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Ameaças de Trump contra Rússia fazem petróleo subir

Os preços do petróleo tiveram um forte aumento nesta terça-feira (29), impulsionados pelas repetidas ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de endurecer as sanções contra a Rússia por não pôr fim a mais de três anos de guerra na Ucrânia. O barril de Brent do Mar do Norte para entrega em setembro subiu 3,53%, a US$ 72,51. Seu equivalente americano, o West Texas Intermediate, para entrega no mesmo mês, avançou 3,75%, a US$ 69,21. O petróleo prolongou sua alta de segunda-feira depois que Trump encurtou o prazo para que o presidente russo, Vladimir Putin, encerre sua guerra na Ucrânia para 7 ou 9 de agosto, caso contrário aplicará medidas punitivas. Após dar um ultimato de 50 dias a Putin, Trump disse nesta terça-feira que considera tomar medidas indiretas contra o comércio russo. O republicano falou em impor tarifas de 100% às importações de países que compram produtos da Rússia, especialmente hidrocarbonetos, para atingir sua economia. "Se Trump ameaça agora sancionar um país, este poderia estar mais inclinado a reduzir ao menos suas compras de petróleo russo", disse à AFP Andy Lipow, da Lipow Oil Associates. As ameaças dos Estados Unidos somam-se "às sanções da União Europeia contra não apenas as compras de petróleo bruto russo, mas também os produtos refinados derivados do petróleo russo", destacou o analista, ao apontar que "isso tem um impacto nas refinarias da China, Índia e Turquia". "A China tem importado uma média de 1,99 milhão de barris por dia de petróleo bruto russo" e a Índia aproximadamente "1,75 milhão de barris por dia" desde o início do ano, segundo especialistas do ING. Os analistas, no entanto, expressaram dúvidas sobre a aplicação dessas sanções do modo como estão formuladas. Essas medidas "provocariam um aumento significativo no preço do petróleo bruto, que repercute no consumidor na forma de um aumento do preço da gasolina, uma situação política que Donald Trump não deseja que ocorra", explicou Lipow. (AFP)

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Petrobras eleva em 7,6% produção de petróleo no Brasil no 2º tri

A produção de petróleo da Petrobras no Brasil cresceu 7,6% entre abril e junho ante igual período do ano passado, com o avanço operacional de novas plataformas, apesar de paradas programadas e declínio em campos maduros, informou a companhia nesta terça-feira. A Petrobras produziu uma média de 2,32 milhões de barris de petróleo por dia (bpd) no país no segundo trimestre, versus 2,16 milhões de bpd nos mesmos três meses de 2024, mostrou a empresa em seu relatório de produção e vendas. Na comparação com o primeiro trimestre, houve uma alta de 4,8% na produção de petróleo da Petrobras no Brasil. "Neste trimestre, tivemos o topo de produção do FPSO Duque de Caxias (Mero 3), com 180 mil bpd, e a entrada em operação do FPSO Alexandre de Gusmão (Mero 4), além da continuação do ramp-up do FPSO Almirante Tamandaré, no campo de Búzios", disse no relatório a diretora de Exploração e Produção, Sylvia Anjos. "Além disso, neste primeiro semestre, tivemos um aumento de produção no campo de Tupi, quando comparado ao mesmo período do ano passado, reforçando o cuidado com os campos em operação", acrescentou a diretora, pontuando que os trabalhos em curso na petroleira sustentam a projeção de produção futura da companhia. O campo de Tupi, embora já esteja em declínio, é o maior produtor do Brasil. Durante o segundo trimestre, entraram em operação 14 novos poços produtores, sendo sete na Bacia de Campos e sete na Bacia de Santos, informou o relatório. Somente no pré-sal, a Petrobras produziu 1,97 milhão de bpd nos meses de abril a junho, crescimento de 8,8% na comparação com o mesmo período do ano passado e avanço de 6,5% em relação ao primeiro trimestre. As exportações de petróleo da estatal somaram 690 mil bpd no segundo trimestre, alta de 6% ante o mesmo período do ano passado e avanço de 25,2% na comparação com o primeiro trimestre. A China, principal destino das exportações de petróleo da Petrobras, representou 54% das vendas externas da empresa, contra 50% no mesmo período de 2024 e 36% no primeiro trimestre. "No segundo trimestre, a China aumentou sua participação nos destinos das nossas exportações, pressionada, em parte, pelas novas sanções à Russia. Consequentemente, houve redução das exportações para a Europa e o restante da Ásia, outros dois importantes mercados para óleos brasileiros", disse a companhia. A Europa ficou em segundo lugar, representando 19% das vendas externas, enquanto países da Ásia (fora a China) somaram 12% e os Estados Unidos, 8%. PRODUÇÃO E VENDAS TOTAIS Considerando a produção total de óleo e gás natural no Brasil e no exterior, a Petrobras bombeou uma média diária de 2,91 milhões de barris de óleo equivalente (boed) entre abril e junho, alta de 7,8% ante o mesmo período de 2024 e avanço de 5% versus o primeiro trimestre deste ano. Como operadora, a companhia produziu um recorde de 4,19 milhões de boed no segundo trimestre, crescimento de 12,1% ante igual período do ano passado e avanço de 5,3% na comparação com o trimestre anterior, considerando o volume total produzido pelos campos operados pela empresa, incluindo parcelas que pertencem a eventuais parceiros nos ativos. A Petrobras também informou que suas vendas totais de petróleo, gás e derivados cresceram 1,6% no segundo trimestre ante o mesmo período do ano passado, para 2,98 milhões de bpd, com vendas domésticas respondendo por 2,07 milhões de bpd. DERIVADOS O fator de utilização total (FUT) do parque de refino da Petrobras atingiu 91% no segundo trimestre, estável ante o mesmo período de 2024 e contra 90% no trimestre anterior. A produção de derivados do petróleo da Petrobras somou média de 1,73 milhão de bpd no segundo trimestre, queda de 0,8% ante o mesmo período de 2024 e alta de 1,4% em relação ao primeiro trimestre. As importações de diesel no segundo trimestre totalizaram 122 mil bpd, alta de 229,7% ante o mesmo período do ano passado e avanço de 84,8% na comparação com o primeiro trimestre, em razão da preparação para o período de maior demanda, segundo a empresa. Todavia, houve uma alta de 0,6% nas vendas de diesel no segundo trimestre ante o mesmo período do ano passado e uma redução de 1,8% na comparação com o primeiro trimestre, principalmente pelo aumento das importações por terceiros, majoritariamente com origem na Rússia, e pela menor demanda do segmento agrícola, segundo a Petrobras. Já as vendas de gasolina no período registraram crescimento de 3,1% na comparação anual e de 1,5% na base trimestral, com impulso de aumento da demanda total de combustíveis do ciclo Otto e maior participação da gasolina frente ao etanol entre períodos. (Reuters)

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Diesel, gasolina e etanol recuam em julho, aponta ValeCard

Os preços médios de diesel, gasolina e etanol recuaram nos postos de combustíveis do Brasil de 1º a 26 julho ante o mesmo período do mês passado, apontou pesquisa da ValeCard, empresa especializada em meios de pagamento, soluções de mobilidade e benefícios corporativos. O diesel S-10, tipo mais comercializado do país, teve leve recuo de 0,1% no período, para R$6,278 o litro, segundo a pesquisa, com base em valores apurados em mais de 25 mil postos de combustíveis em todo o país no período. Já o valor médio da gasolina recuou 0,36%, para R$6,388 o litro, enquanto o etanol hidratado -- seu concorrente direto nas bombas -- caiu 0,92%, a R$4,404 o litro. A ValeCard apontou ainda que o etanol está mais competitivo que a gasolina em oito Estados brasileiros, sendo eles Acre, Amapá, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rondônia e São Paulo. (Reuters)

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Exclusivo: Cosan tem R$ 15 bi em ativos à venda até o fim do ano

O grupo Cosan tem um pacote de cerca de R$ 15 bilhões de vendas de ativos até o fim do ano emdash; boa parte dentro da Raízen, joint venture com a Shell. O negócio mais valioso está na Argentina, que abrange uma refinaria e postos de distribuição de combustíveis, seguido pelas usinas de etanol, cujo processo de venda já está em curso pela companhia. O Valor apurou que o empresário Rubens Ometto Silveira Mello não quer abrir do controle da Rumo (ferrovias), Moove (lubrificantes) e Compass (gás natural). Outros negócios, contudo, podem mudar de mãos, a depender da proposta. Clique aqui para continuar a leitura.

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Agro vê etanol ameaçado em negociação sobre tarifas de 50% de Trump

O setor de agroenergia vê com preocupação o uso do etanol como moeda de troca para os Estados Unidos baixarem as tarifas gerais de 50% sobre produtos importados do Brasil. O etanol foi citado pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos entre as eldquo;práticas comerciais injustaserdquo; devido à tarifa de importação brasileira de 18% -- o que reduziria a competitividade para os produtores americanos, segundo a Casa Branca. No documento da investigação comercial dos EUA sobre o Brasil, o etanol foi o único produto citado nominalmente e que teve destaque. Dessa forma, parlamentares, empresários e integrantes do governo acreditam que a redução das tarifas de importação devem ser uma exigência da Casa Branca para negociações. À CNN, empresários do setor de agroenergia disseram, sob anonimato, acreditar que a aceitação do governo em reduzir a tarifa de importação de etanol é eldquo;bastante provávelerdquo;. Inclusive, eles disseram que a medida é apoiada por outros segmentos do setor produtivo que não tem relação com a substância e, portanto, seriam beneficiados com a redução da alíquota geral de 50%. O Brasil impôs pela primeira vez uma cota tarifária (CTQ) de 600 milhões de litros anuais em 2017, com uma alíquota extra de 20% sobre as importações de etanol. Depois de mudanças sobre a cobrança nos anos subsequentes, o país fixou a alíquota em 18% em 1º de janeiro de 2024. "Os Estados Unidos sofrem com tarifas mais altas sobre o etanol impostas pelo Brasil e com o desequilíbrio comercial resultante da decisão do Brasil de abandonar o tratamento recíproco, praticamente isento de impostos, que promoveu o desenvolvimento de ambas as indústrias e um comércio florescente e mutuamente benéfico", diz o Departamento de Comércio dos EUA. Caso as tarifas de importação do etanol sejam reduzidas, executivos do agro afirmaram à CNN que o país deverá sofrer com a perda de centenas ou milhares de empregos, especialmente no Nordeste.

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Como vai funcionar o Pix Parcelado? Entenda o que é e quando chega

O Pix Parcelado, uma nova modalidade do sistema de pagamentos instantâneos, será disponibilizado pelo Banco Central do Brasil (BC) a partir de setembro. A ferramenta será uma alternativa ao cartão de crédito. O anúncio do Pix Parcelado foi feito pelo BC em abril. Veja abaixo como a modalidade funcionará e quando ela estará disponível. Como o Pix Parcelado vai funcionar? Na prática, para o consumidor, o funcionamento do Pix Parcelado é semelhante ao do cartão de crédito: ele terá a opção de parcelar o valor de sua compra ao escolher o Pix como forma de pagamento. Por exemplo: se o cliente fizer uma compra de R$ 1 mil e optar por pagar em quatro vezes com o Pix Parcelado, ele assume o compromisso com a instituição financeira responsável por sua conta bancária de pagar mensalmente R$ 250, com o acréscimo da taxa de juros aplicada, enquanto o lojista receberá o valor total de forma instantânea. Segundo o BC, a ferramenta deverá estimular o uso do Pix no varejo para a compra de bens e serviços de valor mais elevado. O Pix Parcelado poderá ser usado para qualquer tipo de transação Pix, inclusive para transferências. Quando o Pix Parcelado estará disponível? O BC anunciou que a ferramenta será liberada em setembro deste ano, mas ainda não há um dia específico para isso. O Pix Parcelado já existe? Alguns bancos já oferecem a opção de fazer pagamentos com o Pix Parcelado, contudo, a funcionalidade está restrita a clientes que também tenham cartão de crédito. O BC estima que 60 milhões de pessoas não têm acesso ao cartão de crédito. A intenção do órgão é justamente padronizar as regras. E o Pix em Garantia? Anunciado junto com o Pix Parcelado, o Pix em Garantia permitirá que as empresas ofereçam os valores que têm a receber por meio do sistema de pagamentos instantâneos como garantia em operações de crédito. Contudo, ao contrário do Pix Parcelado, essa função só deve ser lançada em 2026.

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