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Produção de etanol pode ultrapassar 34 bilhões de litros no Brasil

De acordo com o Boletim de Conjuntura Agropecuária preparado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a produção de etanol no Brasil está projetada para superar a marca de 34 bilhões de litros na safra 2023/24. A maior parte desse etanol continua sendo produzida a partir da cana-de-açúcar, representando 82% da produção nacional. No entanto, o etanol de milho está ganhando cada vez mais destaque, respondendo por 18% da produção nacional e apresentando um grande crescimento nos últimos anos. Os dados apresentados indicam que na safra 2020/21, o etanol de milho representava apenas 9% de toda a produção, totalizando 2,7 bilhões de litros. No entanto, na safra atual, a expectativa é de um salto para 6,1 bilhões de litros, o que representa um aumento impressionante de 125% nos últimos quatro anos. Além disso, o cenário é bastante favorável, com um crescimento estimado em 36% apenas na safra atual em comparação com a safra anterior, 2022/23. A produção de etanol está concentrada principalmente nas regiões sudeste e centro-oeste do Brasil. São Paulo é o estado que lidera nesse cenário, sendo responsável por 36% da produção total do país. Por outro lado, a produção de etanol de milho está concentrada principalmente no estado do Mato Grosso, que responde por 73% da produção desse tipo de etanol. No Paraná, a produção estimada de etanol para a safra atual é de 1,25 bilhão de litros, o que representa aproximadamente 3,7% da produção nacional.

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Carf permite crédito de PIS/Cofins no armazenamento e distribuição de combustíveis

Por três votos a um, a 1ª Turma Ordinária da 3ª Câmara da 3ª Seção do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) reconheceu o direito à tomada de créditos de PIS e Cofins sobre frete e armazenamento de diesel, gasolina e etanol, quando os custos são arcados pela distribuidora na revenda de produtos monofásicos. No regime monofásico de tributação, o PIS e a Cofins são concentrados em uma única etapa da cadeia. Nas demais etapas, os produtos ficam sujeitos à alíquota zero, uma vez que o recolhimento foi antecipado. Além de combustíveis, a sistemática é utilizada em operações envolvendo produtos de higiene pessoal, medicamentos e cosméticos, entre outros. O relator do caso, conselheiro Laércio Cruz Uliana Júnior, entendeu que o frete e o armazenamento na fase de revenda geram créditos, revertendo a cobrança realizada pela fiscalização. No caso da Satélite Distribuidora de Petróleo S.A, o fisco apontou que os regimes tributários monofásico e de não cumulatividade não poderiam coexistir na mesma cadeia produtiva. A defesa sustentou que a empresa apresentou toda a documentação comprovando que assume os custos de frete e armazenamento de tais produtos exigidos pela diligência, solicitada pelo relator em 2017. Votaram com o relator os conselheiros Rodrigo Lorenzon Yuan Gassibe e Jucelia dce Souza Lima. Divergiu o conselheiro Wagner Mota Momesso de Oliveira. Os processos são os 10469.720449/2010-24, 10469.720451/2010-01, 10469.720452/2010-48.

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Petrobras: Sócio privado pede reunião de emergência para eleger presidente interino do Conselho

O advogado Francisco Petros, representante dos acionistas minoritários no Conselho de Administração da Petrobras, pediu uma reunião de emergência para eleger um presidente interino do colegiado. Ele nega ter interesse do cargo, como relataram fontes da estatal. Indicado pelo ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia), Pietro Mendes foi afastado pela Justiça da presidência do Conselho de Administração da Petrobras por suposto conflito de interesse, já que também é secretário nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia. O governo vai recorrer da decisão. eldquo;Ontem à noite, por volta das 10 horas da noite, tomamos conhecimento das notícias do afastamento do presidente do Conselho de Administração. Naquele momento, e tão somente naquele momento, tomei a iniciativa de propor uma reunião para substituição interina da presidência do Conselho, porque julgo essa função extremamente importante para a companhia, sobretudo no momento em que ela estáerdquo;, confirmou Francisco Petros à Coluna do Estadão, após a publicação da notícia. De acordo com Petros, os conselheiros preferiram esperar até a reunião do Conselho de Administração do dia 19 para eleger um novo presidente do colegiado. eldquo;Se perdurar esta liminar da Justiça suspendendo o mandato do presidente do Conselho. Nesse sentido, não propus mais nada em relação ao tema. Não me envolvi em qualquer outra discussãoerdquo;, acrescentou o conselheiro, negando que esteja articulando a presidência do Conselho. O estatuto social da Petrobras diz no Artigo 18, §2º: eldquo;No caso de vacância no cargo de Presidente do Conselho, o substituto será eleito na primeira reunião ordinária do Conselho de Administração até a próxima Assembleia Geral. A articulação pelo Conselho de Administração da Petrobras vem poucos dias após o presidente da estatal, Jean Paul Prates, ter balançado no cargo após divergências com Alexandre Silveira sobre a distribuição de dividendos. Apesar de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter orientado pela retenção dos dividendos, como estratégia para aumentar a capacidade de financiamento da empresa e viabilizar o plano de investimentos, Prates se absteve na votação sobre o tema e irritou a ala política da Esplanada.

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Gasolina mais cara, juros e fuga de capital: os impactos econômicos do ataque do Irã a Israel

Diante dos ataques do Irã a Israel e a escalada de tensão no Oriente Médio, realizados neste sábado, 14, o mercado internacional começa a se movimentar para precificar os impactos econômicos do impasse geopolítico, o que pode trazer possíveis prejuízos para a economia brasileira, conforme avaliam os especialistas ouvidos pelo Estadão. Para analistas do mercado financeiro e economistas, o recente ataque iraniano pode trazer novas pressões inflacionárias a setores como o de petróleo, atrasar o ritmo de queda dos juros nos Estados Unidos e até impactar a trajetória de queda da Selic no Brasil. O economista Armando Castelar, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), lembra que o incidente entre os dois países já era algo aventado pelo mercado, o que impactou diretamente o preço do barril de petróleo e também no aumento à aversão ao risco por parte do investidor internacional. Ele explica que a situação afeta diretamente as economias emergentes, como no caso do Brasil, uma vez que os investimentos estrangeiros acabam migrando para ativos de maior segurança, como os títulos de divida norte-americana. O especialista comenta que a expectativa é de que sem novos ataques e com o arrefecer da tensão entre as duas nações, a pressão inflacionária vista nos últimos dias tende a cair no curto prazo. eldquo;A experiência sugere que se a tensão for controlada, essa pressão deve ser controlada, deva ser um efeito transitório, como já aconteceu no passado recenteerdquo;, avalia. Ainda segundo pondera Castelar, o ambiente externo incerto é mais um ingrediente para que o Banco Central Brasileiro seja cauteloso nas futuras reduções da Selic no País. Tensão no Oriente Médio Assim como o pesquisador da FGV Ibre, o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, também acredita que o cenário de tensão no Oriente Médio após os ataques do Irã a Israel neste fim de semana pode levar a uma redução no ritmo de cortes da taxa Selic. De acordo com ele, a escalada dos conflitos na região tem impacto direto sobre os preços do petróleo, o que gera mais pressões inflacionárias nos Estados Unidos e pode atrasar ainda mais a queda dos juros americanos, com impactos sobre as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom). eldquo;Se junta o cenário americano com este cenário novo, recente, da guerra do Oriente Médio, está montado o discurso para talvez o Banco Central desacelerar a queda de juros depois da próxima reuniãoerdquo;, afirmou. Segundo Vale, abre-se a possibilidade de o Copom cortar os juros em 0,5% ponto porcentual na reunião de 8 de maio, mas sinalizar uma redução do ritmo de cortes para 0,25% a partir da reunião de junho. A Selic atualmente está em 10,75% ao ano. O economista destaca que a inflação americana tem caído de forma lenta mesmo com o aperto monetário por parte do Federal Reserve (o Banco Central americano). Exemplo disso foi a inflação ao consumidor nos EUA em março, que veio acima do esperado e fez o mercado apostar que os cortes dos juros americanos só devem acontecer no final deste ano. De olho no impasse Matheus Spiess, economista da Empiricus Research, pondera que é necessário acompanhar o desenrolar do impasse ente os dois países, que já acontecia há alguns meses, desde outubro de 2023. eldquo;Ainda há muito ruído. Precisamos ter sobriedade e serenidade para avaliar o que aconteceerdquo;, afirma. Ele acredita que o mercado ainda precisará acompanhar se a tensão deve escalonar para uma possível guerra, o que no curto prazo não é o que vem se desenhando. Contudo, Spiess pondera que, caso a tensão volte a escalonar, uma guerra entre as duas nações poderia impactar diretamente na tentativa de reeleição de Joe Biden à Casa Branca, nos Estados Unidos, o que abria caminho para um segundo mandato de Donald Trump e traria novos impactos econômicos na economia global. eldquo;Nós teríamos desdobramentos de política econômica para os próximos anoserdquo;, diz. Fuga do capital Na avaliação do economista da Gauss Capital, Darwin Dib, com o ataque do Irã a Israel, a aversão ao risco acaba sendo precificada pelo mercado global, que afeta diretamente o custo de captação de dinheiro estrangeiro para países como o Brasil, que dependem da poupança internacional como investimento. Dib destaca que essa situação pode gerar uma fuga de capital do investidor internacional, que deixa o País para buscar ativos vistos como de menor risco, a exemplo dos títulos de dívida dos Estados Unidos e também o ouro. eldquo;Assim, em um situação como essa, um País que precisa de poupança externa, como o Brasil, fica prejudicada, pois o custo desta operação fica mais caraerdquo;, diz. eldquo;O mercado financeiro antecipa muito os eventos, ainda mais neste caso, que foi antecipado pelo próprio Irã.erdquo; Em relação à Selic, no entanto, o especialista acredita que apesar do impacto negativo do ataque iraniano, o incidente não deve alterar o patamar final de Selic e a trajetória de queda dos juros no País. Dib justifica que o mercado de câmbio brasileiro tem reagido bem às pressões internacionais, o que deve dar fôlego ao País em relação aos problemas causados na economia pelo incidente geopolítico. eldquo;A boa notícia, é que o mercado de câmbio brasileiro está muito resilienteerdquo;, afirma. Selic O presidente do Banco Central brasileiro, Roberto Campos Neto, vinha destacando essas incertezas em discursos recentes. eldquo;Eu acho que é mais um elemento em um cenário que estava bastante nebuloso para você ter um Banco Central ainda mais cautelosoerdquo;, afirma Vale, da MB Associados. Para Campos Neto, embora os ataques do Irã a Israel não tenham causado danos ou vítimas e o país persa tenha sinalizado de que não pretende lançar novas ofensivas em um primeiro momento, os preços do petróleo devem subir, dado que os países alinhados ao Irã no conflito têm forte peso na produção mundial da commodity. eldquo;O preço do petróleo provavelmente vai subir, chegar à casa dos US$ 100, e vai ter um peso inflacionário, em especial para a inflação americanaerdquo;, afirmou. Na sexta-feira, 12, o Brent chegou aos US$ 90 ao barril em meio ao temor quanto aos ataques. eldquo;O que aconteceu até agora tem implicações de curto prazo mais graves do que tivemos desde o ano passado.erdquo; Risco geopolítico A consultoria de energia norueguesa Rystad Energy avaliou neste domingo,14, que o ataque do Irã contra Israel aumentou drasticamente o risco geopolítico envolvendo o mercado de petróleo. O órgão destacou que na semana passada os preços da commodity já estavam 10% acima do eldquo;valor justoerdquo;, que considera apenas fatores econômicos e que estaria em US$ 84 o barril. Na sexta, 12, o barril de petróleo Brent encerrou o dia acima dos US$ 90. O índice de Risco Geopolítico desenvolvido pela Rystad Energy já vinha crescendo, alcançando 1,22 na primeira semana de abril. Na segunda semana, encerrada no sábado 13, o indicador chegou a 1,35, o nível mais elevado desde o início de 2024. erdquo;Ao focar apenas nos dias 13 e 14 de abril, até 14h do Reino Unido, o Índice de Risco Geopolítico saltou ainda mais para 1,41eamp;Prime;, diz a consultoria. Uma possível interpretação dos acontecimentos recentes sugere que as ações do Irã foram uma eldquo;retaliação medidaerdquo; contra a ofensiva registrada em Damasco, atribuída a Israel, embora o país não tenha reivindicado o ataque, afirmou a Rystad. A consultoria acrescentou que a representação do país islâmico na Organização das Nações Unidas (ONU) declarou o assunto como encerrado, sinalizando que não haverá mais ações. Conforme destacou a consultoria, há incerteza sobre qual será a resposta das forças de Israel ao passo em que o gabinete de guerra do país está reunido para determinar os próximos passos da nação. eldquo;O resultado mais favorável seria a redução das tensões, com os Estados Unidos desempenhando um papel crucialerdquo;, afirma a consultoria, apontando o envolvimento direto do presidente americano Joe Biden em conjunto com o G7. Ainda assim, é improvável que o prêmio de risco geopolítico caia para os patamares anteriores a 1º de abril sem sinalizações mais consistentes. Na pior hipótese, uma retaliação vigorosa partindo de Israel poderia desencadear a escalada de um conflito sem precedentes, diz a entidade. eldquo;Sob tais circunstâncias, os prêmios geopolíticos aumentariam significativamenteerdquo;, afirma a consultoria, que acrescentou que novas sanções dos EUA ao Irã podem afetar ainda mais os preços do petróleo no mercado global, aumentando as pressões econômicas já existentes.

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Petróleo fecha semana com perdas de até 2% diante de disparada do dólar

Embora afastados das máximas intradiárias, os contratos futuros de petróleo encerraram o pregão desta sexta-feira (12) em alta firme, após um pregão onde as tensões geopolíticas estiveram no centro das atenções dos participantes do mercado. A possibilidade de um ataque do Irã a Israel entrou no radar dos agentes e deu sustentação à alta dos preços da commodity, na medida em que os participantes do mercado correram para fechar apostas antes do fim de semana. Na Intercontinental Exchange (ICE), o petróleo Brent para entrega em junho fechou a sessão em alta de 0,78%, a US$ 90,45 por barril, mas encerrou a semana em queda de 0,79%. Já na New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para entrega no mesmo mês fechou o dia em alta de 0,75%, a US$ 84,40 por barril, mas anotou queda de 1,97% na semana. A principal perda da commodity nesta semana foi provocada pela divulgação dos dados de inflação ao consumidor de março (medida pelo CPI) nos Estados Unidos. Com números mostrando uma economia bem mais aquecida do que o mercado esperava, o início do ciclo de cortes nos juros americanos foi adiado de junho para setembro, conforme projeções de investidores. Juros americanos altos por mais tempo significam uma renda fixa atrativa nos EUA e fuga global dos ativos de risco, fatores que fortalecem a moeda americana. Por consequência, a disparada do dólar derrubou as negociações de futuros na última quarta-feira. Isso explica por que, apesar das perspectivas melhores com o acirramento de disputas e ataques a refinarias de alguns dos maiores produtores do mundo, o petróleo ainda encerrou a semana com perdas. eldquo;Estamos registrando muitas compras de opções de compra antes do fim de semana, o que está mantendo o suporte para os futuros de petróleoerdquo;, diz Dennis Kissler, analista da BOK Financial, em nota enviada a clientes. eldquo;Considerando que a produção do Irã é estimada em 3 milhões de barris por dia, se uma grande porcentagem desse total for retirada do mercado ou se houver atraso nas entregas, a relação entre oferta e demanda pode ficar apertada rapidamenteerdquo;, alerta. Kissler lembra, ainda, que o Irã ameaça fechar o Estreito de Ormuz, o que adiciona um viés altista para o óleo. Cautela semelhante é adotada pelo estrategista sênior de investimentos da U.S. Bank Asset Management, Rob Haworth, ao avaliar que a possível expansão do conflito em Gaza para incluir as tensões entre Irã e Israel eldquo;poderia aumentar ainda mais o prêmio de risco geopolítico nos preços do petróleoerdquo;. Na visão do profissional, os riscos de ataques iminentes fizeram os investidores adicionarem esses prêmios aos preços da commodity nesta sexta-feira. Embora o Irã continue sob sanções dos EUA, limitando a produção potencial, eldquo;um conflito mais profundo poderia levar a sanções crescentes, talvez limitando ainda mais a produção de petróleo iranianaerdquo;, afirma Haworth. eldquo;A questão principal, caso ocorra um ataque, é a velocidade e a profundidade de quaisquer sanções adicionais e o potencial para limitar ainda mais a produção de petróleo iraniana.erdquo;

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Ataque do Irã deve elevar preço do petróleo e pressionar Petrobras por reajuste

O aumento da tensão no Oriente Médio com o ataque de drones e mísseis feito pelo Irã ao território de Israel na noite deste sábado, pelo horário do Brasil, deve pressionar ainda mais a cotação do preço do barril petróleo no mercado internacional. Segundo especialistas ouvidos pelo GLOBO, a preocupação é o envolvimento direto do Irã na guerra, um dos maiores produtores de petróleo do mundo, com mais de 4,3 milhões de barris de óleo extraídos por dia. Isso pode elevar a pressão para que a Petrobras eleve os preços dos combustíveis no Brasil. O Irã também é um dos integrantes da Opep, cartel formado por países que mais produzem óleo e gás. Para Cleveland Prates, professor de Economia da Fundação Getulio Vargas Law (FGV), a entrada do Irã é um problema a mais e aumentará a especulação em torno do preço do petróleo. Salto de 17% no preço neste ano A expectativa de aumento no preço da commodity ocorre em um momento em que o barril já subiu 17% neste ano, passando de US$ 77 para os atuais US$ 90, segundo dados da Bloomberg. emdash; O preço do petróleo vai subir com a expectativa do que pode acontecer nos próximos dias e se o conflito vai escalonar. O temor é que uma guerra possa afetar a oferta de petróleo, já que o Irã conta com refinarias, por exemplo emdash; disse Prates. Ele lembra que o ritmo de alta da cotação do petróleo vai depender da intensidade do conflito nos próximos dias e qual será na prática o papel dos Estados Unidos. emdash; Os Estados Unidos sabem que, mesmo sendo aliados de Israel, não querem uma pressão sobre o preço do petróleo neste momento, o que pode afetar em cheio a inflação americana. E isso pode ser ruim para as eleições nos EUA emdash; explicou Prates. Sergio Araujo, presidente-executivo da Abicom, associação que reúne os importadores de combustíveis, afirmou que a expectativa é de aumento de preços: emdash; Um conflito entre Israel e Irã pode gerar mais restrições nas movimentações de petróleo e de derivados e isso deve pressionar sim um aumento de preço. Ele afirmou ainda que, com o ataque do Irã e a expectativa de alta nos preços, a defasagem da Petrobras deve aumentar. Na sexta-feira, os preços cobrados pela estatal estavam 19% menores em relação ao praticado no exterior. Dados internos da estatal, segundo fontes, apontam para uma defasagem de 12% na gasolina. No Brasil como um todo, incluindo atores privados, a defasagem da gasolina era calculada em 17% na sexta-feira para a gasolina e 10% para o diesel. emdash; E isso vai elevar a pressão para que a Petrobras faça ajustes no seu preço.

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