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Etanol é mais vantajoso do que a gasolina em cinco Estados, diz ANP

O etanol mostrou-se mais competitivo em relação à gasolina em cinco Estados nesta semana. Na média dos postos pesquisados no País, o etanol tinha paridade de 68,87% ante a gasolina no período, portanto mais favorável em comparação com o derivado do petróleo, conforme levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo Estadão/Broadcast. Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado. Os preços médios do etanol hidratado caíram em 12 Estados, subiram em 10 Estados e no Distrito Federal e ficaram estáveis em 4 Estados nesta semana. Os dados são da ANP, compilados pelo AE-Taxas. Nos postos pesquisados pela agência em todo o País, o preço médio do etanol caiu 0,23% na comparação com a semana anterior, a R$ 4,38 o litro. Conforme a ANP, o etanol está mais competitivo em relação à gasolina nos seguintes Estados: Acre (69,3%) Mato Grosso (64,62%) Mato Grosso do Sul (66,77%) Paraná (68,71%) São Paulo (67,69%). Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média ficou estável no período, em R$ 4,19 o litro. A maior alta porcentual na semana, de 1,01%, foi registrada em Alagoas, onde o litro passou a R$ 4,98. A maior queda no período, no Rio Grande do Norte, foi de 3,98%, para R$ 5,07. O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,39 o litro, em São Paulo. O maior preço, de R$ 6,49, foi observado em Pernambuco. Já o menor preço médio estadual, de R$ 4,11 foi registrado em Mato Grosso, enquanto o maior preço médio foi verificado no Amazonas, de R$ 5,48 o litro.

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Refinaria da Amazônia reduz preço da gasolina e diesel para distribuidoras

A Refinaria da Amazônia (Ream) reduziu os preços da gasolina e do diesel para as distribuidoras no Amazonas. O novo valor passou a valer desde sexta-feira (21), quando a tabela foi atualizada. No documento, é possível observar uma redução de R$ 0,10 no preço da gasolina e de R$ 0,11 no preço do diesel. De acordo com os dados, os postos pagam à Ream R$ 3.574,70 por 1.000 litros de gasolina na modalidade EXA (ou ex-ponto e#39;Ae#39;) e R$ 3.577,00 na modalidade LPA (livre para o armazém). Ou seja, para cada litro de combustível, os postos pagam, em média, R$ 3,57 à Refinaria da Amazônia. Este é o menor valor da gasolina repassado para as distribuidoras desde 20 de setembro de 2024, quando o preço chegou à média de R$ 3,54. Já o diesel está com o menor valor desde o dia 4 de outubro do ano passado, onde chegou a custar, em média, R$ 4,00. Esta mudança de preço pode refletir em uma pequena redução nos valores cobrados ao consumidor final, que viu o preço da gasolina subir no dia 9 de fevereiro deste ano, quando o litro passou a ser vendido por R$ 7,29. Antes do aumento, o litro do combustível custava R$ 6,99, valor que estava congelado desde outubro de 2024. Abaixo, o g1 te mostra uma tabela com as variações de preços dos dois combustíveis na refinaria neste dois primeiros meses do ano. Aumento O aumento de R$ 0,39 nos preços dos combustíveis em Manaus ocorreu após a elevação da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que subiu R$ 0,10 por litro tanto para a gasolina quanto para o diesel, no dia 1º de fevereiro. Na época, a Secretaria de Fazenda do Amazonas (Sefaz-AM) explicou, por meio de nota, que essa alteração na alíquota do ICMS foi uma decisão do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), tomada no ano passado e válida em todo o Brasil. "O ICMS é um imposto estadual que incide sobre a comercialização de combustíveis, e sua elevação provoca impactos no preço final do produto, afetando toda a cadeia de abastecimento, incluindo distribuidoras e postos revendedores". No entanto, a Sefaz-AM destacou ainda que o preço do combustível na bomba, ou seja, o valor pago pelo consumidor, é definido pelas distribuidoras. Cabe a elas decidir se o reajuste do ICMS será repassado integralmente aos consumidores ou se haverá algum ajuste nos preços.

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Fabricantes de carros recorrem a novos modelos híbridos e a gasolina para aumentar lucros

Os fabricantes de automóveis estão fazendo um novo esforço em direção a novos híbridos e carros com motores a gasolina aprimorados, enquanto executivos buscam fortalecer os lucros em meio à espera custosa para que os veículos elétricos se tornem predominantes. General Motors, Porsche, BMW e Mercedes-Benz prometeram, nas últimas semanas, investir em novos ou aprimorados modelos de motor de combustão interna (ICE) e híbridos, enquanto aumentam o lançamento de carros elétricos para atender a regulamentações de emissões mais rigorosas na Europa e em outros lugares. Os lançamentos globais de novos modelos de veículos ICE e híbridos devem subir 9% este ano em relação a 2024, de acordo com a Seamp;P Global Mobility. Espera-se que os fabricantes de automóveis introduzam 205 modelos a gasolina, uma queda de 4% em relação a 2024, enquanto os lançamentos de híbridos devem aumentar 43% para 116 modelos. A Mercedes-Benz revelou na semana passada planos para lançar 19 veículos a gasolina contra 17 veículos elétricos a bateria entre 2025 e 2027, após as vendas e margens de lucro sofrerem diante do crescimento lento da demanda por carros elétricos. "Se você não acredita que as condições de mercado serão predominantemente elétricas em 2030, não faria sentido econômico simplesmente cortar seu negócio muito saudável e lucrativo de ICE", disse seu CEO Ola Källenius aos investidores. A Porsche, que sofreu uma queda de 49% nas vendas de seu sedã elétrico Taycan no ano passado, também está repensando sua estratégia de veículos elétricos. Este mês, a fabricante de carros de luxo anunciou que reformularia sua linha futura e investiria 800 milhões de euros (cerca de R$ 4,7 bilhões) no desenvolvimento de novos veículos com motor de combustão e híbridos. Os fabricantes de automóveis tradicionais estão tendo que enfrentar o custo de investir em futuros veículos elétricos e híbridos enquanto mantêm a tecnologia de motores de combustão por mais tempo do que o esperado. Os híbridos, que combinam baterias com um motor de combustão interna, são altamente lucrativos e atraentes para os fabricantes de automóveis em meio ao aumento da demanda dos consumidores e à necessidade de reduzir as emissões. As regras da UE para 2025 exigem que cada fabricante de automóveis reduza suas emissões totais em 15% em comparação com uma linha de base de 2021. Bruxelas também está prestes a proibir a venda de novos carros a gasolina e diesel a partir de 2035. Os fabricantes de automóveis estão pedindo flexibilidade nas regras de emissões e na proibição de 2035, com a BMW pedindo o cancelamento da proibição. Nas últimas semanas, Volvo Cars, Mercedes-Benz e Renault projetaram lucros mais baixos este ano em meio a riscos de uma guerra tarifária global, bem como aos custos de cumprimento de padrões de emissões mais rigorosos emdash; tornando mais difícil abandonar os lucros mais altos dos veículos a gasolina e híbridos. "Estamos avançando rapidamente no lado dos veículos elétricos, mas também não estamos desacelerando no lado dos ICE", disse o CEO da Renault, Luca de Meo. "Fazer com que os veículos elétricos se tornem uma tecnologia dominante na Europa é uma jornada que durará 20 anos." Enquanto o crescimento das vendas de veículos elétricos desacelerou na Europa, a demanda disparou na China, onde veículos elétricos e híbridos representaram 47% das vendas no ano passado emdash; um aumento em relação a apenas 6% cinco anos atrás, de acordo com a Automobility, com sede em Xangai. Os veículos elétricos são mais caros de produzir do que os veículos a gasolina devido ao alto custo das baterias, o que significa que as empresas de automóveis ainda têm margens de lucro mais baixas nos veículos elétricos. O diretor financeiro da Mercedes-Benz, Harald Wilhelm, disse que o grupo estava reduzindo o custo dos veículos elétricos em mais de 15%. Isso diminuiria a diferença de custo em comparação com os carros com motor de combustão, mas Wilhelm acrescentou que, quando se trata de fechar a lacuna, "não queremos prometer coisas que não podemos fazer". A maior fabricante de automóveis da Europa, a Volkswagen, não está mais certa de seu plano de parar de vender carros a gasolina na Europa até 2033, de acordo com uma pessoa familiarizada com as discussões. Nos EUA, a General Motors também tem renovado seus modelos ICE. Embora sua participação nas vendas de veículos elétricos nos EUA tenha subido de 6% para 9% no ano passado, impulsionada pela demanda por seu Chevrolet Equinox totalmente elétrico, seus executivos alertaram que o crescimento no mercado geral provavelmente desacelerará depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, sinalizou o fim dos subsídios ao consumidor para veículos elétricos. "Acho que podemos ter um cenário em que a lucratividade do ICE, os fluxos de caixa do ICE possam continuar por mais tempo do que de outra forma poderiam", disse o diretor financeiro da GM, Paul Jacobson, em uma conferência do Barclays na semana passada. (Financial Times)

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O petróleo brasileiro é menos poluente? Entenda o que dizem os indicadores

Petroleiras e a área energética do governo defendem que o Brasil deve abrir novas fronteiras exploratórias de petróleo porque tem uma produção de baixo carbono. Se o país parar de produzir, defendem, o mundo consumirá combustíveis mais poluentes de outras regiões. Especialistas e indicadores internacionais consideram o petróleo brasileiro de média intensidade em carbono, ficando atrás apenas de alguns grandes produtores. Mas não é possível afirmar que novas fronteiras, como a margem equatorial, terão também essa vantagem. A diretora-geral da Coppe/UFRJ, Suzana Kahn, explica que o indicador de intensidade de carbono na produção de petróleo calcula quanto uma empresa emite para extrair cada barril do subsolo, incluindo o uso de energia elétrica e combustíveis e queima ou liberação de gases do efeito estufa nas plataformas. A IEA (Agência Internacional de Energia) inclui também outras etapas da cadeia, como o transporte do petróleo e as emissões do refino, que o transformará em combustíveis. Em todos os casos, divide-se o volume de emissões pelo número de barris produzidos (kgCO²eq/barril). Os dados são informados pelas próprias empresas e publicados em relatórios GRI (Global Report Initiative), nos quais comunicam seus impactos em questões como as mudanças climáticas, os direitos humanos e a corrupção. A Petrobras diz em nota que compara seus dados com indicadores consolidados por diversas consultorias especializadas, citando a IOGP (Associação Internacional dos Produtores de Petróleo e Gás) e a OGCI (Iniciativa Climática do Petróleo e Gás). Nenhuma das duas publica dados por empresa. Com base em dados de 2023, a OGCI, por exemplo, via a média global em 17,91 kgCO²eq/barril. Em seu relatório GRI de 2023, a Petrobras reportou a intensidade de carbono em suas atividades de exploração e produção de 14,2 kgCO²eq/barril. Documento publicado pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética) em 2024 indica que a média nacional é de aproximadamente 16 kgCO²e/barril. Com base em dados da petroleira britânica BP, a EPE põe o Brasil na nona posição em uma lista de intensidade de carbono com 19 grandes produtores de petróleo. Para a IEA, o Brasil aparece em quinto lugar de uma lista de 20 países produtores, com 82 kgCO²eq/barril. À frente, estão Noruega, Arábia Saudita, Kuait e Emirados Árabes Unidos. A primeira vem investindo em soluções para o problema há tempos; os outros têm grande produção em terra. Especialistas explicam que a produção no mar, como a brasileira, tende a emitir mais, já que demanda mais transporte, mas os indicadores brasileiros são fortemente impactados pela elevada produtividade dos poços do pré-sal, que podem chegar a extrair 50 mil barris por dia. "O indicador depende muito de produtividade, porque gasta-se o mesmo esforço para extrair um monte de petróleo. Se sai pouco petróleo, por barril acaba emitindo mais", diz a diretora-geral da Coppe. A Petrobras diz que a intensidade de carbono do pré-sal, por exemplo, fica em torno de 10 kgCO²eq/barril. A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) aponta 11,9 kgCO²eq/barril na Bacia de Santos, onde estão os maiores campos do pré-sal. Ainda assim, o indicador tem grande variação: primeira grande descoberta do pré-sal e maior produtora do país atualmente, o campo de Tupi tinha em 2023 nove plataformas: a menos poluente, com 9 kgCO²eq/barril; a mais poluente, com 30 kgCO²eq/barril. A elevada produtividade garante ao pré-sal, portanto, indicadores de intensidade de carbono na produção de petróleo próximos aos da Noruega, quarto colocado na lista da BP. O presidente do Instituto Arayara, Juliano Bueno de Araújo, pondera que não é possível afirmar que novas fronteiras terão intensidade energética semelhante ao pré-sal. Pelo contrário, em um primeiro momento a tendência é que a menor eficiência tenha impactos no indicador. A eventual exploração da Bacia Foz do Amazonas, por exemplo, será feita a partir de uma base em Belém, a 830 quilômetros de distância do primeiro alvo da Petrobras na região, elevando gastos e emissões por embarcações de apoio à atividade. A Seamp;P Global Commodity Insights divulga indicadores de intensidade de carbono para tipos de petróleo produzidos ao longo do mundo, uma ferramenta que pode ajudar compradores a escolher por óleos com menos carbono. Sua "tabela periódica" do petróleo põe o produzido no campo de Liza, na Guiana, no mesmo patamar de média intensidade do petróleo de Tupi, no pré-sal. Liza foi a primeira grande descoberta na margem equatorial do continente e é usada como exemplo para a defesa do poço na Foz do Amazonas.

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O petróleo e a emergência climática no Brasil

É de há muito sabido que a queima de petróleo e de outros combustíveis fósseis libera gases de efeito estufa, incluindo o dióxido de carbono (CO2), que causam aquecimento superficial do planeta. Das 2,4 trilhões de toneladas de CO2 emitidas pela humanidade entre 1850 e 2019, quase metade (42%) o foram desde 1990. Não por acaso, o aquecimento médio global disparou desde então, atingindo no ano passado 1,55ºC acima do período pré-industrial. A Terra já esteve muito mais quente milhões de anos atrás. Os registros paleoclimáticos, contudo, mostram que ela jamais aqueceu na velocidade atual (0,24ºC por década no período 1995-2024), o que inviabiliza a adaptação da maior parte das espécies emdash;inclusive a nossa. No Brasil, desde 2012, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), todos os anos (com exceção de 2022) foram mais quentes que a média do período 1991-2020. O ano de 2024, o mais quente da série do Inmet desde 1961, foi entre 1,5ºC e 2ºC mais quente do que os anos 1960-1979. Em 2024, 6 milhões de brasileiros em 111 cidades viveram cinco meses sob calor intenso. Os impactos desse aquecimento estão se agravando. Um levantamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação (MCTI), da Unifesp e da Unesco mostra que "o Brasil teve 64.280 desastres climáticos desde 1990, e há aumento, em média, de 100 registros por ano". Entre 2013 e maio de 2024, 94% dos municípios brasileiros decretaram estado de emergência ou calamidade pública, segundo a Confederação Nacional de Municípios (CNM). Carlos Nobre, José Marengo e Wagner Soares ("Climate Change Risks in Brazil", 2019) projetam que "num cenário de altas emissões de gases de efeito estufa, o país tem alta probabilidade (acima de 70%) de aquecimentos maiores do que 4ºC antes do fim do século". Dada essa trajetória funesta, é interesse máximo do Brasil assumir a liderança da COP30, em Belém, em vez de ampliar sua produção de petróleo, provocando ainda mais aquecimento. Essa ampliação precisa merecer a mais veemente oposição da sociedade brasileira. E tanto mais quando se trata de perfurações exploratórias numa região ecologicamente tão rica e sensível como é o bloco FZA-M-59 da margem equatorial, situado na bacia da Foz do Amazonas. Quatro fatores justificam essa oposição: 1 - O Ibama caracterizou tal atividade nessa região como de "risco máximo". Mesmo se o risco fosse baixo, ele deveria ser evitado porque o impacto de um acidente nessa região, por improvável que seja, é imenso e irreversível; 2 - Os povos Karipuna, Palikur-Aruk Wayne, Galibi Marworno e Galibi Kaliña, que vivem no norte do Amapá, não foram consultados pelo governo, como obrigam a lei e a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho; 3 - O Ibama é um órgão do Estado brasileiro investido da autoridade máxima quando se trata de licenciamentos ambientais; 4 - Por fim, a ciência e o bom senso já demonstraram que o petróleo, mesmo na ausência de vazamentos, é hoje agente de destruição sistêmica dos equilíbrios planetários. Abandoná-lo, obviamente, implica sacrifícios. Mas a poluição e os impactos climáticos por ele causados já são, e serão cada vez mais, incomensuravelmente maiores do que as renúncias impostas pela inadiável transição energética. (Opinião por Oded Grajew e Luiz Marques)

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Em renúncia, conselheiro da Petrobras critica trocas no comando da estatal

Em seu pedido de renúncia ao conselho de administração da Petrobras, o advogado Marcelo Gasparino disse que "ataques pessoais" e "ausência de harmonia entre os conselheiros eleitos por acionistas minoritários após a chegada de um novo membro" o fizeram repensar se gostaria de permanecer no cargo. Ele não cita nominalmente o nome do conselheiro a quem critica, mas o novo membro eleito em 2024 é Jerônimo Antunes, também representante de investidores privados. Ele afirmou ainda que tomou a decisão porque a Eletrobras, da qual também é conselheiro, vai debater em sua próxima assembleia de acionistas mudança no estatuto que limita a participação de seus conselheiros em colegiados de outras empresas. O advogado apresentou à Petrobras, nesta quinta-feira (20), o pedido de renúncia de seu posto no conselho de administração, onde ocupava uma das vagas reservadas a representante de acionistas minoritários. Gasparino, que também é conselheiro do Banco do Brasil e da Vale, estava no órgão da Petrobras desde 2021. Foi levado pelo banqueiro Juca Abdalla, o maior investidor individual da estatal, que também ocupa vaga no conselho de administração. Em sua carta de despedida, criticou as frequentes trocas no comando da estatal e classificou 2024 como "um ano turbulento". "Espero que, em 2025, a necessária estabilidade na liderança da companhia pelo seu controlador seja mantida. A presidente Magda Chambriard vem fazendo seu trabalho com grande discrição e os resultados positivos continuam." Gasparino diz que ficará no cargo até 20 de março, prazo que considera suficiente para que os investidores que representa encontrem um substituto. Sua expectativa é que a troca ocorra na reunião do dia 28 daquele mês. O conselho atual da Petrobras foi eleito em 2024 com mandato de dois anos, portanto não é esperada renovação na próxima assembleia de acionistas da empresa, em abril. Existe a chance de troca na presidência do conselho, já que Pietro Mendes, o atual presidente, foi indicado por Lula para uma diretoria da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis). Sua nomeação, porém, depende de aval do Senado. Mendes é secretário-executivo do MME (Ministério de Minas e Energia) e muito próximo do ministro da pasta, Alexandre Silveira. Sua eleição ao conselho da estatal foi questionada por risco de conflito de interesses, mas foi bancada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O caso chegou a ser julgado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) em processo de abuso de poder do controlador, mas governo e o conselheiro foram absolvidos.

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