Ano:
Mês:
article

Pesquisa mostra que brasileiros vinculam biocombustíveis a crescimento

Pesquisa mostra que os brasileiros vinculam a produção de biocombustíveis ao crescimento econômico do país. De acordo com levantamento da Nexus Pesquisa e Inteligência de Dados, divulgado nesta sexta-feira (22), 69% da população acreditam que o aumento da produção de biocombustível está diretamente ligado ao crescimento econômico do Brasil. A pesquisa foi encomendada pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República. O levantamento, que ouviu 2.004 pessoas no início de outubro, mostra ainda que 71% concordam que o investimento em biocombustíveis vai gerar mais empregos nas áreas rurais do país. De acordo com a pesquisa, 66% dos entrevistados abastecem os carros, na maior parte das vezes, com gasolina ou diesel. Só 29% usam etanol como combustível principal. Entre as opções disponíveis, 77% disseram que os carros elétricos são a melhor alternativa para o país, seguido por etanol (40%) e Gás Natural Veicular (33%). O levantamento mostra também que 62% dos entrevistados acreditam que as medidas para promoção de combustíveis do futuro trarão benefícios para o país. No último dia 14, o Programa Nacional do Álcool (Proálcool) completou 49 anos. Segundo o Ministério de Minas e Energia, desde a implementação do programa, o etanol permitiu ao Brasil uma economia energética equivalente a mais de 2,5 bilhões de barris de petróleo, resultando em uma economia de cerca de US$ 205 bilhões em importações de gasolina ao longo das últimas cinco décadas. O milho se consolidou como um importante aliado na produção de etanol, antes produzido exclusivamente a partir da cana-de-açúcar, representando atualmente quase 20% do total produzido no Brasil. Atualmente, o governo federal busca consolidar iniciativas como a Lei do Combustível do Futuro, que entrou em vigor no último mês de outubro, com o objetivo de modernizar e expandir as fontes renováveis, mantendo o Brasil na vanguarda do desenvolvimento sustentável. A lei cria os programas nacionais do diesel verde, do combustível sustentável para aviação e de biometano. A nova legislação também aumenta a mistura de etanol e de biodiesel à gasolina e ao diesel. O objetivo principal da lei é substituir os combustíveis fósseis no transporte terrestre, marítimo e aéreo por combustíveis sustentáveis. De acordo com o governo federal, esse é o maior programa de descarbonização da matriz de transportes e mobilidade do planeta.

article

Petrobras eleva investimentos em refino e fertilizantes em 17% e prevê parceria com Acelen

A Petrobras pretende investir US$ 19,6 bilhões no segmento de refino, transporte, comercialização, petroquímica e fertilizantes entre 2025 e 2029, representando um aumento de 17% em relação ao plano anterior. A estatal planeja elevar sua capacidade de refino de 1,813 milhão de barris por dia para 2,105 milhões, um crescimento de 16,10%. O destaque fica para a ampliação da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Além disso, a Petrobras está avaliando projetos de biorrefino, como a produção de diesel verde e combustível de aviação sustentável, em parceria com a Refinaria Riograndense (da qual já é acionista) e a Acelen, empresa do fundo árabe Mubadala, que comprou sua unidade de refino na Bahia. No setor de transporte marítimo, a estatal planeja construir 16 novos navios de cabotagem. Já em fertilizantes, serão destinados US$ 900 milhões a projetos como a retomada da construção da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN-III), em Três Lagoas (MS), e a reativação da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados, em Araucária (PR). Na área de energia, a Petrobras prevê o desenvolvimento de duas usinas termelétricas no antigo Comperj, em Itaboraí (RJ).

article

Petrobras segue com foco em petróleo e gás

O plano de negócios da Petrobras para 2025/2029, apresentado ontem, mantém foco na produção de petróleo e gás. Dos US$ 111 bilhões em investimentos previstos para o período - como a empresa havia antecipado na segunda-feira -, 70% (US$ 77,3 bilhões) serão destinados à área de exploração e produção. O plano prevê US$ 11 bilhões para a área de gás e energias de baixo carbono. Os investimentos previstos em geração solar e eólica terrestre ficaram abaixo do plano anterior. Para ler esta notícia, clique aqui.

article

Para quebrar domínio de elétricos, produtores de etanol querem aliança global

Países em desenvolvimento produtores de biocombustíveis começam a articular um plano de aliança global com fabricantes de veículos para desbancar os planos de montadoras chinesas de converter os motores a combustão em elétricos. O assunto foi discutido entre líderes da Índia e Indonésia com o governo brasileiro durante o G20 e, em particular, com as montadoras. Recentemente, uma missão do governo indiano esteve na fábrica da Toyota, no interior de São Paulo. A intenção era firmar um pacto com todo o setor para dar vazão à sua produção de etanol de milho. A fábrica, que será um importante centro de distribuição para a América Latina, servirá como trampolim para os indianos endash;interessados em criar mercado para seu etanol à base de milho. Ainda segundo relatos, os planos da Índia também contemplam os Estados Unidos, país onde as vendas de híbridos deslanchou. Nas conversas com o governo brasileiro, a comitiva do país mencionou que, pela primeira vez, a curva de vendas de veículos 100% elétricos, a maioria da BYD, esboçou uma queda. Enquanto isso, os híbridos continuam em franca expansão, principalmente nos EUA. A avaliação é que, com a posse de Donald Trump, haverá uma resistência maior à China, considerada uma janela de oportunidade para tentarem quebrar a onda positiva de fabricantes como BYD e GWM. No Brasil, a indústria automotiva defende os biocombustíveis e os híbridos como alternativa de mercado. O governo brasileiro, recentemente, lançou o Combustível do Futuro, programa de incentivo ao etanol e combustíveis menos poluentes. Apesar disso, ainda não há uma aliança global entre os países em torno dos biocombustíveis, algo que deve ser discutido futuramente entre os governos, segundo assessores do Planalto.

article

Governo da Bahia aprova investimento de R$ 1,8 bilhão em etanol

A resolução que habilita o projeto de etanol da Inpasa Agroindustrial no Probahia foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) nesta terça-feira (12/11/2024). Com investimentos de R$ 1,8 bilhão, o projeto, localizado em Luís Eduardo Magalhães, foi aprovado durante a reunião dos conselhos deliberativos do Probahia e do Desenvolve, realizada em 31 de outubro. Na ocasião, 42 processos de incentivos fiscais foram analisados, totalizando R$ 5,4 bilhões em investimentos e a criação de 2,8 mil vagas de emprego. Outro empreendimento aprovado pelo conselho é o da Biocombustíveis do Oeste, em Jaborandi, cuja resolução será publicada em breve no DOE. Ambos os projetos foram viabilizados por decreto assinado em setembro pelo governador Jerônimo Rodrigues, que instituiu novos incentivos fiscais para a produção de etanol no estado. O decreto prevê crédito presumido de ICMS nas operações com etanol anidro e hidratado, além de benefícios para o processamento de DDGs, coprodutos da indústria de etanol de milho utilizados na alimentação animal, que devem fortalecer a pecuária intensiva da região. O secretário de Desenvolvimento Econômico e presidente dos conselhos Probahia e Desenvolve, Ângelo Almeida, destacou a relevância do investimento para o setor energético baiano. Segundo ele, as novas usinas permitirão que a Bahia atinja a autossuficiência na produção de etanol e se torne exportadora do produto, além de fomentar o uso de energia renovável. Ele afirmou que os esforços do governo estão alinhados com a redução das desigualdades sociais, a inclusão econômica e a descentralização de renda. Os conselhos responsáveis pela aprovação desses incentivos são compostos por representantes das Secretarias de Desenvolvimento Econômico, Fazenda, Planejamento, Desenvolvimento Rural, Agricultura, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia, além do Desenbahia. Perspectivas para a produção de biocombustíveis A pedra fundamental da nova planta da Inpasa Agroindustrial foi lançada em outubro em Luís Eduardo Magalhães. Com operações previstas para o primeiro trimestre de 2026, a usina processará milho cultivado localmente para produzir etanol anidro, hidratado e neutro, além de proteína para ração animal e óleo de milho. A Inpasa, que já é reconhecida como a maior produtora de biocombustíveis da América Latina, expande suas operações para o Brasil com esta unidade.

article

Petrobras anuncia mais R$ 20 bilhões em dividendos extraordinários a acionistas

A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (21) a distribuição de R$ 20 bilhões em dividendos extraordinários a seus acionistas, liberando finalmente parte do valor que havia sido retido no início do ano em processo que culminou com a demissão de Jean Paul Prates da presidência da companhia. O anúncio foi feito em paralelo à divulgação do novo plano de investimentos da companhia, que prevê um orçamento de US$ 111 bilhões (R$ 640 bilhões), contra US$ 102 bilhões (R$ 580 bilhões) da versão anterior, aprovada em 2023. Após recuo do governo, a Petrobras já havia aprovado a distribuição de metade dos dividendos retidos no início do ano, num valor de R$ 22 bilhões. Além disso, a estatal aprovou outros R$ 44,1 bilhões referentes aos resultados dos primeiros trimestres de 2024. A estatal afirmou que a decisão anunciada nesta quinta está alinhada à sua política de remuneração, "que prevê que a Petrobras poderá realizar a distribuição de remuneração extraordinária aos acionistas, desde que a sustentabilidade financeira da companhia seja preservada". O mercado esperava anúncio sobre os dividendos extraordinários nesta quinta após a aprovação do plano de investimentos, o primeiro sob a gestão Magda Chambriard. A Folha publicou detalhes do plano na segunda (18), o que levou a Petrobras a antecipar à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) a divulgação de parte dos números. A área de exploração e produção terá um orçamento de US$ 77 bilhões (R$ 440 bilhões), com a inclusão de novos projetos de revitalização de campos antigos e US$ 7,9 bilhões (R$ 45 bilhões) destinados à busca por novas reservas em bacias do Sudeste, em novas fronteiras como a bacia de Pelotas e as bacias da margem equatorial brasileira e em projetos na África. A expectativa é repor reservas para tentar manter uma produção média na casa dos 3,2 milhões de barris de petróleo e gás por dia na próxima década, quando os campos gigantes do pré-sal começam a entrar em declínio. Na área de refino, o investimento proposto na versão preliminar do plano sobe de US$ 17 bilhões (R$ 97 bilhões) para US$ 20 bilhões (R$ 114 bilhões), com o avanço de obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e no Complexo Boaventura, antigo Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro). Os investimentos em refino, diz a Petrobras, "visam, principalmente, a aumentar a capacidade do parque da Petrobras, ampliando a oferta de produtos de alta qualidade, como Diesel S10 e lubrificantes, e de combustíveis de baixo carbono". A direção da empresa propõe ainda um reforço na estratégia de diversificação das atividades, com investimentos em petroquímica e fertilizantes, abandonados no governo Jair Bolsonaro, mas no foco da política desenvolvimentista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nesse sentido, a Petrobras aprovou em outubro a retomada da construção da unidade de fertilizantes de Três Lagoas (MS) suspensas desde 2015, com investimento previsto em R$ 3,5 bilhões. Antes, havia aprovado retomada das operações da Araucária Nitrogenados, no Paraná. Diferentemente do que a Folha publicou na segunda, porém, a previsão para investimentos em projetos baixo carbono foi elevada de US$ 11 bilhões (R$ 62 bilhões) para US$ 16,3 bilhões (R$ 93 bilhões). Um terço desse valor é focado em descarbonização das operações da empresa. O restante, diz a companhia, deve ser direcionado a "diversificação rentável", que inclui projetos de energia renovável, captura de carbono e bioprodutos. A alta no valor previsto é resultado de maior atenção a esse último negócio, com apostas em etanol, biorrefino e biodiesel. A previsão para renováveis ficou praticamente estagnada. A estatal diz que, nesse segmento, buscará parcerias com empresas de grande porte, "com o objetivo de descarbonização das operações, integração da carteira de soluções de baixo carbono e captura de oportunidades de mercado". O plano traz um aumento do limite de endividamento da Petrobras dos atuais US$ 65 bilhões (R$ 370 bilhões) para US$ 75 bilhões (R$ 427 bilhões), alegando garantir maior flexibilidade frente aos crescentes custos de arrendamento de plataformas. A empresa manteve a previsão de distribuição de ao menos US$ 45 bilhões (R$ 256 bilhões) em dividendos ordinários e de até US$ 10 bilhões (R$ 57 bilhões) em dividendos extraordinários.

Como posso te ajudar?