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ANP lança segunda fase do GeoMapsANP com novos dados e funcionalidades

A ANP publicou hoje (6/11) a segunda fase do sistema GeoMapsANP, plataforma avançada de visualização e consulta de dados geoespaciais do setor de exploração e produção de petróleo e gás natural (Eeamp;P). Com a atualização, foram ampliadas as funcionalidades e a quantidade de informações disponíveis. Entre as novidades, além dos dados técnicos e das áreas contratadas, agora o sistema também disponibiliza blocos das rodadas de licitações concluídas, blocos ofertados e arrematados e blocos das rodadas em andamento. Uma das inovações é a inclusão de dados sobre áreas devolvidas, proporcionando uma visão mais abrangente do cenário de Eeamp;P no Brasil. Outra atualização importante é a melhoria da ferramenta de busca, que agora permite a pesquisa de dados sísmicos, multifísicos e informações sobre as bacias sedimentares, trazendo maior agilidade e eficiência para os usuários. Além disso, a nova versão também possibilitará o usuário a identificar quais dados das camadas geoespaciais foram recentemente atualizados. O GeoMapsANP também foi integrado ao Sistema de Gestão do Acervo de Amostras de Rochas e Fluidos da União (SisRoc), permitindo a consulta de amostras de rochas e fluidos disponíveis no acervo de poços, e tornando o ecossistema de dados da ANP cada vez mais completo e funcional. O sistema GeoMapsANP continuará sendo aprimorado com o objetivo de oferecer uma plataforma moderna e intuitiva, alinhada à diretriz de inovação da Agência. A segunda fase amplia ainda mais a transparência e a acessibilidade dos dados regulados pela ANP, promovendo uma experiência aprimorada para empresas, pesquisadores e outros interessados do setor de energia.

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Petrobras desiste de vender subsidiária de biodiesel e busca parceiros para operação

A diretoria da Petrobras aprovou nesta quarta-feira (6) o encerramento do processo de venda de sua subsidiária de biocombustíveis, iniciado no governo Jair Bolsonaro (PL), e busca parceiros para potencializar a atuação da companhia. A decisão, disse a estatal, está "alinhada aos direcionadores estratégicos vigentes, que consideram a atuação da Petrobras em negócios de baixo carbono, diversificando o portfólio de forma rentável e promovendo a perenização da companhia". A PBio (Petrobras Biocombustível) foi fundada em 2008 e tem hoje três usinas de biodiesel: duas operacionais situadas em Candeias (BA) e em Montes Claros (MG) e uma em Quixadá (CE), que está hibernada. A empresa registrou prejuízos nos três últimos anos, com perda acumulada de cerca de R$ 530 milhões, atribuída à queda na demanda por biodiesel emdash;fruto de ações do governo para segurar os preços dos combustíveis em meio à escalada do petróleo após a pandemia. Em 2024, fechou o primeiro semestre com lucro de R$ 32,7 milhões, com impactos da antecipação do cronograma de mistura obrigatória do biocombustível ao diesel de petróleo. O recuo no processo de venda já havia sido decidido pela gestão Jean Paul Prates, que assumiu o comando da estatal após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com a missão de reverter a estratégia bolsonarista de priorizar a produção de petróleo. A atuação é biocombustíveis é um dos focos da estratégia de baixo carbono da Petrobras, que travou com o agronegócio uma disputa para incluir seu diesel renovável entre os beneficiários de programas de incentivos a biocombustíveis no país. Esse diesel é produzido em refinarias com o uso de óleos vegetais misturados ao petróleo. As fábricas da PBio, por sua vez, produzem biodiesel pela rota tecnológica mais comum ao agronegócio. A decisão final pela permanência no segmento é mais uma etapa na estratégia de reverter o processo de venda de ativos da companhia e manter atividades em segmentos que haviam sido abandonados pela gestão Bolsonaro. No fim de maio, em outra decisão nesse sentido, o conselho de administração da Petrobras aprovou a retomada das obras da fábrica de fertilizantes de Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul, paralisadas desde 2015, após a descoberta do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato. O projeto será incluído no novo plano de negócios da empresa, que será divulgado em novembro. A conclusão das obras custará R$ 3,5 bilhões, disse a estatal. Antes de sua paralisação, já haviam consumido R$ 3,9 bilhões. Em nota distribuída na época, a Petrobras afirmou que "a decisão é fundamentada em criteriosa reavaliação do projeto que, à luz das premissas do Plano Estratégico 2024-2028, teve sua atratividade econômica confirmada para essa fase nos diferentes cenários previstos".

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Petróleo fecha em queda com alta do dólar após vitória de Trump

Os preços do petróleo caíram nesta quarta-feira, com os investidores avaliando um dólar norte-americano forte contra a possibilidade de que os planos de política externa do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, possam reduzir a oferta global de petróleo. Os futuros do petróleo Brent caíram 0,61 dólar, ou 0,81%, a 74,92 dólares por barril. O petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos EUA caiu 0,30 dólar ou 0,42%, a 71,69 dólares. A eleição de Trump desencadeou uma grande liquidação que derrubou os preços do petróleo em mais de 2 dólares por barril durante o início do pregão, enquanto o dólar americano se recuperava, atualmente em seu nível mais alto desde setembro de 2022. Um dólar mais forte torna as commodities denominadas em moeda norte-americana, como o petróleo, mais caras para detentores de outras moedas e tende a pesar nos preços. eldquo;Toda a empolgação e entusiasmo inicial de vendas diminuíram desde então, e acho que há mais elsquo;upsideersquo; do que elsquo;downsideersquo; no curto prazoerdquo;, disse Phil Flynn, analista sênior do Price Futures Group, observando que os investidores nesta quarta-feira olharam mais para a perspectiva de oferta e demanda no curto prazo. A reeleição de Trump também pode significar a renovação das sanções ao Irã e à Venezuela, retirando barris do mercado, o que seria altista, disse o analista do UBS Giovanni Staunovo. O Irã é um membro da Opep com produção de cerca de 3,2 milhões de barris por dia, ou 3% da produção global. No entanto, uma repressão ao Irã pode ser mais difícil, já que o país se tornou hábil em escapar de sanções, disse Alex Hodes, analista de petróleo da corretora StoneX, em uma nota. O apoio de Trump ao primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu pode aumentar a instabilidade no Oriente Médio, de acordo com Andrew Lipow, presidente da Lipow Oil Associates. Isso poderia impulsionar os preços do petróleo, já que os investidores precificam uma potencial interrupção no fornecimento global de petróleo. Espera-se que Trump continue armando Israel. (Reuters)

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Janela de importação de combustíveis está fechada, diz presidente da Vibra

A janela para importação de combustíveis, no momento, está fechada, com o cenário mais favorável para o produto nacional, majoritariamente refinado pela Petrobras. A avaliação é do presidente da Vibra Energia, Ernesto Pousada. Segundo ele, em teleconferência com analistas sobre os resultados do terceiro trimestre, nesta quarta-feira (6), essas janelas têm variado nos últimos trimestres devido à alta volatilidade dos preços, causada pelo desenrolar das guerras no Oriente Médio e entre Ucrânia e Rússia, além da cotação do dólar. Clique aqui para continuar a leitura.

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Ministro defende que inclusão de gas release no Paten ainda precisa ser amadurecida

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), afirmou nesta terça (5/11) que a discussão sobre a inclusão de um programa de desconcentração da oferta de gás natural no relatório do Paten ainda precisa ser mais amadurecida. O gas release é uma das propostas de um pacote mais amplo de políticas de incentivo ao mercado de gás incorporado pelo senador Laercio Oliveira (PP/SE) no relatório do PL 327/2021 endash; que cria o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten). A matéria está em análise pela Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado. eldquo;A proposta do senador Laercio [Oliveira] é no âmbito do Senado da República. Eu entendo que ela tem algumas vantajosidades. Há uma resistência natural da Petrobras. Está havendo uma discussão nesse sentido. Eu entendo que ainda há de se amadurecer mais para que a gente avance na decisão final sobre o gas releaseerdquo;, disse o ministro, em entrevista ao CNN Money. O capítulo do gás no Paten dividiu o governo. O MME chegou a manifestar apoio à proposta do gas release; a liderança do governo no Senado, por sua vez, defendeu a derrubada de todo o capítulo. No Senado, o debate sobre a criação de leilões compulsórios de venda de gás do agente dominante (leia-se Petrobras) protagonizou na semana passada trocas de acusações entre os parlamentares de Sergipe, Rogério Carvalho (PT) e Laercio Oliveira. O petista afirmou que o Paten poderia trazer riscos aos investimentos da Petrobras no estado endash; a exemplo do projeto Sergipe Águas Profundas (Seap). Oliveira reagiu e acusou Carvalho de eldquo;se prestar a porta-voz e mensageiroerdquo; da estatal. Questionado sobre o PL das eólicas offshore, em tramitação no Congresso Nacional, o ministro disse ser necessário ajustar pontos do texto. E voltou a criticar as emendas ao projeto. eldquo;As questões que foram colocadas de emenda, a maioria delas impulsionam mercados que já estão com subsídios muito vigorosos. Não há necessidade que os subsídios sejam mantidos, isso seria onerar mais a conta de energia do povo brasileiro e não seria, portanto, bom para a economia nacionalerdquo;, comentou. Brasil costura acordo por gás argentino no G20 Na entrevista à CNN, o ministro voltou a defender o aumento da oferta de gás para que os preços sejam reduzidos no Brasil. E antecipou que o governo brasileiro espera assinar este mês, no encontro do G20, um acordo para a importação de gás natural da Argentina. eldquo;No G20 presidencial, na semana que vem, nós vamos assinar com a Argentina para poder trazer um gás de Vaca Muerta, um grande potencial de gás que tem lá em Neuquén, no sul da Argentina, para que a gente possa aumentar a competitividade, aumentar o volume, diminuir o preço e, consequentemente, criar mecanismos da nova indústria nacionalerdquo;, afirmou. Retomada de Angra 3 será levada ao CNPE O ministro de Minas e Energia também adiantou que a retomada das obras da usina nuclear de Angra 3 deve ser pautada ainda este ano, na próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). A expectativa é que o presidente Lula (PT) participe do encontro. eldquo;Eu quero levar até o CNPE, no final do ano, uma proposta já com os estudos do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] concluídos, para que a gente estude a possibilidade real de retomar essas obras. Essa será uma posição técnica do Ministério das Minas e Energiaerdquo;, afirmou. Na avaliação do BNDES, o custo de concluir a terceira usina nuclear de Angra dos Reis (RJ) é praticamente o mesmo de abandonar o projeto. Desistir das obras de Angra 3 custaria R$ 21 bilhões, enquanto a conclusão do empreendimento foi estimada em R$ 23 bilhões. Ministro volta a fazer críticas à Eletrobras Silveira voltou a criticar a postura da Eletrobras, que teria impedido a costura do acordo para aumento da representatividade da União no conselho de administração da companhia. Entre as condições impostas pela companhia estaria o repasse de ações da Eletronuclear à União. eldquo;A Eletrobras exacerba na negociação quando coloca como condição ceder ou ela consensuar, numa junta de conciliação determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Kássio Nunes [Marques], a condição para poder dar à União, o que é de direito da União, que é uma participação proporcional no conselho da empresaerdquo;, afirmou. Silveira disse que segue acreditando em um acordo para que a União aumente a participação no conselho de administração da Eletrobras. Atualmente, o governo tem um representante no colegiado, embora tenha uma participação de 42,35% no capital total da empresa endash; privatizada em 2021.

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Produtores de etanol dos EUA esperam que Trump permita mistura de 15% o ano todo

Os fabricantes de etanol dos Estados Unidos, muito ligados aos produtores rurais, esperam que o presidente eleito Donald Trump permita o consumo da gasolina com 15% de etanol (E15) o ano todo em todo o país, como ele já fez no mandato anterior. Atualmente, o consumo de E15 é proibido na maior parte do país nos meses de verão pelo fato da mistura não atender ao requisito da legislação americana de poluição ambiental, de 1990, o que faz com que a maior parte da gasolina no país seja consumida com 10% de mistura (E10). Nos EUA, o etanol é feito a partir do milho. Durante seu primeiro mandato, em meio à escalada da guerra comercial com a China e dos consequentes prejuízos aos produtores rurais americanos, Trump chegou a permitir o uso de E15 o ano todo, como lembraram a Associação de Combustíveis Renováveis (RFA, na sigla em inglês) e a associação Growth Energy em manifestações divulgadas nesta quarta-feira (6/11). A adoção do E15 viabiliza o aumento da demanda interna por milho. Porém, sua efetividade depende da garantia de infraestrutura de bombas que ofereçam a gasolina com 15% de etanol, o que não está disponível em todo o país. eldquo;Nós o apoiamos que ele permita uma solução permanente que garanta uma economia contínua nas bombas para todos os americanos, todos os meses, por todos os 50 Estadoserdquo;, afirmou Emily Skor, CEO da Growth Energy, em nota. Um dos argumentos do lobby do etanol americano é o de que o aumento da mistura do renovável pode contribuir para reduzir o custo do combustível aos consumidores, que subiu durante o governo Joe Biden. Segundo a Growth Energy, a economia com o aumento do uso do etanol gira em torno de US$ 0,10 a US$ 0,30 o galão. Nos últimos dois anos, a renda dos produtores rurais nos EUA registrou queda, lembrou a Associação de Combustíveis Renováveis de Iowa (IRFA, na sigla em inglês) emdash; Estado onde Trump ganhou com 55,9% dos votos e levou seis delegados e um dos maiores produtores de etanol dos EUA. Essa perda de renda ocorreu em meio à desvalorização dos grãos no mercado internacional. Mas o setor agrícola americano já tinha problemas antes. O censo agrícola de 2022 indicou que, em um período de cinco anos, o país perdeu 140 mil fazendas, conforme lembrou a American Farm Bureau Federation, que representa os produtores rurais do país. eldquo;A melhor forma de impulsionar a renda agrícola e o crescimento dos EUA rural é impulsionar a demanda por biocombustíveis americanoserdquo;, defendeu Monte Shaw, diretor executivo da IRFA, em nota. Ele indicou que espera uma autorização do consumo de E15 logo no começo do novo governo. eldquo;Há muito que o presidente Trump pode fazer em seus primeiros 100 dias para ajudar os agricultores e produtores de biocombustíveis, incluindo [autorização para] o E15 o ano todo nacionalmente e dando clareza e incentivos de energia para os produtores de biodieselerdquo;, sustentou. Segundo a Growth Energy, o uso contínuo de E15 aumentaria o PIB americano em US$ 66,3 bilhões, e faria os consumidores americanos economizarem US$ 36,3 bilhões ao ano. Os produtores representados pela Growth Energy defendem que a autorização para o consumo o ano todo de E15 seja garantido por lei no Congresso.

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