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Novas baterias de carros elétricos podem reduzir emissões de carbono

Baterias de estado sólido podem reduzir as emissões de carbono de veículos elétricos em 29% em comparação com as de íons de lítio líquidas e reduzir ainda mais usando materiais de origem sustentável, disse um grupo climático nesta terça-feira (19). Na comparação entre uma das baterias de estado sólido mais promissoras e a tecnologia de íons de lítio, a pegada de carbono pode cair em até 39%, disse a TeE (Transport and Environment). O grupo europeu pediu incentivos para reduzir a pegada de carbono nos regulamentos de baterias de veículos elétricos que estão sendo finalizados pelo Parlamento Europeu e pelos membros da União Europeia. "Os veículos elétricos já são muito melhores para o planeta", disse a oficial de veículos sustentáveis da TeE, Cecilia Mattea, em comunicado. "Mas a tecnologia de estado sólido é uma mudança radical porque sua maior densidade de energia significa muito menos materiais e, portanto, muito menos emissões, são necessários para produzi-las". Baterias de estado sólido, que usam material cerâmico em vez de eletrólitos líquidos para transportar corrente elétrica, podem armazenar mais energia, carregar mais rápido e oferecer mais segurança do que as baterias líquidas de íons de lítio. Motnadoras como Ford e BMW estão trabalhando com fornecedores para desenvolver baterias de estado sólido e devem começar a instalar em veículos elétricos na segunda metade desta década. As baterias de estado sólido requerem menos grafite e cobalto, metal produzido principalmente na República Democrática do Congo, que tem um grande setor informal com um histórico de práticas de trabalho inseguras e trabalho infantil. A TeE disse que novos métodos de mineração de lítio, como poços geotérmicos, emitem muito menos CO2 do que as fontes mais usadas, incluindo lítio de rocha dura, que é extraído na Austrália e refinado na China. Fonte: Reuters

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Petróleo cai após ganhos recentes e avanço nos estoques dos EUA

Os contratos futuros do petróleo operam em baixa na madrugada desta quarta-feira, depois de acumularem fortes ganhos por três sessões consecutivas e após o API apontar um aumento no volume de petróleo bruto estocado nos EUA na última semana, de 1,9 milhão de barris. Hoje, o DoE publica levantamento oficial sobre estoques de petróleo e derivados dos EUA. Às 4h52 (de Brasília), o barril do petróleo WTI para setembro caía 1,59% na Nymex, a US$ 99,14, enquanto o do Brent para o mesmo mês recuava 1,30% na ICE, a US$ 105,95.P

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ANTT aprova reajuste dos valores da tabela dos pisos mínimos de frete

A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) aprovou nesta terça-feira (19) um reajuste da tabela dos pisos mínimos de frete do transporte rodoviário de cargas. O aumento será baseado no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumulado no período de dezembro de 2021 a junho de 2022. Com isso, as tabelas de piso mínimo de frete terão um aumento que varia de 0,87%, para operações com veículo automotor de alto desempenho, a 1,96%, carga lotação. De acordo com a agência reguladora, também será aplicada a variação do valor do óleo diesel S10, referente aos números divulgados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) para o período de 10 a 16 de julho. A nova resolução, com os valores da tabela, será publicada no Diário Oficial da União. A revisão atual não altera a metodologia vigente, apenas aplica a variação acumulada do IPCA sobre os itens de custo, compostos pelos insumos e serviços relacionados à prestação do serviço, e atualiza o valor do diesel.

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Importação de diesel da Rússia é difícil e não impacta preços, diz setor

Apresentada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) como solução para baixar o preço do diesel, a importação do combustível da Rússia é vista hoje como inviável pelo setor, diante das sanções impostas ao país após o início da guerra na Ucrânia. Grandes distribuidoras e importadores de combustíveis avaliam que o risco é alto e há apenas uma empresa, de Santa Catarina, com autorização para buscar diesel em refinarias russas, mas o negócio ainda não foi concretizado. No domingo (17), Bolsonaro disse que há negociações "bastante avançadas" com a Rússia para fornecimento de diesel ao Brasil por um preço mais barato. "Quantos por cento? Não sei. Quanto mais barato, melhor", afirmou, sem dar mais detalhes sobre o acordo. A Folha ouviu empresas do setor que vêm participando de reuniões com o governo sobre o tema, em um contexto de tentar garantir o suprimento do mercado até o fim do ano, mas há grande descrédito com relação a algum desfecho favorável. Um desses encontros aconteceu no dia 1º de julho, com representantes dos governos do Brasil e da Rússia, as petroleiras russas Rosneft, Gazprom e Lukoil e distribuidoras e importadoras de combustíveis com atuação no Brasil. Segundo um dos participantes, os russos ofereceram o produto, mas sem detalhar volumes nem preços. Nenhum acordo foi selado durante a reunião. A Rússia ocupa a terceira posição tanto entre os maiores produtores mundiais de petróleo (atrás dos Estados Unidos e da Arábia Saudita), quanto entre os países com maior capacidade de refino (atrás dos Estados Unidos e da China). O mercado se preocupa com os riscos de eventuais operações. Primeiro, porque a Rússia foi excluída do sistema usado pelos bancos para pagamentos transnacionais, chamado Swift. Em segundo lugar, as sanções impedem que seguradoras e transportadoras operem com produtos russos. Há ainda riscos de sanções para empresas sediadas, com operações ou ações negociadas nos Estados Unidos, como as principais tradings globais de combustíveis, ou de danos à imagem por negociações com empresas russas enquanto a guerra perdurar. "Devido às sanções impostas, as importações de produtos de fornecedores russos estão impossíveis", resume Sergio Araújo, presidente da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). Executivo de uma grande distribuidora de combustíveis brasileira acrescenta que, embora refinarias russas possam oferecer diesel mais barato, os altos custos do transporte neste momento tornariam o produto mais caro do que o principal fornecedor do Brasil, os Estados Unidos. Após o início da guerra, uma empresa catarinense chamada Uptime Brasil obteve autorização da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) para importar diesel da Rússia e negocia trazer 25 mil toneladas por mês, o equivalente a 0,02% do volume importado pelo país em maio. A ideia é fechar um contrato de 12 meses e, para driblar as sanções, a empresa vem negociando garantias e pagamentos por bancos asiáticos, prática usada também pelo setor de fertilizantes, aréa em que a Uptime também atua, diz o presidente da importadora, Eraldo Rosa. "Não vou mudar o Brasil, não vou conseguir baixar preço na bomba", diz. "Mas é importante porque é um começo. E com isso vai encorajar muitas empresas a procurarem alternativas. O Brasil precisa." A expectativa é receber a primeira carga entre 30 e 45 dias. Para o setor será necessário um volume muito maior para que importações a preços mais baixos tenham impacto sobre o preço médio do combustível no país. Atualmente, cerca de 30% do mercado nacional é abastecido por produtos importados, a grande maioria dos Estados Unidos. O preço do diesel se tornou um problema para o governo, que tem pouca margem de manobra para forçar reduções nos postos, uma vez que os impostos federais estão zerados e a maior parte dos estados já aplicava alíquotas de ICMS menores do que o teto estabelecido no fim de junho. Assim, desde que o projeto de lei reduzindo impostos sobre combustíveis e energia foi promulgado, o preço nas bombas caiu apenas 1,2%. Com alíquotas maiores antes do teto, a gasolina já teve queda de 17,8%.

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Energia solar supera termelétricas e vira 3ª maior fonte da matriz brasileira, diz Absolar

Usinas de geração de energia solar já somam potência instalada operacional superior à das termelétricas movidas a gás natural e biomassa, tornando-se a terceira fonte mais representativa da matriz elétrica do Brasil, segundo levantamento divulgado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Os dados apontam que o país conta atualmente com 16,41 gigawatts (GW) de capacidade instalada em usinas solares fotovoltaicas, considerando a geração centralizada (projetos de grande porte) e a distribuída (instalações menores em telhados, fachadas e terrenos). Jás as termelétricas a gás natural somam 16,37 GW de potência (8,1% de participação na matriz), e as movidas a biomassa e biogás, 16,30 GW (8,0%). Em comunicado, diretores da Absolar destacaram a competitividade da fonte, que vem crescendo em ritmo acelerado no Brasil principalmente desde 2018. eldquo;As usinas solares de grande porte geram eletricidade a preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis emergenciais ou a energia elétrica importada de países vizinhos, duas das principais responsáveis pelo aumento tarifário sobre os consumidoreserdquo;, afirmou Carlos Dornellas, diretor da entidade. A Absolar estima que a fonte solar já gerou mais de 86,2 bilhões de reais em investimentos no Brasil desde 2012, além de ter evitado a emissão de 23,6 milhões de toneladas de gás carbônico na geração de eletricidade. sso representa 8,1% da matriz brasileira, atrás das fontes hídrica (53,9%) e eólica (10,8%), pelo levantamento da Absolar.

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Redução da gasolina pela Petrobras traz alívio para a inflação

A redução do preço da gasolina anunciado pela Petrobras nesta terça-feira, 19, deve provocar uma queda na inflação oficial no País em julho e agosto, mas o alívio nos preços deve ser pontual e será sentido mais pela população de média e alta renda que tem carro próprio do que pelos mais pobres. A Petrobras anunciou uma redução de R$ 0,20 (4,9%) no preço da gasolina nas refinarias, que entra em vigor nesta quarta-feira. A redução marca a estreia de reajustes do novo presidente da companhia, Caio Paes de Andrade, que tomou posse há três semanas, quando o preço do petróleo começou a se estabilizar em torno dos US$ 100 o barril. Segundo cálculos do economista da Fundação Getulio Vargas (FGV), André Braz, o corte da gasolina vai levar a uma queda de 0,05 ponto porcentual no IPCA em julho, e de até 0,10 ponto em agosto. eldquo;Como a redução de 4,9% nos preços da gasolina é na refinaria, ela não chega nessa magnitude na bomba, que tem a gasolina do tipo C, com mistura de 27% de álcool anidro. No fim, grosso modo, mais ou menos um terço dessa queda nas refinarias vai chegar de fato na bomba, pouco menos de 2%erdquo;, calcula Braz, que é coordenador de índice de preços da FGV. Segundo o economista, a cada 1% de queda no preço da gasolina, a inflação recua 0,07 ponto porcentual. Para Braz, haverá um impacto no IPCA (índice oficial de inflação do País), mas nada que consolide uma redução da inflação para a meta do Banco Central ou leve a melhora da percepção da população sobre a dinâmica de preços, que seguem pressionados em outras frentes, como os alimentos. eldquo;Na prática, uma família de baixa renda, que gasta muito com alimentos, não vai perceber nenhuma melhora na inflação a partir da queda no preço da gasolina, simplesmente porque não chega perto do posto de gasolina.erdquo; O preço do diesel endash; que tem mais impacto sobre o custo do frete e do preço dos alimentos endash; se manteve inalterado, segundo a companhia, já que ainda há muita volatilidade nesse combustível no mercado internacional. Impacto na inflação em 2022 O corte da gasolina também deve reduzir a inflação no consolidado do ano. Luis Menon, economista da Garde Asset, calcula que o corte no preço do combustível deve retirar 0,20 ponto porcentual do IPCA em 2022. Dessa forma, sua projeção para a inflação neste ano caiu de 7,1% para 6,9%. O economista-chefe do Banco Alfa, Luís Otávio de Souza Leal, também projeta uma redução entre 0,20 e 0,25 ponto porcentual no IPCA de 2022 por causa do corte da gasolina. Ele ressalta, no entanto, que tem sido difícil estimar a redução total do combustível na bomba por causa da sequência de alterações de preços em um curto espaço de tempo. Nas últimas quatro semanas, o preço médio da gasolina no Brasil passou de R$ 7,39 por litro para R$ 6,07, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A queda tem relação com o corte na alíquota do ICMS cobrado, que foi limitada em 17% em lei aprovada no Congresso. eldquo;É tanto impacto junto nos combustíveis que fica difícil mensurar o que vai ficar no fim das contas. Quando a expectativa é de redução de R$ 0,10, cada centavo faz diferença, e o posto pode ser cobrado por isso. Mas quando são quase R$ 2 (na soma dos ajustes), os centavos acabam perdidos no caminhoerdquo;, diz Leal. Reajuste Segundo a Petrobras, a decisão de reduzir o preço da gasolina foi técnica, apesar de o presidente Jair Bolsonaro pressionar publicamente a empresa nos últimos dias para que fosse promovida uma queda geral de preços. Minutos antes do anúncio, Bolsonaro disse a apoiadores que, com o novo presidente, a Petrobras iria eldquo;achar seu rumo agoraerdquo;, ou seja, deixar de repassar a volatilidade dos preços internacionais para o mercado interno, como vem praticando. A decisão sobre reajustes é tomada pelo presidente da companhia e mais dois diretores, o Financeiro e o de Comercialização. eldquo;Essa redução acompanha a evolução dos preços internacionais de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para a gasolina, e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio de seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbioerdquo;, disse a Petrobras em nota ao anunciar o reajuste. Horas depois, uma nova nota da companhia reforçou eldquo;que ajustes de preços de produtos são realizados no curso normal de seus negócios e seguem as suas políticas comerciais vigenteserdquo;. Segundo uma fonte da companhia, o reajuste era necessário porque o preço da gasolina se estabilizou, enquanto o diesel continua volátil, e a estatal não poderia deixar de reduzir o preço só para não parecer que foi um pedido de Bolsonaro. Única concorrente da Petrobras no mercado brasileiro, a Acelen, controladora da Refinaria de Mataripe, na Bahia, privatizada no fim do ano passado, já havia reduzido a gasolina em 7% na semana passada. Desde 2016, a Petrobras pratica a política de paridade de importação (PPI), amplamente criticada pelo governo e por opositores de Bolsonaro. Pelo PPI, a empresa precisa acompanhar os preços do mercado internacional, levando em conta a variação da cotação do petróleo, do dólar e o custo de importação. eldquo;Desta vez, o que realmente trouxe o preço (da gasolina) da Petrobras para baixo foi o movimento do mercado internacional de petróleo e derivados, em queda. A gasolina caiu bem no mundo. O preço nacional poderia ter caído até mais, não fosse o dólar, que não ajudou muito subindo nos últimos diaserdquo;, disse o analista da StoneX Pedro Shinzato. Para Shinzato, a companhia poderia ter reduzido também o preço do diesel, uma vez que haveria espaço para diminuição da paridade internacional. Shinzato afirma que, antes do anúncio de reajuste, o preço internacional da gasolina estava 6,3% menor que o praticado pela empresa brasileira, cerca de R$ 0,26 mais barato por litro. Com a redução de R$ 0,20, portanto, a Petrobras se aproxima dos preços internacionais, mas ainda vai praticar preço 1,3% maior que a média verificada no exterior endash; diferença de R$ 0,05, segundo as cotações internacionais. Com base nos preços praticados pela Refinaria de Paulínia (Replan), considerados bom termo para o acompanhamento dos preços da Petrobras, a alta no preço da gasolina acumula, agora, 24,4% no ano e 42,6% em 12 meses. Antes da redução nos preços, esses índices eram, respectivamente, de 30,8% e 49,9%, segundo cálculos da StoneX. Já o presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo, definiu a redução no preço da gasolina pela Petrobras como eldquo;tecnicamente acertadaerdquo; e eldquo;coerenteerdquo;, um primeiro sinal de que a atual gestão da estatal pode respeitar o preço de paridade internacional. eldquo;As janelas para importação estavam abertas para gasolina e para o diesel. Para a gasolina, havia uns seis ou sete dias. Então, faz sentido a movimentação feita pela Petrobras. A companhia foi coerente com o compromisso de praticar o preço de paridade internacionalerdquo;, diz Araújo. Ele afirmou, no entanto, que para os pequenos e médios importadores a janela continua fechada. eldquo;Nossos associados ainda se sentem inseguros, exatamente em função do histórico desse 2022, quando a Petrobras esteve consistentemente trabalhando com preços artificiais, abaixo da paridade. Isso coloca uma desconfiança muito grande, além do ambiente pré-eleitoral, que também traz incertezaserdquo;, afirma. Para o coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, a redução de preço acontece em um momento em que a alta da gasolina acumula uma variação de 169,1% desde o início do governo Bolsonaro, em 2019. eldquo;É inadmissível que o Brasil, autossuficiente em petróleo, tenha de se submeter à equivocada política de preço de paridade de importação, que reajusta os combustíveis com base na cotação internacional do petróleo, variação do câmbio e custos de importação. A marca do PPI está na escalada da inflação que corrói o poder de compra do povo brasileiroerdquo;, disse, em nota.

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