem do petróleo canadense também poderão ver os preços ligeiramente mais altos na bomba, principalmente se os fabricantes de combustível reagirem cortando a produção. Os preços da gasolina no Meio-Oeste poderiam subir de 15 a 20 centavos de dólar por galão, com efeitos mais brandos em outras partes do país, disse Tom Kloza, chefe global de análise de energia do Oil Price Information Service. Os Estados Unidos também compram gás natural, eletricidade e urânio - um elemento usado para produzir combustível para usinas nucleares - do Canadá. Vai ser muito, muito complicadoerdquo; se Trump avançar com as tarifas, disse Kloza. eldquo;Nunca lidamos com algo assim, certamente não na era moderna.erdquo; (The New York Times)

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Etanol já é mais vantajoso que gasolina em São Paulo e outros 5 estados; confira

A Petrobras anunciou que vai aumentar o preço do diesel para as distribuidoras a partir deste sábado, 1º de fevereiro. O valor por litro passará a ser de R$ 3,72, em alta de mais de 6%. De acordo com a estatal, na média, o preço do diesel será reajustado em R$ 0,22 por litro, por conta de arredondamento nos preços praticados no Brasil. É o primeiro reajuste feito pela estatal no diesel desde 2023. Não haverá alteração no preço da gasolina cobrado pela estatal. Mas, antes mesmo deste reajuste, levantamento o GLOBO mostra que já é mais vantajoso abastecer com etanol em seis estados do país. E, em outros quatro estados, considerando a média de preços praticados nos postos locais, há quase "empate" entre gasolina e álcool. Os dados consideram o último levantamento de preços da Agência Nacional do Petróleo (ANP), realizado na semana terminada em 25 de janeiro. E consideram os preços médios da gasolina comum e do etanol em cada estado. Caso você não conheça o perfil de consumo do seu carro, uma estimativa simples para ver se o etanol está valendo a pena, segundo especialistas, é fazer a seguinte conta: multiplicar o valor da gasolina por 0,7 endash; ou 70%. Vai ser mais vantajoso abastecer com etanol quando o combustível renovável custar no máximo 70% do preço da gasolina. Isso ocorre porque o etanol "rende menos", ou seja, tem 30% menos conteúdo energético do que a gasolina. Preços médios pelo país Segundo levantamento semanal da ANP, até semana passada ainda era mais vantajoso abastecer com gasolina na maior parte dos estados brasileiros. Mas, em alguns, o etanol sai mais em conta. Confira abaixo: Estados onde o etanol está mais vantajoso: São Paulo Paraná Mato Grosso do Sul Mato Grosso Distrito Federal Acre Estados onde a gasolina quase "empata" com o etanol: Minas Gerais Espírito Santo Paraíba Amazonas Estados onde a gasolina é mais vantajosa: Rio de Janeiro Rio Grande do Sul Bahia Ceará Pernambuco Goiás Pará Santa Catarina Maranhão Alagoas Sergipe Piauí Rio Grande do Norte Tocantins Rondônia Amapá Roraima Como ver o desempenho do seu carro Os preços da ANP são uma média estadual. Dependendo do posto de combustível, as diferenças entre gasolina e etanol podem levar a outra conclusão. Além disso, cada carro tem uma performance, que pode mudar esta relação. Para saber com exatidão o que é mais vantajoso, é preciso saber o gasto médio da gasolina e do etanol em cada veículo. Nos veículos mais modernos essa relação aparece, geralmente, no painel como uma função de autonomia. Em carros mais antigos é preciso fazer o cálculo para chegar a esse número. O mesmo método serve para gasolina e etanol, basta fazer o seguinte passo a passo: Encha o tanque; Anote a quilometragem antes do sair do posto; Na próxima vez que for abastecer, é preciso completar o tanque. Anote a nova quilometragem e o volume de combustível abastecido; Subtraia a quilometragem final pela inicial e divida pelo volume de combustível abastecido. O resultado dessa divisão será o desempenho médio de seu veículo por combustível, ou seja, qual é a quilometragem que ele trafega com etanol ou com gasolina. Insira esses valores na primeira calculadora desta reportagem, assim como o preço da gasolina e do etanol no posto onde está abastecendo, para saber qual combustível é mais vantajoso para seu veículo.

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Instituto que testa aumento de etanol na gasolina está otimista: 'Não vamos ter problema'

O Instituto Mauá Tecnlogia (IMT), credenciado pelo governo federal para testar a elevação da quantidade de etanol anidro na mistura da gasolina, está com trabalho avançado e planeja entregar os resultados no primeiro trimestre deste ano. Mas, pelo que foi apurado até agora, as perspectivas são otimistas, afirma Renato Romio, chefe da divisão de veículos e motores do IMT, em entrevista à EPTV, afiliada da TV Globo na região de Ribeirão Preto (SP). eldquo;Não vamos ter problema nessa mudança e no final vai ser bom principalmente para o meio ambienteerdquo;, afirma. Aprovado pelo Ministério de Minas e Energia em dezembro, o protocolo visa avaliar a viabilidade do aumento dos atuais 27% - em vigor há dez anos - para 30% na proporção de etanol anidro - um dos subprodutos da cana-de-açúcar - que compõe a gasolina nos postos. "O etanol anidro é diferente do etanol puro, que a gente compra no posto, que é o hidratado. Esse etanol hidratado tem água. O etanol anidro praticamente não tem água", explica Romio. Caso os testes sejam satisfatórios e aprovados pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), a chamada gasolina E30 pode chegar ao mercado em abril. O estudo teve o aval de diferentes entidades do setor de biocombustíveis e automotivo e inclui ensaios de pista, testes de partida e medições de emissões, por exemplo. Ele visa tanto baratear o combustível usado pelos motoristas quanto contribuir com a transição energética, com uma menor emissão de gases do efeito estufa por meio do incremento do biocombustível renovável. "A gasolina que a gente compra no posto é uma composição desses dois preços [etanol e gasolina] e tem muito aspecto comercial naquele meio, mas o etanol anidro é mais barato que a gasolina. Então você aumentando a percentagem de etanol você vai acabar barateando essa gasolina. Lógico, tem aspectos de mercado. Tem questão de definição de preços, seja pela distribuidora, seja pelos postos de abastecimento.erdquo; Na atual fase, carros selecionados de diferentes modelos, anos e fabricantes foram abastecidos com o novo combustível e estão rodando pelas ruas. De acordo com o representante do instituto, tudo indica que a mudança percentual não vai impactar no funcionamento dos automóveis, inclusive os abastecidos exclusivamente com gasolina. "O carro que aguenta 27% vai aguentar os 30%, não vai ser isso que vai dar uma diferença significativa na durabilidade. E outro ponto importante: apesar de os carros serem mais antigos, a gente usa etanol há muito tempo, de longa data, então os carros já saem de fábrica preparados para aguentar uma mistura de etanol na gasolina, não vai ser essa diferença de 3 pontos percentuais que vai influenciar na durabilidade do veículo", reitera Romio.

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Petróleo fecha em queda em sessão volátil após EUA anunciarem tarifas para o sábado

Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda nesta sexta-feira, 31, após sessão volátil, com a Casa Branca oficializando a implementação de tarifas de 25% contra o México e Canadá e 10% à China a partir do sábado, 1º de fevereiro. Investidores temem um impacto significativo nos preços da commodity com o tarifaço do presidente Donald Trump. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para março fechou em queda de 0,27% (US$ 0,20), a US$ 72,53 o barril, enquanto o Brent para abril, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 0,28% (US$ 0,22), a US$ 75,53 o barril. Na semana o WTI e o Brent recuaram 2,85% e 2,42%, respectivamente. No mês, os preços tiveram baixa de aproximadamente 0,28%. O petróleo tinha queda forte no começo da tarde, com a Reuters noticiando que, segundo fontes, as tarifas para os vizinhos dos EUA começariam somente a partir de 1º de março, com inclusão de um processo para que os países buscassem isenções específicas em determinadas importações. Contudo, a commodity arrefeceu as perdas depois que a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, rechaçou a matéria e confirmou as medidas para este sábado. Os principais bancos de Wall Street, como Goldman Sachs, JPMorgan e Morgan Stanley, elevaram suas previsões de preços do petróleo para o ano em meio a crescentes incertezas sobre o impacto da política comercial e energética dos EUA, segundo uma pesquisa compilada. É esperado que o barril do Brent tenha uma média de US$ 73,01, ante US$ 71,57 da última pesquisa, e o WTI se mantenha em US$ 68 96, ante US$ 67,44 registrado anteriormente. Para o primeiro trimestre, os preços do Brent e WTI são previstos em US$ 75,33 e US$ 71,22 o barril, respectivamente. Ainda nesta sexta, o presidente americano deve tomar uma decisão específica sobre tarifas para o petróleo canadense e mexicano. (Estadão Conteúdo)

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Aceleração da produção de petróleo depende de países da OPEP

O presidente americano Donald Trump vem prometendo combater a inflação no país por meio da redução do custo da energia e combustíveis. O plano, entretanto depende de petróleo mais barato ou ampliação da produção nacional, o que demanda investimento e tempo. Trump vem ameaçando o mercado global uma série de tarifações que, se implementadas, vai tornar a energia e derivados de petróleo mais caros. Nesta quinta, o republicano confirmou tarifas de 25% para produtos provenientes de Canadá e México, que passam a vigorar a partir deste sábado (1º/2). Os dois países, que são vizinhos dos EUA, são grandes exportadores de petróleo para o mercado americano que, por enquanto, não estão no rol da taxação. Ainda que o presidente americano consiga por em prática as políticas pró-exploração de petróleo, os investimentos demandam tempo até que o produto esteja disponível, conforme explicou o analista. Durante a campanha, o presidente batizou o seu programa energético de drill, baby, drill (perfure, baby, perfure), focado na facilitação de projetos de óleo e gás, incluindo exploração não convencional. eldquo;Vai demorar para que eles consigam aumentar a própria produção e outros países também não vão conseguir fazer isso de maneira abrupta. A não ser os países da OPEP, que tem uma capacidade ociosa muito grande. Sem os países da OPEP, não há espaço para acelerar a produçãoerdquo;, comentou o analista da Hedgepoint Global Markets, Victor Arduin. Para Arduin, a política protecionista de Trump vai tentar atacar a inflação reduzindo o preço dos combustíveis. A principal plataforma de campanha do republicano para o setor de energia é voltada para facilitar a exploração e produção de petróleo e gás natural em território americano. eldquo;Aumentar a tarifa para esses países consequentemente vai fazer os EUA pagarem mais caro pelo petróleo. O que a gente está vendo neste momento é que as políticas protecionistas vão ser mais graduais e nem todas elas implementadaserdquo;, disse Arduin. Tarifação Trump anunciou aumento nas tarifas de importação de produtos oriundos de vários países, com destaque para Canadá e México endash; vizinhos dos EUA e grandes exportadores endash; e a China, que tem um grande mercado consumidor de combustíveis fósseis e fornece uma ampla gama de produtos industrializados para os EUA. Segundo a analista de inteligência de mercado da StoneX, Isabela Garcia, a imposição de tarifas pretendida por Trump gera preocupações quanto aos impactos no crescimento da demanda global por petróleo que uma guerra comercial traria. eldquo;A demanda por petróleo está muito atrelada ao crescimento econômico chinês. A China é um importante consumidor e driver do consumo no mundoerdquo;, disse Garcia. As importações do Canadá representam cerca de 50% de todo o petróleo externo que entra nos EUA. eldquo;Tarifas de 25%, como Trump havia mencionado, teriam um impacto bastante significativo no curto prazo e isso tem contribuído para a volatilidadeerdquo;, afirmou a especialista. O presidente americano planeja para fevereiro a tarifa de 10% sobre os produtos importados na China, menor do que os 60% inicialmente anunciados. A medida pode não apenas encarecer as atividades relacionadas à cadeia produtiva do petróleo e combustíveis como refletir diretamente no aumento da inflação americana, segundo a analista. eldquo;O papel dos Estados Unidos no fluxo global de comércio é muito importante. Então, isso pode afetar as perspectivas de crescimento econômico e, consequentemente, a demanda por petróleoerdquo;.

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Vibra vai testar venda de diesel marítimo com até 30% de biodiesel em São Paulo

A Vibra vai comercializar diesel marítimo com até 30% de biodiesel para a Svitzer, no período entre janeiro de 2025 e dezembro de 2026. A previsão é que serão consumidos 230 m³/mês. A Svitzer vai utilizar o combustível em sua frota própria de rebocadores de apoio portuário, em Santos (SP). A princípio, o teor de biodiesel será de 2%, com aumento gradual de acordo com os resultados do monitoramento de desempenho das embarcações. As informações foram enviadas à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Por se tratar de um projeto piloto, passa por uma autorização especial da agência, já concedida. A Vibra fornecerá o produto a partir de sua base em Cubatão (SP), com destino ao Estaleiro Sudeste Guarujá (SP). Embarque do biodiesel no mercado marítimo Em 2024, a Transpetro, subsidiária da Petrobras, validou o uso do combustível marítimo com biodiesel após uma série de testes, com diferentes percentuais, em navios próprios. A Raízen, do grupo Cosan, também está testando a comercialização de bunker com 24% de biodiesel. Em janeiro deste ano, a Petrobras obteve certificação internacional para comercializar bunker com biodiesel no Terminal de Rio Grande (Terig), no Rio Grande do Sul. O VLS (sigla em inglês para baixo teor de enxofre) B24, produzido pela companhia, tem 24% de biodiesel em sua composição. O certificado ISCC EU RED atesta a conformidade do combustível com as diretrizes da União Europeia, aplicável para a rastreabilidade e cálculo das emissões de gases de efeito estufa de matérias-primas e bioprodutos sustentáveis. Petrobras e Transpetro realizaram testes de abastecimento no Terminal de Rio Grande, em navio transportador de GLP. O combustível foi testado pela companhia em diferentes percentuais de biodiesel, sendo o teste mais recente com 24% de mistura, executado após piloto bem sucedido com a adição de 10%. Além do aumento do volume, a companhia acrescentou sebo de boi como matéria-prima renovável, no percentual de 30%. O restante é óleo vegetal de soja. O óleo vegetal e o sebo de boi são insumos habituais da produção do biodiesel veicular no Brasil.

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