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Maior petrolífera do mundo investe em motores a combustão e crê em demanda eterna

A Saudi Aramco está apostando que o motor de combustão continuará presente por um "muito, muito longo tempo" nos veículos e identificou uma oportunidade de negócio com o aumento dos carros elétricos. A maior empresa de petróleo do mundo, que faturou US$ 500 bilhões (R$ 2,73 trilhões) em receitas no ano passado principalmente produzindo e vendendo petróleo bruto, adquiriu no mês passado uma participação de 10% de 740 milhões de euros (R$ 4,3 bilhões) na Horse Powertrain, empresa dedicada à construção de motores a combustível. A estimativa da Saudi Aramco e dos outros acionistas da Horse emdash;a fabricante chinesa de automóveis Geely e sua colega francesa Renaultemdash; é que à medida que a indústria deixe de projetar e desenvolver seus próprios motores de combustão, começará a comprá-los de terceiros. "Será muito caro para o mundo eliminar completamente, ou prescindir, dos motores de combustão", disse Yasser Mufti, vice-presidente executivo da Saudi Aramco responsável pelo acordo. "Se considerarmos a acessibilidade e vários outros fatores, eu acredito que eles estarão por aí por um muito, muito tempo." Quando questionado se achava que os motores de combustão existiriam para sempre, Mufti disse que sim. A Saudi Aramco já afirmou anteriormente que acredita que mesmo em 2050, mais da metade de todos os carros funcionarão com algum tipo de combustível. Em 2021, o fim do motor de combustão parecia garantido depois que fabricantes de automóveis, incluindo Ford, General Motors, Mercedes-Benz, e governos, como o Reino Unido, se comprometeram a encerrar as vendas de novos motores a gasolina e diesel entre 2035 e 2040. Mas com a desaceleração das vendas de veículos elétricos nos últimos meses e o protecionismo comercial aumentando, o futuro dos motores de combustão parece menos sombrio. "Acreditamos que até 2035, 2040 e mesmo além de 2040 ainda veremos um número significativo de veículos com motor de combustão", disse Matias Giannini, CEO da Horse. "Com certeza mais da metade, e até 60% da população ainda terá algum tipo de motor, seja apenas de combustão, híbrido completo ou plug-in híbrido." Essa perspectiva apresenta uma oportunidade para consolidar a produção. Giannini disse que a Horse já garantiu "alguns contratos" e está em negociações com várias fabricantes de automóveis para fornecer motores a elas. "Temos uma variedade de novos motores sendo desenvolvidos, por exemplo, para atender à legislação", afirmou Giannini, acrescentando que a empresa manteve o investimento, enquanto outras automotivas decidiram parar de investir ou desenvolver motores em resposta aos novos padrões da UE. A joint venture foi criada há um ano, depois que a Geely e a Renault transferiram suas divisões de motores e transmissões e juntaram-nas na Horse. A nova empresa de 7,4 bilhões de euros (R$ 43,5 bilhões), com 19 mil funcionários e 17 fábricas em todo o mundo, tem capacidade para produzir 3,2 milhões de unidades por ano e pretende atingir 5 milhões, colocando-a próximo do patamar da Stellantis, proprietária da Chrysler, Fiat e Citroën. "Não há ninguém fazendo o que propomos fazer", disse Giannini. Philippe Houchois, analista automotivo na Jefferies, disse que faz sentido para a Geely e a Renault tentar alcançar escala combinando sua fabricação. "A transição para veículo elétrico é mais lenta do que alguns pensavam, e existem híbridos, que alguns pensavam que desapareceriam, então o caminho é mais longo", disse Houchois, acrescentando que montadoras menores como Honda e Nissan poderiam ser clientes em potencial para a Horse. Ele também previu que o alvo da Horse para seus motores estaria na Europa. "No mundo de hoje, apenas a Europa quer acabar com os carros a combustão. Nem os chineses nem os americanos estão trabalhando nessa direção." Com as vendas crescendo de híbridos, a Toyota recentemente desenvolveu uma nova geração de motores menores com maior eficiência de combustível que também poderiam ser vendidos para outros fabricantes de automóveis. A Stellantis também investiu pesadamente no futuro de longo prazo de veículos a motor de combustão que funcionam com e-fuels sintéticos. Enquanto isso, a Saudi Aramco intensificou recentemente seus esforços para construir uma rede global de postos de abastecimento. No ano passado, disse ter 17,2 mil postos de serviço, quase todos nos EUA, China e Japão. Este ano, comprou mercados em desenvolvimento como o Chile e o Paquistão. O gigante do petróleo saudita também investiu em laboratórios de pesquisa em Paris, Detroit (EUA) e Xangai (China), onde está tentando desenvolver combustíveis de baixo carbono e sintéticos. "Nossa pesquisa com empresas automotivas e competições automobilísticas reforçou nossa visão de que No ano passado, a Saudi Aramco comprou a marca americana de lubrificantes Valvoline por US$ 2,65 bilhões, e todos os motores produzidos pela Horse terão seu "primeiro enchimento" com produtos Valvoline. Mufti acredita que os motores de combustão ainda podem ter "melhorias significativas" que os tornariam competitivos contra os carros elétricos não apenas no custo, mas também na sustentabilidade, levando em consideração as emissões e o impacto ambiental da construção de veículos. (Financial Times)

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Procon da cidade de SP fará operações contra fraude em combustíveis

A Secretaria de Justiça da cidade de São Paulo e o Procon municipal planejam dar início em breve a blitze em postos de combustíveis da capital. O objetivo é coibir venda de combustíveis adulterados e fraudes em bombas que marcam de maneira imprecisa a quantidade vendida, entre outros delitos. Segundo o secretário da pasta, Fernando José da Costa, haverá apoio logístico da Polícia Civil nas operações, a exemplo do que ocorria quando ele ocupava cargo equivalente no governo estadual, nas gestões João Doria e Rodrigo Garcia.

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'ANP está como jogador esperando para entrar em campo' sobre hidrogênio, diz diretor-geral

O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Rodolfo Saboia, afirmou nesta terça-feira (09) que a reguladora está "como um jogador esperando para entrar em campo" no assunto do hidrogênio. Segundo Saboia, que participou hoje de evento da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), a agência se prepara para atuar no mercado, mas ainda precisa do mandato. "A ANP está observando os acontecimentos do desenrolar das definições da regulação do hidrogênio e inserção na matriz energética brasileira", disse Saboia em apresentação no evento. "Está previsto que a ANP receba a atribuição de executar a regulação do hidrogênio, mas estamos na situação do jogador esperando para entrar em campo e não pode fazer nada ainda, tem que se conter." Clique aqui para continuar a leitura.

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Etanol: demanda aquecida e vendedor firme sustentam preços em alta

Os preços do etanol estão em alta há quatro semanas no spot do estado de São Paulo. Segundo pesquisadores do Cepea, além da demanda aquecida pelo biocombustível, que se mostra competitivo frente à gasolina C, agentes de usinas seguem firmes nos valores pedidos em novos fechamentos. Também contribuem para sustentar as cotações, conforme pesquisadores do Cepea, o elevado valor do açúcar no mercado internacional e o dólar, à medida que esse cenário tende a levar usinas a direcionarem um maior volume de cana-de-açúcar à produção do alimento em detrimento do biocombustível. De 1º a 5 de julho, o Indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado fechou em R$ 2,5337/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), aumento de 2,72% frente ao do período anterior. Para o anidro, a alta foi de 6,32%, com o Indicador a R$ 2,9077/litro (líquido de PIS/Cofins). Ainda assim, os atuais patamares seguem abaixo dos registrados em anos anteriores. Os Indicadores Cepea/Esalq mensais de junho/24 do hidratado e do anidro (spot + contratos) foram os menores das últimas três safras para o período, em termos reais (deflacionamento pelo IGP-M de junho).

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Petróleo cai mais de 1% depois que furacão Beryl causou menos danos do que se temia

Os preços do petróleo caíram mais de 1% nesta terça-feira, depois que operadores souberam que interrupções prolongadas no fornecimento causadas pelo furacão Beryl no Texas, Estados Unidos, eram improváveis. Os futuros do petróleo Brent fecharam a 84,66 dólares por barril, com queda de 1,09 dólar por barril, ou 1,3%. O petróleo dos EUA fechou a 81,41 dólares, com queda de 0,92 dólar, ou 1,1%. Embora alguns locais de produção marítima dos EUA tenham sido evacuados, os portos fechados e o refino abrandado, as principais refinarias ao longo da Costa do Golfo do país pareceram ter sofrido um impacto mínimo depois de Beryl ter enfraquecido e se transformado numa tempestade tropical. eldquo;As primeiras indicações sugerem que a maior parte da infraestrutura energética passou ilesaerdquo;, escreveram os analistas do ING Warren Patterson e Ewa Manthey numa nota de cliente. A ação dos preços nos mercados de petróleo e de combustíveis refinados refletiu a diminuição das expectativas de interrupções contínuas na oferta devido ao furacão, acrescentaram. O Texas é responsável por mais de 40% do petróleo fornecido aos EUA, o maior produtor mundial. (Reuters)

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Lula avalizou aumento da Petrobras no preço dos combustíveis, primeiro da gestão de Magda Chambriard

O primeiro reajuste feito por Magda Chambriard desde que assumiu a presidência da Petrobras, em maio, foi costurado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. A estatal anunciou na segunda-feira a elevação de preço da gasolina em 7,11% a partir desta terça. O aumento representa R$ 0,20 por litro, que sobe para R$ 3,01 nas refinarias. Lula e Silveira cumprem agenda no Paraguai e na Bolívia no início desta semana, mas já tinham ciência da elevação de preços. Dias antes do anúncio, Magda levou ao presidente e ao ministro números que apontavam a necessidade de reajuste diante preços internacionais e da média do combustível importado, já que a Petrobras não produz o suficiente para todo o consumo do país. Segundo interlocutores, os dados apresentados pela presidente da empresa eram claros e não deixavam dúvidas que o preço da gasolina estava no limite e precisava ser reajustado. Entre os presentes na reunião, houve consenso que havia necessidade de correção. O aumento dos preços, portanto, não pegou o Planalto de surpresa e era algo que vinha sendo aguardado pelo governo. A estatal não aumentava o preço da gasolina desde agosto do ano passado. Antes do reajuste anunciado pela estatal, a Abicom, associação que reúne os importadores, já apontava para uma defasagem de R$ 0,59 por litro de gasolina comercializada pela Petrobras. Reforço nos investimentos Magda assumiu a companhia no lugar de Jean Paul Prates e recebeu a missão do presidente Lula de acelerar investimentos e reforçar o papel social da companhia. Em seu discurso de posse, em 19 de junho no Rio de Janeiro, a nova presidente reforçou que sua gestão está alinhada com a visão de Lula e do governo federal para a petroleira. Também destacou que irá zelar por "governança e resultados": emdash; Nossa gestão está totalmente alinhada com a visão do nosso presidente Lula e do governo federal, afinal, eles são os nossos acionistas majoritários. Além da gasolina, a estatal anunciou alta no preço do GLP (gás de botijão). Segundo a Petrobras, os preços de venda para as distribuidoras passará a ser, em média, equivalente a R$ 34,70 por botijão de 13kg, um aumento equivalente a R$ 3,10. Em 2024, este é o primeiro ajuste nos preços de venda de GLP da Petrobras para as distribuidoras, segundo a estatal. Os últimos ajustes - que foram reduções - ocorreram em 17 de maio e janeiro de julho do ano passado. O último aumento, porém, ocorreu em 11 de março de 2022.

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