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Lula avalizou aumento da Petrobras no preço dos combustíveis, primeiro da gestão de Magda Chambriard

O primeiro reajuste feito por Magda Chambriard desde que assumiu a presidência da Petrobras, em maio, foi costurado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. A estatal anunciou na segunda-feira a elevação de preço da gasolina em 7,11% a partir desta terça. O aumento representa R$ 0,20 por litro, que sobe para R$ 3,01 nas refinarias. Lula e Silveira cumprem agenda no Paraguai e na Bolívia no início desta semana, mas já tinham ciência da elevação de preços. Dias antes do anúncio, Magda levou ao presidente e ao ministro números que apontavam a necessidade de reajuste diante preços internacionais e da média do combustível importado, já que a Petrobras não produz o suficiente para todo o consumo do país. Segundo interlocutores, os dados apresentados pela presidente da empresa eram claros e não deixavam dúvidas que o preço da gasolina estava no limite e precisava ser reajustado. Entre os presentes na reunião, houve consenso que havia necessidade de correção. O aumento dos preços, portanto, não pegou o Planalto de surpresa e era algo que vinha sendo aguardado pelo governo. A estatal não aumentava o preço da gasolina desde agosto do ano passado. Antes do reajuste anunciado pela estatal, a Abicom, associação que reúne os importadores, já apontava para uma defasagem de R$ 0,59 por litro de gasolina comercializada pela Petrobras. Reforço nos investimentos Magda assumiu a companhia no lugar de Jean Paul Prates e recebeu a missão do presidente Lula de acelerar investimentos e reforçar o papel social da companhia. Em seu discurso de posse, em 19 de junho no Rio de Janeiro, a nova presidente reforçou que sua gestão está alinhada com a visão de Lula e do governo federal para a petroleira. Também destacou que irá zelar por "governança e resultados": emdash; Nossa gestão está totalmente alinhada com a visão do nosso presidente Lula e do governo federal, afinal, eles são os nossos acionistas majoritários. Além da gasolina, a estatal anunciou alta no preço do GLP (gás de botijão). Segundo a Petrobras, os preços de venda para as distribuidoras passará a ser, em média, equivalente a R$ 34,70 por botijão de 13kg, um aumento equivalente a R$ 3,10. Em 2024, este é o primeiro ajuste nos preços de venda de GLP da Petrobras para as distribuidoras, segundo a estatal. Os últimos ajustes - que foram reduções - ocorreram em 17 de maio e janeiro de julho do ano passado. O último aumento, porém, ocorreu em 11 de março de 2022.

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Petrobras 'abrasileirou' o preço dos combustíveis? Entenda cenário após aumento da gasolina

O reajuste feito pela Petrobras, aumentando em R$ 0,20 o preço da gasolina no Brasil, reflete a dificuldade da estatal em eldquo;abrasileirarerdquo; o preço dos combustíveis no país. O termo foi usado pelo presidente Lula (PT) diversas vezes durante a campanha eleitoral em 2022 e após a chegada ao Planalto. A expressão também foi dita pela CEO da estatal, Magda Chambriard, em maio. Mas na prática, o que se observa, mesmo com o fim da política do Preço de Paridade de Importação (PPI) em maio do ano passado, é uma dificuldade do governo em contornar as pressões de refinarias privatizadas e de importadores de combustíveis no Brasil, segundo o economista do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), Eric Gil Dantas. Também há, conforme o especialista, um tensionamento por parte dos acionistas da estatal para atrelar a precificação no país ao mercado internacional, como feito no PPI. Dados mais recentes da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) sobre a gasolina apontam que, em maio, o país comercializou 3,6 milhões de m³ de gasolina comum. Mas apenas 11% desse valor diz respeito ao que foi importado para abastecer o mercado interno. eldquo;O Brasil é um grande produtor de gasolina, ele produz quase tudo o que consome e não faz sentido a gente ter um preço de importação, como se fosse um país que não produz uma gota de gasolinaerdquo;, opinou o economista Eric Gil Dantas. A Associação Brasileira de Refino Privado (Refina Brasil) disse, ao jornal O Globo, que cogita acionar a Petrobras na Justiça. O argumento é de que a política de preços utilizada prejudica as refinarias privadas. No mesmo caminho, a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) afirma que mesmo com o reajuste de R$ 0,20 sobre a gasolina, há ainda uma defasagem de R$ 0,34 em relação ao mercado internacional. O cálculo é feito levando em consideração a alta de 15% do dólar em relação ao real entre fevereiro e julho deste ano, e a recente elevação dos preços do barril de petróleo no mercado internacional. Eric Gil Dantas, no entanto, avalia que a Petrobras tem uma estrutura produtiva e financeira capaz de permitir a cobrança de preços menores na venda de combustíveis. Entre 2023 e o primeiro trimestre deste ano, o lucro acumulado da estatal foi de R$ 148,3 bilhões. eldquo;Mesmo com o fim do PPI, a Petrobras não abrasileirou de fato os preços, ela segue os preços internacionais, mas diferente do PPI, ela tem sempre um valor abaixo, uns 10% abaixo dos preços internacionais para ser mais competitivo do que os preços de importados, mas ainda sim não abrasileirou de fato esses preçoserdquo;, complementou Dantas. O economista lembrou que se há um aumento no preço do barril de petróleo no mercado, a Petrobras deve pagar um valor maior de royalties ao governo, justamente por também ser uma importadora de combustíveis. No primeiro trimestre deste ano, a empresa informou que a produção de gasolina foi de 391 mil barris por dia, enquanto a compra feita pela estatal no exterior foi de 25 mil barris por dia. eldquo;Ainda existem fatores que ligam as despesas reais da Petrobras ao mercado internacional e ao câmbio, mas não é isso que faz com que a Petrobras tenha que aumentar o preço dos combustíveis. Mas sim a pressão por uma lucratividade maiorerdquo;, arrematou o economista. Margem para mais aumento Com visão diferente, o presidente da Abicom, Sérgio Araújo, afirmou que a defasagem indicada pela associação no preço da gasolina comercializado pela Petrobras ocorre desde o governo de Jair Bolsonaro, pela necessidade do país em importar parte da gasolina comercializada nos postos. No primeiro semestre de 2022, a estatal enfrentou uma série de trocas de presidentes, o que não evitou que o litro da gasolina rompesse a barreira de R$ 8 no Brasil. eldquo;Considerando que estamos falando de uma commodity e que a Petrobras não consegue atender toda demanda nacional, existe uma expectativa de que os preços acompanhem a paridade internacional. Se não tem capacidade interna de produção, a alternativa é buscar no mercado internacional pagando a paridadeerdquo;, criticou Araújo. O representante da Abicom cita que os importadores precisam ter uma clareza da Petrobras e produtores nacionais de qual será o volume ofertado, para se ter uma previsibilidade de qual volume complementar importado será necessário. eldquo;No caso da gasolina é mais complicado, porque a decisão do consumo pelo motorista se dá no momento em que o motorista vai abastecer, tendo a opção pelo etanol. Mas a nossa expectativa é de haja uma transparência maior nissoerdquo;, acrescentou. A reportagem procurou a Petrobras para comentar sobre o assunto, mas nenhum posicionamento foi enviado pela estatal até a publicação. No comunicado sobre o reajuste, a empresa afirmou que eldquo;desde a implementação da nova estratégia comercial, a Petrobras reduziu seus preços de venda para as distribuidoras em R$ 0,17 /litroerdquo;. Política de preços Em maio de 2023, o então presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, conseguiu aprovar a nova política de preços de combustíveis da Petrobras, que substituiu o PPI. A metodologia é válida, apenas, para o diesel e gasolina. Desde então, as referências de precificação são o custo alternativo do cliente como prioridade e o valor marginal para a Petrobras. O custo alternativo do cliente contempla alternativas de suprimento por fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos. Já o custo marginal da Petrobras se baseia no custo das diversas alternativas para a empresa, entre elas a produção, importação e exportação do produto. As premissas, segundo nota divulgada pela empresa, são preços competitivos por polo de venda, participação "ótima" da Petrobras no mercado, otimização dos seus ativos de refino e rentabilidade de maneira sustentável. Desde a mudança em maio de 2023, a estatal promoveu duas alterações no preço: uma redução em outubro, e um aumento em agosto.

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Manteremos IVA padrão em 26,5% "em qualquer hipótese", diz Lopes

O deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) disse nesta 2ª feira (8.jul.2024) que o grupo de trabalho responsável pelo parecer do projeto de lei complementar 68 de 2024 trabalhará para não elevar a alíquota padrão do IVA (Imposto sobre Valor Adicionado) dual. eldquo;Vamos manter 26,5% em qualquer hipóteseerdquo;, declarou em entrevista a jornalistas, no Ministério da Fazenda. O congressista falou sobre o tema depois que integrantes do GT se reuniram com o secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy. O GT analisa o projeto de lei que institui o IBS (e#8203;e#8203;Imposto sobre Bens e Serviços), a CBS (Contribuição Social sobre Bens e Serviços) e o IS (Imposto Seletivo), também conhecido como eldquo;imposto do pecadoerdquo;. É formado por: Claudio Cajado (PP-BA); Reginaldo Lopes (PT-MG); Hildo Rocha (MDB-MA); Joaquim Passarinho (PL-PA); Augusto Coutinho (Republicanos-PE); Moses Rodrigues (União Brasil-CE); Luiz Gastão (PSD-CE). Lopes disse que os deputados analisam eldquo;impactoserdquo; sobre a alíquota padrão e que ainda há avaliação sobre a pressão que a proteína animal teria sobre o percentual a ser instituído dos novos tributos. eldquo;Temos espaço para incluir outros pedidos na cesta básica, inclusive a carneerdquo;, afirmou. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Petróleo fecha em baixa, com avaliação sobre geopolítica e efeito modesto de furacão

Os contratos futuros de petróleo registraram queda, nesta segunda-feira, 8. Em dia de agenda modesta, a commodity mostrou pouca força, após ganhos na semana passada e com foco no quadro geopolítico e nos efeitos do furacão Beryl. Ao mesmo tempo, analistas ponderavam sobre riscos ainda existentes no quadro global e também sobre as perspectivas para o setor, diante das eleições presidenciais deste ano nos Estados Unidos. O petróleo WTI para agosto fechou em baixa de 1,00% (US$ 0,83), a US$ 82,33 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para agosto recuou 0,91% (US$ 0,79), a US$ 85,75 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Em dia de agenda fraca, o óleo recuou. O dólar esteve em alta modesta, e o fortalecimento da moeda tende a pressionar a commodity, pois neste caso ela fica mais cara para os detentores de outras divisas. Havia algum otimismo em relação a diálogos por um cessar-fogo na Faixa de Gaza, entre Israel e o Hamas. Além disso, vários portos do Texas foram fechados antes da passagem do furacão Beryl e alguns produtores esvaziaram plataformas offshore, mas eles afirmavam que a expectativa era de impacto pequeno. Para o TD Securities, o prêmio de risco associado às tensões com o Oriente Médio pode diminuir em breve, a menos que ocorra uma escalada maior no conflito. O banco vê ainda a produção em níveis elevados e avalia que, caso não ocorram compras em nível persistente, os preços tenderão a ficar pressionados. Entre lideranças globais, o premiê da Índia, Narendra Modi, chegou a Moscou nesta segunda-feira para uma visita de dois dias, a primeira desde que a Rússia enviou tropas à Ucrânia. Modi deve se reunir com o presidente russo, Vladimir Putin, no momento em que a Índia continua a ser um grande comprador de petróleo russo, mesmo diante de sanções dos Estados Unidos e aliados. Atualmente, mais de 40% do petróleo importado pela Índia vem da Rússia, segundo analistas. O Goldman Sachs, por sua vez, pondera sobre o quadro político nos EUA. Segundo o banco, um eventual segundo governo de Donald Trump teria foco em reduzir entraves regulatórios para o desenvolvimento do setor de petróleo e gás. * Com informações da Dow Jones Newswires

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Estados produtores de petróleo perderão receita com Imposto Seletivo

* Adriano Pires - A discussão sobre a reforma tributária vai se encaminhando para a fase final na Câmara. O presidente Arthur Lira prometeu votar o texto ainda no 1º semestre legislativo, que se encerra em 17 de julho. No entanto, aparentemente, os Estados e municípios produtores de petróleo, atuais e futuros endash;a exemplo da Margem Equatorialendash; ainda não se atentaram a um detalhe que vale bilhões de reais. Uma das principais fontes de receitas que esses Estados e municípios produtores de petróleo recebem vem das chamadas participações especiais. Trata-se de uma compensação financeira extraordinária devida pelas empresas de petróleo para campos de grande volume de produção. O valor das participações especiais é calculado a partir da receita líquida das companhias, no qual se abate o custo operacional dessas empresas, incluindo encargos tributários. O Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, recebeu pouco mais de R$ 13 bilhões em participações especiais em 2023. Na reforma tributária, uma das principais polêmicas é a criação do Imposto Seletivo, também conhecido como eldquo;imposto do pecadoerdquo;. Idealizado para inibir o consumo de produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente, como cigarros, bebidas alcoólicas e bens minerais extraídos, acabou contemplando a extração de petróleo e gás entre as fontes do novo tributo. Com isso, o resultado será o aumento dos preços dos derivados de petróleo e gás, como gás de cozinha (GLP-P13), gasolina, diesel e, em alguns casos, a própria energia elétrica.... A relação entre o Imposto Seletivo e as participações especiais é simples. Quando as empresas de petróleo forem calcular o valor devido aos Estados e municípios produtores, eles poderão deduzir o valor pago a título de Imposto Seletivo. Isso porque a participação especial presente nos contratos de exploração e produção se dá sobre o resultado líquido do campo, possibilitando a dedução dos custos de produção da sua base de cálculo, incluindo os tributos. Ou seja, quanto mais Imposto Seletivo, menos participações especiais. Vale lembrar que a repartição desse novo imposto não segue a mesma regra das participações especiais. Além do percentual da União, os Estados e municípios receberão esses recursos com base no FPE (Fundo de Participação dos Estados) e no FPM (Fundo de Participação dos Municípios). Segundo cálculos do IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás), o Imposto Seletivo cobrado no setor deve impactar em uma receita anual de R$ 7 bilhões. A cada real pago como seletivo será um real a menos em participações especiais. Portanto, baseado nos números divulgados pelo IBP, serão menos R$ 7 bilhões por ano pagos aos Estados e municípios produtores. Com a futura exploração da Margem Equatorial, essas perdas poderão aumentar consideravelmente. Conforme a PEC da reforma, a tributação do Imposto Seletivo pode ter a incidência de até 1% sobre o valor de mercado da produção endash;isto é, a receita bruta da produção. As alíquotas serão estabelecidas por lei complementar. Contudo, considerando o teto estabelecido, a incidência do novo imposto sobre a produção, para além das perdas com as participações governamentais, pode corroer o retorno dos investimentos dos produtores. Com isso, o resultado esperado é de redução ainda maior das receitas do governo com o setor, por meio de menores tributos ou participações governamentais. A aprovação da reforma, enquadrando o petróleo e o gás na categoria de seletivos, trará efeitos negativos para toda a cadeia. A controversa incidência ampliará os riscos aos investimentos no setor e, por consequência, no país. Ou seja, a indústria doméstica de petróleo e gás perderá a competitividade, prejudicando também a economia nacional. Para ler esta notícia, clique aqui. * Sócio-fundador e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE)

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Bolívia terá gás disponível a partir de outubro para vender diretamente à indústria brasileira, diz

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta segunda-feira (8/7) que há espaço para que a indústria brasileira importe diretamente da Bolívia cerca de 4 milhões de m3/dia a partir de outubro. Além disso, outros 2 milhões de m3/dia podem ser trazidos de Vaca Muerta, na Argentina, no curto prazo, pela infraestrutura de gás boliviana atualmente ociosa. As declarações foram dadas a jornalistas, em Santa Cruz de La Sierra, após encontro de Silveira com o ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Franklin Molina, na comitiva de autoridades do governo e agentes privados que acompanham a visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país vizinho. Lula se reúne nesta terça (9/7) com o presidente boliviano Luis Arce emdash; que sofreu uma tentativa fracassada de golpe no fim de junho. O encontro, que já estava previsto para julho antes mesmo do episódio, tem como pano de fundo uma agenda conjunta que envolve o interesse de agentes industriais no mercado brasileiro por acesso a um gás mais competitivo emdash; tanto da Bolívia quanto da Argentina. Acesso direto ao gás boliviano Silveira destacou que o encontro marca a aproximação entre empresários de indústrias gás-intensivas com a YPFB, a estatal boliviana, sem a intermediação da Petrobras emdash; que historicamente é a principal importadora de gás do país vizinho. eldquo;Efetivamente, trouxemos temas objetivos hoje para os ministros [bolivianos]: na questão do gás, eliminar qualquer tipo de intermediação entre os grandes intensivistas do gás no Brasil, que é a indústria química, a indústria da cerâmica, a indústria de vidro, para que eles possam ter um canal direto. Eles tentavam isso já há mais de uma década e não conseguiamerdquo;, disse. Integram a comitiva brasileira à Bolívia representantes da Fiesp (indústrias de SP); Abrace (grandes consumidores industriais); Abiquim (indústria química); Abividro (indústrias de vidro); e Abceram (cerâmica). A expectativa é que, a partir de outubro, com a conclusão das obras de reversão do Gasoducto Norte, a Argentina se torne autossuficiente do gás boliviano endash; o que abre espaço para que os volumes exportados pelos bolivianos ao país vizinho sejam redirecionados para o mercado livre no Brasil. Agenda de reformas Silveira afirmou também que a agenda com os bolivianos também passa pela discussão sobre a necessidade de reformas no marco legal do país vizinho, para viabilizar investimentos brasileiros na recuperação das reservas de gás bolivianas, hoje em declínio. eldquo;O importante é que a gente racionalize ou equalize a questão da segurança para o investimento. Os investidores querem essa segurança, a Bolívia está disposta a discutir caminhos para poder fortalecer essa parceriaerdquo;. Esse investimento, segundo ele, não se restringe mais à Petrobras. eldquo;Sempre houve a ótica de que a Petrobras é a única possibilidade de investimento no gás bolivianoehellip; Mas não é só a Petrobraserdquo; eldquo;Por isso, implementamos hoje o início de uma nova visão entre os investimentos privados no Brasil e o povo boliviano, trazendo indústrias que têm interesse em adquirir o gás diretamente da empresa petroleira e produtora de gás da Bolívia, a fim de que a gente possa, inclusive, otimizar os custos do gás no Brasil, que é o grande propósito nossoerdquo;, completou. Entre empresas que miram a Bolívia está o grupo Jeamp;F, dos irmãos Batista, que, por meio da Fluxus, comprou a Pluspetrol Bolívia endash; e, com isso, entrou em três campos na bacia Tarija-Chaco que hoje produzem 100 mil m3/dia, mas têm potencial para mais de 1 milhão de m³/dia de gás natural. Passagem para o gás argentino A comitiva à Bolívia também inclui executivos envolvidos na tentativa de importar pelo Gasbol o gás natural de Vaca Muerta, na Argentina. Silveira destacou que será possível trazer 2 milhões de m3/dia da Argentina, pela Bolívia, sem aumentar os investimentos em infraestrutura. Se os investimentos no Gasoduto Néstor Kirchner II, na Argentina, avançarem, a perspectiva de importação de gás de Vaca Muerta sobe para mais 15 milhões de m3/dia, disse o ministro brasileiro.

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