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Petrobras aprova projeto piloto de produção de hidrogênio verde

A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (10) seu primeiro projeto de produção de hidrogênio renovável, conhecido como hidrogênio verde, combustível visto como principal alternativa para a redução de emissões em setores industriais de difícil descarbonização. Com investimento de R$ 90 milhões, o projeto-piloto será construído em Alto Rodrigues, no Rio Grande do Norte, em terreno onde a estatal tem uma térmica a gás natural. Será alimentado por energia solar já instalada no local e que será ampliada. A previsão da empresa é que a unidade entre em operação no primeiro trimestre de 2026, tendo como foco testes para o uso do combustível na geração de energia e para mistura no gás natural usado em térmicas. "É o primeiro passo para futuras iniciativas comerciais no segmento de hidrogênio sustentável", afirmou, em nota, o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim. "A produção de hidrogênio renovável a partir da eletrólise da água utilizando energia solar não apenas reduz a emissão de gases de efeito estufa, como também promove o uso de recursos naturais abundantes e sustentáveis no país", completou. A usina solar instalada na área da térmica Vale do Açu será ampliada doa atuais 1,1 MW (megawatt) para 2,5 MW de capacidade total, o suficiente para abastecer a unidade de eletrólise prevista para o local. A mistura de hidrogênio verde com gás será testada em microturbinas que estão sendo desenvolvidas pela Petrobras. Em abril, Tolmasquim havia anunciado planos da estatal para dois projetos-piloto de hidrogênio verde, um no Nordeste e outro no Sudeste. A Petrobras é a maior consumidora de hidrogênio do país, mas ainda restrito ao combustível gerado a partir do gás natural. O hidrogênio verde é visto como alternativa para a produção de fertilizantes, produtos químicos e uso em indústrias de grandes emissões, como a siderúrgica. Pode também ser transformado em combustíveis líquidos para veículos. É visto como grande oportunidade para o Brasil industrializar o grande potencial de geração de energia renovável, já que é um produto de difícil exportação. O anúncio da unidade no Rio Grande do Norte representa um dos poucos avanços da Petrobras em seus planos de retomar investimentos em energias renováveis, anunciados em 2023 após anos vendendo ativos nesse segmento. A companhia tem investido também na produção de diesel com mistura de matérias primas fósseis e renováveis, mas ainda não anunciou grandes projetos de geração de energia solar ou eólica, um dos pilares desse plano.

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Petróleo sobe 4% com tempestade nos EUA e temores sobre Israel e Irã

Os preços do petróleo subiram cerca de 4% nesta quinta-feira (10) devido ao aumento no uso de combustível nos Estados Unidos antes do furacão Milton passar pela Flórida, riscos na oferta do Oriente Médio e sinais de que a demanda por energia pode crescer nos EUA e na China. Os futuros do petróleo Brent subiram US$ 2,82, ou 3,7%, para fechar a US$ 79,40 o barril, enquanto o petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos EUA subiu US$ 2,61, ou 3,6%, a US$ 75,85. Nos EUA, o maior produtor e consumidor de petróleo do mundo, o furacão Milton atingiu a Flórida, onde cerca de um quarto dos postos de combustível ficaram sem gasolina e a tempestade deixou mais de 3,4 milhões de residências e empresas sem energia. "Fechamentos de vários terminais de produtos, atrasos nas entregas de caminhões-tanque e interrupção no movimento de oleodutos provavelmente afetarão o fornecimento até a próxima semana, devido às amplas quedas de energia", disseram analistas da empresa de consultoria energética Ritterbusch and Associates em nota. "Essa vasta incerteza na infraestrutura de petróleo da Flórida geralmente tem apoiado os valores da gasolina", disse Ritterbusch. Os futuros de gasolina dos EUA estavam liderando o complexo energético, fechando com alta de cerca de 4,1% nesta quinta. Os contratos de referência do petróleo dispararam no início deste mês depois que o Irã lançou mais de 180 mísseis contra Israel em 1º de outubro, aumentando a perspectiva de retaliação contra as instalações de petróleo iranianas. Com Israel ainda sem responder, os contratos do petróleo diminuíram mais uma vez e permaneceram relativamente estáveis durante a semana. Mas os investidores permaneceram cautelosos, já que o Ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, prometeu que qualquer ataque contra o Irã seria "letal, preciso e surpreendente". Em uma medida que pode impulsionar a demanda por petróleo no segundo maior consumidor de petróleo do mundo, a China publicou um projeto de lei com o objetivo de promover o desenvolvimento do setor privado, a mais recente medida do país para aumentar a confiança dos investidores em meio à desaceleração econômica. Nos EUA, os mercados ficaram mais confiantes de que o Federal Reserve cortaria as taxas de juros em novembro, depois que dados mostraram um aumento nos pedidos semanais de auxílio-desemprego e um aumento anual na inflação. (Reuters)

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Plano da Petrobras pode chegar a US$ 110 bilhões

A Petrobras vai anunciar, em novembro, as diretrizes de negócios para os próximos cinco anos com investimentos que podem alcançar US$ 110 bilhões, ante os US$ 102 bilhões do plano atual, segundo apurou o Valor. A tendência é que a empresa mantenha a produção de petróleo e gás como carro-chefe. A prioridade do Plano Estratégico 2025-2029, o primeiro sob a gestão de Magda Chambriard, estará na exploração de novas fronteiras, caso da Margem Equatorial e da Bacia de Pelotas, e na atuação em petroquímica e fertilizantes. Os projetos em baixo carbono, que ganharam relevância na gestão anterior da companhia, ainda farão parte do plano, embora devam ter menor atenção. As indicações de que o plano não deve priorizar os investimentos em baixo carbono chamam a atenção de analistas e de fontes próximas da companhia em meio a um cenário de emergência climática. Projetos de energia limpa, como eólica, solar e hidrogênio verde, ajudam a reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Procurada, a Petrobras não quis comentar. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Varejo tem queda de 2,4% em setembro em comparação a agosto, diz estudo

O varejo teve uma queda de 2,4% em setembro em comparação a agosto e, no comparativo anual, o índice apresentou queda de 1,9%, segundo a 21ª edição do Índice de Atividade Econômica Stone. O estudo, que apresenta dados mensais da movimentação varejista no país, é uma iniciativa da Stone, empresa de tecnologia e serviços financeiros, com o Instituto Propague. Nesta quinta, o IBGE divulga o resultado do comércio em agosto. - O resultado de setembro é o pior do varejo no ano, sendo a segunda queda dos últimos quatro meses. Além disso, o resultado é acompanhado de baixas também no comparativo anual, revertendo uma tendência até então positiva - explica Matheus Calvelli, o pesquisador econômico e cientista de dados da Stone. São consideradas as operações via cartões, voucher e Pix dentro do grupo StoneCo. Os oito segmentos analisados registraram queda mensal. Os setores de móveis e eletrodomésticos e livros, jornais, revistas e papelaria apresentaram a maior retração, com uma queda de 3,5%, seguido por tecidos, vestuário e calçados (3,0%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo e outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,8%), material de construção (2,0%), artigos farmacêuticos (1,9%) e combustíveis e lubrificantes (1,8%). No recorte regional, quatro estados apresentaram resultados positivos no comparativo anual: Roraima(5%), Amazonas (3,6%), Maranhão (1,8%) e Goiás (0,6%).Já entre os resultados negativos, 22 estados apresentaram queda em relação a setembro do ano passado: Ceará(-10%), Mato Grosso do Sul (-7,6%), Rondônia (-6,4%), Tocantins e Santa Catarina (-5,8%), Paraíba(-5,0%), Distrito Federal (-4%), Espírito Santo (-4,2%), São Paulo (-3,9%), Piauí (-3,6%), Mato Grosso(-3,4%), , Rio de Janeiro, Paraná, Bahia e Pernambuco (todos com -3%), Acre (-2,8%), Alagoas (-2,7%),Minas Gerais (-2,5%), Amapá (-2,1%), Rio Grande do Norte (-2%), Sergipe (-1,6%) e Rio Grande do Sul(-0,3%)

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CNC avalia como positiva sanção da Lei do Combustível do Futuro no Brasil

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) celebra a sanção da Lei do Combustível do Futuro, realizada nesta terça-feira (8), pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com a nova legislação, , o Brasil tem projeção de investimento de R$ 260 bilhões e entra na linha de frente da transição para energias renováveis. A norma estabelece programas nacionais de diesel verde, combustível sustentável para aviação e biometano, além de avançar na descarbonização da matriz energética brasileira. A Diretoria de Relações Institucionais (DRI) da CNC salienta a importância da lei para o desenvolvimento econômico sustentável do País, com geração de empregos, fomento da renda e promoção do desenvolvimento regional, sobretudo em áreas rurais. eldquo;O Brasil possui um enorme potencial para a produção desses combustíveis que pode trazer benefícios significativos ao País, como geração de empregos, renda e fomento ao desenvolvimento regional, especialmente em áreas rurais. O desenvolvimento de uma indústria de combustíveis sustentáveis e de baixa intensidade de carbono no Brasil pode gerar oportunidades de emprego e negócioserdquo;, ressaltou a diretora da DRI, Nara de Deus. Ela destaca ainda que a produção e o uso desses combustíveis exigem a adoção de novas tecnologias e processos. eldquo;Além do mais, apresenta um grande passo para uma importante mudança na matriz energética brasileira, priorizando a sustentabilidade e a eficiência energética, em um contexto de enorme potencial na produção de biocombustíveis no País, e tendo em vista que a proposta vai de acordo com as metas estabelecidas pelo Brasil no Acordo de Paris.erdquo; Marco regulatório A nova lei também institui o marco regulatório para captura e estocagem de carbono, uma medida inovadora que deverá evitar a emissão de 705 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) até 2037. A legislação também determina a ampliação das misturas de etanol e biodiesel. A margem de mistura de etanol à gasolina passará a ser de 22% a 27%, podendo atingir 35%. No caso do biodiesel, a proporção de 14% que já está em vigor será aumentada em 1%, anualmente, até chegar a 20% em 2030. Avanços no setor de biocombustíveis Durante a cerimônia de sanção da Lei do Combustível do Futuro, que aconteceu na Base Aérea, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, enfatizou a importância dos biocombustíveis para o desenvolvimento do País. O ministro ressaltou que a produção de etanol, atualmente em 35 bilhões de litros por ano, poderá crescer para 50 bilhões, com um investimento estimado de R$ 40 bilhões em novos projetos e R$ 25 bilhões na expansão de canaviais e milho. eldquo;Vamos aumentar a mistura do etanol na gasolina. Estamos fortalecendo a cadeia do etanol criada há 40 anos, impulsionada nos anos 2000 com os veículos flexerdquo;, afirmou Silveira. A expectativa do governo federal é que os novos programas gerem mais de R$ 260 bilhões em investimentos nos setores de agroenergia e biocombustíveis, consolidando o Brasil como líder mundial da produção de combustíveis sustentáveis. Esses avanços vão ao encontro das metas de descarbonização da matriz de transportes e mobilidade urbana, alinhando o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental. Programas para descarbonização A Lei do Combustível do Futuro institui três programas nacionais que visam descarbonizar o setor de transportes no Brasil: 1. Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação (ProBioQAV): A partir de 2027, as companhias aéreas serão obrigadas a reduzir as emissões de gases do efeito estufa em voos domésticos por meio da utilização do combustível sustentável de aviação (SAF). As metas começarão com uma redução de 1%, aumentando gradativamente até atingir 10% em 2037. 2. Programa Nacional de Diesel Verde (PNDV): O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) determinará anualmente a quantidade mínima de diesel verde a ser adicionado ao diesel fóssil, promovendo a gradual substituição dos combustíveis derivados de petróleo. 3. Programa Nacional de Descarbonização do Produtor e Importador de Gás Natural e de Incentivo ao Biometano: Este programa estimulará o uso de biometano e biogás na matriz energética, com metas de redução de emissões de gases do efeito estufa, que começarão em 2026. A primeira meta será de 1% de redução, podendo chegar a 10%. Captura e estocagem de carbono Além dos programas de biocombustíveis, a nova legislação também estabelece o marco regulatório para captura e estocagem de carbono, considerado um avanço crucial no combate às mudanças climáticas. A Lei do Combustível do Futuro permitirá ao Brasil capturar e armazenar grandes volumes de dióxido de carbono, evitando a emissão de milhões de toneladas de gases de efeito estufa até 2037.

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ICL considera que sanção do Combustível do Futuro fomenta matriz mais limpa

O Instituto Combustível Legal (ICL) considera que a sanção do programa Combustível do Futuro hoje (terça / 08.10), pela presidência da República, reforça os incentivos para descarbonização e fortalecem a liderança brasileira na transição energética com uma matriz cada vez mais limpa e sustentável. O Combustível do Futuro demandará atenção quanto a comprovação da viabilidade técnica para elevação do percentual do etanol anidro na gasolina C para um teor de até 35% e para a mistura do biodiesel no diesel B de até 20%, em 2030. Outro ponto que necessita de atenção especial está associada a garantia de fiscalização ostensiva para manter a qualidade para os consumidores. No mercado, a adulteração na gasolina C acontece geralmente com o aumento da quantidade de etanol anidro acima do limite permitido por lei, com registros de teores acima de 70%. No etanol, a adulteração mais comum, acontece com a adição de água. No diesel, tem sido crescentes as identificações de diesel sem o correto teor de biodiesel, resultando em problemas de perda de eficiência dos caminhões e contaminação ambiental. O ICL apoia continuamente todas as fiscalizações da ANP e demais órgãos competentes e seguirá atuante para um mercado mais ético e de qualidade para o consumidor final. O Instituto ainda espera que o etanol hidratado entre urgentemente no sistema de monofasia - com alíquota uniforme, cobrada na produção/importação e fixa por litro de combustível (ad rem), como já ocorre na gasolina e no diesel. Esta ação reduzirá fraudes tributárias, muito comuns em empresas sonegadoras e devedoras contumazes que atuam como barrigueiras, ou empresas de fachada / fictícias.

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