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Produção da Petrobras vem um pouco abaixo das expectativas no segundo trimestre

A Petrobras divulgou o relatório de Produção e Vendas referentes ao segundo trimestre de 2022 com números um pouco abaixo das estimativas da XP, avalia a casa em relatório. A produção de petróleo no Brasil caiu 5,2% no trimestre, principalmente devido ao início dos Contratos de Partilha de Produção pelos volumes excedentes da cessão onerosa de Atapu e Sépia e paradas para manutenção. Esses efeitos foram parcialmente compensados pelo início da produção do FPSO Guanabara no Campo de Mero e ramp-ups dos FPSOs Carioca (campo Sépia) e P-68 (campos Berbigão e Sururu), avalia o analista André Vidal, que assina o relatório. As refinarias continuaram aumentando as taxas de utilização, enquanto a participação das importações mostrou tendência divergente para diesel e gasolina. As vendas de derivados aumentaram 1,0% no trimestre, explicadas principalmente pela sazonalidade, expansão nas vendas de diesel e GLP, parcialmente compensada por menores vendas de gasolina e óleo combustível para termelétricas. Na avaliação da XP, os investidores estão focados no aumento da participação de mercado da Petrobras em derivados de petróleo. eldquo;Ao nosso ver, isso é consequência da política de precificação da estatal, utilizando a paridade de importação com defasagem temporalerdquo;, afirma Vidal. Ele lembra que, segundo dados da ANP, no segundo trimestre de 2022, o market share da Petrobras para importação de Diesel foi de 44% (ante 35% do trimestre anterior e 50% de um ano antes) e 48% para Gasolina (sobre os 69% t/t e 15% a/a). eldquo;Com relação aos resultados financeiros, esperamos mais um trimestre sólido de geração de caixa e projetamos um Ebitda de US$ 16 bilhões, 7% acima do consenso de mercadoerdquo;, afirma o analista. A margem Ebitda de EeP deve permanecer sólida (71%), com margens saudáveis no Refino, Transporte e Comercialização (RTC). A Petrobras também faturou cerca de US$ 6 bilhões em investimentos e compensações para Sépia e Atapu, o que deve impulsionar o pagamento de dividendos. A corretora destaca ainda que, na teleconferência, os investidores devem ficar atentos à mensagem que o novo presidente da estatal, Caio Paes de Andrade, trará ao mercado. Outras potenciais fontes de interesse são próximos movimentos relacionados a anúncios de dividendos, margens sobre GeP daqui para frente, sinais de inflação de custos e atualizações do plano de desinvestimentos.

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Petróleo amplia perdas recentes, com temor sobre demanda após PMIs

Os contratos futuros do petróleo operam em baixa na madrugada desta sexta-feira, ampliando perdas das duas sessões anteriores, à medida que temores sobre a demanda futura pela commodity persistem após dados fracos de atividade econômica (PMIs) da zona do euro. Às 5h15 (de Brasília), o barril do petróleo WTI para setembro caía 0,12% na Nymex, a US$ 96,23, enquanto o do Brent para outubro recuava 0,16% na ICE, a US$ 99,32.

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ÚLTIMA CHAMADA! Garanta sua participação na Expopostos 2022. Link no fim do texto

Garanta o seu acesso gratuito à Expopostos, o maior encontro de postos de serviços e lojas de conveniência do Brasil, o primeiro presencial pós-pandemia. Em sua 15ª edição, a ExpoPostos e Conveniência (Feira Internacional de Postos de Serviços, Equipamentos, Lojas de Conveniência e Food Service) é o principal evento do setor de combustíveis e conveniência da América Latina. Neste ano, já conta com mais de 200 marcas nacionais e internacionais confirmadas. O evento começa na próxima terça-feira (26/07) e vai até a quinta-feira (28), com palestras e dezenas de expositores apresentando as novidades para postos de combustíveis e lojas de conveniência. O credenciamento para a feira é online e gratuito. Para fazê-lo, clique aqui.

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Indústria perde 1 milhão de empregos em uma década no Brasil

Em uma década, a indústria brasileira perdeu cerca de 1 milhão de empregos, indica uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (21) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Conforme o levantamento, a população ocupada no setor era de 8,7 milhões de pessoas em 2011. Já sob impacto da pandemia de Covid-19, o número ficou em 7,7 milhões em 2020, ano mais recente com dados disponíveis. A perda de 1 milhão de postos de trabalho vem dessa comparação, aponta a PIA (Pesquisa Industrial Anual). Segundo Synthia Santana, gerente de análise estrutural do IBGE, a redução de vagas pode ser associada a uma sucessão de turbulências enfrentadas pelas fábricas ao longo da década. "Em 2011, a gente tinha acabado de sair da crise global. Depois, veio a recessão [de 2015 e 2016]. Em 2020, surgiu outra crise [pandemia]. Alguns setores da indústria não conseguiram se recuperar", disse a pesquisadora. O IBGE afirma que metade da redução de empregos, entre 2011 e 2020, ficou concentrada em três segmentos: confecção de artigos do vestuário e acessórios (-258,4 mil), preparação e fabricação de artigos de couro, artigos para viagem e calçados (-138,1 mil) e fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-134,2 mil). A pesquisa cita que atividades como essas provavelmente enfrentaram de forma mais intensa mudanças estruturais relacionadas, por exemplo, à evolução da tecnologia, à forte concorrência com o setor externo e à dependência do consumo interno. Na passagem de 2019 para 2020, mesmo com os efeitos do início da pandemia sobre parte da indústria, o setor como um todo conseguiu registrar incremento de 35,2 mil postos de trabalho. A população ocupada pulou de 7,6 milhões para 7,7 milhões. A fabricação de produtos alimentícios puxou essa expansão, com aumento de 121,5 mil postos. A demanda global por alimentos seguiu aquecida após a chegada da crise sanitária, o que ajudou a compensar as perdas de empregos de outros setores industriais em 2020, como o de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-91,9 mil). SALÁRIO FICA MENOR O IBGE também apontou que, ao longo da década, a renda do trabalhador industrial encolheu. De 2011 para 2020, o salário médio na indústria caiu de 3,5 para 3 salários mínimos. O levantamento ainda informou que o número de empresas industriais com uma ou mais pessoas ocupadas recuou pelo sétimo ano consecutivo endash;ou seja, cai desde 2014. O contingente atingiu 303,6 mil. No começo da década, em 2011, havia 313,2 mil indústrias. O número chegou a se aproximar em 2013 de 335 mil, o maior nível da série histórica.e#8203;

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Arrecadação federal sobe 11% no 1º semestre e bate recorde histórico

A arrecadação do governo federal teve alta real de 11% no primeiro semestre deste ano e atingiu patamar recorde da série histórica iniciada em 1995, a R$ 1,090 trilhão, informou a Receita Federal nesta quinta-feira (21), em período marcado pela normalização da atividade após a pandemia e efeito inflacionário sobre a tributação. A alta foi fortemente influenciada pelo crescimento da arrecadação do setor de combustíveis, sob o impacto do aumento do preço do petróleo no mercado internacional gerado pela Guerra da Ucrânia. Se considerada apenas a arrecadação administrada pela Receita Federal, que engloba a coleta de impostos de competência da União, houve alta real de 9% no semestre. No período, a arrecadação do setor de combustíveis saltou 192,54%, dando a maior contribuição absoluta (R$ 34,807 bilhões) para a alta. Já as receitas administradas por outros órgãos, que são sensibilizadas sobretudo pelos royalties decorrentes da produção de petróleo, aumentaram 56,73% acima da inflação no período. Nos seis primeiros meses do ano, os ganhos com royalties somaram R$ 51,012 bilhões, ante R$ 36,282 bilhões no mesmo período de 2021, o que representa uma alta real de 40,6%. No mês de junho, a arrecadação teve alta real de 17,96% sobre igual mês do ano passado, a R$ 181,040 bilhões, maior patamar para o mês da série histórica corrigida pela inflação, iniciada em 1995. ARRECADAÇÃO RECORDE CONFIRMA CRESCIMENTO ECONÔMICO SUSTENTÁVEL, DIZ GUEDES O nível recorde da arrecadação tributária no primeiro semestre deste ano é sintoma inequívoco de que o crescimento econômico está surpreendendo e é sustentável, disse nesta quinta-feira Paulo Guedes, ministro da Economia. Para ele, o Brasil está conseguindo sustentar o crescimento da atividade mesmo com a alta dos juros. Apesar da avaliação do ministro, a atividade econômica brasileira declinou em abril e maio, indicaram dados do Banco Central. O BC também acredita que a economia irá retrair com mais intensidade no segundo semestre em resposta aos efeitos do duro ciclo de alta da taxa Selic.

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Insistência em nomes rejeitados para Petrobras é ataque à governança, dizem especialistas

A insistência do governo em eleger para o conselho da Petrobras nomes rejeitados por órgãos internos da companhia foi vista no mercado como mais um ataque à governança da estatal pelo governo Bolsonaro e será alvo de uma ação judicial movida por petroleiros. Advogados ouvidos pela Folha, porém, divergem sobre a possibilidade de reversão na Justiça. O caso é inédito desde a promulgação da Lei das Estatais e não há ainda jurisprudência. Nesta quinta-feira (21), a FUP (Federação Única dos Petroleiros) e a Anapetro, que representa petroleiros acionistas da Petrobras, anunciaram que vão à Justiça contra a decisão do governo e prometeram ainda representação na CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Eles questionam a insistência na eleição, para o conselho de administração da empresa, de Jhônatas Assunção e Ricardo Soriano, que tiveram seus nomes vetados pelo comitê interno que analisa indicações para a estatal e pelo próprio conselho. Assunção é o número dois do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e Soriano é o chefe da PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional). Para o Comitê de Elegibilidade da estatal, suas nomeações gerariam conflito de interesses entre a empresa e o acionista controlador. A decisão do comitê foi anunciada na quinta-feira (14) e confirmada pelo conselho de administração na segunda (18). Nesta quarta (20), o MME (Ministério de Minas e Energia) anunciou que manteria as indicações, por não ver "o necessário amparo legal" para as vedações. O comitê é uma das ferramentas implantadas pela Lei das Estatais para reforçar a blindagem dessas empresas contra indicações políticas. A lei estabeleceu uma série de requisitos para nomeações e criou instâncias internas de controle para garantir seu cumprimento. No mercado financeiro, o atropelo do governo a essas regras reforça a percepção de risco sobre a Petrobras, que já vinha ganhando corpo com a onda de ataques do Planalto e de aliados à companhia e à Lei das Estatais. Para Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos, a insistência nos nomes enfraquece o arcabouço legal criado para proteger a estatal. "Os processos de governança fazem uma companhia, seja de capital misto ou não, mais forte." "O anúncio [do MME] pode reacender algumas das preocupações sobre governança que existiam antes das mudanças, que consideramos positivas, na governança da companhia e na legislação", escreveram os analistas Luiz Carvalho, Matheus Enfeldt e Tasso Vasconcellos, do UBS BB. Para o advogado Carlos Portugal Gouvêa, professor de Direito Comercial da USP e sócio do PGLaw, o governo corre risco de cometer ilegalidade ao insistir com os nomes, pois a lei é clara ao estabelecer critérios para indicações. Um deles proíbe a nomeação de titulares de cargos de direção ou assessoramento na administração pública, o que impediria a eleição de Assunção e Soriano. "A lei é explícita, fala: e#39;é vedadoe#39;", afirma, ressaltando que o objetivo é evitar que estatais atendam a interesses de governos. Para Marcelo Godke, professor do Insper, da Faap e do CEU Law School, a chance de reversão do quadro é pequena. "O parecer [do comitê de elegibilidade] deve ser levado em consideração, mas não é determinante", afirma. Godke acrescenta que o estatuto da Petrobras prevê arbitragem para debater esse tipo de tema, o que dificultaria ainda mais a possibilidade de obtenção de liminares que impeçam a eleição dos nomes. A assembleia marcada para o próximo dia 19 de agosto vai eleger 8 das 11 vagas do conselho e foi convocado pelo governo como parte de um esforço para ter um comando mais alinhado na companhia. Por isso, sua lista de oito indicados é formada majoritariamente por ocupantes de cargos públicos, o que não ocorria desde o governo Dilma. O Banco Clássico, maior acionista privado da empresa, indicou outros dois nomes para a disputa.

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