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Opep mantém projeções para produção de petróleo e crescimento do PIB do Brasil em 2024

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manteve suas expectativas para a oferta de combustíveis líquidos e o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2024, em relatório mensal publicado nesta segunda-feira, 12. A Opep espera que a oferta de combustíveis líquidos do Brasil suba 100 mil barris por dia (bpd) neste ano, para uma média de 4,3 milhões de bpd. Para o próximo ano, a projeção é de alta de 180 mil bpd, a 4,5 milhões de bpd. Ambas as projeções permaneceram inalteradas em relação a última publicação. O cartel também manteve o Brasil como um dos três países de fora da Opep que mais deverão impulsionar o avanço da oferta global em 2024, atrás apenas de EUA e Canadá. A produção brasileira de petróleo bruto subiu 88 mil bpd em junho, à média de 3,4 milhões de bpd, apontando uma recuperação mais lenta do que a esperada, segundo a Opep, graças à eldquo;manutenção extensiva e problemas operacionaiserdquo;. Já a produção total de combustíveis líquidos avançou 85 mil bpd em junho, para uma média de 4,2 milhões de bpd. PIB Em relação ao PIB, o cartel prevê que o Brasil crescerá 1,8% neste ano, avanço ante o 1,6% do relatório anterior. A expectativa é de avanço de 1,9% no próximo ano, a mesma da última publicação, mas a Opep nota que há possibilidade de revisão para cima, se o BC do Brasil retomar flexibilização monetária em setembro.

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Etanol: anidro volta a subir após duas semanas em queda

O etanol anidro voltou a fechar valorizado na semana de 5 a 9 de agosto pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP, após duas semanas em queda. O litro do anidro, usado na mistura com a gasolina, foi comercializado na semana passada a R$ 3,0121 contra R$ 2,9441 da semana anterior, valorização de 2,31% no comparativo entre as duas semanas. Já o hidratado subiu 1,19% na semana passada, com o litro comercializado a R$ 2,6332 contra R$ 2,6022 o litro praticado na semana de 29 de julho a 2 de agosto. Esta foi a segunda semana seguida de alta do indicador do etanol hidratado. Indicador Diário Paulínia Pelo Indicador Diário Paulínia a sexta-feira (9) foi de baixa pelo quinto dia seguido nas cotações do etanol hidratado. O biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.714,00 o m³, contra R$ 2.729,00 o m³ praticado na quinta-feira, queda de 0,55% no comparativo. No acumulado de agosto o indicador apresenta perda de 0,51%.

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Petrobras tem 'ligeira perda' de market share na venda de combustíveis, diz Chambriard

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse, nesta sexta-feira (9), que a estatal apresentou, no trimestre passado, uma ligeira perda de participação de mercado na venda de combustíveis. Tal fato, segundo ela, indica que a estratégia comercial que a empresa adotou no ano passado, em substituição ao uso do preço de paridade de importação (PPI) foi acertada. eldquo;Aumentar preço de combustíveis agora seria abrir mão de elsquo;market shareersquo;, o que está longe da nossa intençãoerdquo;, disse Chambriard, em entrevista coletiva sobre os resultados do segundo trimestre. Para continuar a leitura, clique aqui.

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Projeto quer subsidiar combustível de transporte público com imposto

Em análise na Câmara dos Deputados, o PL (projeto de lei) nº 1.295 de 2024 permite que os recursos arrecadados com a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) sobre combustíveis sejam usados para subsidiar as tarifas do transporte público coletivo de passageiros. O objetivo é diminuir o preço das passagens. A Cide-combustíveis é um tributo que incide sobre a importação e a comercialização de derivados de petróleo, gás natural e etanol. Hoje a arrecadação tem destinos diversos e inclui o financiamento de programas de infraestrutura de transportes e o pagamento de subsídios embutidos nos combustíveis. Clique aqui para continuar a leitura.

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Prejuízo da Petrobras no segundo trimestre foi pontual, diz Magda

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou nesta sexta-feira (9) que desempenho da companhia no segundo trimestre de 2024 foi sólido, dentro do esperado e que o prejuízo de R$ 2,6 bilhões anunciado na quinta (8) foi pontual. "Nós tivemos nesse segundo trimestre eventos não recorrentes absolutamente conhecidos do mercado", afirmou a executiva, em entrevista coletiva para detalhar o primeiro balanço da estatal divulgado sob sua gestão. Um deles foi o acordo tributário com a Receita Federal para quitar dívidas de R$ 20 bilhões. Segundo Magda, o acordo foi bem recebido por investidores quando anunciado e "trouxe vantagens expressivas para a empresa e para a União". A estatal argumenta que, sem os efeitos extraordinários, o lucro do trimestre ficaria em R$ 28 bilhões, próximo aos R$ 28,8 bilhões do mesmo trimestre do ano anterior. Além do acordo com a Receita, a desvalorização do real frente ao dólar e acordo trabalhista ajudaram a derrubar o resultado. Na entrevista, Magda afirmou que o balanço da empresa deve ser olhado por outros indicadores, como a "sólida geração de caixa", o menor endividamento desde o terceiro trimestre de 2008 e um aumento de 11,1% nos investimentos. Ela afirmou que os próximos trimestres não serão impactados pelos acordos com a Receita e trabalhistas. "Agora é trabalhar muito, botar muito óleo no tanque, produzir muito gás, refinar muito e vender muito", completou. Diante da possibilidade de repercussão negativa, a Petrobras agendou um primeiro encontro com analistas ainda na noite de quinta, após a divulgação do balanço, que foi arquivado na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) por volta de 21h30. Em geral, relatórios distribuídos por grandes casas de análise na manhã desta sexta indicam que ,embora o resultado tenha ficado um pouco abaixo das previsões, o mercado compreendeu os argumentos da companhia e volta suas atenções para os passos futuros, principalmente em relação a distribuição de dividendos. As ações preferenciais e ordinárias da estatal na Bolsa caíram 0,92% e 0,85%, respectivamente. A analista Monique Greco, do Itaú BBA, afirmou ver melhora no potencial de "dividend yeld", indicador que mede a rentabilidade de uma ação pelos dividendos distribuídos, nos próximos trimestres. O corte na projeção de investimentos, afirmou, pode ajudar nesse sentido. Na quinta (8), a companhia havia anunciado a distribuição adicional de R$ 13,6 bilhões em dividendos sobre o desempenho do segundo trimestre, respeitando sua política de remuneração aos acionistas que prevê a distribuição de 45% do fluxo de caixa livre. Para isso, recorreu à reserva de remuneração criada em 2023 e composta pelos dividendos extraordinários retidos no início do ano, o que gerou em analistas dúvidas sobre a possibilidade de distribuição desse valor até o fim do ano, como propôs o governo. O diretor Financeiro da companhia, Fernando Melgarejo disse que a distribuição extraordinária não tem relação com o uso das reservas, mas sim com projeções futuras de fluxo de caixa e obrigações, que serão definidas no debate sobre o novo plano de investimentos da companhia, em novembro. "Vamos fazer estudos sobre o planejamento estratégico, que é quando teremos visão melhor da necessidade de investimentos, da necessidade de disponibilidade de caixa", afirmou. Ele destacouque a empresa vem pagando mais dividendos que suas concorrentes nos últimos 12 meses. A Petrobras esclareceu que o corte na projeção de investimentos, de US$ 18,5 para até US$ 14,5 bilhões, responde a atrasos na assinatura de contratos de plataformas que entrarão após 2030 e adiamento de manutenção na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, entre outros. Não teriam impacto na produção de petróleo da companhia nem na busca por investimentos em setores considerados prioritários para o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como petroquímica e fertilizantes. Em sua fala, Magda, reforçou o interesse em voltar a esses setores e voltou a dizer que a empresa vai "respeitar lógica empresarial" e mecanismos de governança na escolha dos novos investimentos, além de manter foco na disciplina de capital. "Entendemos que dessa forma estaremos contribuindo para movimentar a economia do país e para atender aos anseios mais profundos dos nossos acionistas", afirmou.

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Inflação de julho vem acima das projeções e alcança teto da meta

Sob pressão dos aumentos da gasolina e da passagem aérea, a inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), acelerou a 0,38% em julho, após marcar 0,21% em junho. A alta de 0,38% é a maior para o sétimo mês do ano desde 2021, quando a taxa havia sido de 0,96%, apontam dados divulgados nesta sexta-feira (9) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado de julho também ficou acima da mediana das expectativas do mercado financeiro. Analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam variação de 0,35%. No acumulado de 12 meses, o IPCA acelerou a 4,5% até julho, após registrar 4,23% até junho. O novo patamar é justamente o do teto da meta de inflação perseguida pelo BC (Banco Central) no fechamento deste ano, até dezembro. Segundo analistas, os dados de julho trazem alertas e tendem a reforçar a preocupação da autoridade monetária com o comportamento do IPCA e as expectativas para o índice. Por outro lado, o grupo alimentação e bebidas, vilão recente da inflação, trouxe alívio em julho. Os preços do segmento caíram 1% no recorte mensal. Foi a maior deflação (baixa) desde agosto de 2017 (-1,07%), disse o IBGE. Gasolina e passagem aérea pressionam Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados no IPCA, sete tiveram alta de preços em julho. A maior variação (1,82%) e o principal impacto no índice (0,37 ponto percentual) vieram dos transportes. O grupo mostrou influência da carestia da passagem aérea (19,39%) e da gasolina (3,15%). Como pesa mais no orçamento das famílias, o combustível foi o responsável pelo maior impacto individual no IPCA (0,16 ponto percentual), seguido pelo bilhete de avião (0,11 ponto percentual). A alta da gasolina veio após a Petrobras anunciar reajuste dos preços nas refinarias no começo de julho. O sétimo mês do ano também é marcado pelo período de férias escolares, que tende a estimular a demanda por passagens aéreas, com reflexos nas tarifas. Outro fator de pressão veio do grupo habitação (0,77% e 0,12 ponto percentual). O segmento teve influência do avanço da energia elétrica residencial (1,93% e 0,08 ponto percentual). Em julho, passou a vigorar a bandeira tarifária amarela, que encarece as contas de luz. Analistas ponderam que a alta da energia pode ser devolvida em agosto, já que o governo anunciou a volta da bandeira verde, sem cobrança adicional. Alimentos dão trégua após sequência de altas O grupo alimentação e bebidas, por sua vez, ajudou a conter a inflação em julho, ao registrar queda de 1%. Trata-se da primeira baixa depois de nove meses consecutivos de alta. O IBGE atribuiu o novo resultado a uma ampliação da oferta de produtos com a melhoria das condições climáticas no campo. O subgrupo alimentação no domicílio caiu 1,51% no mês passado. A taxa veio após avanço de 0,47% na divulgação anterior. O instituto ressaltou as reduções nos preços do tomate (-31,24%), da cenoura (-27,43%), da cebola (-8,97%), da batata-inglesa (-7,48%) e das frutas (-2,84%). Do lado das altas, destacam-se o café moído (3,27%), o alho (2,97%) e o pão francês (0,67%). Ainda de acordo com o IBGE, a inflação de serviços, pressionada pela passagem aérea, acelerou de 0,04% em junho para 0,75% em julho. A variação em 12 meses alcançou 5,01%. Analistas enxergam desafios para a trégua da inflação de serviços com o mercado de trabalho ainda aquecido no país. Esse componente do IPCA é observado com atenção pelo BC em suas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic. Em ata publicada na terça (6), o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC subiu o tom e afirmou que pode aumentar a Selic se achar a medida necessária para assegurar a convergência da inflação à meta. Apesar da aceleração do IPCA, o chamado índice de difusão recuou de 52% em junho para 47% em julho. Trata-se do percentual de bens e serviços que registraram alta de preços, considerando a amostra do IBGE com 377 subitens. Conforme o instituto, a redução dos alimentos ajudou a conter a difusão. Analistas veem piora no IPCA Para o economista Igor Cadilhac, do PicPay, a composição qualitativa do IPCA apresentou piora em julho. "Começamos o segundo semestre deixando para trás o nosso melhor momento desinflacionário, com uma piora significativa nos núcleos e serviços", disse. Ainda assim, ele espera IPCA de 4,3% no acumulado de 12 meses até dezembro, abaixo do teto da meta. "De modo geral, o resultado de julho foi preocupante, mostrando uma deterioração das medidas que deveriam ser mais sensíveis à política monetária ainda bastante restritiva", afirmou André Valério, economista sênior do banco Inter. Questionado por jornalistas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo esperava algum impacto na inflação do cenário externo. "Nós esperávamos, em função do que está ocorrendo no mundo, que houvesse alguma mexida na inflação deste ano. Mas vamos acompanhar com calma. O BC já parou os cortes [da Selic], vamos analisar com calma. [Há] Muita coisa para acontecer este ano ainda, sobretudo no cenário internacional. Precisamos ter cautela agora", declarou. Apesar de analistas apontarem piora no IPCA, a gestora Kínitro Capital diz ver com bons olhos a dinâmica que se desenha para o índice de agosto. A casa fala em manutenção da deflação de alimentos no domicílio, acionamento da bandeira verde de energia elétrica, "esvaziamento" do reajuste de combustíveis e arrefecimento das passagens aéreas. Laiz Carvalho, economista para o Brasil do banco BNP Paribas, diz que a composição do IPCA de julho "traz um sinal amarelo", embora não preocupe muito. Meta de inflação, juros e projeções O centro da meta de inflação perseguida pelo BC é de 3% em 2024. A tolerância é de 1,5 ponto percentual para menos ou para mais. Isso significa que a meta será cumprida se o IPCA ficar no intervalo de 1,5% (piso) a 4,5% (teto) em 12 meses até dezembro. Na mediana, analistas do mercado financeiro projetavam inflação de 4,12% para o acumulado deste ano, conforme o boletim Focus mais recente, divulgado pelo BC na segunda (5). A previsão subiu pela terceira semana consecutiva, mas seguiu abaixo do teto. O aumento das expectativas ocorre em um contexto de dólar mais alto, incertezas fiscais no Brasil e pressão de preços no atacado. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na quinta (8) que está otimista em relação à economia brasileira, "apesar da crise que o dólar vem causando no mundo inteiro". Na avaliação do petista, que já fez uma série de críticas ao presidente do BC, Roberto Campos Neto, a inflação está "totalmente equilibrada".

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