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Setor de biocombustíveis é segundo que mais adota medidas de economia circular no Brasil, aponta CNI

A indústria de biocombustíveis é o segunda que mais adota medidas circulares no Brasil, com 82% das empresas implementando ações, segundo sondagem da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O setor fica apenas atrás de calçados, onde 86% das empresas integram ações de economia circular. O levantamento da entidade entrevistou 1.708 empresas das indústrias extrativista, de transformação e da construção civil no Brasil, entre os dias 3 e 13 de fevereiro de 2025. De acordo com a sondagem, seis em cada dez organizações adotam práticas de economia circular, abordagem sistêmica para redução do uso de recursos, minimização de resíduos e regeneração de sistemas naturais. eldquo;A indústria, por seu perfil tão diverso, apresenta diferentes níveis de adoção da circularidade entre os setores. Os dados nos ajudam a identificar quais setores têm mais desafios e quais já incorporaram as práticas para que possamos discutir políticas adequadas para a maior disseminação da economia circular, considerando as diferenças de complexidade nas cadeias produtivas dos setoreserdquo;, diz o diretor de Relações Institucionais da CNI, Roberto Muniz, em nota. eldquo;Entendemos que o tema é peça-chave para o alcance das metas climáticas e para o desenvolvimento sustentávelerdquo;, completa. Segundo a McKinsey, práticas circulares podem reduzir custos de produção em até 20% e elevar a receita em até 15%. Ao todo, 35% das empresas afirmaram que a principal vantagem associada à economia circular é a redução de custos operacionais. São também relevantes a melhoria da imagem corporativa (32%) e o estímulo à inovação (30%). O setor de biocombustíveis é o que mais acredita que as ações da economia circular desenvolvidas na sua empresa contribuem para a redução de gases do efeito estufa (GEE). Além disso, é o que tem maior percepção de que há incentivo por parte da regulamentação educacional, com 47% das indústrias concordando. Entretanto, 41% dessas empresas sentem que as regulamentações sanitárias são um obstáculo e 59% que a atual regulamentação tributária dificulta a implementação da economia circular. Desafios para a adoção de medidas circulares A principal barreira econômica apontada pelos entrevistados de todos os setores é a taxa de juros de financiamento elevada (22%). Depois, estão a oferta e a demanda de produtos e serviços circulares (20%). Para 19%, não há demanda para esse tipo de produto e serviço. Por isso, 41% da indústria vê necessidade de incentivos econômicos para projetos de inovação em circularidade. Outro fator que dificulta a implementação de ações são as regulamentações tributárias, segundo 45% das empresas. Para 53%, a principal medida a ser adotada pelo governo é a simplificação das regulamentações, de modo a facilitar a tornar as regras mais claras e acessíveis. Políticas de incentivo à economia circular no Brasil Na última quinta-feira (8/5), o governo federal aprovou o Plano Nacional de Economia Circular (Planec). O documento tem como objetivo promover uma transição do modelo de produção linear emdash; aquele que vai da extração, passa pela produção e termina no descarte emdash; para uma economia circular. Ele faz parte da implementação da Estratégia Nacional de Economia Circular (Enec) e deve ser publicado ainda no primeiro semestre deste ano. A estratégia é baseada nos princípios da não geração de resíduos e poluição; regeneração da natureza; e circulação de materiais em seus mais altos valores pelo maior tempo possível. Já a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) (Lei 12.305/2010), sancionada em 2010, trouxe o conceito da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, e incentiva a redução, reutilização e reciclagem de materiais, além da implantação de sistemas de logística reversa para determinados produtos e embalagens. Neste ano, foi sancionada uma lei que proíbe a importação de resíduos sólidos e de rejeitos, inclusive papel e derivados, plástico, vidro e metal (15.088/2025). Ela foi regulamentada por um decreto que proíbe a importação de resíduos para outras finalidades que não sejam a transformação de materiais e minerais estratégicos em processos industriais.

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Vendas de etanol caem 3,46% em abril, para 2,77 bilhões de litros, diz Unica

As vendas totais de etanol em abril alcançaram 2,77 bilhões de litros, queda de 3,46% ante igual mês do ano passado, segundo dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica). O volume de etanol anidro comercializado cresceu 2,83%, atingindo 946,76 milhões de litros. Já o etanol hidratado registrou retração de 6,43%, com 1,83 bilhão de litros vendidos. No mercado doméstico, a comercialização de etanol hidratado foi de 1,81 bilhão de litros, recuo de 4,09% ante igual período do ciclo anterior. O etanol anidro, por sua vez, teve alta de 1,04%, com 904,91 milhões de litros vendidos no País. Com isso, o volume total de etanol comercializado internamente em abril foi de 2,71 bilhões de litros, queda de 2,44% na comparação anual. Apesar da retração, a Unica destacou a manutenção da competitividade do etanol hidratado ante a gasolina. eldquo;O patamar mais elevado de etanol hidratado vendido no mercado interno se manteve no mês de abril e reflete a elevada competitividade do biocombustível nas bombaserdquo;, afirmou o diretor de inteligência setorial da Unica, Luciano Rodrigues, em relatório. Ele acrescentou que o diferencial de preços entre etanol e gasolina está em 68,3% na média nacional, favorecendo o consumo do biocombustível. De acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizado entre os dias 4 e 10 de maio em 372 municípios, o preço do etanol foi inferior à paridade técnica com a gasolina em 184 cidades. eldquo;Os dados da ANP indicam que todos os municípios amostrados nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná registraram preço do etanol economicamente vantajoso em relação à gasolina, reforçando a expectativa de manutenção do consumo do biocombustívelerdquo;, ressaltou Rodrigues. As exportações de etanol pelas unidades do Centro-Sul também recuaram em abril, totalizando 59,05 milhões de litros, queda de 34,83% em relação ao mesmo mês do ano-safra anterior. O volume exportado de etanol hidratado caiu 73,75%, para 17,19 milhões de litros, enquanto o etanol anidro apresentou alta de 66,70%, para 41,86 milhões de litros. Mercado de CBios Os produtores de biocombustíveis emitiram, até a segunda-feira, 15,55 milhões de Créditos de Descarbonização (CBios), conforme dados da B3. Ao todo, há 25,82 milhões de CBios disponíveis para negociação entre partes obrigadas, não obrigadas e emissores. eldquo;Somando os CBios disponíveis para comercialização e os créditos já aposentados para cumprimento da meta de 2025, já temos quase 65% dos títulos necessários para o atendimento integral da quantidade exigida pelo programa para o fim deste anoerdquo;, disse Rodrigues. (Estadão Conteúdo)

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Petrobras sinaliza que não reduzirá preço da gasolina, apesar de cortes no diesel

Apesar dos três cortes consecutivos no preço do diesel em 2025, a Petrobras sinalizou nesta terça -feira (13) que o cenário atual dificulta a redução do preço da gasolina nas refinarias. A proximidade do verão no Hemisfério Norte, diz a estatal, vem pressionando as cotações internacionais do produto. "Ao contrário do diesel, que tem tendência de queda no mercado internacional, gasolina tem momento ascendente", afirmou o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da estatal, Claudio Schlosser, em teleconferência com analistas. Ele explicou que há nesse período do ano um movimento de composição de estoques nos Estados Unidos, que experimentam grande crescimento do consumo durante a chamada "driving season", a temporada das viagens de carro, nas férias de verão. A estatal passou semanas vendendo gasolina com elevados prêmios sobre as cotações internacionais, mas o executivo afirmou que esta não é a única métrica usada em sua política de preços: a volatilidade dos mercados segue elevada e a margem de lucro do refino, pressionada. Na abertura do mercado desta terça-feira, a Petrobras vendia gasolina com preço R$ 0,05 acima da paridade de importação calculada pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). O prêmio chegou a bater R$ 0,26 por litro no dia 5 de maio. A declaração de Schlosser indica que a estatal não reduzirá o preço da gasolina neste momento, apesar do forte impacto que o movimento teria sobre a inflação e, consequentemente, sobre a política monetária emdash;o produto tem o maior peso no IPCA, o índice oficial de inflação do país. Mas não garante: em abril, antes de anunciar a segunda redução do preço do diesel, a presidente da estatal, Magda Chambriard, havia sinalizado em entrevista que a empresa não pensava em repassar volatilidades do mercado internacional ao consumidor interno. A empresa não mexe no preço da gasolina desde julho de 2024. Já o diesel teve quatro movimentos em 2025: um aumento em fevereiro e três quedas a partir de abril, quando a cotação do petróleo foi derrubada pela guerra comercial entre Estados Unidos e China. "Temos um olhar particular para cada um dos produtos", disse Schlosser. Na abertura do mercado desta terça, o diesel vendido pelas refinarias da estatal estava R$ 0,05 por litro abaixo da paridade calculada pela Abicom.

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Petróleo fecha em alta com otimismo sobre acordo comercial entre EUA e China

Os contratos futuros de petróleo fecharam a terça-feira (13) em alta, prolongando os ganhos obtidos na sessão anterior, na esteira do acordo entre Estados Unidos e China, que reduziu drasticamente as tarifas impostas por ambos os lados por pelo menos 90 dias. Os preços aceleraram pela manhã, depois que a Casa Branca anunciou um eldquo;compromisso histórico de investimentos de US$ 600 bilhõeserdquo; com a Arábia Saudita. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para junho subiu 2,78% (US$ 1,72), fechando a US$ 63,67 o barril. O Brent para julho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 2,57% (US$ 1,67), para US$ 66,63 o barril. O acordo entre Washington e Pequim diminuiu temores de uma possível guerra comercial entre os dois maiores consumidores de petróleo do mundo, aliviando parte da pressão sobre os mercados de energia. No entanto, ainda não se sabe o que acontecerá após o término da trégua de 90 dias. Enquanto isso, as atenções se voltaram para a Arábia Saudita, por onde o presidente americano, Donald Trump, iniciou sua turnê pelo Oriente Médio. Segundo a Casa Branca, os primeiros acordos com a Arábia Saudita eldquo;reforçam nossa segurança energética, a indústria de defesa, a liderança tecnológica e o acesso à infraestrutura global e a minerais críticoserdquo;. A diminuição das tensões geopolíticas entre a Rússia e a Ucrânia, assim como entre a Índia e o Paquistão, teve pouco impacto nos preços do petróleo, o que pode ser explicado pela falta de confiança em progressos nessas áreas ou porque os traders estão se concentrando nas notícias positivas, afirma em nota Alex Kuptsikevich, da FxPro. eldquo;Somente ao superar os US$ 67 por barril para o Brent e US$ 64 para o WTI haverá uma tentativa de transformar a recuperação em crescimentoerdquo;, acrescenta. O petróleo ainda acumula uma queda de mais de 10% desde o início de abril, quando as tarifas de Trump aumentaram os temores sobre o enfraquecimento do crescimento global e a redução da demanda por combustível. *Com informações da Dow Jones Newswires

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Quando preço do petróleo desce, é hora de apertar os cintos, diz presidente da Petrobras

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse nesta terça-feira, 13, que o período que a empresa vê pela frente é eldquo;mais desafiador aindaerdquo; do que o que passou. eldquo;Quando o preço (do petróleo) desce, é hora de apertar os cintoserdquo;, afirmou. Ela disse que palavras como austeridade, simplificação e otimização de projetos estarão presentes no discurso da companhia daqui em diante. Ela afirma que a empresa vai continuar entregando resultado eldquo;com muito empenhoerdquo;. eldquo;Vamos simplificar projetos, já estamos endereçando, como grandes petroleiras. Não poderia ser diferente com um cenário de petróleo a US$ 65erdquo;, disse. Magda disse ainda que a companhia está endereçando a redução de custos em prol do melhor para investidores. Segundo ela, a companhia está voltada à disciplina de capital, buscando grande redução de custos possível. eldquo;Não estamos aqui para gastança, é tempo de controle de gastoserdquo;, afirmou. Para ela, o petróleo e câmbio são as variáveis que impactam a companhia e sobre os quais não se tem controle. Portanto, em sua visão, é preciso continuar fazendo o que a estatal faz bem: petróleo e derivados Magda afirma que, no primeiro trimestre de 2025, a empresa recuperou uma parte das perdas do trimestre anterior. eldquo;Sem o efeito, principalmente do câmbio, nosso resultado seria de U$ 4 bilhões.erdquo; Para ela, o resultado, sem essa alavanca, não seria ruim, mas foi melhor com a variação cambial. Revisão do plano estratégico A presidente da Petrobras disse que a companhia vai revisar o Plano Estratégico de 2026 a 2030 considerando o desafio austero do preço do petróleo, com o Brent cotado no patamar de US$ 65. eldquo;Estamos comprometidos com gastos a níveis adequados ao preço do petróleo atualerdquo;, afirmou a executiva. eldquo;Continuaremos ganhando dinheiro para investidores, seja governo ou privadoserdquo;, disse. Ela acrescentou que o resultado da companhia depende de um ótimo mercado brasileiro, hoje o sexto maior do mundo. Além disso, Magda lembrou que a empresa realizou, no início de fevereiro, a primeira venda de VLSFO (Very Low Sulfur Fuel Oil) com 24% de conteúdo renovável no mercado asiático de bunker. eldquo;Estamos desenvolvendo novos produtos de baixo carbonoerdquo;, acrescentou. Margem Equatorial A presidente da Petrobras disse ainda que a companhia acredita no potencial da Margem Equatorial e, portanto, seguirá eldquo;brigandoerdquo; para obter a licença para a exploração da região. eldquo;Uma companhia de petróleo não tem futuro sem exploração. Buscamos novas reservas enquanto trabalhamos nos campos já descobertoserdquo;, afirmou. eldquo;Temos sido bem sucedidos na agregação de reservas, principalmente no pré-salerdquo;, disse a executiva. Ela acrescentou que, em breve, a empresa deve pensar em produção antecipada no bloco de Aram, adquirido em março de 2020. Sobre a operação da Colômbia, ela afirmou que, no país, a empresa poderá produzir todo o consumo colombiano. Por fim, disse não esquecer da bacia de Pelotas, que em breve deve ver começar a perfuração. eldquo;Nossa produção aumentou 5,4% no primeiro trimestre em relação ao trimestre anteriorerdquo;, afirmou.

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CEO da Petrobras diz se preocupar com postos Vibra que ainda marca BR vendendo combustível mais caro

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou nesta terça-feira, 13, que fica preocupada ao ver que postos que estampam a marca da petroleira, mas que não pertencem mais à companhia, estão vendendo combustíveis por preços acima do que deveriam, incorporando margens. A Petrobras vendeu em governos anteriores 100% de sua distribuidora de combustíveis BR Distribuidora, atualmente chamada Vibra Energia. Entretanto, um acordo permitiu que a marca permanecesse sendo usada em postos da companhia privatizada. Em coletiva de imprensa nesta terça-feira, Chambriard reafirmou que as reduções de preços do diesel feitas pela Petrobras em suas refinarias não estão chegando aos consumidores finais, nos postos, uma vez que distribuidoras e revendedoras estão aproveitando para elevar suas margens. eldquo;A gente recomenda que quem compra essa gasolina, que quem compra o diesel, que quem compra o QAV (querosene de aviação), pergunte por que é que esse valor não está chegando à ponta. Porque a ponta não é mais conoscoerdquo;, afirmou a executiva. eldquo;Nos preocupa, sim, ter nossa marca, divulgada e espalhada pelo Brasil, vendendo uma gasolina acima do preço, incorporando margemerdquo;, afirmou, pontuando que eldquo;infelizmenteerdquo; o uso da marca está previsto em contrato e a petroleira precisa aceitar. Procurada, a Vibra Energia afirmou que não iria comentar. A companhia realizou, desde 1º abril, três reduções no preço médio do diesel vendido em suas refinarias a distribuidoras na esteira de um mergulho dos preços do petróleo Brent no último mês, somando um corte total de 45 centavos por litro. (Reuters)

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