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Companhias defendem combustível verde na aviação

A presidente da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), Jurema Monteiro, vai defender, nesta terça (16), que o país tem potencial para produzir mais combustível sustentável de aviação do que as companhias consomem atualmente. A executiva participa de uma audiência no Senado para discutir o projeto de lei do Combustível do Futuro, que cria programas nacionais de diesel verde, aumenta a mistura de etanol e de biodiesel na gasolina e diesel e o SAF (Combustível Sustentável de Aviação). Na sessão, Monteiro dirá que o país pode produzir 9 bilhões de litros de SAF por ano, volume superior aos 7,2 bilhões de litros de QAV (querosene de aviação) consumidos anualmente no Brasil. Ou seja: o país se colocaria como exportador do insumo. Por isso, ela pede a adoção de políticas de incentivo que garantam a produção e o consumo a um custo estimado não superior ao do combustível fóssil para o setor aéreo. Hoje, as companhias enfrentam um momento difícil. Sofrem pressão do governo para a redução das passagens, mas não conseguem baixar preços porque elem decorrem não somente do elevado custo do combustível, mas também da redução da oferta de assentos com a crise da Gol. Em recuperação judicial, a companhia retirou 20 aviões de uso porque precisam de manutenção e a empresa não tem caixa para fazer os reparos.

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As 11 propostas dos grupos paralelos para a reforma tributária; veja lista

Os grupos paralelos que discutiram a regulamentação da reforma tributária apresentaram 11 projetos de lei complementar já protocolados no Congresso Nacional (veja lista abaixo). O trabalho dos grupos, que se encerra nesta quarta-feira (17) com uma audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara, reuniu 26 frentes parlamentares e entidades do setor privado, com cerca de 500 participantes. O Ministério da Fazenda deve adiar para a próxima semana o envio ao Congresso Nacional dos projetos de regulamentação da reforma tributária, que devem tramitar em conjunto com as propostas abaixo. PLP 43/2024 | Autor: Alceu Moreira - MDB/RS Regulamenta a tributação dos combustíveis e lubrificantes previstos no inciso I, do §6º, do art. 156-A e art. 195, V PLP 51/2024 | Autor: Luiz Philippe de Orleans e Bragança - PL/SP Dispõe sobre a manutenção do diferencial competitivo assegurado à Zona Franca de Manaus pelos arts. 40, 92-A e 92-B do Ato de Disposições Constitucionais Transitórias, e dá outras providências. PLP 50/2024 | Autor: Joaquim Passarinho - PL/PA, Luiz Philippe de Orleans e Bragança - Estabelece a regulamentação da apuração, recolhimento, fiscalização e cobrança; da mediação e do processo administrativo tributário do IBS e da CBS, e dá outras providências. PLP 29/2024 | Autor: Luiz Philippe de Orleans e Bragança - PL/SP, General Girão - PL/RN, Evair Vieira de Melo - PP/ES e outros Dispõe sobre a regulamentação do imposto seletivo PLP 33/2024 | Autor: General Pazuello - PL/RJ, Rogéria Santos - REPUBLIC/BA, Luiz Philippe de Orleans e Bragança - PL/SP e outros Estabelece instrumentos de ajustes nos contratos administrativos firmados antes da entrada em vigor das leis instituidoras dos tributos de que tratam o art. 156-A e o art. 195, V, inclusive concessões públicas. PLP 47/2024 | Autor: Capitão Alberto Neto - PL/AM Dispõe sobre o Fundo de Sustentabilidade e Diversificação Econômica do Estado do Amazonas (FUNDSAM) e do Fundo de Desenvolvimento Sustentável dos Estados da Amazônia Ocidental e do Amapá. PLP 48/2024 | Autor: Joaquim Passarinho - PL/PA, Luiz Philippe de Orleans e Bragança - PL/SP, Rosangela Moro - UNIÃO/SP Institui e regulamenta os regimes diferenciados de tributação previstos no artigo 9º da Emenda Constitucional nº 132 PLP 35/2024 | Autor: Pedro Lupion - PP/PR, Luiz Philippe de Orleans e Bragança - PL/SP, Rosangela Moro - UNIÃO/SP e outros Institui a Cesta Básica Nacional de Alimentos - CeNA criada pelo artigo 8º da Emenda Constitucional nº 132 PLP 49/2024 | Autor: Bia Kicis - PL/DF Regulamenta a Neutralidade no IBS e na CBS nos termos do artigo 156 endash; A da Emenda Constitucional 132 PLP 52/2024 | Autor: Adriana Ventura endash; NOVO/SP; Delegado Paulo Bilynskyj - PL/SP; Nikolas Ferreira - PL/MG; Luiz Philippe de Orleans e Bragança - PL/SP Institui e regulamenta os regimes específicos de tributação aplicáveis aos serviços financeiros e planos de assistência à saúde, conforme previsto no inciso II do § 6º do art. 156-A PLP 53/2024 | Fernando Máximo - União/RO Dispõe sobre a regulamentação das operações de importação e exportação e regimes aduaneiros especiais e zonas de processamento de exportação

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Indústria de óleo e gás começa a olhar para energia geotérmica

Entre as promessas futurísticas para controlar a emissão de gases de efeito estufa, a geotermia é uma das mais interessantes. O conceito é simples: o centro da Terra tem uma temperatura absurdamente elevada, como a da superfície do Sol (6.000ºC). Significa que, quanto mais profundo for um poço, maior será a temperatura da rocha circundante. Em locais com geologia favorável, é possível atingir 500ºC com um poço de "apenas" 5 km. Dois poços paralelos e conectados, um para injeção de água fria e outro para produção de vapor ou água quente, forçariam um movimento contínuo, de cima para baixo no poço frio e de baixo para cima no quente, por efeito da diferença de densidade. Haveria uma conexão horizontal entre os dois poços para a água líquida em movimento absorver o calor da rocha circundante. Esse processo poderia substituir a queima de combustíveis fósseis como fonte primária de energia na produção de eletricidade. Poderia também ser usado, com alguma adaptação, nas usinas existentes atualmente movidas a carvão. Diferentemente do carvão, que só é encontrado em alguns locais e é fóssil (não renovável), qualquer ponto da crosta terrestre poderia ser candidato à perfuração profunda, de até 20 km, tornando-se uma fonte inesgotável de energia. Naturalmente, de início seriam selecionados os locais geologicamente atraentes, já mapeados. Ao contrário da energia eólica ou solar, que são fontes renováveis, mas intermitentes, ou da fonte hídrica, que, apesar de controlável, depende das condições hidrológicas, a geração pela fonte geotérmica teria a vantagem adicional de estar sempre disponível. Atualmente, não existe tecnologia economicamente viável para perfurar poços tão profundos. Porém a indústria de óleo e gás começa a olhar com interesse para o desafio. Uma das possibilidades é pulverizar a rocha com um dispositivo denominado girotron, que emite micro-ondas de altíssima potência. Se funcionar, poços profundos poderão ser escavados com custo unitário (R$/metro) que independe da profundidade, o que não ocorre com os métodos tradicionais. Há mais de cem anos eletricidade é produzida em regiões vulcânicas, onde água quente e vapor de água emergem naturalmente pelas fraturas das rochas. Mas, como há poucos locais com essas características, atualmente apenas 0,5% da eletricidade produzida globalmente tem origem na geotermia. Se o girotron ou alguma outra inovação disruptiva funcionar, a energia geotérmica será um poderoso instrumento no controle das emissões de gases de efeito estufa. Essa nova fronteira tecnológica é talhada para ser pesquisada pela indústria de óleo e gás. É a chance de ela se transformar de patinho feio em cisne. Mudando de assunto. Um mês atrás, tratei neste espaço do imbróglio relativo à Âmbar no contexto da contratação emergencial de energia feita pelo governo no fim de 2021. Opinei que, como a empresa tinha descumprido o edital, o correspondente contrato deveria ser cancelado, com economia de R$ 10 bilhões para a sociedade. Felizmente, o processo de conciliação que estava em curso no TCU foi recentemente arquivado. Se fosse aprovado, permitiria a substituição de quatro usinas novas, que não estavam operacionais no prazo contratual, por uma usina velha de guerra, a UTE de Cuiabá. Seria um flagrante desrespeito ao edital. Resta agora aguardar que a Justiça, aonde o assunto certamente vai chegar, decida contrariamente à tentativa de chamar urubu de meu louro. (Jerson Kelman)

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Farmácias disputam mercado de conveniência

Nos últimos anos, você passou a encontrar de tudo em uma farmácia, inclusive medicamentos. Esse "tudo" abrange fones de ouvido, eletrodomésticos, papel para impressora, produtos de higiene e limpeza, chocolates, balas e, dependendo da região do Brasil, até carvão para o churrasco. Ou seja, ampliaram o escopo de produtos, portanto, cuidado para não furar o orçamento na farmácia com outros produtos além dos remédios. Mesmo na área de saúde, essas lojas diversificaram o rol de produtos e apostam, por exemplo, em vacinação. Concorrem, portanto, com minimercados, com pequenas lojas de eletrodomésticos, com perfumarias, com laboratórios e com farmácias, é claro. Segundo a Abrafarma (Associação Brasileira de Farmácias e Drogarias), há 92 mil farmácias no Brasil. Mesmo em cidades de porte médio, não é raro haver mais de um estabelecimento no mesmo quarteirão. Há várias razões para o grande crescimento desse segmento econômico: maior longevidade e participação dos idosos na pirâmide etária e a força das grandes redes, obtida via fusões e aquisições. Mas a maioria das farmácias endash;em número, não em vendasendash; é de pequeno porte. Como a margem de lucro é menor, ampliam os serviços para melhorar os resultados. E as grandes redes também seguem esse caminho, porque faturamento extra não faz mal a ninguém. Há outra razão, negativa, para a pujança desse mercado endash;a automedicação, em maior ou menor grau. Brasileiros e brasileiras continuam tentando resolver problemas de saúde com remédios não prescritos por médicos. Não se trata somente de um hábito questionável e perigoso, porque também tem relação com a baixa renda média da população. Nem sempre a consulta no sistema público é fácil e rápida, já que há filas imensas e muito tempo de espera. E somente um quarto da população brasileira tem plano de saúde privado. Algum tempo atrás, os consumidores aproveitavam a ida à farmácia para, além de comprar um medicamento, levar para casa artigos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes. Mais adiante, começaram a encontrar outros produtos, já citados no começo deste texto. E se acostumaram a usar esses estabelecimentos como lojas de conveniência e até centros de vacinação, que também podem atuar, em parceria, com telemedicina, clínicas médicas e integração de novas tecnologias. Tudo o que representa mais ofertas e facilidade para o consumidor é positivo, desde que não provoque mais endividamento nem o uso indiscriminado de medicamentos sem indicação médica. Certamente, novos produtos estarão disponíveis em breve na farmácia mais próxima da sua casa. (Coluna Maria Inês Dolci)

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Mesmo com alta do petróleo, Petrobras deve segurar reajuste de preços, diz análise

O barril de petróleo do tipo Brent, que é referência de preços para a Petrobras (PETR4), voltou à faixa dos US$ 90, em meio às tensões geopolíticas globais. Desde fevereiro, a valorização da commodity chega a cerca de 17%. Além do petróleo, a taxa de câmbio também traz uma pressão de reajustes. Entretanto, segundo a equipe de análise do Itaú BBA, esses fatores não devem levar a repasses aos preços, por parte da estatal, neste momento. eldquo;Acreditamos que é mais provável que a Petrobras espere mais para ter uma visão mais clara do mercado internacional antes de fazer um ajuste de preço. A Petrobras sempre evitou ajustes rápidos para evitar o repasse da volatilidade dos preços internacionais ao consumidor domésticoerdquo;, escreveram, em relatório. Petrobras deve esperar para reajustes De acordo com o BBA, o preço interno da Petrobras está posicionado 6% abaixo do limite inferior da faixa de preço (banda), após semanas oscilando próximo ao limite inferior. Quanto ao diesel, a faixa de preço de referência manteve-se estável, com o preço da Petrobras ainda posicionado próximo ao limite inferior. eldquo;Neste sentido, embora os preços da gasolina estejam atualmente abaixo da banda, esta tendência ascendente precisaria persistir por mais tempo, uma vez que a empresa provavelmente (como todo o mercado) está avaliando a escalada das tensões no Oriente Médioerdquo;, destaca. Além disso, reforça o BBA, considerando a perspectiva de execução da estratégia comercial, a Petrobras parece ter uma espécie de eldquo;buffererdquo; para utilizar nas próximas semanas, eldquo;já que a empresa pratica preços aproximadamente no meio da faixa desde o início do ano.erdquo;

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Petróleo fecha em leve queda, com dólar forte e de olho em Oriente Médio

O petróleo ficou próximo da estabilidade nesta terça-feira, 16, em meio ao fortalecimento do dólar e enquanto investidores ponderam sobre os riscos de uma escalada nos conflitos no Oriente Médio. Hoje também, um Produto Interno Bruto (PIB) chinês mais aquecido do que o esperado no primeiro trimestre aumentou expectativas por demanda forte do país. O WTI para maio fechou em queda de 0,06% (US$ 0,05), a US$ 85,36 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para junho recuou 0,02% (US$ 0,08), a US$ 90,02 o barril, na Intercontinental Exchange. Hoje, o presidente do Irã disse que o país reagirá a ataques israelenses, caso venham. Enquanto isso, Vladimir Putin e outros líderes globais pedem cautela na região. Segundo fontes do governo americano, a reação de Israel deve ser eldquo;limitadaerdquo;. Em meio a tudo isso, analistas continuam indicando que a chance de uma escalada na região é pequena. A Eurasia aponta que o preço do barril de Brent deve ultrapassar os US$ 90 no segundo trimestre, ficando até mesmo acima de US$ 100, caso os conflitos no Oriente Médio se agravem. Segundo a instituição, caso isso aconteça, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) seria pressionada a aumentar sua produção caso haja uma interrupção na oferta, para manter a estabilidade do setor. Pela manhã, os preços do petróleo chegaram a subir, enquanto investidores acompanhavam dados do PIB da China acima da expectativa no primeiro trimestre deste ano, crescendo a uma taxa anualizada de 5,3%. Contudo, outros indicadores chineses, como o investimento imobiliário, a produção industrial e as vendas no varejo de março suscitaram preocupações sobre a demanda interna no final do trimestre. Segundo o Commerzbank, os dados de hoje indicam que a China importou mais petróleo e também exportou mais produtos petrolíferos em março. eldquo;A comparação dos valores mais recentes revela uma tendência ascendente, uma vez que as importações já eram mais elevadas em fevereiroerdquo;, afirma. Também hoje, o Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou, em seu relatório Perspectivas da Economia Mundial (WEO, na sigla em inglês), que as perspectivas para o preço do petróleo e para o aumento da demanda são eldquo;altamente incertaserdquo;, mas destaca que há riscos de alta dos preços caso haja uma escalada nos conflitos no Oriente Médio ou caso novos ataques a infraestruturas de energia russas sejam realizados pela Ucrânia. Segundo a Capital Economics, as tensões no Oriente Médio ainda podem apoiar o setor petrolífero da Venezuela, visto que o impacto na cadeia de abastecimento global pode forçar os Estados Unidos a renovarem sua isenção de sanções à Venezuela, que expiraria na quinta-feira e retiraria parte do abastecimento de petróleo na região. (Estadão Conteúdo)

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