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BC concede licença a plataformas da Ambev e dos postos Ipiranga

A lista de instituições de pagamento (IP) reguladas continua em crescimento. Na última semana, mais três empresas receberam autorização do Banco Central (BC) para operar com essa licença. Duas delas, aliás, trazem grandes grupos não financeiros por trás, em mais um sinal da tendência do embedded finance (finanças embarcadas). A plataforma Abastece Aí, da rede de postos de combustíveis Ipiranga (do Grupo Ultra), obteve aval do regulador para funcionar como uma IP na modalidade emissor de moeda eletrônica, ou seja, aquela que permite gerenciar contas pré-pagas. Com capital social de R$ 11 milhões, o controlador da instituição é a holding Ultrapar Participações S.A. Ainda na semana passada, a Bees, plataforma digital B2B da Ambev, recebeu o elsquo;sinal verdeersquo; do BC para operar como IP. O aval também é para ser emissor de moeda eletrônica. Com capital de R$ 172,98 milhões, a instituição tem como controladores Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto da Veiga Sicupira, Max Van Hoegaerden Herrmann Telles e Eugénie Patri Sebastien S.A. O órgão autorizou também a operação da instituição de pagamento PayMee, nas modalidades emissor de moeda eletrônica e iniciador de transação de pagamento (ITP). O capital social é de R$ 8 milhões, e os controladores são Paulo Cesar Zapparoli, Bruno Magalhães Maranhão Camargo e João Alberto Xavier Gonçalves Moreno. Atualmente, de acordo com as informações disponíveis no site do BC, são 150 instituições de pagamento com autorização para funcionar no país. O número vem crescendo nos últimos anos emdash; passou de apenas 19 em 2019 para 26 no ano seguinte e 74 ao final de 2022. Recebíveis No mercado de recebíveis, a registradora Central de Registro de Direitos Creditórios (CRDC) obteve o aval do BC para registrar cédulas de crédito bancário (CCBs), notas promissórias, notas promissórias rurais e duplicatas rurais. Lista de transmissão do Whats A empresa tem autorização do órgão como registradora de ativos financeiros e também da Susep para o registro de operações de seguros (SRO).

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GPA vende 71 postos de combustível por R$ 200 mi; Grupo Ultra compra 49 por R$ 130 mi

A Companhia Brasileira de Distribuição (GPA) concluiu nesta quarta-feira a assinatura dos contratos definitivos para a venda das operações de 71 postos de combustíveis. Somente o Grupo Ultra comprou 49 postos no Estado de São Paulo por R$ 130 milhões. A informação foi confirmada pelo Ultra em comunicado ao mercado, nesta noite. O valor total da transação, incluindo os 71 postos, corresponde a aproximadamente R$ 200 milhões. As outras 22 operações, localizadas em mais oito Estados brasileiros, são representadas por outros compradores, informou o GPA, sem revelar nomes desses compradores. Do montante de R$ 200 milhões, R$ 138 milhões serão pagos até o final de 2024, mediante a conclusão de certas condições precedentes, incluindo o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), segundo o GPA. As parcelas remanescentes representam R$ 62 milhões, mediante a conclusão de outras condições precedentes que objetivam a transferência definitiva dos postos para os compradores de cada região, informou. Até a efetiva transferência aos compradores, os postos em funcionamento permanecerão operados pelo GPA, inclusive no que diz respeito à apropriação dos resultados gerados pelas respectivas operações, informou a companhia. eldquo;A venda dos postos marca a última etapa do plano de vendas de ativos não core iniciado em 2023, que objetiva a redução da alavancagem financeira com a diminuição da dívida líquida e, consequente, reforço da estrutura de capital, destaca o GPA. A operação foi assessorada pelo Bradesco BBI.

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Governo tem déficit de R$ 60,9 bi em maio, segundo pior resultado em 27 anos

As contas do Governo Central registraram déficit primário em maio. No mês passado, a diferença entre as receitas e as despesas ficou negativa em R$ 60,983 bilhões. O resultado sucedeu o superávit de R$ 11,082 bilhões em abril. O saldo, que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, foi o pior desempenho em termos reais para o mês desde 2020, durante a pandemia, também figurando como o segundo pior resultado na série histórica do Tesouro, que foi iniciada em 1997. Em maio de 2023, o resultado havia sido negativo em R$ 45,014 bilhões, em valores nominais. O resultado do mês passado ficou quase em linha com a expectativa do mercado financeiro, cuja mediana apontava um déficit de R$ 58,10 bilhões, de acordo com levantamento do Projeções Broadcast. O dado de abril ficou no intervalo das estimativas, todas de déficit, que variavam de R$ 70,0 bilhões a R$ 25,5 bilhões. No acumulado do ano até maio, o Governo Central registrou déficit de R$ 29,998 bilhões, o pior resultado desde 2020. Em igual período do ano passado, esse mesmo resultado era positivo em R$ 1,834 bilhão, em termos nominais. Em maio, as receitas tiveram alta real de 8,3% em relação a igual mês do ano passado. No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, houve avanço real de 8,5%. Já as despesas subiram 14% em maio, já descontada a inflação. No acumulado destes cinco meses, a variação foi positiva em 13%. Em 12 meses até maio, o Governo Central apresenta déficit de R$ 268,4 bilhões, equivalente a 2,36% do PIB. Desde janeiro de 2024, o Tesouro passou a informar a relação entre o volume de despesas sobre o PIB, uma vez que o arcabouço fiscal busca a estabilização dos gastos públicos. No acumulado dos últimos 12 meses até maio, as despesas obrigatórias somaram 18,6% em relação ao PIB, enquanto as discricionárias do Executivo alcançaram 1,8% em relação ao PIB no mesmo período. Para 2024, o governo persegue duas metas. Uma é a de resultado primário, que deve ser neutro (0% do PIB), permitindo uma variação de 0,25 ponto porcentual para mais ou menos, conforme estabelecido no arcabouço. O limite seria um déficit de até R$ 28,8 bilhões. A outra é de limite de despesas, que é fixo em R$ 2,089 trilhões neste ano. No último Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, publicado em maio, o Ministério do Planejamento e Orçamento estimou um resultado deficitário de R$ 14,5 bilhões nas contas deste ano, equivalentes a 0,1% do PIB.

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BYD critica recomendação de taxar carro elétrico com 'imposto do pecado'

Maior fabricante de carros elétricos do mundo, com previsão de iniciar a produção no Brasil em 2025, a BYD criticou a iniciativa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) de recomendar a tributação dos veículos 100% elétricos com o Imposto Seletivo (IS) no âmbito da reforma tributária. Pela proposta original do Ministério da Fazenda, só os veículos movidos a combustão e os híbridos serão passíveis de taxação endash; os 100% elétricos ficaram de fora. O IS, conhecido como eldquo;imposto do pecadoerdquo;, vai sobretaxar bens e serviços que causam danos à saúde ou ao meio ambiente, como as bebidas alcoólicas e açucaradas, cigarros, jatinhos e lanchas, além da extração de petróleo e minério de ferro. Como mostrou o Estadão, o Mdic, chefiado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, recomendou a inclusão dos elétricos na lista com o argumento de que o governo não escolhe a rota tecnológica para o desenvolvimento de futuros automóveis e que, no caso dos elétricos, é preciso levar em conta o fator poluente da fabricação das baterias e de como é gerada a energia que vai abastecê-las. O conselheiro especial da BYD, Alexandre Baldy, contestou o Mdic: eldquo;Os governos são distintos, existem vários governos dentro do mesmo governoerdquo;, disse. eldquo;Na avaliação de quem está tomando à frente da reforma tributária e que enviou os projetos de lei complementares para concluir a reforma tributária, a visão dela (a Fazenda) é muito clara e inclusive foi cética sobre essa recomendação do Mdicerdquo;. Baldy diz que os carros 100% elétricos não emitem gases de efeito estufa e, por isso, não foram previstos no Seletivo pela Fazenda. Além disso, ele diz que esses veículos vêm recebendo incentivos em diferentes países, na contramão do que faz o Brasil. Procurado, o Ministério da Fazenda não se manifestou. Secretário executivo do Ministério da Indústria, Márcio Elias Rosa, afirma que os elétricos não são o único caminho para a descarbonização, nem o mais eficiente, e que haverá uma diferenciação de alíquotas no IS que premiará as alternativas mais bem-sucedidas de acordo com a sua capacidade concreta de entrega no campo ambiental. eldquo;Por ser elétrico, esse carro em si não é o instrumento único para a descarbonização. Temos que levar em conta as etapas fabris, a fabricação da bateria, o descarte da bateria etc.erdquo; Baldy diz que a BYD chinesa já se abastece de eletricidade produzida por painéis solares. eldquo;As empresas que produzem baterias nunca foram chamadas a comprovar quais são as suas matrizes do ponto de vista da eletricidadeerdquo;, afirma. eldquo;A BYD está investindo para produzir baterias no Brasil, com matriz elétrica renovável e não poluente, e será aproveitado o mineral que é extraído no Brasil.erdquo; OPOSIÇÃO. Segundo ele, eldquo;é surpreendente que o Ministério da Fazenda esteja sendo desenvolvimentista, no aspecto da transição energética para uma neoindústria, e o Mdic, o qual deveria ser desenvolvimentista, está sendo retrógradoerdquo;. Ex-ministro das Cidades no governo Temer e membro do PP, partido de Arthur Lira (PP-AL), o executivo afirma que já iniciou as tratativas para congelar a iniciativa do Mdic no Congresso. A recomendação foi feita pelo ministério aos deputados que compõem o grupo de trabalho da regulamentação da reforma tributária na Câmara dos Deputados nesta segundafeira, 24. A previsão é de que o relatório seja apresentado na próxima semana e votado, em plenário, antes do recesso parlamentar, em 17 de julho. Baldy afirma que, ao sobretaxar os carros elétricos, o Brasil está criando uma desvantagem que pode afetar a competitividade desses veículos também na exportação. A desvantagem, segundo ele, também ocorrerá com a mudança na avaliação dos automóveis do programa de incentivo à indústria automotiva, o Mover, que a partir de 2027 não levará em conta apenas o nível de emissão de gás carbônico, mas também a quanto do automóvel é reciclável e as fontes de energia dos fabricantes de autopeças endash; no conceito chamado eldquo;do berço ao túmuloerdquo;. ebull;

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CMN confirma meta de inflação de 3% a partir do próximo ano

Um ano depois de ter sido anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o governo publicou ontem, em edição extra do Diário Oficial da União, decreto que formaliza a mudança do sistema de metas de inflação, em vigor desde 1999. A partir de 1.º de janeiro de 2025, o Banco Central passará a perseguir um mesmo alvo de forma contínua, sem vinculação com o eldquo;ano-calendárioerdquo; (período de janeiro a dezembro de cada ano). Ainda pelo texto, a meta será considerada descumprida quando a inflação, medida pela variação de preços acumulada em 12 meses, ficar por seis meses seguidos fora do intervalo de tolerância. O decreto estabelece também que eldquo;ao Banco Central do Brasil compete executar as políticas necessárias ao cumprimento da meta fixadaerdquo;. Após a publicação do decreto, o Conselho Monetário Nacional (CMN) se reuniu e definiu que o centro da meta será de 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. A referência continuará sendo o IPCA, medido pelo IBGE. O CMN é formado pelo ministro da Fazenda, pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, e pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto. A mudança no sistema já havia sido anunciada por Haddad em junho do ano passado, mas faltava a publicação do decreto para oficializar a alteração. PREVISÕES. A mudança vem num momento em que o mercado tem aumentado suas projeções para a inflação, se distanciando das metas oficias. No relatório Focus divulgado pelo BC no começo da semana, a mediana das projeções dos analistas para 2024 passou de 3,96% para 3,98%. Apesar disso, o ministro da Fazenda disse que não vê sinais de apreensão sobre o compromisso do BC e do governo em relação às metas de inflação. eldquo;Desde a posse de Lula, há notícias de que a inflação é declinante no Brasil, não estou vendo sinal de apreensão sobre compromisso do BC e do governo com atingimento das metaserdquo;, disse ele, que espera que a inflação neste ano fique abaixo de 4,5%. eldquo;No ano passado, ficou abaixo de 4,75%, e, neste ano, abaixo de 4,5%, declinando.erdquo; Haddad afirmou que o patamar de 3% a partir de 2025 não foi alvo de discussões. eldquo;Desde o ano passado foi estabelecido (que seria 3%). Não foi debatida a questão. E fizemos resolução (para ratificar meta) junto com decreto para evitar especulaçãoerdquo;, disse o ministro, para quem eldquo;tem havido muita especulação no mercadoerdquo;. Para o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, o mais importante foi a manutenção da meta de inflação em 3%. Ele acrescenta que, no momento, o tempo que vai levar para a meta ser atingida não é tão relevante. eldquo;O importante era ter essa sistematização em meio a semanas turbulentas. Demorou para acontecer, mas não causa ruído e nem sinal contrário.erdquo; Já Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor de Política Monetária do BC e atual chairman da Jive Mauá, afirmou que a formalização da medida pode ajudar a acalmar as expectativas de inflação. eldquo;O todo ficou muito bomerdquo;, disse o economista. Entre os pontos do decreto, ele destaca a determinação de que qualquer mudança da meta só terá efeito com defasagem de 36 meses.

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Produção de etanol no Brasil deve crescer 13% no primeiro semestre de 2024, prevê S&P Global

A produção de etanol brasileira deve chegar a 2,16 bilhões de litros no primeiro semestre de 2024, alta de 13,3% em relação a igual período no ano passado. A estimativa é da Seamp;P Global Commodity Insights e considera a produção a partir da cana-de-açúcar, assim como do milho. A maior parte do volume corresponde a etanol hidratado, que compete diretamente com a gasolina nas bombas. Ao todo, o Brasil deve produzir 1,27 bilhão de litros de etanol hidratado de janeiro a junho de 2024, alta de 24,89% na comparação com o primeiro semestre do ano passado. Já a produção de etanol anidro deve totalizar 874 milhões de litros nesse período, queda de 1,13% na comparação anual. Ao todo, o esmagamento de cana no primeiro semestre deve crescer 13,6% em relação a igual período em 2023 e chegar a 46,21 milhões de toneladas métricas. Desse volume, 49,96% devem ser direcionados para a produção de açúcar. Segundo a analista da Seamp;P Global para o mercado de açúcar, Bianca Guimarães, o país enfrentou problemas operacionais na moagem ao longo do mês de maio, o que reduziu o esmagamento de cana no primeiro semestre do ano. eldquo;O mix de açúcar deve ser menor do que o estimado anteriormente. Além disso, os danos à safra causados pela seca desde o final de 2023 estão evidentes, o que resulta em uma cana mais finaerdquo;, explica.

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