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StoneX eleva previsão de consumo de diesel no Brasil e vê alta de 11% para biodiesel em 2025

O consumo de diesel B (misturado com biodiesel) do Brasil deve alcançar 67,7 bilhões de litros em 2024, estimou nesta quarta-feira a StoneX, elevando em aproximadamente 200 milhões de litros sua previsão, com avanço da economia e aumento na demanda por fretes. Com a nova projeção, a expectativa é de um aumento de 3,4% do consumo de diesel no país neste ano ante 2023. "A manutenção do avanço do PIB nacional acima do esperado e o nível elevado das exportações de bens pelo país contribui para um consumo mais acelerado do combustível, com o crescimento do transporte de cargas influenciando diretamente na movimentação de veículos pesados nos modais rodoviários brasileiros", disse a consultoria, em relatório. Para 2025, as projeções de consumo também cresceram, totalizando 69,9 bilhões de litros, ante 69,1 bilhões na projeção anterior. Com a nova estimativa, a perspectiva é de um aumento de 3,2% no consumo no próximo ano, ante 2024. "O forte desempenho do setor de combustíveis no Brasil trouxe um cenário ainda mais positivo para o biodiesel", disse o relatório. BIODIESEL EM ALTA No caso do biodiesel, a previsão é de um aumento de 23,6% nas vendas neste ano ante 2023, para 9,2 bilhões de litros. Para 2025, a revisão positiva da StoneX para o diesel B traz também um leve ajuste para cima nas estimativas de crescimento das vendas de biodiesel, que devem atingir 10,2 bilhões de litros, aumento de 11,1% em relação a 2024. Em função de uma participação ligeiramente menor que a esperada do óleo de soja na matriz de biodiesel nos últimos meses, o consumo estimado do óleo de soja para o biocombustível passou por leve ajuste de 8,3 milhões para 8,2 milhões de toneladas em 2025. Ainda assim, o volume representa um aumento superior a 1 milhão de toneladas de óleo de soja, com crescimento anual de 16,7%, destacou a StoneX -- a oleaginosa responde por cerca de 75% da matéria-prima utilizada para a produção do biodiesel no Brasil. Em março do próximo ano está programado um aumento da mistura de biodiesel no diesel de 14% para 15%. A StoneX previu ainda um avanço da demanda por diesel A (puro) de 0,8% neste ano ante 2023, para 58,6 bilhões de litros. Para 2025, a expectativa é de aumento de 1,9%, apesar do crescimento na mistura de biodiesel. (Reuters)

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Alckmin: R$ 380,1 bi de recursos privados virão do etanol, biocombustível, eólica e hidrogênio

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, explicou nesta quinta-feira, 12, que os R$ 380,1 bilhões de recursos privados anunciados para a Missão 5 da Nova Indústria Brasil (NIB) se dividem entre investimentos em etanol (R$ 130 bilhões, representados pela Unica), na área de biocombustíveis (R$ 18,6 bilhões, pela Ubrabio), no setor de energia eólica (R$ 43,5 bilhões, da Abeeólica), e na área de hidrogênio de baixo carbono (R$ 188 bilhões, da Abihv). Alckmin apresentou os números em reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social e Sustentável (CDESS), o "Conselhão", dedicada a anúncios da Missão 5 da NIB, que tem foco em bioeconomia, descarbonização e transição e segurança energética. Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mais cedo, o volume de recursos está programado para ser investido até 2029. Ao falar para os representantes do "Conselhão", Alckmin também repassou uma mensagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem o vice-presidente contou ter falado na quarta-feira no começo da noite. "Ontem, o presidente me ligou, no comecinho da noite, e eu, super animado, falei a ele que teria a reunião do Conselhão. E ele falou duas coisas. Primeiro, a importância do e#39;Conselhãoe#39;. Quem dialoga, ouve, acerta mais, aprende mais, erra menos. E a outra pediu que transmitisse um abraço eterno, carinhoso, a cada uma e cada um de vocês", disse Alckmin nesta quinta. (Estadão Conteúdo)

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Petróleo fica estável; com previsão de superávit da IEA e otimismo com corte de juros

Os preços do petróleo ficaram praticamente inalterados nesta quinta-feira, pressionados por uma previsão de ampla oferta no mercado de petróleo, mas apoiados pelo aumento das expectativas de um corte na taxa de juros do Federal Reserve. Os futuros do petróleo Brent caíram 0,11 dólar, ou 0,15%, a 73,41 dólares por barril. Os contratos futuros do petróleo West Texas Intermediate dos Estados Unidos caíram 0,27 dólar, ou 0,38%, a 70,02 dólares. A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) fez uma ligeira revisão para cima em sua perspectiva de demanda para o próximo ano, mas ainda espera que o mercado de petróleo seja confortavelmente abastecido. Na quarta-feira, a Opep cortou sua previsão de crescimento da demanda para 2024 pelo quinto mês consecutivo. eldquo;Se você observar os dados reais, a IEA está dizendo que o excesso que eles previram deveria estar acontecendo neste exato momentoerdquo;, disse Phil Flynn, analista do Price Futures Group. Os estoques globais de petróleo caíram 39,3 milhões de barris em outubro, uma vez que a baixa atividade das refinarias coincidiu com um aumento na demanda global de petróleo, segundo dados da IEA. Nos EUA, a inflação aumentou ligeiramente em novembro, em linha com as expectativas dos economistas. De modo geral, os investidores esperam que o Fed volte a cortar as taxas, alimentando o otimismo em relação ao crescimento econômico e à demanda por energia. eldquo;O relatório de inflação gera muito conforto. Poderia ter sido melhor, mas parece ser baixo o suficiente para que o Fed reduza as taxas na próxima reuniãoerdquo;, disse Bjarne Schieldrop, analista-chefe de commodities do SEB. No maior consumidor de petróleo do mundo, os EUA, os estoques de gasolina e destilados aumentaram mais do que o esperado na semana passada, segundo dados da Administração dde Informação de Energia. (Reuters)

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Reforma tributária é aprovada em comissão do Senado, que retira armas e refrigerantes

O primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária foi aprovado nesta quarta-feira (11) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. Os senadores aprovaram a retirada das bebidas açucaradas e dos armamentos da lista de bens taxados pelo Imposto Seletivo, o chamado "imposto do pecado". No caso das armas, o objetivo da taxação era manter a tributação atual. Agora, a carga tributária desses itens será reduzida em mais de 50% após a entrada em vigor da reforma. Essas e outras alterações podem pressionar ainda mais a alíquota para os setores sem benefícios, estimada agora em pelo menos 28,67%. O passo seguinte do projeto será a votação no Plenário da Casa, prevista para esta quinta-feira (12). Depois, haverá nova análise pela Câmara, o que deve ocorrer na próxima semana, antes que o texto siga para sanção da Presidência da República. O texto foi debatido por várias horas na comissão, com os senadores pressionando o relator, Eduardo Braga (MDB-AM), para ampliar os benefícios fiscais previstos no novo regime. Foram contemplados, por exemplo, a Zona Franca de Manaus, as Sociedades Anônimas do Futebol, o agronegócio e as cooperativas de saúde. O saneamento e os serviços veterinários entraram no regime especial para a saúde, com redução de 60% na alíquota. Na cesta básica, houve inclusão da erva mate, redução do benefício para o óleo de soja e ajuste na definição sobre que alimento pode ser considerado pão francês emdash;"pão comumente denominado pão francês, de formato cilíndrico e alongado, com miolo branco creme e macio, e casca dourada e crocante", conforme definido anteriormente em norma da Receita Federal. Bolachas e biscoitos e águas minerais terão desconto de 60% na alíquota. Foram reduzidas em 60% as alíquotas sobre o fornecimento de produtos agropecuários, aquícolas, pesqueiros, florestais e extrativistas vegetais in natura. Braga atendeu ao pedido do colega Omar Aziz (PSD-AM) e colocou a isenção de PIS/Cofins para a atividade de refino na Zona Franca de Manaus, com incentivos fiscais quando realizada dentro da própria área incentivada e a ela destinada. O argumento é que a refinaria mais próxima encontra-se a mais de 3.000 km. Para o setor de óleo, gás e combustíveis, essa medida gera assimetria concorrencial e desequilíbrio fiscal, sem garantir benefício para a população local. As SAFs (Sociedades Anônimas do Futebol) tiveram a alíquota para os tributos unificados de 8,5% para 5%. A lista de medicamentos desonerados não ficará mais nas mãos da administração tributária. O projeto prevê que caberá à futura lei complementar estabelecer, em rol taxativo, aqueles relacionados às linhas de cuidado desoneradas. Acrescentou-se também medicamentos relacionados à linha de cuidado do diabetes mellitus entre os beneficiados com alíquota zero. O projeto também traz para a reforma a substituição tributária, que é o recolhimento do tributo por um dos elos da cadeia. Ela fica restrita a bebidas alcoólicas, águas minerais, refrigerantes e fumo, a depender de ato conjunto da Receita Federal e do Comitê Gestor formado por estados e municípios. Tributaristas avaliam que esse sistema é incompatível com os novos tributos, trazendo apenas mais complexidade e penalizando as empresas do Simples Nacional. O relator também alterou o regime específico do transporte aéreo regional para ampliar o limite de tamanho das aeronaves de 150 para 186 assentos. Braga indicou que a mudança visa atender a um único voo entre as cidades de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, no Acre, que utiliza um 737-800. O texto também prorroga os benefícios das áreas de livre comércio da Amazônia para 2073, mesma data prevista para o Polo Industrial de Manaus. A mudança no saneamento tem impacto de 0,5 ponto percentual na alíquota. A retirada das bebidas açucaradas do Seletivo, de 0,07 ponto. O efeito das outras alterações não foram calculados ainda. Com isso, a alíquota geral sobe de 28,10% estimados na versão divulgação na segunda (9) para 28,67%. Muitas mudanças realizadas no Senado foram debatidas previamente com o Ministério da Fazenda e as lideranças da Câmara, mas não há garantia de que sejam mantidas pelos deputados, que devem analisar a proposta na próxima semana, a última antes do recesso parlamentar.

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Setor de serviços avança 1,1% em outubro

O setor de serviços voltou a mostrar fôlego em outubro, sinalizando uma economia ainda aquecida no início do quarto trimestre. O volume de serviços prestados no País cresceu 1,1% em outubro em relação a setembro, fazendo o setor alcançar novo patamar recorde da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços, iniciada em 2011 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, XP estima que PIB de 2024, avaliado em 3,5%, passa a ter elsquo;ligeiro viés de altaersquo; O resultado foi o dobro da alta mediana de 0,5% estimada por analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast. Após a divulgação, a gestora de recursos XP Investimentos elevou a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no quarto trimestre, de uma alta de 0,3% para um avanço de 0,6%, na comparação com o terceiro trimestre. eldquo;O setor de serviços tem grande peso no PIB e, por isso, ajustamos a nossa projeção de curto prazo para o PIB do quarto trimestreerdquo;, afirmou o economista Rodolfo Margato, da XP, em nota, mantendo por ora a estimativa de crescimento de 3,5% para o PIB deste ano, mas com ligeiro viés de alta. No acumulado de janeiro a outubro de 2024, ante o mesmo período do ano passado, os serviços já cresceram 3,2%. eldquo;Está se configurando um quarto ano de crescimento do setor de serviçoserdquo;, apontou Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa do IBGE. O último recuo anual no setor de serviços ocorreu em 2020, por causa da pandemia (-7,8%). Houve avanços em 2021 (10,9%), 2022 (8,3%) e 2023 (2,9%). Os serviços como um todo apresentaram um desempenho excepcional no acumulado dos meses deste ano, avaliou o economista Homero Guizzo, da Terra Investimentos. eldquo;Nenhum grupo está ficando muito para trás. Isso confirma o diagnóstico de superaquecimento da economia e da demanda no Brasil.erdquo; O grande destaque foi o setor de transportes, com expansão de 4,1% em relação a setembro, a alta mais acentuada desde março de 2023. O transporte aéreo exerceu o principal impacto positivo. A queda no custo do ônibus urbano impulsionou o desempenho do transporte rodoviário. ebull;

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BC eleva Selic em 1 ponto, para 12,25%, e vai intervir no dólar

Em sua última reunião de 2024, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central apertou o passo e anunciou alta de 1 ponto porcentual para a Selic, que pulou de 11,25% para 12,25% ao ano. A decisão foi unânime. Em comunicado, o colegiado já antecipou a previsão de mais dois aumentos eldquo;de mesma magnitudeerdquo; nas reuniões de janeiro e de março de 2025 endash; o que levaria a taxa básica de juros para 14,25%, superando a máxima observada no governo Jair Bolsonaro (13,75%). eldquo;Diante de um cenário mais adverso para a convergência da inflação, o comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, ajustes de mesma magnitude nas próximas reuniõeserdquo;, diz o texto. Em outro movimento com foco na inflação, o BC anunciou que fará hoje dois leilões para vender dólar com compromisso de recompra, no valor total de US$ 4 bilhões. Essa modalidade é chamada de leilão de linha, e representa, na prática, uma intervenção no mercado. Será a primeira intervenção do BC desde que o dólar rompeu a barreira dos R$ 6. Desde a reunião de novembro, todas as variáveis usadas pelo BC para conduzir os juros pioraram. A disparada do dólar para o patamar de R$ 6 é vista como o principal retrato dessa deterioração de cenário. Já as pre Com as duas altas já sinalizadas, Selic chegaria a 14,25%, acima da máxima no governo Bolsonaro visões para a inflação neste ano e em 2025 ficaram ainda mais distantes das metas oficiais. PACOTE FISCAL. O comunicado do Copom voltou a citar a existência de um ambiente externo eldquo;desafiadorerdquo; e eldquo;uma assimetria altista no balanço de riscos para os cenários prospectivos para a inflaçãoerdquo; (ou seja, os riscos de elevação de preços são maiores). O tom mais crítico foi reservado para avaliar o pacote fiscal apresentado pelo governo endash; considerado aquém do necessário no mercado e que tem enfrentado dificuldades para avançar no Congresso ( mais informações na pág. B6). eldquo;A percepção dos agentes econômicos sobre o recente anúncio fiscal afetou, de forma relevante, os preços de ativos e as expectativas dos agentes, especialmente o prêmio de risco, as expectativas de inflação e a taxa de câmbio. Avaliou-se que tais impactos contribuem para uma dinâmica inflacionária mais adversa.erdquo; A reação inicial dos analistas foi positiva. Para o economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala, por exemplo, foi a confirmação do compromisso do BC com a meta de inflação ( mais informações nas págs. B3 e B4). Questionado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que eldquo;foi ( surpresa) por um lado, mas por outro tinha uma precificação nesse sentidoerdquo;. Foi a última reunião presidida por Roberto Campos Neto. A partir de janeiro, o BC será comandado pelo atual diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo. Indicado por Bolsonaro, Campos Neto foi alvo constante de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por conta da Selic em patamares elevados.

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