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Preço do diesel comum dispara 4,65% na 1ª quinzena de fevereiro, aponta IPTL

O preço do diesel disparou na primeira quinzena de fevereiro, conforme o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), que monitora as transações em 21 mil postos de abastecimento do Brasil. Ante o mesmo período do mês anterior, o preço médio por litro do diesel comum subiu 4,65%, de R$ 6,23 para R$ 6,52; e o do diesel S10 subiu 4,93%, de R$ 6,29 para R$ 6,60. O diretor-geral de mobilidade da Endered Brasil, Douglas Pina, observa que os aumentos refletem o reajuste de R$ 0,06, por litro, no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), pelos Estados, e o aumento de R$ 0,22, por litro, feito pela Petrobras nos preços em seu parque de refino. Ambos entraram em vigor no dia 1º de fevereiro. O dólar e a valorização do petróleo também influenciaram para a alta. eldquo;Esses ajustes ocorrem em um contexto de encarecimento dos combustíveis já identificado pelo IPTL desde dezembro, impulsionado pela valorização do petróleo no mercado internacional e pelas variações cambiais, que afetam os custos de importação e distribuiçãoerdquo;, diz Pina. As diferenças por região do País O Sul e o Centro-Oeste apresentaram o maior aumento porcentual para o diesel comum, 4,79%. Com isso, o preço médio por litro subiu para R$ 6,34 no Sul e R$ 6,56 no Centro-Oeste. O diesel S-10 também teve seu maior aumento no Sul, de 5,24%, atingindo preço médio de R$ 6,43 por litro. Ainda assim, os maiores preços médios foram encontrados no Norte, onde o comum chegou a R$ 7,03 (+3,08%) e o S-10 a R$ 6,89 (+3,61%). No Sudeste, os preços chegaram a R$ 6,40 para o litro de diesel comum (+4,23%) e R$ 6,51 para o de S-10 (+4,66%).

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Inflação corrói a renda das famílias

Oaumento recente de preços dos alimentos e de outros itens, como transporte, educação, saúde e cuidados pessoais, tem corroído o orçamento das famílias e reforçado a sensação de perda do poder de compra. As classes D e E são as mais afetadas pela inflação elevada. Em dezembro, segundo a consultoria Tendências, sobravam só R$ 20,60 para famílias de menor renda, após os gastos com itens básicos, ante uma média de R$ 41,90 nos demais segmentos da população. Pelos cálculos da empresa, a alta média de preços dos itens essenciais foi de 5,8% em 2024, superando a inflação oficial, apurada pelo IBGE, de 4,8%. Nos últimos meses, Karolina Nonato precisou reorganizar o seu orçamento doméstico: o carro deixou de fazer parte do dia a dia devido ao alto preço do combustível, a pesquisa em busca da comida mais barata aumentou e ela e a filha de 17 anos começaram a priorizar atividades gratuitas aos fins de semana. eldquo;Houve muitos ajusteserdquo;, conta a fisioterapeuta de 38 anos que vive no Ipiranga, zona sul de São Paulo, e trabalha com processos de qualidade no setor de tecnologia. eldquo;Claramente, houve um impacto negativo dos preços. Me atrapalha muito ter de direcionar um valor a mais para fazer a compra do mês, além do benefício que a empresa me dá, que já é bom. Não é que eu compre muita coisa. É realmente o básico.erdquo; A sensação de perda do poder de compra não é exclusiva dela. A inflação elevada tem corroído o orçamento das famílias brasileiras e preocupado o governo, cuja aprovação medida pelo Instituto Datafolha caiu para 24%, a pior marca de todos os mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No ano passado, a renda disponível diminuiu e inverteu a melhora observada em 2023. Sob pressão Levantamento indica que maior parte dos itens essenciais subiu em 2024, comprometendo a renda Em dezembro de 2024, de cada R$ 100 recebidos, as famílias tinham disponíveis R$ 41,90 após gastar com itens essenciais, de acordo com um levantamento realizado pela consultoria Tendências. Em 2023, o valor que sobrava era de R$ 42,40. O tamanho da renda disponível é calculado pela consultoria com base numa cesta básica de consumo, que acompanha a inflação de itens considerados essenciais, como alimentação no domicílio, saúde, cuidados pessoais, transporte e educação. eldquo;Todos os itens essenciais, principalmente os mais pesados, pressionaram muito em 2024erdquo;, diz Isabela Tavares, economista da Tendências. Nos cálculos da consultoria, a inflação dos itens essenciais encerrou o ano passado em 5,8%, acima dos 4,8% apurados no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). eldquo;É uma pressão bem forte.erdquo; Em 2023, o orçamento das famílias ganhou algum fôlego devido ao impulso que recebeu em 2022, quando houve a redução do preço dos combustíveis no governo Jair Bolsonaro, em meio ao acirrado processo eleitoral. Em dezembro daquele ano, a renda disponível das famílias era de 42,4% endash; ou seja, de cada R$ 100 recebidos, sobravam R$ 42,40. eldquo;Agora, para 2025, acreditamos em uma estabilidade. A inflação de alguns itens essenciais deve desacelerar, como na parte de alimentos, mas ainda temos itens que pressionam bastanteerdquo;, diz Isabela. eldquo;E mesmo a alimentação segue num patamar ainda acima do IPCA geral. A inflação de itens essenciais deve fechar 2025 nos mesmos 5,8% de 2024. Por isso, a renda disponível deve continuar nesses patamares mais baixos.erdquo; ebull; A deterioração do orçamento das famílias brasileiras é ainda mais gritante quando se analisa em detalhe a renda disponível por classe social. Com renda domiciliar de R$ 3,4 mil, os brasileiros das classes D e E têm uma folga no orçamento de apenas R$ 20,6 de cada R$ 100 recebidos, segundo a análise realizada pela consultoria Tendências. No outro extremo, os brasileiros da classe A (com renda domiciliar de R$ 25,2 mil) conseguem uma sobra de R$ 51,5. eldquo;A população de baixa renda tem de repensar suas compras, mudar a cesta de consumo, para poder caber dentro do seu orçamentoerdquo;, afirma Anna Carolina Gouveia, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre) e responsável pela sondagem do consumidor. As pesquisas do Ibre também têm servido de termômetro para capturar essa deterioração no orçamento das famílias. O Índice de Confiança do Consumidor recuou pelo segundo mês seguido, para 86,2 pontos em janeiro, e chegou ao menor nível desde fevereiro de 2023 (85,7 pontos). Em dezembro e janeiro, a queda acumulada foi de oito pontos. eldquo;Esses focos de inflação colocam o consumidor sob alertaerdquo;, afirma Anna Carolina. eldquo;Além disso, houve o aumento da taxa de juros, o que vai complicar ainda mais o pagamento de dívidas. Tudo isso faz com que os consumidores fiquem mais pessimistas.erdquo; REFORÇO. O Orçamento corroído pela inflação leva os consumidores a buscar formas alternativas para cobrir as despesas. A fisioterapeuta Karoline Nonato, por exemplo, mora em uma casa que é dos pais e, com o orçamento apertado, só conseguiu voltar a cursar uma faculdade endash; agora de administração endash; porque recebe uma ajuda para pagar a mensalidade. eldquo;O mais difícil é manter esse fluxo de dinheiro para continuar pagando as mensalidadeserdquo;, diz. Ela se beneficia de uma parceria que a faculdade firmou com a fintech Yolo Bank, criada em 2023. Por meio do uso da inteligência artificial, a empresa consegue prever a inadimplência e, dessa forma, oferece um desconto mensal para o estudante que aceita ser cliente do banco endash; a receita da companhia é obtida com parte da redução da inadimplência das faculdades. Com foco na população das classes B, C e D, a Yolo Bank tem 700 mil estudantes como clientes e acordo com 76 faculdades. eldquo;Vemos espaço para chegar a 1,5 milhão de estudantes e a 100 universidades no segundo trimestre de 2026erdquo;, afirma Mauro Yolo, CEO e fundador da fintech. PESSIMISMO MAIOR. De qualquer forma, há hoje um pessimismo maior tanto em relação ao cenário atual quanto às expectativas futuras para a economia brasileira. Com a inflação em alta, no final de janeiro o Comitê de Política Monetária (Copom) promoveu um aumento de um ponto porcentual na taxa básica de juros, para 13,25% no mês passado. Na próxima reunião, em março, a expectativa é de que o Banco Central promova uma nova alta de mesma magnitude. No relatório Focus, elaborado semanalmente pelo BC, os analistas consultados projetam que a Selic deve terminar este ano em 15%. eldquo;O que tem pegado para o consumidor é a inflação e a taxa de juros muito alta. Os juros não vão ser resolvidos de uma hora para outra. É um problema de mais longo prazoerdquo;, afirma Anna Carolina. eldquo;Para ter uma retomada da confiança, é necessária uma melhora nos preços e a manutenção de uma situação favorável no mercado de trabalho.erdquo; ebull;

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Petrobras inaugura era das megaplataformas de petróleo no país

Com o início das operações, neste sábado (15), da plataforma Almirante Tamandaré, no pré-sal, a Petrobras estreia uma nova geração de unidades de produção de petróleo no país, bem maiores que as já existentes e com maior esforço para reduzir emissões de gases do efeito estufa. Instalada no campo de Búzios, no litoral do Rio de Janeiro, a Almirante Tamandaré tem capacidade para produzir até 225 mil barris de petróleo por dia, 25% superior às maiores unidades hoje em operação no Brasil e equivalente às maiores do mundo, instaladas na costa da África. A plataforma é a primeira de uma série de seis unidades gigantes de produção de petróleo previstas para os campos de Búzios, Sépia e Atapu. O objetivo é "monetizar o mais rápido possível" a elevada capacidade dos poços do pré-sal, diz a diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Renata Baruzzi. A estratégia incluiu a perfuração de poços mais largos, que permitirão a extração de até 60 mil barris de petróleo por dia, o equivalente a dois terços de toda a produção em campos terrestres no Brasil. Serão os primeiros poços com oito polegadas de diâmetro, contra as seis usuais no pré-sal. "E aí a produtividade é maior ainda", diz Baruzzi. "Por que a gente está fazendo isso? Por que o reservatório é muito bom. A extensão, a coluna do reservatório tem o tamanho do Cristo Redentor", diz a executiva. A plataforma tem 351 metros de comprimento e 60 metros de largura, o equivalente a quase três campos de futebol em sequência. Pesa 44 mil toneladas e, por suas características peculiares, não pode ser construída sobre um casco de navio, como costuma ocorrer. Seu casco foi construído especificamente para suportar todos os equipamentos instalados em seu convés, que incluem sistemas de geração de energia e de separação da mistura de petróleo, gás, água e gás carbônico que chegam dos poços. A maior parte das obras foi realizada pelo estaleiro chinês CMHI, com parte dos equipamentos do convés construídos em estaleiros no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro e depois enviados à China para montagem. A Petrobras queria iniciar as operações no início do ano, mas um impasse com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) não permitiu. A agência é responsável por autorizar o funcionamento de unidades de produção de petróleo no país. Durante a semana, a agência informou à Folha que havia uma pendência relativa a "atendimento a um condicionante relacionado à segurança operacional, que foi estabelecido pela ANP a partir da auditoria de estaleiro realizada em maio de 2024". Na sexta (14), acabou autorizando a operação. Além dos 225 mil barris de petróleo, a plataforma tem capacidade para processar 12 milhões de metros cúbicos de gás natural, o equivalente a cerca de um quarto do consumo nacional, sem contar térmicas. Em seu casco, pode armazenar 250 mil barris de petróleo. A Petrobras diz que o projeto prevê uma série de tecnologias para reduzir a pegada de carbono, como a operação sem a chama de segurança no flare, equipamento usado na plataforma para queimar o gás não utilizado no processo, e um sistema de aproveitamento de calor que reduz a necessidade de geração de energia. Para as próximas unidades, a estatal estuda ampliar a eletrificação das operações, reduzindo ainda o uso de gás natural e diesel. À época com seis plataformas em operação, o campo de Búzios alcançou em março de 2023 a marca de um bilhão de barris produzidos. A Petrobras tem como sócios no projeto as chinesas CNOOC e CNODC e a estatal PPSA (Pré-sal Petróleo SA), que gere os interesses da União no pré-sal.

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Lula pressiona Ibama por petróleo como Dilma fez com Belo Monte

Nunca é demais repetir o óbvio em tempos de pós-verdades: Luiz Inácio mandou de novo às favas os escrúpulos de coerência ao defender a exploração de petróleo na margem equatorial, região marinha que vai do litoral do Rio Grande do Norte ao do Amapá. Lula vociferou na quarta-feira (12) a favor da extração de combustível fóssil na bacia da foz do Amazonas. Não ficou na opinião. Partiu para a pressão direta sobre o Ibama, com o pretexto de que a agência barra meros estudos sobre as jazidas. "Se depois a gente vai explorar, é outra discussão. O que não dá é para a gente ficar nesse lenga-lenga. O Ibama é um órgão do governo, parecendo que é um órgão contra o governo", disse o presidente à rádio Diário FM, de Macapá (AP). A desculpa é aquela fabricada pela ala do crescimento a qualquer custo em seu governo, que reúne de nacionalistas do PT (ou coisa pior) a oportunistas argentários do centrão: financiar a transição energética. Balela. Primeira incoerência: transitar de energia fóssil para fontes limpas implicaria defasar a produção de petróleo, não aumentá-la. Ou, pelo menos, apresentar um plano indicando quando isso acontecerá e quanto da renda gerada será aplicada na transição endash;além de como. Nada. Não há plano detalhado para transição, só a meta nacional de redução de emissões de carbono que o governo pretende cumprir reduzindo desmatamento. Um tipo absurdo de poluição climática, diga-se, pois só enriquece ruralistas néscios, devastadores da floresta que regula as chuvas das quais eles dependem. Muito menos existe planejamento crível para escalonar, com objetivos e prazos, a retração de combustíveis fósseis. A Petrobras, se fosse séria na promessa de tornar-se uma empresa de energia e não de energia fóssil, deveria apresentar um cronograma de desembolsos crescentes para energias renováveis. Quanto e quando empresa e governo federal preveem investir daqui até 2050, quando o planeta precisa alcançar a neutralidade de carbono? Por exemplo em geração eólica, fotovoltaica, geotérmica, em baterias para armazenar excedentes de eletricidade, na produção de hidrogênio por eletrólise ou no bombeamento da água de volta para reservatórios hidrelétricos? Em lugar disso, Lula quer entrar para a Opep. Mais uma demonstração do complexo de vira-lata no país do futuro, mas sem Nobel, sem Oscar (até aqui), sem aumento de produtividade, sem controle da corrupção e sem boas notas no Pisa. A outra incoerência presidencial reside na expectativa de brilhar com a cúpula do clima COP30 em Belém, perfilando-se como liderança verde no mundo. O Planalto precisa cair na real. A capital paraense tem 20% da população atendida pela rede de esgoto, segundo o Instituto Água e Saneamento. O Pará desmatou 2.362 km2 em 2024 (38% do total derrubado na Amazônia Legal, diz o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). A cidade-sede tem 18 mil vagas de hospedagem, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, para 40 mil a 60 mil visitantes esperados. A COP30 vai fracassar. A pauta climática, com Donald Trump, saiu da agenda na maioria dos países e empresas. Se é que algum dia entrou de verdade, como no caso do Brasil e da Petrobras. (Coluna por Marcelo Leite)

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São Paulo e Alagoas avançam em ranking de regulação do mercado livre de gás

Os Estados de São Paulo e Alagoas avançaram no Ranking do Mercado Livre de Gás (Relivre), enquanto o Amazonas perdeu posições. O ranking, que avalia a regulação de cada Estado, é estipulado por entidades setoriais como o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), a Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás (Abpip) e a Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace). São Paulo São Paulo saltou sete posições, passando do 13º lugar para o sexto lugar em termos de regulação para o mercado livre de gás. Esse avanço vem após mudanças nas regras da agência reguladora local, a Arsesp, contidas na Deliberação 1.632, do início de janeiro. Entre as melhorias está a liberdade de alocação de capacidade pelo consumidor parcialmente livre. Isso permite que o usuário tenha gestão da capacidade contratada no sistema de distribuição entre o mercado regulado e o mercado livre. Houve, também, a retirada de penalizações relativas ao balanceamento e a flexibilização para uso da capacidade excedente. A nota de São Paulo no Relivre progrediu 13,5 pontos para 50,2 desde 2023, quando foi lançado do instrumento comparativo. eldquo;O Estado tem regras de abertura de mercado desde 2011, porém somente nos anos de 2024 e 2025 a migração pegou traçãoerdquo;, escrevem em nota as associações, atribuindo o aumento da modalidade ao avanço nas regras. Alagoas Da mesma forma, a Agência Reguladora de Serviços Públicos no Estado de Alagoas (Arsal) publicou em dezembro um documento com a metodologia de cálculo da Tarifa de Uso do Serviço de Distribuição (Tusd) e da Tarifa de Uso Específico do Sistema de Distribuição Exclusiva de Gás Canalizado (Tusd-e), ampliando sua nota a 78,2 pontos e se consolidando na 2ª colocação da lista de Estados mais bem preparados em termos regulatórios. O primeiro lugar segue sendo o Sergipe (84,66), que lidera seguido de Alagoas, ambos isolados à frente do restante do País. Os Estados do Sudeste, Espírito Santo (60,45), Rio (59,25), Minas Gerais (55,47) e São Paulo (50,2), completam a lista daqueles com pontuação acima de 50. Amazonas Já no Amazonas, a Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados e Contratados do Estado do Amazonas (Arsepam) implementou uma taxa de fiscalização e a necessidade de comprovação de volumes de gás por parte dos comercializadores. Segundo IBP, Abpip e Abrace, isso piora a atratividade do Estado. Com isso, o Amazonas caiu da 7ª para a 13ª posição do Relivre, agora com pontuação de 43,4 pontos. O Estado segue na faixa entre 40 e 50 pontos, só superando o Maranhão (41,82). Nas piores colocações do ranking, abaixo do nível dos 40 pontos, vêm Paraíba, Pernambuco, Mato Grosso, Paraná, Ceará e Pará - este na lanterna com nota de apenas 19,64.

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Vibra obtém certificação que abre caminho para importar SAF, combustível de aviação sustentável

A Vibra obteve uma certificação internacional que abre caminho para a importação de biocombustíveis ainda não fabricados no País, movimento ainda incipiente no Brasil. São os casos do combustível de aviação sustentável (SAF) e do diesel verde renovável (HVO) emdash; este último já trazido do exterior pela Vibra. Trata-se do selo ISCC EU Corsia (sigla para International Sustainability eamp; Carbon Certification). A certificação vale especificamente para operações nas bases de Cubatão (SP) e do Aeroporto Internacional Tom Jobim (RJ), o Galeão, onde os insumos devem ser comercializados futuramente. Essa certificação posiciona a Vibra para explorar eldquo;novas oportunidades de negócioserdquo; no mercado de biocombustíveis, no Brasil e no exterior, informou a companhia ao Estadão/Broadcast. A Vibra tem ambições declaradas relacionadas à comercialização de SAF, combustível de maior valor agregado e que tende a se consolidar nos próximos anos. Ainda no fim de 2023, governos de 100 países reunidos na Organização de Aviação Civil Internacional (ICAO) compactuaram a meta de reduzir 5% das emissões de carbono até 2030, o que deve impulsionar o consumo do biocombustível. A certificação ISCC é reconhecida pela própria ICAO como demonstrativo de conformidade aos critérios do seu programa de redução de emissão de gases do efeito estufa, o Carbon Offsetting and Reduction Scheme for International Aviation (Corsia). A lógica por trás da certificação é ampliar o acesso a mercados internacionais de fornecimento dos insumos que observam o Corsia. O selo permite rastrear e monitorar o fluxo dos produtos ao longo da cadeia, além de quantificar os benefícios do uso do SAF por meio de um sistema de transferência de créditos próprio. Por meio da marca BR Aviation, a empresa diz operar cerca de 95 aeroportos e, hoje, abastece seis de cada 10 aeronaves que circulam no País, replicando a liderança do mercado geral de distribuição de combustíveis. Segundo dados consolidados da Agência Nacional do petróleo para todo 2024, a Vibra responde por 21,81% das vendas do gerais de combustíveis, quase sete pontos porcentuais à frente das concorrentes Ipiranga e Raízen. Além da certificação, a Vibra passa a integrar a Roundtable on Sustainable Biomaterials (RSB), organização independente voltada a criação de critérios de transparência e rastreabilidade. eldquo;A afiliação vai nos permitir avançar em iniciativas de descarbonização, fortalecendo nossa posição como plataforma multi-energia que promove soluções sustentáveis para nossos clientes e para a sociedadeerdquo;, resume o vice-presidente Executivo de Operações da Vibra, Marcelo Bragança.

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