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Guedes e Sachsida falam sobre combustíveis no Senado na 3ª feira

Os ministros da Economia, Paulo Guedes, e de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, serão ouvidos pela CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado na próxima 3ª feira (12.jul.2022). O tema é a política nacional de preços e abastecimento de combustíveis. A reunião está agendada para às 9h. O evento será interativo. Cidadãos podem enviar perguntas e falas pelo telefone da Ouvidoria do Senado (0800 061 2211) ou pelo Portal eCidadania. As mensagens enviadas podem ser lidas e respondidas pelos senadores e pelos ministros. A audiência pública atende 2 requerimentos da comissão. O senador Alexandre Silveira (PSD-MG) requereu a convocação de Paulo Guedes para explicar o anúncio do aumento dos preços dos combustíveis. A Petrobras anunciou o último reajuste em 17 de junho. Os novos valores para a gasolina e o diesel passaram a valer no dia seguinte. O aumento percentual da gasolina foi de 5,18%. Já o do diesel foi de 14,26%. O requerimento foi aprovado na comissão em 20 de junho. Em matéria correlata, o senador Jean Paul Prates (PT-RN) propôs a convocação de Adolfo Sachsida para esclarecimentos sobre as medidas planejadas para assegurar o abastecimento de combustíveis à população. A discussão dos requerimentos na CAE, em 20 de junho, foi marcada críticas de senadores à política de preços dos combustíveis. A comissão atendeu sugestão do senador Esperidião Amin (PP-SC) e transformou as convocações em convites.

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Senado vota na terça-feira criação de subcomissão sobre abastecimento de combustíveis

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado vota na terça-feira (12) a criação de uma subcomissão para monitorar a situação dos combustíveis no país e propor medidas para conter eventuais ameaças de desabastecimento. Serão 7 titulares e 7 suplentes que terão 120 dias para se debruçar sobre o planejamento de combustíveis. O requerimento é o segundo item da pauta de terça-feira da CAE. Na justificativa, o senador Jean-Paul Prates (PT-RN) diz que a política do governo de vender ativos do setor pode gerar uma crise de abastecimento, impactando a economia e com efeitos negativos sobre famílias e atividades dependentes de combustíveis fósseis. A subcomissão também buscará discutir a transição energética no país.

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Reunião de comitê que analisa indicados ao conselho da Petrobras será retomada no dia 13

A reunião do comitê de elegibibilidade (Celeg) da Petrobras para analisar os nomes dos indicados pelo governo ao conselho de administração será retomada no dia 13 de junho, informaram ao Valor fontes a par do tema. A reunião foi iniciada nesta quinta-feira (07), às 16 horas, com o objetivo de checar os nomes propostos para compor o conselho de administração, mas a documentação dos indicados não estava totalmente pronta, inviabilizando a conclusão no mesmo dia. O comitê vai analisar os nomes de Gileno Gurjão Barreto, Ricardo Soriano de Alencar, Edison Antonio Costa Britto Garcia, Jonathas Assunção Salvador Nery de Castro, Ieda Aparecida de Moura Gagni, além de Ruy Flaks Schneider e Márcio Weber emdash; estes dois últimos reconduzidos para novo mandato. Foram indicados em separado os nomes de Marcelo Gasparino e José João Abdalla Filho, como representantes dos acionistas minoritários, os dois também reconduzidos. A análise de todos os nomes pelo Celeg é uma medida obrigatória, no âmbito da Lei das Estatais (lei 13.303/2016), mas a verificação dos currículos dos atuais conselheiros tende a ser mais rápida, com a apuração, apenas, da existência de fatos novos durante os respectivos mandatos. A checagem pelo Celeg é um passo necessário para que a assembleia geral extraordinária (AGE) possa aprovar ou vetar os candidatos a ocupar o colegiado até abril de 2023. A expectativa inicial é de que a AGE seja realizada no fim de agosto.

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Produção de veículos cai 5% no 1º semestre e venda recua 14,5%, segundo Anfavea

O desabastecimento de peças, sobretudo de semicondutores, continua a prejudicar a produção de veículos no Brasil e representa eldquo;o maior desafioerdquo; dessa indústria automotiva hoje com as vendas se mantendo retraídas, segundo o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite. Nos primeiros seis meses do ano, a produção de veículos caiu 5% na comparação com a primeira metade de 2021. Em junho, porém, houve um avanço de 21,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado, num total de 203,6 mil unidades. Isso indica, segundo Leite, a tendência de normalização do abastecimento de peças daqui para a frente. No primeiro semestre, porém, a produção foi fortemente comprometida pela escassez de semicondutores. Total de 20 fábricas paralisaram em algum momento no primeiro semestre, o que totalizou 357 dias de paralisação, juntando todas. Segundo a Anfavea, em decorrência disso, 170 mil veículos deixaram de ser produzidos no período. Leite lembrou, ainda, a persistência dos problemas logísticos globais. O maior porto do mundo, em Xangai, destacou o dirigente, passou 60 dias parado. Vendas De janeiro a junho foram licenciados 918 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus, o que representou uma queda de 14,5% na comparação com os primeiros seis meses de 2021. Em junho, a retração foi menor, de 2,4%, na comparação com o mesmo mês do ano passado, num total de 178,1 mil veículos. Leite aponta, porém, que houve tendência de alta na média diária de licenciamentos, que, em maio e junho, manteve-se igual à média de um ano atrás, com 8,5 mil veículos emplacados por dia. A Anfavea estima que em dezembro a média diária de vendas estará acima de 9 mil unidades. O volume de estoques nas fábricas e revendas subiu em junho, com 145,5 mil veículos. Isso equivale a 24 dias de venda. Foram 21 em maio. Segundo Leite, a elevação do estoque não significa falta de demanda. Reflete, segundo ele, um momento de chegada de componentes que estavam em falta. As montadoras conseguem, diz ele, concluir a montagem dos veículos que estavam parados.

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Ministro de Minas e Energia vai a posto de gasolina e grava vídeo sobre preço do produto

O ministro da Economia, Adolfo Sachsida, abandonou a discrição que mantinha até deixar a equipe de Paulo Guedes na pasta da Economia, em maio deste ano, e adotou uma postura mais ativa nas redes sociais. Nesta quarta-feira, Sachsida gravou um vídeo em um posto de combustíveis de Brasília, para mostrar que o litro da gasolina estava com o preço abaixo de R$ 6,00. emdash; Olá, meus amigos. Meu nome é Adolfo Sachsida e sou o ministro de Minas e Energia. Hoje é dia 7 de julho e estou aqui no Posto Ipiranga do Noroeste em Brasília, no Distrito Federal, e está aqui o preço da gasolina atrás de mim: R$ 5,99. Então, é isso: competição, transparência e trabalho duro, e estamos conseguindo reduzir o preço do combustível. Fiquem com Deus e obrigado a todos que ajudaram emdash;disse o ministro. Sachsida poderia ter ido a um estabelecimento de qualquer bandeira, mas escolheu o Posto Ipiranga. É assim que o presidente Jair Bolsonaro costuma chamar Paulo Guedes, desde o início do governo, numa alusão a um comercial que dizia que era possível encontrar qualquer coisa em um posto da marca. Mais cedo, o ministro de Minas e Energia falou sobre um decreto, divulgado na noite de quinta-feira, que obriga os postos de combustíveis a informar, eldquo;de forma correta e claraerdquo;, os preços dos combustíveis praticados antes e depois da redução de impostos. eldquo;Competição e transparência!erdquo;, escreveu em uma rede social. Na quinta-feira, ele divulgou uma tabela com o potencial de redução no preço da gasolina por estado. Ressaltou que, na média, o valor do produto pode cair até R$ 1,55 por litro. eldquo;Veja até quanto pode cair o litro da gasolina no seu estado e compare com o preço cobrado nas bombas. Quanto mais competição e transparência melhor para o consumidorerdquo;. Sachsida costuma falar não apenas de medidas ligadas a seu ministério, como investimentos em energia, mineração, petróleo e gás. Gosta de comentar o desempenho dos principais indicadores econômicos e, volta e meia, elogia Guedes e sua equipe.

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'Brasil vai ser hub de exportação de hidrogênio', diz presidente da Vestas para a América

De olho no potencial gigantesco do Brasil na energia eólica, o presidente da Vestas para a América Latina, Eduardo Ricotta, afirma que o país tem capacidade de ser um hub de exportação do hidrogênio verde, visto como um dos elementos decisivos para os planos de descarbonização em escala global da geração de energia. A multinacional de origem dinamarquesa é a maior fabricante de aerogeradores do mundo, com mais de 145 gigawatts (GW) instalados em todo o planeta, e com cerca de 50% do mercado brasileiro. O hidrogênio renovável recebe esse nome quando vem de um processo que usa exclusivamente energia de fontes renováveis, como hídrica, eólica e solar. Para Ricotta, será possível ao Brasil dobrar a participação da energia eólica na matriz energética nacional dentro de cinco anos. Hoje, são 20 GW. A Vestas alcançou 950 turbinas produzidas da plataforma 4 MW na fábrica em Aquiraz (CE). O que isso significa? A gente vive um momento histórico do ponto de vista de volume que atingimos aqui no Brasil. O país há alguns anos atrás ocupava a 15ª posição de capacidade de instalada de energia renovável eólica, hoje ele ocupa a sexta posição. Teve uma evolução muito grande na quantidade de parques instalados. Para a Vestas significa que a gente apostou no país correto, significa que a gente está com a tecnologia certa para continuar crescendo no país e na América Latina. Hoje, qual é o peso do mercado brasileiro para os negócios globais da Vestas? Está entre os cinco maiores mercados da Vestas no mundo, de 90 países que operamos. Nós temos uma fábrica no Ceará, em Aquiraz, um centro de serviço em Natal. É uma operação muito relevante para o grupo. Há planos de construção de novas fábricas no Brasil? A gente vem aumentando a produção ao longo dos últimos meses. A cada revisão de volumes que temos que entregar, a gente precisa ir ajustando a capacidade de fábrica. Mas temos que lembrar da cadeia de suprimentos. É uma cadeia que está em desenvolvimento, então não é fácil escalar a produção. A gente teve muitas oscilações desde o começo da energia eólica aqui no Brasil, até hoje, e isso fragiliza um pouco a cadeia de suprimentos. Agora que a gente tem volumes constantes de crescimento ao longo dos anos, estamos desenvolvendo mais fornecedores para ter uma cadeia mais robusta. Então fazemos aumentos sim, mas temos que considerar a capacidade de suprimentos que temos no país e alinhado com a demanda que a gente tem também nos próximos anos. Há expectativa do governo de dobrar a participação da energia eólica no mix nacional em cinco anos. Esse planejamento é realista? É realista. É praticamente colocar 20 gigas (GW) na matriz energética nos próximos 5 anos. Seria 4 GW por ano. Isso é completamente factível, inclusive, pela produção que a gente tem hoje. Só no ano passado, a Vesta sozinha entregou 2 GW no Brasil. Então, fazer 4 GW por ano é algo bem factível. Eu vejo que é algo que pode ser feito, sim. A energia eólica do país tem algum diferencial? O recurso natural do Brasil é muito bom. São ventos constantes, ventos unidirecionais e com pouca turbulência. Isso faz com que você tenha uma boa produção de energia. O segundo ponto é a posição geográfica do Brasil. A gente tem os melhores ventos no Norte e Nordeste do Brasil. Quando a gente fala sobre o petróleo do futuro, que é o hidrogênio verde, a amônia, isso é fundamental. Se você for fazer exportação de hidrogênio, de amônia, está a 6 dias de navio da Europa, a 7 dias do do mercado de Nova Iorque. A localização, onde a gente tem os ventos, é um bom hub de exportação para o que vem, que é o hidrogênio verde. Como assim? Tem um estudo da Bloomberg, com 18 países, para dizer onde terá um menor custo de hidrogênio verde no mundo inteiro. E o Brasil é o número um, seguido do Chile. Na outra ponta, você tem Japão e Coreia. Então o Brasil é muito competitivo, pelos recursos naturais que a gente tem nesse país. Eu não tenho dúvida que o Brasil vai ser um hub de exportação não só do hidrogênio verde, mas dos componentes. A utilidade do hidrogênio é ilimitada, porque é uma fonte energética muito forte. Você pode ter vários derivados do hidrogênio, como amônia, e é zero emissão de carbono. Obviamente, a gente tem desafios. Mas quando você tiver alta escala a baixo custo, você vai ter o hidrogênio como se fosse petróleo. Para mim está muito claro que isso é um potencial a ser explorado pelo pelo Brasil nos próximos anos. Há planos concretos para a criação de parques offshore, mesmo com o potencial gigante que o Brasil tem em terra? Eu acho que o parque offshore é complementar. O onshore (terra) tem uma produção muito boa, porque o vento no Brasil é muito bom. A princípio você vai fazer onshore, que é algo mais imediato, e offshore vem ao longo do tempo. Para o offshore a gente precisa de um arcabouço regulatório, que o Congresso está finalizando. Que cara o offshore deverá ter no Brasil? Vamos ver muitas empresas do ramo de petróleo, como tem acontecido no resto do mundo? Está tendo um interesse das empresas de óleo e gás muito forte, porque elas já exploram o mar. Fazer hidrogênio ou fazer energia no mar é algo que não seria algo muito diferente do core business de uma empresa de petróleo. É natural que eles façam essa migração para energia renovável, mas acho que eles vão explorar o onshore também. O onshore vai continuar crescendo, ele é mais barato. A empresa percebe que a demanda para a energia renovável aumentou? E está crescendo muito rápido. Essa transição energética deu uma acelerada agora. Tem uma geração de carros, ônibus, caminhões, navios, teste em avião, ter hidrogênio e elétrico ou qualquer outra fonte de combustível que tenha menos emissão de CO2. O país tem parques eólicos antigos, enquanto a tecnologia está evoluindo. Como fazer essa adaptação? A gente faz retrofit (processo de modernização de algum equipamento já considerado ultrapassado ou fora de norma) desses parques. Com o retrofit você recondiciona a turbina para que ela consiga gerar mais 20 anos, 30 anos. Você pega de 1979 até 2022, o tamanho das turbinas aumentou 22 vezes. Mas é eficiência, a geração de energia, aumentou mais de 500 vezes. Isso mostra que a geração aumentou muito mais do que o tamanho dos equipamentos, porque a gente tem melhorado a tecnologia.

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