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Brasil está 10 anos atrasado em exploração de águas profundas, diz CEO da Petrobras

A CEO da Petrobras, Magda Chambriard, fez nesta quinta-feira (26) uma avaliação do futuro da atividade exploratória no Brasil, e disse que o país está 10 anos atrasado na exploração de águas profundas. eldquo;A gente precisa ir para as águas profundas. A Guiana conheceu, no Suriname está acontecendo e no Brasil até agora, nada. Estamos apostando que o país vai acordar para isso.erdquo; A presidente da Petrobras citou que assim como ocorre no Sudeste brasileiro, a exploração de petróleo deveria acontecer na Margem Equatorial, região petrolífera que vai do Amapá ao Rio Grande do Norte. Na Margem Equatorial, nenhum poço foi perfurado até agora, por razões ambientais. As áreas foram licitadas pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em 2013. eldquo;Os órgãos ambientais vão entender o tamanho do desafio que nós temos pela frente para ter o petróleo como o principal produto de exportação do Brasil. Não queremos voltar ao passado, de importação custosa de petróleoerdquo;, destacou Magda Chambriard. Ela mandou uma resposta aos críticos: eldquo;Podemos buscar uma transição energética e continuar a explorar petróleo e gás no país. Quem fala em contradição não conhece o país direitoerdquo;. A CEO participou da cerimônia de encerramento do ROG.e 24, o maior evento de petróleo e gás da América Latina, realizado de 23 a 26 de setembro no Boulevard Olímpico, no Rio de Janeiro.

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Petróleo tomba com perspectiva de aumento de produção pela Arábia Saudita e Opep+

O petróleo estendeu as perdas da véspera e fechou em nova queda com rumores de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) deve aumentar a produção da commodity em dezembro. A retomada de operações na Líbia e promessa de novos estímulos na China também repercutiram sobre o óleo bruto. Nesta quinta-feira (26), os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para dezembro, terminaram a sessão com baixa de 2,48%, a US$ 71,09 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para novembro caíram 2,90%, a US$ 67,67 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos. O que mexeu com petróleo hoje? O petróleo é considerado um dos termômetros do humor dos investidores no mercado. Mas, nesta quinta-feira (26), as notícias sobre a commodity pesaram sobre o desempenho. Mesmo com as bolsas de Nova York e da Europa nas máximas intradia, o petróleo chegou a tombar mais de 3%. A commodity repercutiu a notícia de que a Arábia Saudita, maior exportadora de petróleo do mundo, abrirá mão de sua meta de preço do barril, de US$ 100, para aumentar a produção. As informações foram divulgadas pelo Financial Times. Além disso, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) deve prosseguir com o aumento na produção da commodity em dezembro, na tentativa de eldquo;compensarerdquo; os cortes voluntários na oferta de alguns membros do grupo. Segundo fontes à Reuters, a medida deve ter um impacto pequeno, mas elevou as preocupações sobre a demanda do petróleo em meio à desaceleração das principais economias do mundo emdash; como a China. Nos últimos meses, alguns membros da Opep, como a Rússia e a Arábia Saudita, têm realizado cortes na produção de petróleo para sustentar os preços. Além disso, a expectativa de retomada de produção do óleo pela Líbia pressiona o desempenho da commodity. Ontem (25), foram nomeados novos membros do Banco Central, em resolução ao conflito iniciado em agosto. No mês passado, o governo oriental da Líbia, em Benghazi, informou que a interrupção da produção e das exportações do óleo devido à disputa com o governo ocidental, reconhecido internacionalmente em Trípoli, sobre quem deveria liderar o BC. As exportações de petróleo bruto da Líbia atingiram uma média de cerca de 400.000 barris por dia (bpd) em setembro, abaixo dos mais de 1 milhão de bpd em agosto. A tensão com os conflitos no Oriente Médio também repercutem sobre o petróleo. Analistas do mercado de petróleo alertam há meses que uma guerra entre Israel e o Hezbollah, que até agora têm trocado disparos de foguetes, poderia forçar o Irã emdash; membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) emdash;, a intervir diretamente, aumentando o risco de interrupções no fornecimento de petróleo bruto no Oriente Médio. *Com informações de Reuters e Financial Times

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Abicom: Gasolina e diesel estão 4% mais caros no Brasil que no exterior

O preço da gasolina no Brasil permanece mais elevado que o praticado no mercado internacional, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). O litro do combustível está, em média, R$ 0,11 mais caro no mercado doméstico, 4% superior ao praticado no exterior, conforme relatório publicado nesta quinta-feira. "Os preços médios do Gasolina A operam acima ou na paridade em todos os polos analisados", frisou a Abicom. "O mercado internacional e o câmbio pressionam os preços domésticos." O Preço de Paridade de Importação (PPI) acumula uma redução de R$ 0,51 por litro desde o último reajuste nos preços da Petrobras, calculou a entidade. Já o preço do diesel está, em média, 4% mais caro internamente do que no Golfo do México, região usada como parâmetro para a comercialização desses combustíveis pelos importadores brasileiros. O resultado significa uma defasagem de R$ 0,13 por litro do diesel. Segundo a Abicom, os preços médios do óleo diesel A operam acima ou na paridade em todos os polos analisados. O Preço de Paridade de Importação acumula uma redução de R$ 0,39 por litro desde o último reajuste nos preços da Petrobras, apontou a entidade. Nos cinco polos da Petrobras, a gasolina estava, em média, 4% acima do preço internacional, R$ 0,10 a mais por litro, assim como o diesel A, 4% acima da paridade, o equivalente a R$ 0,14 a mais por litro. Já o polo Aratu, na Bahia, operado pela Acelen, vendia o diesel 1% mais caro que o preço do Golfo. A gasolina era comercializada com preço 4% superior ao patamar internacional. O Preço de Paridade de Importação (PPI) foi calculado pela Abicom usando como referência os valores do fechamento do mercado nesta última quarta-feira, 25. "Com a estabilidade no câmbio e a ligeira redução nos preços de referência da gasolina e do óleo diesel no mercado internacional no fechamento do dia útil anterior, o cenário médio de preços está acima da paridade para o óleo diesel e para gasolina", concluiu a Abicom. (Estadão Conteúdo)

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Petrobras estuda projeto para a renovação de plataformas de produção

A Petrobras planeja revitalizar parte de suas plataformas em descomissionamento, que poderiam assim manter por mais tempo sua vida útil em outros projetos. Para isso, a empresa deve buscar priorizar fornecedores locais. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, frisou, na tarde desta quinta-feira (26/9), durante participação na Rio Oil eamp; Gás eamp; Energy (ROG.e), que fomentar a indústria nacional é benéfico para os negócios da companhia e, ao mesmo tempo, positivo para a economia do país. eldquo;Estamos trabalhando para que possamos reformar unidades como as plataformas P-19, P-35, P-47. Isso será importante para a produção da Petrobraserdquo;, disse a presidente da companhia, ao lado do presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), Roberto Ardenghy, no painel Strategic Talks. Em sua fala, Magda explicou que a prospecção em novas fronteiras, como a Margem Equatorial, é fundamental para que o Brasil não volte a depender de importações de petróleo. Estudos apontam que, caso mantenha a sua demanda de petróleo nos patamares atuais e não sejam incorporadas novas reservas, o Brasil corre o risco de se tornar um importador de petróleo já no final da década de 2030. eldquo;O Brasil tem 29 bacias sedimentares principais, nós precisamos conhecer essas bacias. Não há indústria petrolífera sem atividade de exploração. Não queremos voltar para a condição de ser um país dependente de importação de petróleoerdquo;, afirmou Chambriard. A complementariedade das fontes fósseis e renováveis no processo de transição energética foi outro ponto analisado por Magda. A executiva frisou que a Petrobras segue empenhada em reduzir emissões e hoje já produz petróleo com a pegada de carbono inferior à média global. eldquo;Na Petrobras, estamos produzindo combustíveis cada vez mais renováveis. Ninguém no mundo tem diesel com 5% de óleo vegetal. A companhia tem uma série de projetos para captura de carbono. Quando olhamos para isso, reafirmamos nosso compromisso com o net zero em 2050. Caso a Petrobras parasse de produzir petróleo hoje, a redução de emissões seria de aproximadamente 2,1%. Mas esse petróleo, que já tem uma pegada menor de carbono que a média global, seria substituído por outro que emitiria muito mais. Isso deixaria o Brasil mais pobre. Por isso, estamos convencidos de continuar nesse ritmo, que não apresenta conflito com a transição energética, e garante emprego e renda para a sociedadeerdquo;, destacou. Parceria com o Suriname No início da tarde, a presidente Magda Chambriard recebeu o CEO da Staatsolie, Annand Jagesar, para assinatura de memorando de entendimento que visa avaliar oportunidades de cooperação nas áreas de exploração e produção de hidrocarbonetos, captura de carbono, novas fontes de energia, planejamento de resposta a contingências, entre outras áreas. A cooperação com Staatsolie poderá ainda resultar em melhores práticas sustentáveis de óleo e gás e contribuir para a resiliência climática na região. O acordo está alinhado à estratégia da Petrobras de desenvolver parcerias que permitam compartilhar riscos e expertise, buscando o fortalecimento da companhia como uma empresa de energia integrada e contribuindo para o sucesso da transição energética justa e responsável. A Staatsolie é a empresa estatal de petróleo surinamesa, responsável pela exploração, produção e refino de petróleo e gás natural naquele país. Fundada em 1980, a Staatsolie, além de suas operações de petróleo, investe em projetos de energia sustentável e busca diversificar suas atividades para promover o desenvolvimento econômico e social no Suriname.

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Petrobras avalia reduzir preços do gás com oferta e compensar com aumento do volume

A Petrobras está eldquo;trabalhando fortementeerdquo; para aumentar a oferta de gás natural no mercado brasileiro e, assim, baratear o preço da molécula ao ponto de viabilizar novos projetos de fertilizantes nitrogenados e de outras indústrias no país, disse a CEO da estatal, Magda Chambriard, ao estúdio eixos, na ROG.e. Em sua primeira entrevista exclusiva desde que assumiu a petroleira, Chambriard destacou que o potencial de crescimento do mercado brasileiro de gás é imenso e que a demanda poderia ser ao menos três vezes maior se a molécula tivesse um preço adequado. Assista ao vídeo.

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Petrobras aprova 1° projeto de hidrogênio verde, diz Tolmasquim

A Petrobras aprovou internamente o primeiro projeto de hidrogênio verde da companhia, afirmou nesta quarta (25/9) o diretor executivo de Transição Energética da estatal, Maurício Tolmasquim, em entrevista ao estúdio eixos, na ROG.e. Segundo ele, trata-se de um projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDeamp;I), associado à termelétrica a gás natural Vale do Açu (310 MW), no Rio Grande do Norte. O projeto terá um pequeno parque solar. A ideia é aproveitar a água que é usada na usina termelétrica. Será um teste antes de a companhia entrar em uma iniciativa comercial nesse segmento, de maior escala. eldquo;É um projeto pequeno, mas é o primeiro passo para a gente entrar nessa áreaerdquo;, disse. Marco do hidrogênio favorece projetos Tolmasquim destacou que a aprovação do marco legal do hidrogênio no Congresso, este ano, favorece o desenvolvimento de projetos do tipo dentro da empresa. eldquo;Essa legislação fez ficar próximo [o preço] do hidrogênio cinza do verdeerdquo; eldquo;Talvez seja o diferencial para a gente tornar o hidrogênio verde do Brasil competitivoerdquo;, disse, em referência ao novo marco legal. E reforçou que o momento é histórico para a política de transição energética do país. eldquo;Porque o Brasil está reafirmando a sua prioridade para os biocombustíveis, para a transição energética, para o hidrogênio, do biometano, do SAFerdquo;, completou, ao se referir também à recente aprovação do Combustível do Futuro no Congresso. eldquo;Existe uma sintonia muito grande entre a política que o país está adotando e a política da Petrobraserdquo;, complementou. Em abril, a Petrobras já havia anunciado um investimento de R$ 20 milhões em pesquisas sobre os processos de geração e viabilidade de extração do hidrogênio natural, inicialmente na Bahia. Tolmasquim comentou também sobre as perspectivas da companhia para os novos combustíveis. Ele confirmou que a Petrobras tem intenção de chegar a 2030 com uma produção de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) capaz de atender a 30% da demanda nacional por combustível de aviação. E citou que o crescimento da produção de diesel coprocessado nas refinarias da petroleira já é uma realidade. O produto com teor renovável equivale, hoje, a 7% da produção de diesel fóssil brasileira, segundo o executivo.

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