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Petrobras: Magda discute com ministro indiano colaboração entre empresas

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, se reuniu com o ministro de Petróleo e Gás Natural da Índia, Hardeep Singh Puri, e sua comitiva, na quinta-feira, 19, na sede da estatal. Ao Estadão/Broadcast, a Petrobras informou que as partes conversaram sobre possibilidades de cooperação entre a estatal brasileira e empresas indianas na área de energia, mas que nenhuma decisão foi tomada. Na sexta-feira, 20, como já mostrado pelo Estadão/Broadcast, o ministro indiano escreveu em suas redes sociais que, além da colaboração entre os dois países em exploração e produção de óleo e gás, foi discutida a possibilidade de elevar as importações de petróleo bruto originados da estatal brasileira. Atualmente, a maior parte do petróleo brasileiro vai para a China e Europa, regiões que receberam respectivamente 50% e 30% do óleo bruto exportado pela estatal no segundo trimestre deste ano. As exportações à Índia não são discriminadas, com o país integrando um bloco chamado eldquo;Ásia (Ex China)erdquo;, que recebeu por 9% das exportações da Petrobras no período. Um aumento da participação da Índia nessas compras levaria, possivelmente, ao deslocamento de cargas que vão para outras regiões do mundo hoje. A Petrobras exportou 651 mil barris de petróleo por dia nos três meses de abril a junho de 2024. eldquo;Discutimos os passos para aumentar ainda mais as compras de petróleo bruto entre a Petrobras e empresas de energia indianas, além de oportunidades de colaboração na Índia e no Brasil, especialmente em projetos de exploração e produção em águas profundas e ultraprofundaserdquo;, afirmou Puri no Threads, rede social da Meta. Ele ainda citou o pioneirismo brasileiro em biocombustíveis e escreveu que os dois países vão trabalhar para desenvolver combustíveis sustentáveis para a aviação (SAF).

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Com o uso dos carros mudando, novas modalidades de cobertura nos seguros de veículos devem surgir

Durante várias décadas, o seguro de automóveis teve o mesmo desenho. Três garantias diferentes emitidas numa única apólice com o objetivo de cobrir o veículo, danos a terceiros e danos ao motorista e passageiros. Na década de 1970, o seguro de veículos era visto como o patinho feio do mercado. As seguradoras preferiam seguros de incêndio, lucros cessantes, transportes, vida e acidentes pessoais. O seguro de automóveis era um prolongamento do negócio, no qual as seguradoras aceitavam os seguros dos veículos de seus segurados nos chamados ramos nobres. Aí a Porto Seguro, que não conseguia competir com a mesma eficiência nos ramos tradicionais, inovou e criou o seguro de automóveis moderno, com a cara que o conhecemos hoje, erguido a uma das principais carteiras de seguros do mercado brasileiro e ao risco patrimonial mais cobiçado pelas seguradoras. Entre secos e molhados, os avanços foram rápidos. Em 40 anos, o seguro de automóveis conheceu mudanças e inovações que o fizeram um produto especial e essencial, o mais comercializado pelos corretores de seguros. Especial porque através dele aconteceu a mudança de paradigma no mercado. Enquanto, até seu surgimento, as seguradoras priorizavam os seguros mais sofisticados, com ele as seguradoras entraram de cabeça nos seguros de massa, mudando inclusive a composição dos riscos nacionais, que passaram a ficar em boa parte dentro dos limites técnicos das grandes seguradoras. E essencial porque, com a dinâmica da sociedade brasileira, os proprietários de veículos foram pressionados a contratá-lo, em função dos riscos que passaram a ameaçar seus automóveis. Todavia, se o seguro de veículos cresceu dentro do mix de prêmios do País, chegando a representar 35% do faturamento das seguradoras, o desenho de suas coberturas permaneceu o mesmo, com garantias para o casco, para danos a terceiros e para acidentes de passageiros, as mesmas oferecidas já na década de 1970. Mas o uso dos carros mudou. Surgiram veículos movidos por outros combustíveis, seguro para táxis, motos, depois veículos de aplicativos, veículos compartilhados e caminhamos para os veículos autônomos, ou seja, sem motorista. A simples evolução da sociedade já seria suficiente para levar ao aparecimento de novas modalidades de cobertura. Proteção para espelhos retrovisores, vidros e acessórios foram colocadas no mercado, em complemento às garantias tradicionais que deixavam estes equipamentos dentro da franquia. Mas o mercado foi além e desenvolveu novas formas de coberturas para o seguro de veículos. É assim que hoje temos seguros baseados no uso do veículo, no tempo de uso do veículo, nas competências e nas qualificações dos motoristas, nos riscos que o segurado deseja cobrir etc. E a tendência é este leque se abrir cada vez mais, oferecendo ao mercado uma gama cada vez mais diversificada de opções de garantias e capitais segurados. Quem ganha com esses movimentos é o segurado. Claro que as seguradoras estão no negócio para ganhar dinheiro e, se forem bem tocadas, irão ganhar. Mas, de verdade, quem ganha é o segurado, que passa a ter mais opções para suas necessidades específicas. (Por Antônio Penteado Mendonça)

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TotalEnergies inicia produção de novo campo de gás na Argentina

A TotalEnergies anunciou nesta sexta (20/9) o início da produção do campo de gás natural Fênix, na costa da Terra do Fogo, no sul da Argentina. Com capacidade para produzir 10 milhões de m3/dia, o projeto é uma das fontes de gás natural que a francesa conta para exportar para o Brasil. Fênix e#8203;e#8203;faz parte da concessão CMA-1, operada pela TotalEnergies (37,5%) em sociedade com a Harbour Energy (37,5%) e a Pan American Energy (25%) endash; que também mira oportunidades de envio de gás para o mercado brasileiro. eldquo;Fênix e#8203;e#8203;contribuirá para manter nosso patamar de produção de gás na Terra do Fogo e garantir um fornecimento confiável ao mercado de gás argentinoerdquo;, afirmou o vice-presidente sênior de Exploração e Produção da TotalEnergies para as Américas, Javier Rielo, em nota. A empresa é a maior petroleira estrangeira na Argentina, responsável pela operação de 25% do gás produzido no país. Além da concessão CMA-1, a Total Austral, braço da empresa que atua na área de exploração e produção de óleo e gás na Argentina, também opera cinco blocos terrestres na Bacia de Neuquén, onde se encontra a formação de Vaca Muerta. Total se prepara para exportar gás ao Brasil A companhia já tem autorização do governo argentino para enviar gás do país à comercializadora Matrix Energy, no Brasil, na modalidade interruptível, por um ano endash; de agosto deste ano até o fim de julho de 2025. A Matrix é uma empresa da DXT International e Prisma Capital com experiência no setor elétrico. O governo argentino deu aval para que a petroleira francesa exporte até 1 milhão de m3/dia dos campos operados pela companhia no offshore da Terra do Fogo; e até 1 milhão de m3/dia de gás não-convencional da formação onshore de Vaca Muerta. O preço na fronteira com a Bolívia é de US$ 9,18 o milhão de BTU, segundo dados apresentados no pedido de autorização para exportação. O gás passará pela infraestrutura boliviana de gasodutos até chegar à fronteira com Corumbá (MS). No Brasil, a Total também já conta com o aval da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), para importar gás da Bolívia. Recentemente, o governo da Bolívia publicou um decreto que amplia as competências da estatal YPFB e formaliza, assim, a criação do serviço de trânsito internacional que permitirá o envio de gás argentino ao Brasil, pela malha de gasodutos do país andino. Janela de importação da Argentina à vista O verão 2024/2025 surge no horizonte como a 1ª janela de oportunidade para importação de gás argentino e os agentes do mercado movimentam suas peças no tabuleiro, em busca dos primeiros contratos para testar a integração com o país vizinho. Ao todo, cinco empresas já têm autorização do governo argentino para importar gás do país: a Gas Bridge, Pan American Energy, Tradener, MGás e a Matrix Energy. A Edge, o braço de comercialização da Compass, é outra empresa que está eldquo;acompanhando de pertoerdquo; as oportunidades de importação da Argentina. Do lado dos produtores, Pluspetrol, TotalEnergies, Tecpetrol e Pan American Energy se mobilizam.

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Indústria global de hidrogênio reporta US$ 75 bilhões em investimentos

A quantidade de projetos globais de hidrogênio de baixo carbono aumentou sete vezes nos últimos quatro anos, saltando de 228 em 2020 para 1.572 em 2024, segundo o mais recente relatório Hydrogen Insights 2024, publicado esta semana pelo Hydrogen Council em parceria com a McKinsey eamp; Company. O Hydrogen Council é uma iniciativa global, liderada por CEOs, que reúne mais de 140 empresas de 20 países, incluindo gigantes do setor de energia como Aramco, bp, Equinor, Shell, ExxonMobil e Engie. O valor do capital comprometido seguiu o mesmo ritmo de crescimento, passando de US$ 10 bilhões em 2020 para US$ 75 bilhões em 2024, distribuídos em 434 projetos que já alcançaram a decisão final de investimento (FID). Para Ivana Jemelkova, CEO do Hydrogen Council, o relatório envia uma mensagem clara de que o eldquo;hidrogênio está acontecendoerdquo;. eldquo;Agora que o hidrogênio é uma realidade na transição energética, é hora de impulsionar significativamente mais investimentos até 2030 para atingir nossas metas de meados do séculoerdquo;. O relatório aponta um aumento de 90% nos investimentos em projetos que já passaram pela decisão final de investimento e 30% naqueles em fase de engenharia de detalhamento (FEED). E um aumento de 20% no total de investimentos anunciados até 2030, que passou de US$ 570 bilhões para US$ 680 bilhões. Contudo, o levantamento mostra que projetos adicionais são necessários em toda a cadeia de valor para estarem alinhados com um cenário de emissões zero até 2050. A lacuna total de investimento é ainda de US$ 335 bilhões, 10% a menos em comparação à publicação anterior. Desafios econômicos e regulatórios Apesar do progresso, o setor de hidrogênio enfrenta desafios importantes. Problemas macroeconômicos, como a inflação crescente, taxas de juros em alta e tensões geopolíticas que afetam os mercados de energia, estão impactando o desenvolvimento de projetos, especialmente no que diz respeito ao hidrogênio renovável. O estudo destaca o aumento de custo para energia renovável e eletrolisadores, que levou a atrasos e cancelamentos de projetos. Ao mesmo tempo, algumas incertezas regulatórias que ainda precisam ser definidas seja pela União Europeia, seja pelo programa incentivos públicos dos Estados Unidos, o IRA. Por outro lado, o relatório destaca que o IRA foi responsável por tornar a América do Norte o lar de mais de 90% da capacidade global de hidrogênio de baixo carbono que passou pela decisão final de investimento no ano passado. No total de projetos com FID, a participação da Europa foi reduzida para 40%, embora o número de projetos tenha crescido de 125 para mais de 600. A segunda maior região agora é a América do Norte (20%), seguida pela China e América Latina (10% cada). Sanjiv Lamba, CEO da Linde e co-presidente do Hydrogen Council, ressaltou a importância de um esforço de governos para criar um ambiente regulatório favorável e incentivos direcionados para garantir que mais projetos avancem para a fase de execução. eldquo;Com uma estrutura regulatória de suporte e incentivos direcionados, os investidores terão a certeza de que precisam para mover projetos para FID endash; contribuindo, em última análise, para atingir as metas climáticas globaiserdquo;. Jaehoon Chang, CEO da Hyundai e copresidente do Hydrogen Council, defende que mais ações são necessárias eldquo;para garantir um suprimento de hidrogênio acessível e barato, permitindo a adoção generalizada do hidrogênioerdquo;.

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Preço do etanol cai em 14 Estados, sobe em 9 e no DF e fica estável em 3 na semana

Os preços médios do etanol hidratado caíram em 14 estados, subiram em 9 estados e no Distrito Federal e ficaram estáveis em 3 outros nesta semana. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilados pelo AE-Taxas. Nos postos pesquisados pela agência em todo o país, o preço médio do etanol caiu 0,49% na comparação com a semana anterior, para R$ 4,07 o litro. Em São Paulo, principal estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média caiu 0,52%, para R$ 3,86. A maior queda percentual na semana, de 3,21%, foi registrada na Bahia, onde o litro passou de R$ 4,67 para R$ 4,52. O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,19 o litro, em São Paulo. O maior preço, de R$ 6,06, foi registrado em Santa Catarina. Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,75, foi observado em Mato Grosso, enquanto o maior preço médio foi registrado no Ceará, de R$ 5,02 o litro. Etanol x gasolina O etanol seguiu mais competitivo em relação à gasolina em sete estados e no Distrito Federal nesta semana. Na média dos postos pesquisados no país, o etanol tinha paridade de 66,83% ante a gasolina no período, portanto, favorável em comparação com o derivado do petróleo, conforme levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado. O etanol era mais competitivo em relação à gasolina nos seguintes estados: Acre (68,33%), Goiás (68,49%), Mato Grosso (61,58%), Mato Grosso do Sul (65,25%), Minas Gerais (68,67%), Paraná (68,60%) e São Paulo (65,09%), além do Distrito Federal (69,08%). No restante dos estados, continua mais vantajoso abastecer o carro com gasolina. (Estadão Conteúdo)

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Petróleo cai na sessão, mas fecha semana em alta após corte de taxas do Fed

Os preços do petróleo caíram nesta sexta-feira, mas registraram uma segunda semana consecutiva de ganhos, recebendo apoio de um corte na taxa de juros dos Estados Unidos e de uma queda na oferta norte-americana. Os futuros do petróleo Brent caíram 0,39 dólar, ou 0,52%, a 74,49 dólares o barril. Os futuros do petróleo WTI dos EUA caíram 0,03 dólar, ou 0,4%, a 71,92 dólares. Sinais de uma economia em desaceleração na China, grande consumidora de commodities, deram aos preços um teto. Mas, na semana, ambos os contratos de referência acumularam alta de mais de 4%. Os preços se recuperaram depois que o Brent caiu abaixo de 69 dólares pela primeira vez em quase três anos em 10 de setembro. eldquo;O mercado concluiu que um nível abaixo de 70 dólares, combinado com fundos de hedge mantendo uma crença fraca recorde em preços mais altos de petróleo e derivados, exigiria uma recessão para ser justificada, um risco que o forte corte nas taxas dos EUA nesta semana ajudou a reduzirerdquo;, disse Ole Hansen, chefe de estratégia de commodities do Saxo Bank. Os preços subiram mais de 1% na quinta-feira, um dia após a decisão do banco central dos EUA de cortar as taxas de juros em meio ponto percentual. Cortes nas taxas de juros normalmente impulsionam a atividade econômica e a demanda por energia, mas alguns analistas estão preocupados com a fraqueza do mercado de trabalho dos EUA. eldquo;Os cortes nas taxas de juros dos EUA deram suporte ao sentimento de risco, enfraqueceram o dólar e deram suporte ao petróleo esta semanaerdquo;, disse Giovanni Staunovo, analista do UBS. eldquo;No entanto, leva tempo até que os cortes nas taxas sustentem a atividade econômica e o crescimento da demanda por petróleoerdquo;, acrescentou. O Fed projetou mais 50 pontos-base de cortes nas taxas até o final deste ano, um ponto percentual inteiro de cortes no ano que vem e mais uma redução de meio ponto percentual em 2026. (Reuters)

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