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Consumo de diesel caminha para novo recorde no Brasil em 2025, diz EPE

O consumo de diesel caminha para um novo recorde este ano. Um reflexo da combinação da retomada da atividade industrial e das boas perspectivas para a safra agrícola. A demanda pelo combustível cresceu 2,2% nos 12 meses, entre maio de 2024 e abril de 2025, na comparação com igual período no exercício anterior. Os dados são do relatório eldquo;Perspectivas para o Mercado Brasileiro de Combustíveis no Curto Prazoerdquo;, da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Acesse o relatório na íntegra. O aumento ocorreu sobretudo nos volumes de diesel S-10, que teve uma alta de 6,5% no período. A projeção da EPE é que o consumo total de diesel no Brasil chegará a 70,5 bilhões de litros em 2025, volume 2,2% maior do que em 2024 emdash; ano que registrou o recorde até o momento da demanda nacional. O cenário é uma combinação do crescimento da indústria, perspectivas econômicas favoráveis e o aumento da ocupação formal da população. Segundo a consultoria Gasola, setores como o agronegócio, transporte rodoviário e a indústria estão colaborando para o aumento da demanda. A consultoria aponta que o crescimento ocorre sobretudo no Centro-Oeste, devido ao escoamento da safra agrícola, e no Sudeste, onde a produção industrial mostra sinais de recuperação. A previsão do Conab é de um novo recorde na safra de grãos em 2024/2025, o que vai sustentar a demanda por frete rodoviário. Contribuem para a tendência, ainda, as reduções nos preços do combustível pela Petrobras. Ao todo, a estatal reduziu três vezes os preços nas refinarias apenas nos meses de abril e maio. Nos veículos leves, a gasolina avança sobre etanol. A demanda do combustível fóssil cresceu 2,4% até abril, enquanto o etanol permaneceu praticamente estável, segundo a EPE. Este mês, a Petrobras reduziu pela primeira vez no ano as cotações da gasolina. Foi o primeiro reajuste depois de 328 dias, já que os preços estavam inalterados desde 9 de julho de 2024. A tendência é que o reajuste tenha impacto sobre a demanda por gasolina nos próximos meses. Na competição pelo consumidor na bomba, em 2025 a gasolina tem apresentado preços mais favoráveis do que o etanol em mais estados do que no ano passado.

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Preço da gasolina nas bombas cai menos da metade do esperado pela Petrobras

O preço da gasolina nos postos brasileiros caiu mais R$ 0,03 por litro esta semana, com novos repasses do corte promovido pela Petrobras em suas refinarias no dia 10. A queda acumulada desde então, porém, ainda está abaixo da estimada pela estatal. Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), a gasolina foi vendida esta semana pelos postos brasileiros ao preço médio de R$ 6,22 por litro. Nas duas últimas semanas, a queda acumulada é de R$ 0,05 por litro, contra uma expectativa de R$ 0,12 por litro. Os dados são semelhantes aos verificados na pesquisa Edenred Ticket Log, que viu queda acumulada de R$ 0,04 por litro no preço da gasolina em duas semanas. A demora no repasse dos cortes de preços nas refinarias é alvo de críticas tanto do governo quanto da própria Petrobras. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, chegou a pedir que consumidores pressionem donos de postos a baixar os preços. A crítica foi feita após sucessivos cortes no preço do diesel nas refinarias, que demoraram mas acabaram chegando ao consumidor. Nesta semana, o diesel S-10 foi vendido a R$ 6,02 por litro, segundo a ANP, queda de R$ 0,02 por litro em relação à semana anterior. A Petrobras vinha sendo cobrada por novos cortes no preço do diesel, mas nesta sexta-feira (13) as cotações internacionais do petróleo dispararam após ataques de Israel ao Irã, que deram início a um conflito entre os dois países. A cotação do petróleo Brent, referência internacional negociada em Londres, subiu 7% no pregão, para US$ 74,23 por barril, retomando a patamares anteriores ao início da guerra tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Especialistas, porém, avaliam que a manutenção deste patamar vai depender do desenrolar do conflito. Para a consultoria Argus, ataques à estrutura petrolífera da região ou eventual bloqueio do Estreito de Ormuz, importante rota para o petróleo da região, poderiam levar o petróleo a três dígitos. Caso contrário, países da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) teriam condições de conter a tendência de alta nos preços com aumento da oferta. "Assim, é possível que os preços se mantenham elevados por apenas algumas semanas ou meses, no máximo", diz. Na abertura do mercado desta sexta, antes da disparada do petróleo, os preços dos combustíveis vendidos pela Petrobras se situavam abaixo da paridade de importação calculada pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). A defasagem era maior no diesel, de R$ 0,34 por litro. No caso da gasolina, era de R$ 0,16 por litro. Para analistas, o cenário permite que a estatal espere antes de reagir à alta nas cotações provocada pelas tensões geopolíticas.

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Irã: Governo brasileiro atuará para conter alta de preços pela Petrobras

Com 6 das 11 cadeiras do conselho da Petrobras, o governo pressionará a companhia para evitar uma alta de preços dos combustíveis, após a disparada do petróleo reflexo do ataque de Israel ao Irã. A ideia é tentar conter o máximo possível um reajuste. Após o ataque, o barril do petróleo tipo Brent disparou mais de 10%. Nesta sexta, subiu quase 8%, fechando a US$ 74,8. Com isso, a defasagem entre os preços praticados pela Petrobras e o petróleo no mercado internacional abriu uma diferença ainda maior, segundo dados da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). A gasolina ficou 6% mais barata no Brasil ante o mercado externo e o diesel, 11%. Essa defasagem era de 1% e 5%, respectivamente, na quinta (12). Uma defasagem alta por um tempo longo acaba prejudicando os resultados financeiros da Petrobras, o que mobiliza acionistas minoritários. Interlocutores do governo dizem que a atual estratégia comercial da estatal não leva em conta volatilidades instantâneas e, sim, movimentos com maior duração. Por isso, os reajustes demoram mais para ocorrer. Faz dez dias que a petroleira reduziu seus preços de venda da gasolina para as distribuidoras. A redução foi de 5,6%, ou R$ 0,17 por litro. Foi o primeiro corte do ano no combustível. No entanto, essa queda só compensou uma diferença de preços ante o mercado externo, que na época era menor que a defasagem atual. A gasolina estava sendo vendida com ágio (mais cara no Brasil) de 3%. Analistas já estão projetando o barril de petróleo acima de US$ 100 caso o conflito entre Israel e o Irã persista. Se isso ocorrer, a Petrobras deve ser obrigada a reajustar seus preços para cima. Essa é a aposta do mercado, que está elevando as ações da Petrobras nesta sexta (13). Os papéis com voto da petroleira subiu 2,13%, fechando a R$ 34,98.

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Leilão de petróleo na Foz do Amazonas pode criar fila no Ibama

O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) alerta que, sem um estudo mais amplo dos impactos socioambientais da exploração da Foz do Amazonas, o próximo leilão de petróleo pode criar uma fila de licenciamentos no órgão. Em ofício ao qual a Folha teve acesso, o presidente do órgão, Rodrigo Agostinho, cita especificamente a falta de uma análise chamada de AAAS (avaliação ambiental de área sedimentar). Esse tipo de estudo (que avalia não só um empreendimento específico, mas toda uma região) jamais foi feito para a margem equatorial. Sua ausência é uma reclamação constante no Ibama, que atualmente analisa a licença para a Petrobras perfurar o bloco 59 da bacia Foz do Amazonas. O bloco é o foco da tensão que envolve a exploração de petróleo na região, atividade que opõe as visões da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e do titular de Minas e Energia, Alexandre Silveira. O próximo leilão da ANP (Agência Nacional de Petróleo e Gás) está marcado para esta terça-feira (17), e ofertará 47 blocos da bacia Foz do Amazonas e mais 17 na Potiguar emdash;ambas compõe a margem equatorialemdash;, entre outros. A pressão pela ampliação da exploração na região é grande, uma vez que o governo Lula (PT) aposta na atividade como uma das fontes de arrecadação para equilibrar as contas públicas, em um contexto de crise com o Congresso Nacional. No documento do Ibama, Agostinho cita que, além dos 47 blocos na bacia Foz do Amazonas em oferta nesta terça, há outros 8 blocos da região já arrematados por empresas anteriormente. Este cenário, diz ele no documento, "poderá acarretar na multiplicação desordenada de futuras solicitações de licenças ambientais". "Alerta-se para a dificuldade de concessão fragmentada e sucessiva de licenças de exploração, sem a devida avaliação ambiental de área sedimentar (AAAS)", completa. Procurado, o Ministério de Minas e Energia afirmou que "a morosidade na análise desses pedidos não se deve à inexistência da AAAS, mas sim aos fluxos internos do órgão licenciador". Em nota, Ibama reiterou que a avaliação possibilitaria uma análise estratégica da região, anteciparia riscos e daria segurança ao empreendimento. "A ausência de AAAS torna mais complexo o processo de licenciamento ambiental, uma vez que diversos fatores críticos, que deveriam ser tratados como política pública e não como aspectos de projeto, não são adequadamente tratados nas instâncias adequadas", afirma o órgão. O aviso de Agostinho foi dado no mesmo ofício em que ele liberou os testes da Petrobras para o bloco 59, driblando os técnicos do Ibama que recomendavam barrar a operação. O licenciamento ambiental traz entre suas obrigações, via de regra, o EIA (estudo de impacto ambiental). Essa análise é pontual: considera apenas os efeitos de um empreendimento sobre a natureza no seu entorno. A AAAS, por outro lado, é bem mais ampla. Ela deve ser feita pelo Ministério de Minas e Energia, em conjunto com o do Meio Ambiente, e avalia toda a estrutura, tanto social como ambiental, da região. Sua produção demora cerca de dois anos, mas não substitui o estudo de impacto ambiental emdash;os dois são complementares. Em 2023, quando o órgão rejeitou a licença ambiental para a Petrobras explorar o bloco 59, uma das razões elencadas foi a falta da AAAS emdash;além de problemas na proteção à biodiversidade, no enfrentamento às emergências e da não consideração de impactos a povos indígenas. Depois disso, a AGU (Advocacia-Geral da União) decidiu que não havia previsão legal para que a falta da AAAS fosse motivo para negar licenças ambientais de petróleo. A Petrobras entrou com um recurso contra a rejeição do Ibama, que desde então mudou o tom. Apesar de não vincular a ausência da avaliação à emissão da autorização, vem reiteradamente enfatizando sua importância emdash;até agora, não houve decisão final sobre o futuro do empreendimento. Segundo integrantes do órgão ambiental, a região da bacia Foz do Amazonas é ainda pouco conhecida, e a AAAS serviria para dar maior subsídio às análises. Para Suely Araújo, ex-presidente do Ibama e coordenadora de políticas públicas do Observatório do Clima, esta avaliação possibilita que as licenças ambientais sejam dadas sob um olhar sistêmico, não pontual. "Não adianta conceder a licença do bloco 59 e alertar para os problemas advindos da explosão de futuras licenças. A resposta a esta licença, sem AAAS da região, deveria ser a negativa. O Ibama pode rejeitar essa licença e deveria fazê-lo", diz. Roberto Ardenghy, presidente do IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás), ressalta, porém, que a exigência de tal documento não pode retroagir para aqueles empreendimentos já arrematados ou em processo de licitação, como o bloco 59. "A AAAS tem que ser feita pelo poder público e ela deve ser prévia à licitação. Nesse sentido, se no futuro o governo decidir só colocar em licitação áreas que tenham AAAS, isso aumenta, claro, a segurança jurídica e regulatória para a empresa que vai adquirir aquela área. O que não pode é voltar e criar um requisito que não existia", afirma. A AAAS foi criada em 2013 e também deveria ser uma condição obrigatória para um bloco de petróleo ser leiloado pela ANP, o que não é respeitado. Pela norma, o leilão pode ser autorizado excepcionalmente por uma "manifestação conjunta" dos ministérios de Minas e Energia e Meio Ambiente, mas apenas no caso de a avaliação não estar pronta. Na prática, o que acontece, inclusive no caso da Foz do Amazonas, é que o governo não emite a AAAS e autoriza os leilões pelo caminho alternativo.

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Petróleo salta 7% após Irã retaliar Israel; mercado teme bloqueio de estreito

Os contratos futuros de petróleo fecharam esta sexta-feira, 13, em forte alta, depois de saltarem mais de 10% durante a madrugada, em reação aos ataques aéreos de Israel contra o Irã. Embora os bombardeios não tenham atingido a infraestrutura petrolífera do país, investidores seguem apreensivos quanto a retaliações, especialmente devido à presença militar iraniana perto do Estreito de Ormuz endash; ponto de passagem crucial para o transporte global de petróleo. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para julho fechou em alta de 7,26% (US$ 4,94), a US$ 72,98 o barril. O Brent para agosto, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 7,02% (US$ 4,87), para US$ 74,23 barril. No acumulado da semana, o WTI disparou 13% e o Brent, 12%. Na tarde desta sexta-feira (horário de Brasília), as tensões seguiam elevadas com o Irã retaliando Israel com o lançamento de mísseis, o que deu novo fôlego para a alta de preços da commodity. Temores de que o Irã bloqueie o Estreito de Ormuz estão contribuindo para a alta do petróleo, embora eldquo;haja razões para acreditar que a situação pode permanecer contidaerdquo;, afirma em nota Benjamin Hoff, do Société Générale. Os formuladores de políticas dos EUA devem priorizar a estabilidade regional em vez de uma mudança de regime, eldquo;e como ambos os lados estão plenamente cientes dos custos de uma escalada rumo a uma guerra de infraestrutura petrolífera, o incentivo pode pender para a contençãoerdquo;, acrescenta Hoff. eldquo;A situação entre Israel e Irã deve piorar nos próximos dias, antes de eventualmente se acalmarerdquo;, diz Peter Cardillo, da Spartan Capital. Para ele, a turbulência geopolítica está levando os preços do petróleo a níveis especulativos, que excedem os fundamentos atuais. Na avaliação de Allen Good, da Morningstar, um conflito maior no Oriente Médio parece improvável, pois o governo dos EUA continua comprometido com as negociações com o Irã, e a resposta de Teerã ao ataque de Israel provavelmente será moderada. *Com informações da Dow Jones Newswires (Estadão Conteúdo)

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Preços do diesel caem na 1ª quinzena de junho, mostra IPTL

Os preços do diesel comum e do tipo S-10, menos poluente, caíram 1,6% e 1,9%, respectivamente, na primeira quinzena de junho, refletindo três reduções realizadas pela Petrobras este ano desde março, sendo o mais recente em 6 de maio. O preço médio do litro do combustível ficou em R$ 6,15 (comum) e R$ 6,19 (S-10), segundo o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL). "Neste começo de mês, o motorista encontrou o diesel ainda mais barato, com uma redução adicional de até R$ 0,12 por litro nas bombas. O mais relevante é que essa queda não vem de um novo reajuste, mas sim do reflexo posterior dos cortes significativos anunciados pela Petrobras ainda em maio", avaliou o diretor de Rede, Operações e Transformação da Edenred Mobilidade, Renato Mascarenhas. Ainda segundo ele, existe uma "inércia natural" no setor, pois leva um tempo para que os estoques comprados a preços mais altos sejam substituídos e o valor mais baixo chegue efetivamente aos postos. "O que vemos agora é a consolidação desse repasse, que trouxe alívio para o consumidor", disse Mascarenhas em nota. Na análise por regiões, na comparação com a primeira quinzena de maio, houve queda generalizada. O destaque ficou com o Centro-Oeste, que apresentou as maiores quedas do País, de 2,54% para o diesel comum e de 2,35% para o S-10. Já o Sul, mais uma vez, se destacou com o diesel mais barato do Brasil. Na região, o tipo comum foi comercializado em média a R$ 5,96, enquanto o S-10 foi vendido à média de R$ 5,98. Já os preços mais caros foram encontrados no Norte. O diesel comum foi vendido na região a R$ 6,82, uma redução de 1,30%, valor acima do S-10, encontrado a R$ 6,62, um recuo de 1,93%. O menor preço médio para o diesel comum foi registrado nos postos do Paraná, a R$ 5,83, após queda de 2,83% na comparação com maio. Enquanto isso, o valor mais baixo para o diesel S-10 foi encontrado em Pernambuco, comercializado a R$ 5,86, depois de uma baixa de 1,51%. Já as maiores altas foram registradas em Roraima. No Estado, o diesel comum subiu 3,85%, elevando o preço médio para R$ 7,56, enquanto o S-10 teve alta de 0,27%, chegando ao preço médio de R$ 7,42, informou o IPTL. (Estadão Conteúdo)

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