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Preço do diesel deve continuar subindo em 2025, aponta especialista

Em 2024, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o diesel sofreu um aumento na faixa de R$ 0,15 por litro, ou 2,5%. O combustível fechou o ano com preço médio de R$ 6,13. Um ponto que influenciará ainda mais na variação do preço do combustível é o cenário de políticas internas e externas, que fez o dólar bater recordes de cotação e hoje segue sendo negociado acima dos R$6,10. Segundo Ricardo Lerner, CEO do Gasola, empresa de de automatização da gestão de abastecimento, as variações no preço do diesel devem seguir um cenário desafiador e imprevisível, influenciado por diversos fatores. eldquo;O ano de 2025 tende a ser marcado por volatilidade, reforçando a importância de estratégias de negociação e planejamento para empresas com grandes frotaserdquo;, explica. O especialista também alerta para a política de preços da Petrobras. Segundo ele, o Brasil, por não ser autossuficiente na produção de diesel, depende da importação do produto, o que torna o mercado mais sensível à variação do dólar, que pode ser afetado por diversos cenários como conflitos internacionais e políticas econômicas. eldquo;Em governos anteriores, os combustíveis tinham valores reajustados frequentemente. Em 2024, a estatal brasileira passou o ano inteiro sem realizar nenhum ajuste. Deve-se prestar atenção para ver se continuarão com essa política neste anoerdquo;, destaca.

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Etanol é mais competitivo em relação à gasolina em 9 estados e no DF

O etanol mostrou-se mais competitivo em relação à gasolina em nove estados e no Distrito Federal (DF) na semana de 29 de dezembro de 2024 a 4 de janeiro de 2025. Na média dos postos pesquisados no país, o etanol tinha paridade de 67,15% ante a gasolina no período, portanto, favorável em comparação com o derivado do petróleo, conforme levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado. O etanol era mais competitivo em relação à gasolina nos seguintes estados: Acre (68,80%); Goiás (69,65%); Mato Grosso (63,30%); Mato Grosso do Sul (65,77%); Minas Gerais (69,03%); Paraíba (68,03%); Paraná (69,49%); São Paulo (66,11%); e Sergipe (69%), além do Distrito Federal (69,61%). (Estadão Conteúdo)

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Receita Federal irá monitorar dados de cartão de crédito e Pix

As operadoras de cartões de crédito e instituições de pagamento que movimentam recursos financeiros devem prestar informações à Receita Federal sobre operações financeiras de contribuintes. O envio dos dados será semestral. A regra começou a valer nesta quarta-feira (1º) e está prevista na Instrução Normativa 2.219, de 2024 do órgão federal. Em nota, a Receita Federal afirma que as medidas têm o objetivo de melhorar o controle e a fiscalização das operações financeiras, por meio de uma maior coleta de dados. eldquo;[As medidas] reforçam os compromissos internacionais do Brasil, contribuindo para o combate à evasão fiscal e promovendo a transparência nas operações financeiras globaiserdquo;, reforçou a nota da Receita Federal. A norma atualiza e amplia a obrigatoriedade de envio de informações à Receita Federal via e-Financeira, que é o sistema eletrônico da Receita Federal que faz parte do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). A e-Financeira monitora e coleta informações sobre operações financeiras. Os arquivos digitais incluem dados de cadastro, abertura, fechamento, operações financeiras e previdência privada. Instituições As instituições financeiras tradicionais, como os bancos públicos e privados, financeiras e cooperativas de crédito, já eram obrigadas a enviar à Receita Federal as informações sobre movimentações financeiras de seus clientes, como saldos em conta corrente, movimentações de resgate e investimentos dos correntistas, rendimentos de aplicações e poupanças. Com a mudança que entra em vigor em 2025, a obrigação de prestação de informações relativas às contas pós-pagas e contas em moeda eletrônica passa a ser também de operadoras de cartões de crédito e instituições de pagamento. Estas últimas são empresas autorizadas pelo Banco Central a oferecer serviços financeiros relacionados a pagamentos, como transferências, recebimentos e emissão de cartões. Entre elas estão as plataformas e aplicativos de pagamentos; bancos virtuais; e varejistas de grande porte, a exemplo de lojas de departamentos, de venda de eletrodomésticos; e atacadistas. Envios As novas entidades listadas na norma da Receita Federal estão obrigadas a apresentar as informações mencionadas quando o montante movimentado no mês for superior a R$ 5 mil, para pessoas físicas; ou R$15 mil, para pessoas jurídicas. Os dados deverão ser apresentados via e-Financeira semestralmente: · até o último dia útil do mês de agosto, contendo as informações relativas ao primeiro semestre do ano em curso; e · até o último dia útil de fevereiro, contendo as informações relativas ao segundo semestre do ano anterior. Desta forma, dados de pagamentos via Pix e cartões de crédito superiores aos valores citados serão informados à Receita Federal endash; via e-Financeira endash; em agosto de 2025.

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Combustíveis devem subir menos em 2025, diz especialista

Em 2025, os combustíveis não devem subir tanto quanto em 2024. Os dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), como mostrou matéria do G1, nesta segunda-feira, apontaram um salto na casa de 10% no preço da gasolina e de 20,46% do etanol nos postos, no ano que acaba de terminar. Há algumas razões que levam Adriano Pires, sócio-fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), a essa previsão. A primeira delas é a expectativa que o preço do barril de petróleo fique abaixo da média do ano passado, quando se manteve em cerca de US$ 80. Isto porque a produção do petróleo está em alta, no Brasil e no mundo, Donald Trump promete incentivar a produção nos Estados Unidos (um dos seus slogans de campanha era "drill baby drill"). A tendência de preço mais baixo é auxiliada ainda pelo fato, explica Pires, que não há uma forte pressão de demanda, com China crescendo em ritmo mais lento. O desafio para os combustíveis no Brasil é o câmbio, que roda no patamar de R$ 6 desde o fim de novembro e a projeção do mercado, divulgada no primeiro Boletim Focus do ano, é que se mantenha assim até o fim do ano. No entanto, essa pressão, diz Pires, deve ser atenuada pela política de preços abrasileirada adotada pela Petrobras, em maio de 2023, que mantém uma defasagem de 11% na gasolina e de 9% no diesel. - Não vejo nenhuma indicação de que a Petrobras vá mudar a sua política de preços, que aliás, é uma caixa preta que permite que a empresa mantenha a paridade do mercado internacional, quando o preço cai, e mantenha o valor do mercado interno defasado quando sobe lá fora, numa política de petroestados como Venezuela e Arábia Saudita. Isso é ruim para o país, que deveria adotar uma politica de mercado, que incentivasse a concorrência. Mas nada indica que isso vá mudar, num cenário que a alta do combustível é ruim para a popularidade e pressiona a inflação, que ao que tudo indica ainda ficará fora da meta este ano - avalia. Uma mudança nesse cenário, diz Pires, só acontecerá com uma guinada na geopolítica, agravamento dos conflitos do Oriente Médio e entre Ucrânia e Rússia. - Nada aponta nessa direção. Inclusive a sinalização de Trump que chegando a presidência pretende atuar para colocar um ponto final no conflito entre Rússia e Ucrânia - pontua o especialista, que acredita que caso a defasagem entre os preços dos combustíveis e no exterior chegasse a casa dos 20% ou 30% novas medidas poderiam ser tomadas. - Mas não acho esse um cenário provável nesse momento.

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Defasagem de preços dos combustíveis da Petrobras em 2025 alcança níveis alarmantes

Os preços dos combustíveis da Petrobras em 2025 estão com uma defasagem considerável em relação aos valores praticados no mercado internacional, uma situação que é intensificada pela valorização do dólar. De acordo com a consultoria StoneX, a diferença no preço do diesel é de 8,9%, enquanto a gasolina apresenta uma defasagem de 12,3%. A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) aponta números ainda mais alarmantes, com 19% de defasagem no diesel e 13% na gasolina. No ano anterior, a Petrobras fez apenas um ajuste no preço da gasolina, que ocorreu em julho, e não houve qualquer alteração no valor do diesel desde dezembro de 2023. A empresa estatal decidiu abandonar a política de paridade de importação, optando por uma nova fórmula que leva em conta fatores nacionais para a definição dos preços. Os dados revelam que a defasagem se traduz em uma diferença de R$ 0,30 por litro, enquanto a gasolina, com uma defasagem de 12,3%, apresenta uma diferença de R$ 0,36 por litro. A Abicom, por sua vez, calcula que a defasagem de 19% no diesel representa um impacto de R$ 0,670 por litro. Especialistas do setor alertam que a alta do petróleo Brent e a valorização do dólar podem resultar em novos reajustes nos preços. No entanto, a Petrobras pode optar por manter os valores inalterados no curto prazo. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) destacou que, em comparação com 2022, os preços nas refinarias caíram mais de 20% em 2024. A Petrobras, em sua defesa, afirmou que sua estratégia comercial leva em consideração as melhores condições de produção e logística para a precificação dos combustíveis. Essa abordagem resultou em resultados operacionais positivos para a empresa no terceiro trimestre do ano passado.

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Braga desagrada setor de combustíveis em relatório da tributária no Senado

As reações ao parecer do projeto principal de regulamentação da reforma tributária, divulgado nesta segunda-feira, 9, pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM), já começaram a surgir. Representantes do setor de combustíveis ouvidos pela Coluna do Estadão ficaram descontentes por ele ter deixado de fora a chamada monofasia no pagamento de PIS/Cofins sobre o etanol. O sistema monofásico, aplicado desde 2023 de forma total no diesel e na gasolina, é quando o imposto é cobrado uma única vez no início da cadeia produtiva. A ideia agora era testar esse modelo no etanol apenas em relação ao PIS/Cofins, que é um tributo federal. A monofasia no ICMS para o etanol será negociada ano que vem. O argumento do setor é que a monofasia para todos os combustíveis já está prevista na tributária, mas apenas a partir de 2033, após o período de transição do sistema de impostos. Na visão das companhias, faz sentido antecipar essa vigência para simplificar desde agora a cobrança de tributos. A inclusão dessa medida na tributária, de acordo com o setor de combustíveis, faz parte de um acerto com o agronegócio e a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), e se esperava que o relator o acatasse. A entrada da monofasia do etanol no relatório era dada como certa pelas empresas da área. Procurado, Braga não respondeu. O parecer passará por votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e no plenário do Senado. A pressão dos segmentos econômicos, portanto, ainda vai aumentar. A emenda que traz esse item é do 1º vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), que também preside a Frente Parlamentar de Recursos Naturais e Energia. (Coluna do Estadão Por Roseann Kennedy)

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