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Gasolina e diesel voltam a subir nos postos, atingindo maior preço do governo Lula

Os preços da gasolina e do diesel voltaram a subir nos postos, de acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Para a semana entre os dias 9 e 15 deste mês, o valor médio da gasolina na bomba chegou a R$ 6,37, maior que os R$ 6,35 da semana anterior. No caso do diesel, o preço médio chegou a R$ 6,39, acima dos R$ 6,38 da semana passada. Gasolina e diesel estão com seus preços no maior patamar desde o início do governo Lula. Desde a semana do dia 19 de janeiro, a gasolina vem atingindo recordes de preço desde o início do governo. Na semana de 19 de janeiro, o valor médio foi de R$ 6,19, o maior até então. Em 2024, o preço da gasolina havia atingido o máximo de R$ 6,15. Assim, no acumulado do governo Lula, o preço médio da gasolina passou de R$4,96, na última semana de 2022, para R$ 6,37, nesta semana, acumulando uma alta de 28,42%. No caso do diesel, o aumento chega a 42,3%, passando de R$ 4,49 para os atuais R$ 6,39, segundo dados da ANP. Em fevereiro, os preços da gasolina e do diesel tiveram aumento do ICMS em todo o Brasil. O imposto estadual da gasolina passou de R$ 1,3721 para R$ 1,4700 por litro a partir do dia 1 deste mês. No caso do diesel, o ICMS subiu R$ 0,06, passando de R$ 1,0635 para R$ 1,1200 por litro. Além disso, a Petrobras aumentou no último sábado o preço do diesel para as distribuidoras. O valor por litro passou a ser de R$ 3,72, em alta de mais de 6%. Foi o primeiro reajuste da estatal no combustível desde 2023.

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País teve comercialização de mais de 130 bilhões de litros de combustíveis em 2024

Em 2024, foram comercializados, no Brasil, 133,1 bilhões de litros de combustíveis líquidos automotivos. No caso da gasolina C (já com a mistura de etanol anidro), foram 44,19 bilhões de litros, uma redução de 4% com relação a 2023. O etanol hidratado combustível teve 21,66 bilhões de litros em venda, um crescimento de 33,4%. Com relação ao diesel B (já com a mistura de biodiesel), foram comercializados 67,25 bilhões de litros, um aumento de 2,6% na comparação com o ano anterior. Os dados foram apresentados pela ANP hoje (13/2), no Seminário de Avaliação do Mercado de Combustíveis 2025 (ano base 2024). O evento foi híbrido, realizado no Rio de Janeiro, com presença de agentes de mercado e outros interessados, e transmitido ao vivo pela plataforma Teams. Fizeram a abertura do seminário os Diretores da ANP Fernando Moura, Symone Araújo e Mariana Cavadinha. No ano, a produção nacional de gasolina A (pura, ainda sem a adição de etanol anidro) correspondeu a 90% do total da oferta interna, sendo os 10% restantes supridos por importações. Já no caso do diesel A (ainda sem a mistura de biodiesel), as importações foram responsáveis por cerca de 25% das vendas. No caso do GLP, foram comercializados 7,57 milhões de metros cúbicos no país em 2024, um aumento de 2,2% na comparação com 2023. As importações corresponderam a 25% das vendas. O biodiesel teve crescimento nas vendas, refletindo o aumento, em 2024, do teor desse biocombustível no diesel de origem fóssil, de 12% para 14%. Foram comercializados 8,96 bilhões de litros no ano, enquanto em 2023 foram 7,34 bilhões. O ano se encerrou com 131.278 agentes regulados pela ANP no setor de abastecimento, entre eles: 44.678 postos de combustíveis; 58.283 revendas de GLP; 384 distribuidores (entre os de combustíveis líquidos, GLP, combustíveis de aviação, solventes e asfaltos); e 152 produtores de lubrificantes. Os demais agentes se dividem entre rerrefinadores de lubrificantes, agentes de comércio exterior, transportadores-revendedores-retalhistas (TRR), transportadores-revendedores-retalhistas na navegação interior (TRR-NI), coletores de lubrificantes, pontos de abastecimento e consumidores industriais de solventes. No seminário, foram apresentados ainda dados de produção de combustíveis, estatísticas das ações de fiscalização da ANP no mercado de abastecimento e aspectos de preços e concorrenciais. A Agência realizou ainda uma apresentação, destinada aos agentes regulados, sobre os sistemas que devem ser utilizados para envio de dados à ANP, pedidos de autorização, entre outros. Veja as apresentações realizadas pela ANP. Novo painel dinâmico da revenda No evento, foi lançado também o Painel Dinâmico de Revendedores, que tem como objetivos ampliar a transparência e permitir o compartilhamento de dados com agentes regulados, empresas e a sociedade. O painel disponibiliza dados cadastrais das revendas de combustíveis automotivos e de GLP (gás de cozinha), incluindo histórico de bandeiras, capacidade de tancagem e número de bicos de abastecimento. A consulta pode ser realizada de forma geral, abrangendo todos os revendedores, ou de forma específica, por CNPJ, unidade da Federação (UF) e/ou município. A ferramenta auxilia na identificação de tendências de mercado e na previsão de comportamentos futuros. Foi lançado ainda a API de Revendedores, a ferramenta que permite consultar a lista de postos revendedores de combustíveis automotivos e de GLP em operação, bem como seus dados cadastrais, incluindo: endereço; produtos comercializados; nome do distribuidor; capacidade de tancagem; e coordenadas geográficas, quando disponíveis. Assim como painel, a API possibilita a consulta geral ou específica, utilizando CNPJ, UF e/ou município. A diferença entre as duas ferramentas é que o painel dinâmico é interativo e permite a consulta de dados diretamente, por qualquer usuário. Já a API (sigla para Application Programming Interface, ou Interface de Programação de Aplicações) é uma ferramenta que permite a comunicação entre diferentes sistemas, possibilitando a troca de dados de forma segura, eficiente e estruturada. Ela disponibiliza dados para os agentes econômicos ou outros interessados consumirem através de seus próprios sistemas. O painel está disponível na página Painel Dinâmico de Relatório de Revenda.

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Investimentos em produção de petróleo e gás podem ultrapassar R$ 600 bilhões nos próximos cinco anos

Entre 2025 e 2029, estão previstos aproximadamente R$ 609 bilhões em investimentos na fase de produção dos contratos atuais para exploração e produção de petróleo e gás natural no Brasil. Somente em 2025, os investimentos devem chegar a cerca de R$ 140 bilhões. Os dados constam do Painel Dinâmico de Previsão de Atividade, Investimento e Produção na Fase de Produção da ANP. No mesmo quinquênio, são estimados volumes médios de produção de 680 mil metros cúbicos por dia (m3/d) de petróleo (ou seja, 4,28 milhões de barris por dia) e 221 milhões de m³/d de gás natural, sendo 193 milhões de m³/d após desconto do CO2. No painel dinâmico é possível consultar informações referentes às previsões de atividades, investimentos e produção para o período de cinco anos. É possível aplicar filtros e obter as atividades por bacia, ambiente (mar ou terra) ou estado. Os mesmos filtros podem ser usados para a consulta das previsões de investimentos, que podem ser obtidos em dólares ou reais. Para consultas das previsões de produção, a ferramenta permite aplicar o filtro para ambiente (mar ou terra) e obter os volumes ou vazões referentes a petróleo, gás, petróleo equivalente (produções de petróleo e gás somadas), injeção de água e gás queimado. O painel apresenta informações declaradas pelos contratados nos Programas Anuais de Trabalho e Orçamento (PAT) e Programas Anuais de Produção (PAP) dos contratos vigentes, estando sujeitas a atualizações a qualquer momento. As previsões são referentes somente à fase de produção, que é a segunda fase dos contratos (a primeira é a fase de exploração, na qual são realizados estudos para a identificação da presença, ou não, de petróleo e/ou gás).

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Petróleo fecha em queda com avanço das negociações Ucrânia-Rússia

O petróleo abriu o dia em alta nesta sexta-feira (14) mas passou a cair no fim da manhã, com avanço nas conversas entre Ucrânia e Rússia por um acordo que encerre a guerra. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou ter tido um eldquo;bom encontroerdquo; com o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, e o enviado especial do país Keith Kellogg. A reunião ocorreu na Alemanha, durante a Conferência de Segurança de Munique. A queda foi acelerada por notícia de que juiz ordenou ao governo Trump que descongele ajuda externa. O barril do petróleo WTI para março fechou em queda de 0,77% na New York Mercantile Exchange (Nymex), a US$ 70,74, enquanto o do Brent para abril caiu 0,37% na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 74,74. O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, disse na última quinta-feira (13) que o país atingiria Moscou com sanções e potencialmente ações militares se o presidente russo Vladimir Putin não concordasse com um acordo de paz com a Ucrânia que garantisse a independência de Kiev no longo prazo. Vance também acusou o Wall Street Journal de distorcer suas declarações sobre o possível envio de tropas americanas para a Ucrânia, caso a Rússia não aceitasse negociar o fim do conflito. eldquo;Essa guerra é entre a Rússia e a Ucrâniaerdquo;, disse ele. O mercado também monitora notícia de que o governo de Donald Trump vai conceder sua primeira aprovação para um projeto de exportação de gás natural liquefeito (GNL), revertendo suspensão da gestão Biden. (Estadão Conteúdo)

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Raízen anuncia novo vice-presidente de Etanol, Açúcar e Bioenergia

Em Comunicado ao Mercado divulgado na sexta-feira, dia 14, a Raízen informou que Geovane Dilkin Consul assumirá a vice-presidência de Etanol, Açúcar e Bioenergia a partir de 1º de abril. Ele assume em substituição a Francis Vernon Queen Neto, que passará a ocupar uma nova posição na companhia. Geovane possui 35 anos de experiência profissional, majoritariamente no setor do agronegócio, tendo atuado como CEO da BP Bunge Bioenergia e, mais recentemente, da BP.

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Por que o etanol brasileiro entrou na mira de Trump e como o governo pretende negociar com os EUA

A citação explícita da Casa Branca ao etanol brasileiro como exemplo de falta de tratamento recíproco mostra o foco dos Estados Unidos no biocombustível do Brasil, avaliam integrantes do governo. Pessoas que acompanham as tratativas relataram ao Estadão/Broadcast que se surpreenderam com a menção direta, mas observaram haver espaço para negociar com o governo americano quanto a barreiras comerciais e tarifárias. A eldquo;surpresaerdquo; se deve em parte ao fato de o Brasil ser deficitário na balança comercial com os EUA. O Executivo, no entanto, já esperava a pressão de Donald Trump sobre o etanol brasileiro. Há anos, os produtores e fabricantes dos Estados Unidos pressionam o Brasil pela redução da tarifa de importação aplicada sobre o produto norte-americano, hoje de 18%, e reclamam de acesso restrito do biocombustível ao mercado brasileiro. A ofensiva foi reforçada em 6 de fevereiro, quando, durante audiência no Senado americano, o indicado por Trump ao cargo de representante comercial do país (USTR, na sigla em inglês), Jamieson Greer, foi questionado sobre a tarifa de 18% das exportações americanas de etanol ao Brasil e respondeu que o assunto estava no topo de sua lista de prioridades. Após o anúncio das medidas de reciprocidade, nesta quinta-feira, 13, a Associação de Combustíveis Renováveis (RFA, na sigla em inglês), que representa a indústria de etanol nos Estados Unidos, agradeceu Trump eldquo;por seu compromisso em restabelecer uma relação comercial justa e recíproca para o etanol entre os Estados Unidos e o Brasilerdquo;. eldquo;Há quase uma década, temos gastado tempo e recursos preciosos combatendo um regime tarifário injusto e injustificado imposto pelo governo brasileiro às importações de etanol dos EUAerdquo;, disse no comunicado o presidente e CEO da RFA, Geoff Cooper. eldquo;O mais irônico é que essas barreiras tarifárias foram erguidas contra o etanol americano enquanto nosso país tem aceitado emdash; e até incentivado emdash; importações de etanol do Brasil.erdquo; O recado foi dado, diz integrante do governo brasileiro O tema já estava no radar do governo brasileiro. Como mostrou o Estadão/Broadcast mais cedo, a avaliação que corre nos bastidores é de que a redução tarifária era uma pauta permanente dos Estados Unidos, embora não houvesse até então novos sinais do governo americano em relação ao combustível. O Executivo monitorava a potencial ameaça quanto a produtos brasileiros. Agora, o recado foi dado, explica um integrante do governo que vinha acompanhando o assunto. Na eldquo;fact sheeterdquo; (a ficha técnica com dados sobre a media) divulgado pela Casa Branca sobre a ordem executiva assinada por Trump para impor tarifas recíprocas a países que cobram taxas de importações sobre produtos norte-americanos, o chamado eldquo;Plano Justo e Recíprocoerdquo;, o governo americano cita diretamente o etanol. eldquo;Há inúmeros exemplos em que nossos parceiros comerciais não dão tratamento recíproco aos Estados Unidos. A tarifa dos EUA sobre o etanol é de apenas 2,5%. No entanto, o Brasil cobra uma tarifa de 18% sobre as exportações de etanol dos EUA. Como resultado, em 2024 os EUA importaram mais de US$ 200 milhões em etanol do Brasil, enquanto os EUA exportaram apenas US$ 52 milhões em etanol para o Brasilerdquo;, afirma a Casa Branca no documento. O Brasil é citado nesse eldquo;fact sheeterdquo; apenas em relação ao comércio de etanol. Embora Trump alegue que o Brasil cobre caro de produtos americanos, integrantes do governo de Luiz Inácio Lula da Silva vêm tentando contrapor essa ideia, já que, para o Brasil, as trocas revelam uma realidade diferente das médias tarifárias. Apesar de o País impor um imposto de importação médio de 11,2% sobre os produtos que chegam de fora emdash; enquanto nos EUA esse nível é de 3,3% emdash;, o que desembarca dos americanos aqui é com frequência tributado abaixo da média ou sem nenhum imposto em função do perfil das compras. Além disso, citam que produtos relevantes para o Brasil no mercado americano têm tarifas muito altas, como é o caso do açúcar, carne bovina, carne de aves, suco de laranja, frutas, óleo de soja, tabaco e cachaça. Adoção não imediata traz alívio para os negociadores Integrantes do governo também viram com bons olhos o fato de as tarifas não serem adotadas imediatamente emdash; elas serão estudadas em 180 dias. Esse prazo, segundo pessoas ligadas ao tema, deve permitir eldquo;sentar à mesaerdquo; com as autoridades americanas. A reportagem apurou que a indústria sucroenergética nacional procurou ministérios do governo ao longo desta semana, mostrando preocupação com uma eventual reciprocidade dos Estados Unidos sobre o etanol de cana-de-açúcar brasileiro. A tarifa cobrada pelo Brasil sobre etanol importado foi zerada no governo Bolsonaro em 2022 e retomada no governo Lula. O tema vinha sendo discutido entre as autoridades comerciais no último ano, mas o Brasil pede como contrapartida à redução tarifária o aumento do acesso do açúcar brasileiro ao mercado norte-americano, hoje limitado a uma cota estipulada anualmente. A indústria sucroenergética local pede ao governo uma eldquo;decisão equilibradaerdquo; sobre o tema. A entrada em maior volume de etanol americano preocupa sobretudo as usinas do Nordeste. No Brasil, o etanol é feito principalmente à base de cana-de-açúcar, enquanto nos Estados Unidos o biocombustível é fabricado sobretudo a partir do milho. Nos EUA, a indústria local de etanol consome mais de um terço da safra doméstica do cereal. Em 2024, o Brasil exportou aos Estados Unidos US$ 181,828 milhões em etanol, produto vendido sobretudo para a Califórnia. O país se tornou o segundo principal destino do biocombustível brasileiro. Já as exportações do etanol americano ao Brasil somaram US$ 50,530 milhões, segundo dados do Agrostat emdash; sistema de estatísticas de comércio exterior do agronegócio brasileiro. Segundo a entidade que representa a indústria de etanol nos Estados Unidos (a RFA), como resultado das tarifas aplicadas nos últimos anos pelo Brasil, as exportações americanas de etanol para cá praticamente desapareceram, tendo caído de 489 milhões de galões (1,85 bilhão de litros) em 2018, com um valor de US$ 761 milhões, para apenas 28 milhões de galões (106 milhões de litros) em 2024, avaliados em US$ 53 milhões. Entidades esperam reação ao elsquo;retrocessoersquo; nos EUA Em nota conjunta, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA) e a Bioenergia Brasil, eldquo;principais entidades representativas do setor no Brasilerdquo;, disseram esperar que eldquo;os Estados americanos e a indústria local comprometidos com o combate à mudança do clima trabalhem para impedir esse retrocesso proposto pelo governoerdquo;. As entidades eldquo;lamentam que o etanol tenha sido incluído no Memorando de Tarifas Recíprocas, anunciado pelo presidente americano, Donald Trumperdquo;, que eldquo;pretende colocar no mesmo patamar o etanol produzido no Brasil e nos Estados Unidos, embora possuam atributos ambientais e potencial de descarbonização diferentes, e portanto não faz sentido falar em reciprocidadeerdquo;. Afirmaram ainda que, eldquo;se a medida se confirmar, será mais um passo dos Estados Unidos rumo ao abandono à rota de combate à mudança do climaerdquo;.

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