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Sindipetro-RJ convoca greve de 24 horas em protesto contra acréscimo de 1 dia de trabalho presencial

O Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ), entidade filiada à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), marcou para a próxima quarta-feira, 26, uma greve de 24 horas em protesto contra o acréscimo de um dia de trabalho presencial na jornada semanal dos funcionários da Petrobras. Em vez de dois dias, os trabalhadores teriam de passar a ir três dias à empresa. A Petrobras afirma, em nota, que eldquo;tem mantido diálogo aberto com as entidades sindicaiserdquo; (leia mais abaixo a posição da estatal) eldquo;A categoria administrativa da Petrobras no Rio de Janeiro entra em greve nesta quarta-feira contra a decisão unilateral da empresa de aumentar a carga presencial no regime híbrido. A direção da Petrobras se recusa a negociar e impõe retrocessos que afetam diretamente novos empregados, PCDs e mulheres, prejudicando a qualidade de vida e a conciliação entre trabalho e vida pessoalerdquo;, disse o Sindipetro-RJ em nota nesta segunda-feira, 24. Após reunião entre Petrobras e a Federação Única dos Petroleiros (FUP), no início de fevereiro, a estatal pediu três semanas de prazo para responder se aceita negociar com a categoria, prazo que vence na próxima sexta-feira, 28, informou a FUP. Segundo a entidade, a Petrobras ainda não sinalizou com uma reunião para tratar do assunto. A FUP apoia a paralisação convocada pelo Sindipetro-RJ e promete manifestações em várias unidades no dia 26. O principal objetivo, segundo a entidade, é que a empresa suspenda as medidas sobre o teletrabalho e abra um canal de negociação com as entidades representativas dos petroleiros. O estado de greve foi aprovado em assembleias realizadas no final de janeiro. eldquo;Não há justificativa plausível para a falta de diálogo da empresa diante de uma mudança que afeta diretamente a vida dos trabalhadoreserdquo;, afirmou em nota a diretora da FUP, Cibele Vieira. eldquo;Todo o movimento sindical petroleiro defende que as regras do teletrabalho sejam estabelecidas por meio de negociações coletivaserdquo;, complementou Vieira, destacando que a FUP quer assegurar também que o teletrabalho seja incluído como cláusula no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

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Anfavea terá 1º presidente de fora das montadoras

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) anunciou ontem a nomeação de Igor Calvet como novo presidente executivo da entidade. Graduado em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (UnB) e com mestrado e doutorado em Ciências Políticas pela mesma instituição, Calvet será o primeiro executivo de mercado contratado para comandar a associação, ou seja, sem ter vinculação com uma montadora. Ele vai substituir Márcio de Lima Leite endash; vice-presidente da Stellantis endash;, que deixará o cargo em abril. O executivo tem experiência em políticas industriais, comércio exterior e inovação. Ele já atuou no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e na Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Calvet vinha, desde 2023, atuando como diretor executivo da própria Anfavea. ebull;

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Escala 6x1: Erika Hilton apresenta nesta terça proposta que acaba com esse modelo de trabalho

A deputada Erika Hilton (PSOL-SP) vai protocolar nesta terça-feira, na Câmara dos Deputados, o texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que quer colocar fim à escala de trabalho 6X1. A parlamentar conseguiu 234 assinaturas, mais que o mínimo para fazer com que o texto possa tramitar emdash; de pelo menos 171 deputados. Hilton também pretende marcar uma reunião com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), para discutir o tema. De acordo com a assessoria da deputada, Hilton levará à Câmara o vereador carioca Rick Azevedo (PSOL) e representantes do Movimento VAT (Vida Além do Trabalho), além de outros movimentos sociais aliados. A deputada também prepara um "panfletaço" em alguns locais: Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, São Luís, Rio Grande do Sul, Florianópolis, Manaus, Cariacica, Belo Horizonte, Fortaleza e Cuiabá. Além disso, a assessoria também informou que amanhã será anunciado um calendário de mobilização nacional em defesa do fim da escala 6x1. O que diz a PEC? A Proposta de Emenda à Constituição que a deputada federal Erika Hilton quer emplacar no Congresso tem o objetivo de reduzir o limite de horas semanais trabalhadas no Brasil, a fim de permitir o modelo de quatro dias de trabalho. A escala 6x1 prevê seis dias de trabalho e um de descanso. Na proposição de PEC, a parlamentar defende que o país deveria não só acabar com o modelo em que o trabalhador folga apenas um dia na semana, do 6x1, como também adotar a eldquo;jornada de trabalho de 4 dias na semanaerdquo;, ou seja, o desenho 4x3. Ela admite, porém, que essa proposta foi feita para negociar um meio-termo, como a escala 5x2.

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Produção de etanol no Brasil cairá 3% na safra 2025/26

A produção de etanol de milho e de cana-de-açúcar no Brasil deve cair 3% na safra 2025/26, totalizando 33,8 bilhões de litros. A estimativa foi divulgada pela trading brasileira SCA Brasil na 5ª feira (20.fev.2025). A temporada começa em 1° de abril deste ano. O etanol de milho deve alcançar 9,8 bilhões de litros, crescimento de 19% em relação à safra anterior. A produção do anidro (misturado à gasolina) aumentará 29%, chegando a 3,7 bilhões de litros, enquanto o hidratado (utilizado diretamente em veículos flex) crescerá 13%, atingindo 6,1 bilhões de litros. Para o etanol de cana, projeta-se queda de 10%, com redução de 21% no hidratado (13,4 bilhões de litros) e alta de 9% no anidro (10,6 bilhões de litros). A área de colheita está estimada em 7,4 milhões de hectares, contra 7,8 milhões em 2024, reflexo da perda de mais de 400 mil hectares por incêndios no ano passado. A produtividade deve ficar entre 80 e 81 toneladas por hectare, superando as 78 toneladas da safra anterior. As usinas devem moer 597,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, queda de 4% em relação ao ciclo anterior, incluindo 5 milhões de toneladas de cana bisada (remanescente da safra anterior). Para ler esta notícia, clique aqui.

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O 'chorinho' da venda de postos de combustíveis do Grupo Pão de Açúcar

Oito meses após anunciar a venda de 71 postos de combustíveis por R$ 200 milhões, o Grupo Pão de Açúcar (GPA) ainda tem eldquo;gordura para queimarerdquo; nessa seara. O dono dos supermercados Extra e Pão de Açúcar está vendendo mais três postos em Recife para o grupo Cemopel, que já opera uma rede de 16 lojas das bandeiras Shell e BR em Pernambuco, com foco na região metropolitana da capital. A operação foi protocolada nos últimos dias no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O GPA descontinuou sua operação de postos como parte do plano para reestruturar o negócio, iniciado ainda em 2022. Ao longo do último ano, a companhia levantou R$ 700 milhões em uma emissão de ações, vendeu sua sede administrativa e se desfez das participações no grupo colombiano Éxito e na multinacional Cnova.

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Lula e Bolsonaro já defenderam venda direta de combustíveis em meio a alta de preços

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta semana o preço dos combustíveis e defendeu a venda direta pela Petrobras aos consumidores. Em 2020, quando conflitos internacionais pressionavam o preço dos combustíveis, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) também defendeu excluir eldquo;intermediárioserdquo; e permitir a venda direta dos combustíveis à população. A medida, no entanto, é inviável por uma série de questões logísticas e de livre concorrência, de acordo com os especialistas consultados pelo g1. Por que a ideia não vai adiante? Especialistas consultados pelo g1 apontam alguns fatores: a Petrobras é uma empresa de capital misto, com acionistas privados; a Petrobras não tem mais uma distribuidora. O governo privatizou a BR Distribuidora em duas etapas, em 2019 e 2021; a companhia não pode vender combustíveis diretamente, sem ter uma distribuidora autônoma --conforme regulação da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP); o mercado de combustíveis é aberto no Brasil. Ou seja, mesmo que tivesse uma distribuidora, a Petrobras não poderia praticar preços menores sob risco de ser investigada por práticas anticoncorrenciais. eldquo;A Petrobras não é uma empresa totalmente estatal, ela tem uma participação privada relevante e uma governança do mercado financeiro que tem que ser respeitadaerdquo;, afirma o professor e pesquisador da PUC-Rio, Edmar Almeida. Além disso, a companhia não tem mais um braço de distribuição para fazer a venda direta aos consumidores. A BR Distribuidora foi privatizada completamente em 2021, no governo Bolsonaro, quando a Petrobras se voltava exclusivamente para o mercado de exploração e produção de petróleo. Sem uma distribuidora, a Petrobras não pode vender combustíveis aos consumidores finais. eldquo;A regulação atual da ANP não permite que um produtor de derivados, qualquer que seja, venda diretamente para um consumidor final. [...] A ANP teria que autorizar isso, modificando a regulação existente hoje que determina o papel de cada agente dentro da cadeia de abastecimento de combustíveiserdquo;, disse o sócio da Leggio Consultoria, Marcus D´Elia. Mesmo que tivesse uma distribuidora, a Petrobras não poderia praticar preços menores sob o risco de ser questionada pelos órgãos de defesa da concorrência. eldquo;Se a ideia do governo é simplesmente vender um produto mais barato, num mercado que tem concorrência, isso pode ser contestado do ponto de vista da defesa da concorrência, como dumping, esse tipo de coisaerdquo;, destaca Almeida. Por que os combustíveis estão caros? A ideia de Lula de eliminar os intermediários na venda de combustíveis passa pela crítica à atuação dos postos e das distribuidoras, que, segundo ele, eldquo;assaltam o consumidorerdquo;. Segundo Dersquo;Elia, distribuidoras e postos têm uma margem de lucro, combinada, de cerca de 12%. eldquo;Ou seja, os dois agentes, a distribuidora e a revenda, repartem aí 12% do valor do produto como margem [de lucro]. A gente não consegue precisar quanto está de um lado e quanto está do outro, mas é em torno disso, o que não é abusivo. Pelo contrário, é uma margem até apertadaerdquo;, declarou. Almeida, da PUC-Rio, explica que a margem de lucro das empresas permanece estável, enquanto outros fatores elevam o preço dos combustíveis. O pesquisador cita a desvalorização do real frente ao dólar e o aumento do preço dos biocombustíveis emdash; que são adicionados ao produto fóssil para consumo. eldquo;Esses produtos, biodiesel e etanol, são commodities. Eles variam de acordo com o preço do mercado internacional também e são bem voláteis. O preço do biodiesel [adicionado ao diesel fóssil] subiu muito porque o preço do óleo de soja, que é a matéria-prima, subiu. Isso também impactaerdquo;, declarou. O preço do barril de petróleo também é outro fator que afeta a variação do valor dos combustíveis. eldquo;Essa questão dos combustíveis vem sendo discutida desde o início da guerra da Ucrânia. Naquele momento, a gente teve um salto do preço do petróleo, naturalmente do preço do diesel e da gasolina no mercado internacional. E isso se estabilizou num patamar altoerdquo;, disse Dersquo;Elia. O especialista afirma que, se o governo quiser reduzir o preço dos combustíveis, seria preciso diminuir as alíquotas de impostos para eldquo;amortecer o efeitoerdquo; do valor alto do petróleo, agravado pela desvalorização do real.

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