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Petróleo fecha em alta; dado de inflação dos EUA alimentam esperança de corte de juro

Os preços do petróleo subiram pela segunda sessão consecutiva nesta quinta-feira, com o índice de referência Brent ficando acima de 85 dólares por barril, à medida que aumentavam as expectativas de cortes nas taxas de juros dos Estados Unidos, após dados terem mostrado uma desaceleração inesperada na inflação. Os futuros do petróleo Brent subiu 0,32 dólar, ou 0,4%, a 85,40 dólares o barril. Os futuros do petróleo West Texas Intermediate dos EUA subiu 0,52 dólar, ou 0,6%, a 82,62 dólares o barril. Os dados mostraram que os preços ao consumidor nos EUA caíram em junho, alimentando esperanças de que o Federal Reserve reduza as taxas em breve. Após os dados, os operadores estimaram uma probabilidade de 89% de um corte nas taxas em setembro, acima dos 73% de quarta-feira. A desaceleração da inflação e os cortes nas taxas de juros provavelmente estimularão mais atividade econômica, disseram analistas da Growmark Energy. (Reuters)

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ANP rejeita recurso da Refit para armazenar biocombustíveis

Na reunião desta quinta (11/7), a diretoria da ANP rejeitou o recurso da Refit, que pedia a homologação da cessão de espaço em tanques de armazenamento para a distribuidora de combustíveis Flagler, para armazenar etanol e biodiesel. A relatora, diretora Symone Araújo, seguiu o posicionamento da Superintendência de Produção de Combustíveis (SPC), destacando que não podem ser celebrados novos contratos de cessão de espaço em refinarias para armazenamento de biocombustíveis, visto que não são derivados de petróleo. No fim do ano passado, os diretores prorrogaram a medida cautelar (922/2023) sobre as regras para negociação de capacidade de armazenamento de combustíveis em refinarias para combustíveis de terceiros. À época, os diretores decidiram que contratos de cessão de espaço para armazenar derivados de petróleo e biocombustíveis que estavam vigentes na época da publicação da resolução 852/2021, continuam vigentes endash; podendo inclusive ser prorrogados. Mas não seria possível celebrar novos contratos de cessão de espaço para armazenamento de biocombustíveis. Também decidiram alinhar a validade da medida cautelar à conclusão da revisão da resolução 852/2021 endash; que estava prevista para maio deste ano, mas foi adiada para abril de 2025. O diretor Daniel Maia, responsável pela Superintendência de Distribuição e Logística (SDL), acompanhou o voto da relatora, mas criticou a manutenção de um eldquo;contexto cautelarerdquo;. eldquo;A minha maior ressalva é pelo fato de estarmos em um contexto cautelar. Ao se estender o cronograma se estende o ambiente de cautelar, o que não me parece adequadoerdquo;, disse Maia. eldquo;Ao prolongar uma cautelar no tempo pode gerar uma perpetuação de algo que a agência pode vir a entender que era irregular desde a origemerdquo;, completou.

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Câmara reduz tributação de petróleo e eleva do carvão

A Câmara dos Deputados decidiu reduzir o imposto seletivo previsto sobre o petróleo e o gás natural, na aprovação do texto da regulamentação, que agora segue para o Senado Federal. Durante as negociações, o setor mineral saiu na frente, assegurando a redução do teto da alíquota de 1% para 0,25%. O grupo de trabalho responsável pelo texto decidiu incluir na mesma lista o óleo e gás, atendendo parte dos agentes envolvidos nas articulações. O texto mantém a possibilidade de incidência do imposto seletivo sobre exportações, o que o setor de óleo tenta evitar no Senado, após a vitória parcial na Câmara. Foram 336 votos a favor do texto-base, e 142 contrários. No fim da sessão, apenas uma modificação foi aprovada pelo plenário, para inserir as carnes e outras proteínas de origem animal na composição da cesta básica, com alíquota zero. Carvão entra e com alíquota maior. O projeto não apenas inclui o carvão mineral na incidência do imposto seletivo, como manteve a alíquota de até 1%. Foi uma inclusão de última hora. O projeto enviado pelo governo federal e as primeiras propostas na Câmara haviam mantido o combustível fora da cobrança. Inicialmente, apenas o minério de ferro estava sujeito à cobrança. A Câmara dos Deputados também elevou o cashback para consumidores de baixa renda nas contas de gás natural, energia elétrica, água e esgoto. O cashback foi a alternativa proposta pela equipe econômica do governo para reduzir a carga imposta aos contribuintes mais pobres nas operações envolvendo serviços essenciais.

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Trava de 26,5% valerá a partir de 2033

Os deputados incluíram na regulamentação da reforma tributária, cujo texto-base foi aprovado na Câmara dos Deputados ontem à noite, uma trava para evitar que a alíquota-padrão do novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA) ultrapasse o patamar de 26,5%, como antecipou o Estadão/Broadcast. A trava passará a valer a partir de 2033, depois do período de transição previsto na reforma, que começa em 2026. Pela proposta aprovada, caso a alíquotapadrão do IVA ultrapasse os 26,5%, o governo será obrigado a formular, em conjunto com o Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) endash; o IVA de competência de Estados e municípios endash;, um projeto de lei complementar com medidas para reduzir a carga tributária. A emenda constitucional da reforma tributária já prevê uma trava para evitar que haja aumento da carga tributária na comparação com a carga atual. O mecanismo aprovado agora é diferente e refere-se especificamente à alíquota média do IVA. Segundo deputados envolvidos nas discussões, o governo poderá rever desonerações, compensações e incentivos fiscais para acionar a trava do IVA. Essas medidas estão sendo chamadas de eldquo;gatilhoserdquo; e são comparadas às regras do arcabouço fiscal, que prevê cortes de despesas em caso de descumprimento da meta de resultado primário. elsquo;DOGMAersquo;. Na terça-feira, o deputado Claudio Cajado (PP-BA), integrante do grupo de trabalho que analisou o primeiro projeto da regulamentação, disse que a alíquota de 26,5% do IVA endash; prevista no projeto original enviado pela equipe econômica ao Congresso endash; tornou-se um eldquo;dogmaerdquo;. E sinalizou que qualquer mudança teria de ter como premissa a não alteração desse porcentual. A resistência da Câmara em elevar a alíquota média do IVA estava no centro do impasse sobre a inclusão da carne na cesta básica com imposto zero. A medida, defendida pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aumentaria em 0,53 ponto porcentual a alíquota, segundo cálculos da Fazenda. Usando outra metodologia, a bancada do agro estima impacto de 0,2 ponto. A reforma institui o IVA dual: um do governo federal e outro de Estados e municípios. O novo modelo de tributo impede a chamada eldquo;tributação em cascataerdquo;, que onera consumidores e empresas. Serão três novos tributos: o IBS, substituindo o ICMS dos Estados e o ISS dos municípios; a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que substitui PIS, Cofins e o IPI, que são federais; e o Imposto Seletivo, que incidirá sobre produtos danosos à saúde e ao meio ambiente. Também faz parte da espinha dorsal da reforma o deslocamento da cobrança dos tributos da origem (onde a mercadoria é produzida) para o destino (onde é consumida). Com essa nova sistemática, a reforma promete colocar fim à guerra fiscal entre os Estados, na qual governadores concedem incentivos fiscais para atrair investimentos aos seus territórios. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), criou dois grupos de trabalho, com sete integrantes cada, para analisar os dois projetos de lei complementar enviados pelo governo para regulamentar a reforma. O primeiro tratou da lei geral do IBS e da CBS. O segundo analisou a proposta sobre o Comitê Gestor e a distribuição das receitas do IBS a Estados e municípios. ebull;

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Inflação desacelera e fica em 0,21% em junho, aponta IBGE

A queda nos preços das passagens aéreas ajudou a desacelerar a inflação oficial no País em junho, juntamente com uma pressão mais branda do encarecimento dos alimentos. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou o mês passado em 0,21%, ante uma alta de 0,46% em maio, divulgou nesta quarta-feira, 10, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou abaixo das estimativas mais otimistas de analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que previam um aumento de preços na economia entre 0,27% e 0,38%, com mediana positiva de 0,32%. A surpresa baixista eliminou os riscos de uma alta na taxa básica de juros, a Selic, ainda neste ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, opinou André Valério, economista-sênior do Banco Inter. eldquo;Os fundamentos não demandam essa alta emdash; é mais uma incerteza que o mercado precificouerdquo;, justificou Valério. eldquo;Temos a expectativa de início de cortes no juro nos Estados Unidos em setembro. Para os próximos meses, teremos um cenário de redução de incertezas na curva de juros e uma queda na taxa de câmbioerdquo;, estimou. O economista do Banco Inter prevê uma manutenção na taxa Selic no atual patamar, de 10,5% ao ano, até o fim de 2024, com a perspectiva de que o Banco Central tenha condições para retomar o ciclo de cortes ao longo do primeiro trimestre de 2025. A taxa acumulada pela inflação em 12 meses subiu a 4,23% em junho, o segundo mês consecutivo de aceleração, embora ainda no teto de tolerância (de 4,50%) da meta de inflação de 3,0% perseguida pelo Banco Central em 2024. Tanto o Banco Bradesco quanto o Itaú Unibanco enxergaram uma dinâmica benigna na inflação no mês de junho. eldquo;Para frente, esperamos alguma reaceleração dos serviços refletindo a conjuntura de mercado de trabalho apertado, bem como aceleração de (bens) industriais em meio ao câmbio mais depreciadoerdquo;, ponderou a economista Luciana Rabelo, do departamento de Pesquisa Macroeconômica do Itaú. Para o próximo mês, o Bradesco espera que os reajustes de preços administrados pelo governo ganhem relevância, tanto pela cobrança extra na conta de luz pelo acionamento da bandeira tarifária amarela quanto pelos reajustes de combustíveis anunciados nas refinarias da Petrobras nesta semana. Alimentos ainda sobem Os preços dos alimentos deram a maior contribuição para a inflação de junho. No entanto, as altas foram mais brandas do que no mês anterior, ao mesmo tempo em que houve uma quantidade menor de itens com reajustes, apontou André Almeida, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE. O grupo Alimentação e bebidas saiu de um aumento de 0,62% em maio para uma elevação de 0,44% em junho, sendo responsável por praticamente metade de todo o IPCA do último mês. eldquo;Essa alta (no IPCA) foi influenciada, principalmente, por leite longa vida, batata-inglesa e gasolinaerdquo;, lembrou Almeida. eldquo;Alguns fatores e subitens contribuíram para segurar o resultado de junho, como passagens aéreas e alguns alimentos, como mamão e cebolaerdquo;, ponderou. O índice de difusão do IPCA, que mostra o porcentual de itens com aumentos de preços, desceu de 57% em maio para 52% em junho. A difusão de itens alimentícios diminuiu de 60% em maio para 49% em junho. eldquo;O maior impacto (de grupo) foi de alimentos, mas houve desaceleração em relação ao mês anterior. A gente teve uma menor difusão, principalmente, nos itens alimentícioserdquo;, frisou o pesquisador do IBGE. eldquo;Os preços dos alimentos no domicílio continuaram subindo, porém, em ritmo menos intenso que no mês anteriorerdquo;, completou. O custo da alimentação no domicílio desacelerou de uma alta de 0,66% em maio para 0,47% em junho. As famílias pagaram mais pela batata inglesa (14,49%), leite longa vida (7,43%), café moído (3,03%) e arroz (2,25%). Por outro lado, houve quedas nos preços da cenoura (-9,47%), cebola (-7,49%) e frutas (-2,62%). eldquo;Tanto o leite longa vida quanto a batata-inglesa subiram de preço influenciados por menor oferta do produto. A menor oferta do leite está relacionada ao período de entressafra e também por um clima adverso no sul do País. Na batata-inglesa, é final da safra das águas e início da safra das secas. Esse volume da safra das secas ainda não foi tão expressivo, a oferta estava mais controlada, mais reduzidaerdquo;, explicou. A alimentação fora do domicílio aumentou 0,37% em junho. O lanche subiu 0,39%, enquanto a refeição fora de casa avançou 0,34%. Os combustíveis subiram 0,54% em junho. Houve altas na gasolina (0,64%) e no etanol (0,34%), mas quedas no óleo diesel (-0,64%) e no gás veicular (-0,61%). Após um aumento de 5,91% nos preços impulsionados pelos feriados em maio, as passagens aéreas ficaram 9,88% mais baratas em junho, dando a maior contribuição individual para conter a inflação no País no mês. eldquo;Teve em maio alguns feriados, como o Corpus Christi, aí teve essa alta, e agora os preços caíram em junhoerdquo;, apontou Almeida. eldquo;Os preços mais altos por conta do feriado em maio geraram uma base de comparação mais elevada, que fez com que tivesse essa queda das passagens aéreas em junhoerdquo;, completou. O transporte por aplicativo também recuou em junho: -2,81%. A despeito das passagens aéreas e do transporte por aplicativo mais baratos, a inflação de serviços endash; usada como termômetro de pressões de demanda sobre os preços endash; teve ligeira alta de 0,04% em junho, devido a reajustes como os registrados em algumas plataformas de streaming e em serviços bancários. No acumulado em 12 meses, a inflação de serviços arrefeceu a 4,49% em junho, menor patamar desde setembro de 2021. Já os preços de itens monitorados pelo governo aumentaram 0,33% em junho, com uma alta acumulada de 6,38% nos 12 meses encerrados em junho. Deflação em Porto Alegre A coleta de preços na região metropolitana de Porto Alegre para o IPCA encerrou o mês de junho normalizada, após um período de intensificação da modalidade remota em função do desastre climático no Rio Grande do Sul, informou André Almeida, do IBGE. A inflação oficial do País, medida pelo IPCA, é decorrente de apurações de preços em 16 municípios ou regiões metropolitanas. A região metropolitana de Porto Alegre responde por um peso de 8,61% na formação da taxa do IPCA. eldquo;De maneira geral, a gente tem um porcentual coletado na modalidade remota situando-se em 15% a 20%. Em maio, a gente teve que intensificar essa modalidade de coleta em função da calamidade no estadoerdquo;, lembrou Almeida. Em maio, 65% da coleta de preços na região metropolitana de Porto Alegre foi feita remotamente, fatia que desceu a 30% em junho. eldquo;Em junho, a gente teve normalização da coleta. Nas duas primeiras semanas de junho, a gente teve a coleta remota ainda intensificada, situando-se em torno de 40% na primeira quinzena de junho, e normalizando na segunda quinzena. A coleta na região metropolitana de Porto Alegre está totalmente normalizadaerdquo;, afirmou Almeida. A variação de preços na região metropolitana de Porto Alegre passou de uma alta de 0,87% em maio para uma deflação de 0,14% em junho, explicada por recuos na passagem aérea (-9,62%), gás de botijão (-5,02%) e alimentos para consumo no domicílio (-0,88%). Em maio, os preços da alimentação no domicílio tinham aumentado 3,64% em Porto Alegre, influenciados pela situação de calamidade na região, apontou Almeida. eldquo;Ou seja, os preços continuam mais altos do que antes da situação de calamidade, porém, houve uma leve correção dos preços. Houve uma alta de 2,73% na alimentação no domicílio nesses dois meses em Porto Alegreerdquo;, explicou o pesquisador, referindo-se aos preços praticados em junho ante o patamar de abril.

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Petróleo sobe após recuo de estoques nos EUA bem além do esperado

Os preços do petróleo fecharam em alta nesta quarta-feira, depois que um salto na atividade de refino dos Estados Unidos na semana passada levou a um declínio maior do que o esperado nos estoques de gasolina e petróleo, mas os ganhos foram limitados devido a interrupções mínimas no fornecimento causadas pelo furacão Beryl. Os futuros do petróleo Brent fecharam em alta de 0,42 dólar, ou 0,5%, a 85,08 dólares o barril. O petróleo West Texas Intermediate (WTI) fechou em alta de 0,69 dólar, ou 0,85%, a 82,10 dólares por barril. O WTI subiu até 1 dólar durante a sessão, depois que a Administração de Informação de Energia dos EUA (AIE) informou que os estoques norte-americanos de petróleo caíram 3,4 milhões de barris, para 445,1 milhões de barris na semana encerrada em 5 de julho, superando em muito as expectativas dos analistas em uma pesquisa da Reuters de queda de 1,3 milhão de barris. Os estoques de gasolina caíram 2 milhões de barris, para 229,7 milhões de barris, muito maior do que o consumo de 600 mil barris esperado pelos analistas durante a semana do feriado de 4 de julho nos EUA. eldquo;Mais do que tudo, os dados da AIE parecem ser a força motriz neste momento para preços mais elevadoserdquo;, disse Phil Flynn, analista do Price Futures Group. Ambos os contratos futuros de petróleo terminaram as três sessões anteriores em queda, devido aos sinais de que a indústria energética do Texas saiu relativamente ilesa do furacão Beryl. (Reuters)

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