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Ultrapar tem resultado acima do esperado no 2º tri, impulsionada por Ipiranga

A Ultrapar teve lucro líquido de R$ 460 milhões no segundo trimestre, praticamente em linha com o desempenho dos três primeiros meses do ano e revertendo resultado negativo de um ano antes, impulsionada pela unidade de postos de combustíveis Ipiranga. A companhia teve um resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente de R$ 1,12 bilhão de abril ao fim de junho, 45% acima do obtido um ano antes. Analistas, em média, esperavam um Ebitda de R$ 992,3 milhões para o grupo no período, segundo dados da Refinitiv. O lucro veio mesmo com um aumento nas despesas financeiras de R$ 50 milhões no segundo trimestre do ano passado para 510 milhões no mesmo período deste ano. O faturamento cresceu 31%, a R$ 37,4 bilhões, sobre o segundo trimestre de 2021, ante expectativa média do mercado de R$ 37,8 bilhões, segundo dados da Refinitiv. A empresa afirmou que o Ebitda recorrente da Ipiranga disparou 157% ante o segundo trimestre do ano passado, para R$ 754 milhões, impulsionado por margens melhores e maior volume de vendas, que subiu 1% na comparação anual e 5% ante o primeiro trimestre. A receita líquida da Ipiranga avançou 41% sobre o segundo trimestre do ano passado, para R$ 33,7 bilhões, "devido aos repasses dos aumentos de custo dos produtos derivados de petróleo e do etanol". Ante os três primeiros meses do ano, o faturamento da rede cresceu 18%. A Ultrapar terminou junho com uma alavancagem de 2,2 vezes ante 2,8 vezes no fim do primeiro semestre do ano passado. A dívida líquida recuou no período de R$ 10,9 bilhões para R$ 8,2 bilhões.

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'Quando nos perguntam se violamos o teto de gastos, a resposta é sim', afirma Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que havia muito pessimismo sobre a situação fiscal do Brasil, mas o governo está conseguindo o primeiro superávit primário anual desde 2013 e o teto foi violado por questão emergencial da pandemia e não será furado toda hora. A relação entre a dívida bruta e o Produto Interno Bruto (PIB), que os analistas previam que fosse superar 100%, agora está em 78,2%, afirmou Guedes para um auditório lotado no evento da XP nesta quarta-feira. eldquo;Vamos usar dividendos [estatais] e manter o superávit primárioerdquo;, afirmou o ministro. eldquo;Quando nos perguntam se violamos o teto, a resposta é sim, porque o teto impede o governo de investirerdquo;, disse Guedes, afirmando que isso ocorreu por causa dos gastos extras exigidos pela pandemia, uma situação não prevista. eldquo;Nós não vamos morrer por um princípio de austeridade, vamos respeitá-loerdquo;, afirmou o ministro. eldquo;Não vamos furar o teto toda hora.erdquo; Guedes disse que é de uma geração onde se levava 15 anos para resolver uma crise fiscal no Brasil. Agora, em cerca de um ano e meio se resolve. eldquo;Fizemos um fiscal forte; não demos subsidio à gasolina, reduzimos impostoserdquo;, afirmou.

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Unicamp desenvolve reator que viabiliza a produção de hidrogênio a partir do etanol

Pesquisadores do Laboratório de Otimização, Projeto e Controle Avançado (LOPCA) da Faculdade de Engenharia Química da Universidade Estadual de Campinas (FEQ Unicamp) desenvolveram um reator químico compacto (microrreator) que viabiliza a produção de hidrogênio a partir do etanol. A tecnologia, patenteada com o apoio da Inova Unicamp, pode ser embarcada em veículos e também acoplada a células combustíveis para mover carros elétricos. Alguns dos carros elétricos movidos com esse combustível já carregam o gás pressurizado em tanques, porém, como a pressão de estocagem é alta, essa opção requer cuidados especiais e a montagem de uma infraestrutura adequada, fatores esses que podem ser proibitivos em um país com as dimensões do Brasil, afirmam os pesquisadores. eldquo;Nossa proposta é a produção de hidrogênio embarcada nos carros a partir do etanol. Esse hidrogênio pode alimentar as células combustíveis, possibilitando a eletrificação de forma mais fácil e barata, com a utilização de tecnologia desenvolvida no país e reduzindo a emissão de CO2erdquo;, explicou Rubens Maciel Filho, professor e pesquisador da FEQ Unicamp ao jornal da universidade. O microrreator pode ser usado em diferentes áreas, desde a indústria farmacêutica até a automotiva. Nesses dispositivos, as reações químicas ocorrem em um espaço confinado, tendo a vantagem de intensificar os processos, maximizar as transferências de calor e massa e, portanto, propiciar altas conversões em um tempo muito reduzido. O protótipo, projetado e construído na Unicamp, é do tamanho de um smartphone e seu núcleo, o coração do sistema, tem apenas 5 centímetros de comprimento. eldquo;Devido a essas características, a eficiência e o controle das reações são melhores quando comparados aos de reatores convencionaiserdquo;, destacou Maciel Filho. Outra vantagem é o modelo de produção do microrreator. As placas, uma malha de microcanais, são feitas por impressão 3D em dispositivos específicos para metais. Alinhada com a Indústria 4.0, a manufatura aditiva permite o emprego de softwares de otimização topológica e de design. Assim, a impressão 3D facilita a produção e também o desenvolvimento de novos protótipos mais rapidamente, oferecendo flexibilidade para a criação de geometrias que melhoram a eficiência do sistema, o que permite atender melhor às expectativas do mercado. O material empregado também é relativamente comum e disponível na indústria, o que evita a extração e uso excessivos de minerais raros, aspecto importante do ponto de vista da sustentabilidade. eldquo;Além disso, para a obtenção do protótipo, foram utilizadas técnicas de otimização e simulação, o que possibilitou um rendimento bem elevado na obtenção do hidrogênioerdquo;, completa. Para mover um veículo, o hidrogênio produzido pelo reformador deve passar por uma célula combustível que transforma o gás em eletricidade, que faz o motor funcionar. De acordo com os inventores, o processo já está em escala para uso. A quantidade necessária de microrreatores para mover um veículo, no entanto, vai depender das especificações do carro. Nessa proposta, a fim de escalar até a potência necessária para movimentar um determinado veículo, multiplica-se o número de módulos reacionais. Embora a reforma do etanol para a obtenção do hidrogênio gere uma certa quantidade de carbono, essa emissão pode ser zerada quando considerada toda a cadeia agroindustrial. eldquo;Esse carbono não vem de uma fonte fóssil, como é o caso do hidrogênio produzido a partir do gás natural. Trata-se de um processo reversível, pois esse carbono é capturado pela cana-de-açúcar quando ela cresceerdquo;, defende Maciel Filho. Além disso, o etanol usado no processo é menos concentrado quando comparado com o etanol hidratado e anidro comercializados atualmente, uma vez que a reação depende da presença de água. Portanto, o abastecimento do tanque poderia sair por um preço menor, pois eliminaria parte dos custos envolvidos na obtenção do etanol nas especificações exigidas atualmente para os motores a combustão ou para ser misturado com a gasolina. eldquo;Nós estamos falando de andar com o veículo praticamente com metade da concentração de etanol que se tem hoje no posto de combustívelerdquo;, diz Maciel Filho. A pesquisa que originou a patente foi realizada entre 2009 e 2013. O invento foi protegido pelo programa Patentes Verdes do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O serviço identifica novas tecnologias voltadas para a produção de energias alternativas que possam ser rapidamente usadas pela sociedade, a fim de estimular o licenciamento e a inovação no país. A Unicamp procura, agora, parceiros comerciais para implantar a tecnologia, continuar com seu desenvolvimento para usos específicos e permitir a fabricação de reatores em escala industrial.

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Nova usina da BSBIOS tornará Porto Alegre autossuficiente na produção de etanol

A BSBIOS anunciou na última semana, que pretende tornar o Rio Grande do Sul autossuficiente no setor da produção de etanol com a sua nova usina instalada, na cidade de Passo Fundo. O diretor-presidente da companhia BSBIOS, Erasmo Carlos Battistella, ressaltou que, a cidade de Passo Fundo já foi considerada a Capital Nacional do Trigo, na década de 50, e que com essa nova planta da usina, o município voltará às suas origens, voltando a produzir o trigo de forma competitiva novamente. Ainda de acordo com o empresário, o estado do Rio Grande do Sul produz mais que consome para a indústria de alimentos. A expectativa da empresa é usar o trigo como fonte de combustível para a produção de etanol. Dessa forma, com a nova usina de etanol da empresa, o produtor vai ter outro mercado que consegue absorver trigo, cevada e outros cereais que por muitas vezes são barrados em um padrão de alimentação ou exportação, garantindo o uso sem que seja desperdiçado. O presidente da companhia também salientou que, a partir do ano que vem, a BSBIOS contará com sementes com variações específicas. Além disso, a empresa também fará um trabalho semelhante a incentivar a produção direta com a indústria, por meio de uma integração. O combustível necessita ser abastecido de forma recorrente, o ano todo, por isso é necessário ter sempre a matéria-prima, caso o estado gaúcho eleve a produção de milho utilizando novas tecnologias e irrigações, por exemplo, a usina de etanol estará preparada para o usar o cereal na produção do combustível. eldquo;O Rio Grande do Sul é um estado importador de etanol e nós, que estamos na cadeia produtiva, com esse investimento, vamos ampliar nossa capacidade de produção de biocombustíveis aqui na Região Sul, aderindo ao Pró-Etanolerdquo;, afirmou Battistella. Atualmente, o estado importa 99% da sua demanda de etanol e, a nova fábrica, vai suprir 23% dessa demanda, tornando o estado autossuficiente na produção do produto.

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Percepção de que alta da gasolina é culpa de Bolsonaro cai sete pontos em dois meses

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (3) aponta queda de sete pontos, em dois meses, da percepção de que a alta do preço dos combustíveis seria culpa do presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com o levantamento, 21% dos entrevistados acreditam que o aumento do preço do combustível é culpa de Bolsonaro. Há dois meses, em junho, esse número era de 28%. Entre junho e julho, o governo conseguiu aprovar no Congresso medidas que reduziram a cobrança de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis e permitiram o aumento no valor de programas sociais, como o Auxílio Brasil. Ao mesmo tempo, aumentou a percepção de que as variações nos preços dependem de fatores externos. Essa causa é apontada por 34% dos entrevistados na pesquisa divulgada nesta quarta. Em julho, o número era de 25%. Houve, portanto, um aumento de nove pontos percentuais em um mês. Os que culpam a Petrobras somam 18%, governadores, 12%, todos, 4%, e donos de postos de combustíveis, 1%. Os que não souberam ou não responderam são 10%. Entre os entrevistados que têm a intenção de votar em Jair Bolsonaro (PL), 42% atribuem a alta dos preços a fatores externos, 23% à Petrobras, 20% aos governadores dos estados e 2% ao próprio presidente. Entre os eleitores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 38% creditam a alta a Bolsonaro, enquanto 24% culpam fatores externos e 14% apontam a Petrobras como responsável. Já para os que têm a intenção de votar em outros candidatos, 45% acreditam ser a culpa de fatores externos, e 16% culpam o presidente Jair Bolsonaro. A pesquisa Genial/Quaest mediu a intenção de voto dos eleitores brasileiros entre 28 e 31 de julho. O levantamento entrevistou 2.000 pessoas presencialmente e foi registrado no TSE sob o número BR-02546/2022. O nível de confiança é de 95%.

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Banco Central promove 12ª alta seguida nos juros e Selic chega a 13,75% ao ano

O Banco Central (BC) decidiu elevar a taxa básica de juros, a Selic, de 13,25% para 13,75% ao ano nesta quarta-feira. Essa é a 12ª alta seguida e coloca os juros no mesmo patamar de novembro de 2016. A alta nos juros deve aumentar a atração da renda fixa. Para a próxima reunião, em setembro, o BC disse que vai avaliar a necessidade de uma nova alta "residual" em menor magnitude. Esse movimento provavelmente será de 0,25 ponto percentual (p.p), elevando a Selic para 14%. Para Luciano Sobral, economista-chefe da Neo Investimentos, o BC sinalizou a intenção bem clara de encerrar o ciclo de alta de juros em 13,75% ou em 14%. A aposta de Sobral é de mais uma elevação de 0,25 p.p. emdash; Ele falou que pode ser que mais um ajuste, no singular, de menor magnitude caso seja necessário, Então ele tá no cenário base fechando bem o leque de possibilidades, tirou da frente dar uma alta de 0, 50 ponto percentual a não ser que alguma coisa extraordinária aconteça daqui até setembro emdash; disse o economista. A trajetória de elevações na Selic começou em março de 2021, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a taxa de 2%, a mínima histórica, para 2,75% ao ano. A movimentação tem como objetivo controlar a inflação, que acumula alta de 11,39% em 12 meses. Ao sinalizar mais um aumento, o Copom afirmou que "seguirá vigilante" e que os passos futuros da taxa básica de juros poderão ser ajustados a depender da conjuntura econômica. "O Copom considera que, diante de suas projeções e do risco de desancoragem das expectativas para prazos mais longos, é apropriado que o ciclo de aperto monetário continue avançando significativamente em território ainda mais contracionista", diz o comunicado. Risco fiscal No comunicado, o Copom ainda ressaltou que há fatores que podem elevar ou rebaixar o índice de inflação. No caso da alta, dois pontos foram destacados, uma maior persistência da inflação global e a "incerteza" sobre o futuro do arcabouço fiscal e de estímulos sobre a demanda. Tesouro Selic, fundos ou poupança? Alta dos juros torna renda fixa ainda mais atraente. Veja onde aplicar Neste ponto, o BC fez um alerta sobre a possibilidade de tornar permanentes medidas fiscais de estímulo à demanda. Na avaliação do Copom, isso "acentua os riscos de alta para o cenário inflacionário". Desde da aprovação da PEC Eleitoral com o aumento do Auxílio Brasil para R$ 600, há uma discussão política e eleitoral sobre a viabilidade de diminuir esse valor para R$ 400 no fim do ano, como já está previsto. Tanto a campanha de Lula e quanto o presidente Jair Bolsonaro, os dois candidatos que lideram as pesquisas para presidente, já sinalizaram que o valor deve continuar no próximo ano. Alessandra Ribeiro, sócia e diretora da área de Macroeconomia e Análise Setorial da Tendências Consultoria, acredita que a Selic chegará a 14% neste ano e vê uma elevação no tom em relação ao risco fiscal no comunicado. Segundo a economista, o risco não seria só de extensão do Auxílio Brasil, mas de outros benefícios previstos na PEC Eleitoral, como o vale-gás e o vale-caminhoneiro. emdash; O auxílio tem um peso relevante, mas todas as outras também porque no fundo elas acabam sendo medidas de suportar a demanda. Seja por um voucher, ou se você mantém a redução do preço do combustível, a renda disponível das famílias melhora, então você acaba sustentando a demanda, o que dificulta ainda mais o trabalho do Banco Central de controlar a inflação emdash; destacou. Por outro lado, o Copom também avalia que o aumento do risco da desaceleração global da economia, com juros mais altos ao redor do mundo, eleva também as chances da inflação diminuir.

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