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ANP divulga dados consolidados da produção de petróleo e gás em outubro

A ANP divulgou hoje (3/12) o Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural de outubro de 2024, que traz os dados consolidados da produção nacional. A produção total (petróleo + gás natural) foi de 4,268 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d). Com relação ao petróleo, foram extraídos 3,268 milhões de barris por dia (bbl/d), uma redução de 5,8% na comparação com o mês anterior e de 7,8% em relação ao mesmo mês de 2023. A produção de gás natural em outubro foi de 158,86 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d). Houve queda de 6,5% frente a setembro de 2024 e aumento de 4,2% na comparação com outubro de 2023. A redução na produção explica-se principalmente pelo pré-sal, com variações nas produções de Tupi e Búzios. Houve duas paradas programadas superiores a 15 dias em 2 FPSOs do Campo de Búzios, assim como paradas menores em Tupi. A principal causa para a queda na produção foram paradas programadas em plataformas dos Campos de Búzios e de Tupi. Pré-sal A produção total (petróleo + gás natural) no pré-sal, em outubro, foi de 3,346 milhões de boe/d e correspondeu a 78,4% da produção brasileira. Esse número representa uma redução de 9,1% em relação ao mês anterior e de 2,7% na comparação com o mesmo mês de 2023. Foram produzidos 2,599 milhões de bbl/d de petróleo e 118,84 milhões de m³/d de gás natural por meio de 153 poços. Aproveitamento do gás natural Em outubro, o aproveitamento de gás natural foi de 97,8%. Foram disponibilizados ao mercado 56,10 milhões de m³/d e a queima foi de 3,58 milhões de m³/d. Houve redução de 1,4% na queima, em relação ao mês anterior, e de 4,1% na comparação com outubro de 2023. Origem da produção No mês, os campos marítimos produziram 97,4% do petróleo e 82,6% do gás natural. Os campos operados pela Petrobras, sozinha ou em consórcio com outras empresas, foram responsáveis por 88,27% do total produzido. A produção teve origem em 6.462 poços, sendo 514 marítimos e 5.948 terrestres. Campos e instalações No mês de outubro, o campo de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, foi o maior produtor, registrando 770,79 mil bbl/d de petróleo e 39,05 milhões de m³/d de gás natural. Já a instalação com maior produção foi a FPSO Guanabara, na jazida compartilhada de Mero, com 181.886 bbl/d de petróleo e 11,87 milhões de m³/d de gás. Sobre o Boletim da Produção de Petróleo e Gás Além da publicação tradicional em .pdf, é possível consultar os dados do boletim de forma interativa utilizando a tecnologia de Business Intelligence (BI). A ferramenta permite que o usuário altere o mês de referência para o qual deseja a informação, além de diferentes seleções de períodos para consulta e filtros específicos para campos, estados e bacias. Variações na produção são esperadas e podem ocorrer devido a fatores como paradas programadas de unidades de produção em função de manutenção, entrada em operação de poços, parada de poços para manutenção ou limpeza, início de comissionamento de novas unidades de produção, dentre outros. Tais ações são típicas da produção de petróleo e gás natural e buscam a operação estável e contínua, bem como o aumento da produção ao longo do tempo.

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Aposta é que PIB do 3º tri terá desaceleração moderada

A atividade brasileira deve ter desacelerado apenas moderadamente no terceiro trimestre do ano, segundo economistas. A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) de julho a setembro é de alta de 0,8%, ante o segundo trimestre, quando subiu 1,4%. Essa é a mediana das projeções de 63 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor. O intervalo das estimativas varia de 0,5% a 1,9%. eldquo;Começamos prevendo terceiro trimestre ao redor de 0,5% e já éramos mais otimistas, porque o consenso estava perto de zero, com algumas previsões até negativas.E mesmo nós fomos surpreendidos e estamos, agora, vendo um crescimento que é o dobro do que esperávamos inicialmenteerdquo;, diz João Savignon, economista para Brasil da Kínitro Capital, que prevê alta de 1% do PIB no terceiro trimestre, ante o segundo. A atividade não desacelerou na intensidade esperadaerdquo;, diz Helcio Takeda, economista e sócio da Pezco, que também estima alta de 1% no mesmo período. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Carros elétricos crescem no Brasil, mas esbarram em falta de recarga

Cerca de 38% dos proprietários de veículos elétricos no Brasil dizem que consideram voltar para carros movidos a combustíveis fósseis, segundo uma pesquisa feita pela McKinsey. O descontentamento tem um motivo: os entrevistados disseram estar insatisfeitos com a infraestrutura de recarga no país, segundo a consultoria. Esta foi a primeira vez que a McKinsey fez esse questionamento na pesquisa, realizada a cada 18 meses. A consultoria ouviu mais de 3.000 pessoas no Brasil, representativas da população nacional em termos socioeconômicos, demográficos e geográficos, com perguntas sobre temas de mobilidade. Na Europa, o número de pessoas que consideram voltar para o carro a combustão chegou a 25% e nos EUA, 50%. Entre os americanos, porém, as reclamações estão mais direcionadas à experiência com os veículos. "Nos outros países também tem o problema de infraestrutura, mas tem outras questões, como o custo do veículo e a experiência de direção. Nos Estados Unidos, por exemplo, o consumidor médio gosta muito da experiência do carro a combustão: do motor, do barulho, etc. Esse fator no Brasil quase não surgiu na pesquisa", explica Daniele Nadalin, sócio da McKinsey. De acordo com a consultoria, atualmente há cerca de 40 veículos elétricos para cada ponto de recarga público no Brasil endash;na Europa, o número é de 15 carros por ponto. Segundo a McKinsey, o Brasil precisará elevar o número de carregadores, públicos e residenciais, para dar conta da demanda maior nos próximos anos. Não é uma tarefa impossível, segundo Nadalin. "Obviamente ninguém tem bola de cristal, mas tem muito interesse de players brasileiros e players de fora. Há gigantes do mundo de mobilidade, como Siemens, investindo nesse setor, oferecendo carregadores. Já é um sinal de que o mercado está se preparando e reagindo a essa falta." O empresário Rodrigo de Almeida, 52, proprietário de um carro elétrico, está com viagem marcada para o dia 20 de dezembro. Ele vai sair de Brasília com destino a Balneário Piçarras (SC), pernoitando em São Paulo. Dono de um Chevrolet Bolt, Almeida programou toda sua viagem: já sabe onde irá carregar o veículo e até qual será a outra alternativa se um eletroposto estiver indisponível. "Saio bem cedo para reduzir a chance de pegar alguma fila." Ele relata que tem presenciado mais filas nas cidades, por causa dos motoristas de aplicativo, do que em rodovias. "Na estrada, quando ocorre, a fila é pequena", diz. De acordo com Ricardo Bastos, presidente da ABVE, associação da qual fazem parte marcas como BYD, GWM e Volvo, o Brasil já registra hoje mais de 10 mil carregadores instalados. O problema, segundo ele, é que a maior parte dos equipamentos é lenta. Se um carregador rápido completa a carga de um veículo em um tempo que varia de 20 minutos a uma hora, um modelo lento pode levar até cinco horas. A expectativa da ABVE é de que o número de carregadores rápidos cresça nos próximos anos, o que absorveria melhor a demanda, segundo Bastos. A associação vem registrando bons resultados de vendas. Em outubro, foram pouco mais de 16 mil veículos leves eletrificados comercializados, aumento de 68% na comparação com outubro de 2023. No acumulado de janeiro a outubro, o número de vendas (cerca de 138,6 mil) mais que dobrou em relação ao mesmo período do ano passado. Os veículos 100% elétricos (BEV) e os híbridos plug-in (PHEV), lideram a participação de mercado dos eletrificados em 2024, com 71% das vendas (quase 98,4 mil). Segundo a pesquisa da McKinsey, 44% dos brasileiros afirmam que seu próximo carro será eletrificado (BEV ou PHEV), resultado que supera a média global, de 38%.

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Devedor contumaz: Confederações poderão vetar inclusão de empresas em lista, diz relator

O deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), relator na Comissão de Desenvolvimento Econômico (CDE) do projeto de lei que cria uma lista de nomes sujos para eldquo;devedores contumazeserdquo;, apresentou nesta segunda-feira, 2, detalhes do parecer da proposta, que segundo ele será concluído na manhã desta terça-feira, 3. Como mostrou o Estadão em agosto, o texto prevê que confederações nacionais terão poder de veto em relação à inclusão de empresas na lista. eldquo;Entidades nacionais setoriais vão poder ter veto na lista apresentada. Será um órgão consultivo. O Ministério da Fazenda vai fazer consulta e as instituições, representantes de cada setor, vão poder nomear ou excluirerdquo;, disse Forte a jornalistas em jantar realizado nesta noite de segunda-feira. Segundo ele, a ideia é votar o texto na comissão nesta quarta-feira, 4, e posteriormente aprovar um requerimento de urgência para que o projeto seja apreciado diretamente em plenário ainda este ano. O eldquo;devedor contumazerdquo; é o empresário que usa a inadimplência como estratégia de negócio, ou seja, age de má-fé. O texto define como eldquo;devedor contumazerdquo; empresas com dívidas tributárias acima de R$ 15 milhões, sem garantias e com o endividamento maior do que o patrimônio, ou que tenha dívida nesse mesmo valor por mais de um ano, ou ainda que tenha relação com outra que se encontre inativa nos últimos cinco anos, também com dívidas tributárias superiores a R$ 15 milhões. De acordo com a proposta apresentada, o tratamento aos devedores contumazes será baseado eldquo;em sanções rigorosas, que incluem restrições operacionais e reputacionaiserdquo;. Entre as penalidades, uma delas estabelece o registro do status de devedor contumaz no CNPJ da pessoa jurídica com divulgação pública no site da Receita Federal e da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN). Essa informação será acessível a órgãos de controle e a outras empresas. Além disso, os devedores poderão ter sua inscrição no CNPJ declarada inapta, o que impede a realização de transações comerciais e administrativas e inviabiliza a continuidade de suas operações legais. Eles ficarão impedidos ainda de participar de licitações públicas e de estabelecer vínculos contratuais ou administrativos com entes da administração pública em qualquer esfera. Também serão excluídos de programas de conformidade, perdendo acesso a benefícios como a redução de multas e parcelamentos especiais. Forte evitou definir uma estimativa de aumento na arrecadação com a proposta e disse que já ouviu números que giram entre R$ 22 bilhões a R$ 240 bilhões. Segundo ele, a inibição da atividade criminosa já estimula a competição saudável no mercado brasileiro. O deputado garantiu que a proposta apresentada não gera aumento de tributos. eldquo;O devedor contumaz atinge em cheio a capacidade de competitividade dos produtos brasileiros e desestimula pessoas de bem, empresários honestos, a fazer suas empresas saudáveis. E por outro lado também fortalece aquilo que há de pior na competição econômica que é exatamente o enriquecimento ilícitoerdquo;, avaliou. O deputado afirmou que a única pendência que permaneceu em seu relatório e que deverá ser decidida nesta terça, pela Fazenda, é qual será a instância que vai centralizar a negociação das dívidas das empresas, a Procuradoria da Fazenda Nacional ou a Receita. Ambos os órgãos disputam a função.

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Dólar fecha acima dos R$ 6, com mercado insatisfeito com pacote fiscal

O dólar fechou em alta de 1,13%, a R$ 6,0685, renovando a máxima histórica pelo quarto dia de negócios seguido. O mercado segue digerindo as medidas de ajuste fiscal divulgadas pela equipe econômica do governo federal na semana passada. Na visão de José Alfaix, economista da Rio Bravo Investimentos, o principal problema das medidas é que elas eldquo;não convencemerdquo;. De acordo com ele, boa parte do mercado não enxerga que os ajustes anunciados possam trazer a economia projetada pelo governo de R$ 70 bilhões. Além disso, o especialista aponta que há dúvidas se o pacote passará pelo Congresso sem nenhum tipo de desidratação. Na última sexta-feira, os presidentes do Senado e da Câmara, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira (PP-AL) ressaltaram o compromisso das Casas com o fiscal, mas não mencionaram se as medidas serão votadas ainda neste ano.

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BYD produzirá no Brasil seu primeiro motor a eletricidade, gasolina e etanol

A fabricante chinesa de veículos elétricos BYD anunciou nesta segunda-feira (2) a contratação de 10 mil trabalhadores para sua nova planta em Camaçari, na Bahia. A fábrica, que será a maior unidade de produção da montadora fora da China, foi adquirida da Ford em julho de 2023. As informações foram divulgadas pela CEO regional da BYD, Stella Li, durante encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. eldquo;Essa será a maior e mais avançada planta de produção de veículos elétricos do mundo fora da Chinaerdquo;, destacou Li. A produção está prevista para começar em março de 2025, com uma meta inicial de 150 mil veículos fabricados até o final do primeiro ano de operação. Até o fim de 2026, a expectativa é dobrar a capacidade, alcançando 300 mil unidades produzidas e expandindo o quadro de funcionários para 20 mil. Inovação tecnológica no Brasil Além da linha de montagem de veículos, a BYD confirmou um feito inédito: o desenvolvimento do primeiro motor triflex da empresa, capaz de operar com eletricidade, gasolina e etanol. O anúncio marca um passo significativo na integração de tecnologias sustentáveis e regionais. eldquo;Cumprimos nossa promessa ao presidente Lula de inovar e investir em tecnologia local. Esse projeto é fruto do trabalho de 110 engenheiros brasileiros e chineseserdquo;, afirmou Stella Li. O motor triflex destaca-se por adaptar-se às necessidades do mercado brasileiro, que historicamente lidera o uso de etanol como combustível sustentável desde o Programa Proálcool, na década de 1970. Para consolidar essa estratégia, a BYD está desenvolvendo um centro de tecnologia na Bahia, que será dedicado à pesquisa de novas soluções no setor automotivo. Impacto socioeconômico na Bahia Com a implantação da fábrica em Camaçari, a BYD não apenas reforça sua presença global, mas também consolida o Brasil como um dos principais polos de produção e inovação da empresa. A chegada da montadora promete reaquecer a economia local, impactada pelo fechamento da fábrica da Ford em 2021. O presidente Lula destacou a importância do investimento. eldquo;É um marco para o Brasil. A BYD traz empregos, tecnologia e sustentabilidade, demonstrando a força da nossa parceria com a Chinaerdquo;, afirmou o presidente em declarações ao fim do encontro. A combinação de inovação tecnológica, expansão industrial e compromisso com energias renováveis coloca o Brasil em destaque no cenário global da mobilidade sustentável,consolidando a transição para um futuro mais verde e economicamente integrado.

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