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Bolsonaro diz que tabela do IR será corrigida, mas não fala em quanto

O presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem que acertou com o ministro da Economia, Paulo Guedes, a revisão da tabela do Imposto de Renda para o ano que vem endash; uma promessa ainda da campanha eleitoral de 2018. eldquo;Já está garantido, mas não sei o porcentualerdquo;, disse ele, em entrevista à Rádio Guaíba, de Porto Alegre. eldquo;Imposto de Renda está virando um redutor de renda.erdquo; Como mostrou o Estadão, com a previsão de reajuste do salário mínimo para R$ 1.294 em 2023, os brasileiros que ganharem 1,5 salário mínimo (R$ 1.941) vão ter de pagar IR a partir do ano que vem se a tabela não for corrigida. Isso significa que R$ 2,77 devem ser descontados todo mês do contracheque desses trabalhadores. Hoje, quem ganha 1,5 salário mínimo (R$ 1.818) é isento do imposto. De acordo com Bolsonaro, a revisão será incluída no Orçamento do próximo ano. Ele falou em inclusão na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), mas o texto já foi aprovado no Congresso. O governo pode negociar os termos no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), que precisa ser enviado ainda este mês. Hoje candidato à reeleição, Bolsonaro prometeu a correção da faixa de isenção do IR para R$ 5 mil nas eleições de 2018, mas a promessa não foi cumprida. Desde 2015, a tabela não é corrigida. O governo chegou a enviar uma proposta de reforma do IR taxando lucros e dividendos, reduzindo a tributação das empresas e aumentando a faixa de isenção dos atuais R$ 1,9 mil para R$ 2,5 mil. O projeto foi aprovado na Câmara muito modificado e está parado no Senado. PRESIDENCIÁVEIS. O tema também está na pauta dos demais candidatos à Presidência. A campanha do petista Luiz Inácio Lula da Silva defende uma revisão da tabela do IR coordenada com uma mudança no modelo de tributação sobre consumo, renda e patrimônio. A proposta é ampliar a cobrança sobre a renda dos muitos ricos e reduzir a tributação que incide sobre quem ganha menos. Ciro Gomes, do PDT, promete uma revisão completa do IR, com a fixação de uma alíquota de 35%. Hoje, a alíquota mais alta é de 27,5%. Já a campanha da candidata do MDB, senadora Simone Tebet, não fala em mudança na tabela e diz que o reajuste do IR não corrigiria as distorções de quem paga pouco ou nada de imposto em aplicações financeiras. Para a equipe de Tebet, é preciso rever esses privilégios e, com isso, arrecadar dinheiro para uma política pública focalizada em quem não tem emprego e renda. Quanto mais tempo a tabela fica congelada, mais o governo consegue aumentar a arrecadação com a inflação em alta. Segundo o presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco), Mauro Silva, a cada 1 ponto porcentual de inflação que não é repassado para a tabela o governo consegue arrecadar mais R$ 2 bilhões por ano. Pelos cálculos da Unafisco, a faixa de isenção estaria em R$ 4.465,34 se a tabela tivesse sido corrigida em 134,53% endash; a inflação acumulada entre 1996 e 2021. ebull;

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Mercado prevê Selic a 13,75% e que BC sinalize para nova alta

Na sua reunião que termina hoje, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) deve elevar a Selic em 0,50 ponto porcentual, de 13,25% para 13,75% ao ano endash; a 12.ª alta seguida endash;,e é crescente a corrente no mercado financeiro que espera que o ciclo de aperto monetário continue em setembro, para buscar uma inflação eldquo;ao redorerdquo; do centro da meta (3,25%) em 2023. Para economistas consultados pelo Estadão/broadcast, o BC deve, ao menos, deixar uma porta aberta para uma nova alta da taxa básica de juros em setembro diante do estouro das expectativas inflacionárias, das surpresas com a atividade econômica e do enfraquecimento do teto de gastos endash; a regra que atrela as despesas à inflação e é usada como âncora fiscal. Com um aumento em setembro, a taxa chegaria endash; ou ficaria bem próxima endash; ao seu último pico, de 14,25%, que durou de julho de 2015 a outubro de 2016, no governo da então presidente Dilma Rousseff. Como daquela vez, a perda de credibilidade fiscal é um dos motivos que explicam a dose alta de juros, mas agora o choque inflacionário global também dá sua contribuição, afirmam os especialistas. O aumento do juro básico da economia se reflete em taxas bancárias mais elevadas, embora haja uma defasagem entre a decisão do BC e o encarecimento do crédito (entre seis e nove meses). A elevação da taxa também influencia negativamente o consumo da população e os investimentos produtivos. Desde a reunião de maio, o BC sinaliza a intenção de encerrar o atual processo endash; o mais forte choque de juros desde 1999, com alta acumulada de 11,75 pontos, já incluindo a elevação esperada para hoje. Das 51 instituições financeiras consultadas pelo Estadão/broadcast, 49 projetam alta de 0,50 ponto porcentual da Selic. Caso a projeção majoritária seja confirmada, será a taxa mais alta desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75%. O consenso do mercado segue a sinalização dada pelo BC na reunião anterior do Copom, em junho, de nova alta de juros eldquo;de menor ou igual magnitudeerdquo; (0,50 ponto porcentual). elsquo;FISCAL PIORersquo;. eldquo;Acho que o BC vai deixar a porta aberta para outra alta de mesma ou menor magnitude, o que seria entre 0,50 ponto porcentual e 0,25 ponto porcentual, em setembro. Desde o último Copom, o BC viu as expectativas piorando bem e o fiscal muito pior, tanto em termos de risco quanto de incentivo à demanda. Lá fora a atividade está mais fraca, mas aqui está bem mais forte mesmoerdquo;, afirma o economista-chefe da Garde Asset, Daniel Weeks, que espera que a Selic alcance 14,25% no mês que vem. O economista Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria, espera ajuste residual de 0,25 ponto porcentual em setembro, para 14%, fechando o ciclo. O economista aponta os abalos sofridos pelo teto de gastos e o choque inflacionário global como pano de fundo para o choque de juros neste ciclo. Já a XP espera para hoje a última alta de juros do ciclo, para 13,75%, mas avalia que o BC não deve anunciar o fim do processo agora. eldquo;Com as pressões inflacionárias globais começando a diminuir, acreditamos que o Copom finalmente fará a pausa que vem sinalizando há algum tempoerdquo;, diz em relatório. eldquo;Reconhecemos, porém, que o comitê pode optar por ir um pouco mais longe, para garantir que o IPCA recue adianteerdquo;, completa, citando a falta de clareza sobre o arcabouço fiscal em 2023 como o maior risco. ebull;

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Preço do etanol cai em 23 Estados na semana, diz ANP; média Nacional recua 25,46%

Os preços médios do etanol hidratado caíram em 23 Estados na semana passada e subiram em apenas outros três (Alagoas, Maranhão e Mato Grosso) além do Distrito Federal, de acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. Nos postos pesquisados pela ANP em todo o País, o preço médio do etanol recuou 25,46% na semana em relação à anterior, de R$ 4,320 para R$ 4,210 o litro. Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média caiu 2,72%, de R$ 4,050 para R$ 3,940 o litro. Minas Gerais foi a unidade da Federação com maior recuo porcentual de preços na semana, de 6,37%, de R$ 4,470 para R$ 4,230 o litro. Diesel fecha julho com alta de 4,8%, diz Ticket Log; gasolina e etanol recuam O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,45 o litro, em São Paulo. Já o preço máximo na semana foi registrado em Alagoas e no Rio Grande do Sul, a R$ 6,99 o litro. O menor preço médio estadual foi observado em São Paulo, de R$ 3,94 o litro, enquanto o maior preço médio estadual foi verificado no Amapá, de R$ 5,95. Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no País caiu 13,61%. O Estado com maior baixa porcentual no período foi Bahia, com 17,15% de desvalorização mensal do etanol. Competitividade O etanol manteve-se mais competitivo do que a gasolina em apenas dois Estados, na semana passada: São Paulo e Mato Grosso. É o que mostra o levantamento da ANP compilado pelo AE-Taxas. Os critérios consideram que o etanol de cana ou de milho, por ter menor poder calorífico, tenha um preço limite de 70% do derivado de petróleo nos postos para ser considerado vantajoso. Em São Paulo, a paridade é de 69,73%. Já em Mato Grosso, a paridade foi de 68,22%. Na média dos postos pesquisados no País, o etanol está com paridade de 73,34% ante a gasolina, portanto menos favorável do que o derivado do petróleo. Executivos do setor afirmam que o etanol pode ser competitivo com paridade maior do que 70% a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado.

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Sem escapatória, etanol hidratado abriu a semana em curva de baixa na cadeia produtiva

Depois de os postos aceitarem aumentos diários seguidos do etanol hidratado vendido pelas distribuidoras, apesar de promoverem redução aos consumidores, segundo a ANP, a semana abriu com o renovável em queda nas intermediárias e deverá recuar ao longo dos próximos dias nas fábricas. As usinas também elevaram os preços até dia 29, em 0,28%, como registrado pelo Cepea. A pressão aumentou com o novo corte da gasolina na sexta. Ontem, as empresas de Paulínia cortaram 0,53% do litro, de acordo com o levantamento do Cepea, confirmando a expectativa trazida por Money Times de que a fase de transição em relação às mudanças tributárias endash; ICMS, por exemplo endash; foi mais agressiva para o derivado de petróleo, além do a Petrobras (PETR4) mostrou que não será econômica na redução. Foram dois cortes em 10 dias, sendo o último de 3,98%.Julho fechou com os últimos cinco dias úteis com os dois combustíveis mais baratos em torno da média de 2,5%, conforme a agência reguladora para o Brasil, mas no acumulado do mês a gasolina cedeu quase o dobro do hidratado para o consumidor. Fora o primeiro corte que a estatal fez nas refinarias, de 4,92%, os efeitos da equalização do ICMS em 18%, para todos os estados, foram mais contundentes para a gasolina. E a safra de cana no Centro-Sul vai ganhando mais ritmo, o que representa oferta pressionando.

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Paraguaios entram no Brasil para comprar gasolina e comida mais baratas

A queda do preço da gasolina no Brasil e a desvalorização do real em comparação com o guarani (moeda do Paraguai), estão atraindo paraguaios para compras por aqui. O Guarani vale bem menos que o real, mas mesmo assim ficou vantajoso. R$ 1 está cotado em cerca de 1.300 guaranis. Houve uma desvalorização de 8,5% do real diante do guarani em um ano. Paraguaios estão cruzando a fronteira do Brasil para ir até Foz do Iguaçu (PR) abastecer o carro e fazer compras em supermercados, mesmo com a inflação aqui. Com a redução dos preços da gasolina pela Petrobras, aumentou o movimento de veículos nos postos de Foz do Iguaçu, que fica na fronteira com Ciudad del Este. Qual o preço do combustível nos dois países? Em Foz do Iguaçu, o preço médio da gasolina comum é de R$ 5,90 e da aditivada R$ 5,96, segundo levantamento da ANP (Agência Nacional de Petróleo). No Paraguai, onde há três tipos de gasolina, os valores variam, mas são todos mais altos. O combustível mais barato custa cerca de R$ 6,69 e o mais caro por volta de R$ 7,80. Gerente de três postos de combustível em Foz do Iguaçu, Marildo Matiello diz que, em um dos estabelecimentos, os paraguaios representam 50% da clientela. As vendas dobraram a partir do dia 20. Para conseguir atender os consumidores, o posto ampliou o horário de funcionamento de 22h para meia-noite. A maioria dos paraguaios, conta Matiello, procura gasolina aditivada. Uma das explicações é o tipo de veículo. Boa parte é de grande porte, a exemplo dos SUVS, o que leva os proprietários a buscarem gasolina de melhor qualidade. Outra opção bastante procurada pelos paraguaios é abastecer na Argentina, onde o combustível está mais em conta, se comparado ao do Brasil, variando de R$ 3,40 a R$ 3,70. Melhor preço e qualidade O que os paraguaios dizem? Moradora de Ciudad del Este, Irma Dominguez começou a abastecer o carro toda vez que vem fazer compras em Foz. Ela encheu o tanque de 41,5 litros de um veículo Suzuki com R$ 240. A exemplo dela, a maioria dos paraguaios já chega com reais para pagar o combustível, evitando fazer o câmbio no lado brasileiro onde a tendência é ser mais caro. Os advogados Agustin Britez e Gladys Arévalo também costumam frequentar os postos brasileiros. Britez diz que a gasolina deste lado da fronteira é de melhor qualidade e de preço mais baixo.Lá não há impostos incidindo sobre o produto, por isso não é possível reduzir o valor do combustível. Em relação ao guarani, Enis diz que a moeda é estável e não tem sofrido desvalorização como ocorre com outras moedas latino-americanas. Movimento nos supermercados Boa parte dos paraguaios que abastecem em Foz já tem o hábito de fazer compras na cidade. Os supermercados situados na região da Ponte da Amizade, via que liga Foz do Iguaçu a Ciudad del Este, são os que mais recebem os clientes estrangeiros. Que outros produtos são mais baratos no Brasil? A lista de produtos de preço bom para os paraguaios no Brasil é grande. Frutas, verduras, café, chocolate, sucos, entre outros itens. Os paraguaios dizem que os preços em Foz são 30% a 40% mais em conta. Brasileiro que mora há mais de 10 anos no Paraguai, o engenheiro agrônomo Caima França, 42 anos, sempre passa pelos supermercados de Foz quando atravessa a fronteira. Ele diz que os produtos brasileiros exportados para o Paraguai são 10% a 40% mais caros lá. O que compensa comprar no Brasil é frango, suco de uva nacional, ração de cachorro, frutas e verduras, artigos de limpeza e higiene. O suco de uva, por exemplo, é encontrado no Brasil de R$ 9 a R$ 14. No Paraguai, custa mais de R$ 20. O frango no Paraguai é 30% mais caro. Alguma coisa é mais barata no Paraguai? A paraguaia Patrícia Molinari, 51 anos, diz que faz compra em Foz a cada 15 dias e, além do preço, a qualidade também compensa. A carne vermelha é um dos poucos produtos que os paraguaios não compram no Brasil porque o preço no país ainda é mais em conta.

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Queda do Brent sinaliza queda de preços dos combustíveis pela Petrobras, diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira que a queda recente do petróleo tipo Brent no mercado internacional sinaliza para novas reduções nos preços dos combustíveis cobrados pela Petrobras (PETR3;PETR4). Em entrevista à Rádio Guaíba, de Porto Alegre, o presidente disse que a política de paridade dos preços internacionais praticada pela petroleira estatal foi aplicada de forma eldquo;exageradaerdquo;. eldquo;O Brent ontem, o petróleo lá fora, o barril, caiu na casa dos 100 dólares, então é um sinalizador que você pode diminuir novamente o preço da combustível da Petrobras, quem sabe o dieselerdquo;, disse Bolsonaro à emissora gaúcha. Na segunda-feira, o petróleo tipo Brent fechou em queda de quase 4%, a 100,03 dólares o barril, enquanto o petróleo bruto WTI, negociado nos EUA, caiu 4,8%, para 93,90 dólares o barril. O Brent e o WTI terminaram julho com uma segunda perda mensal consecutiva pela primeira vez desde 2020, já que a inflação crescente e as taxas de juros mais altas aumentam os temores de uma recessão que prejudicaria a demanda por combustível. Já nesta terça, no entanto, as cotações do petróleo no mercado internacional se recuperavam parcialmente e tanto o Brent quanto o WTI subiam mais de 1 dólar por barril. Na quinta-feira, a Petrobras anunciou uma redução de 3,88% no preço da gasolina para as distribuidoras. Esta é a segunda redução que a empresa fez no combustível neste ano. A primeira, de 4,9%, entrou em vigor na semana anterior. Na entrevista à emissora gaúcha, Bolsonaro também disse que manterá Paulo Guedes à frente do Ministério da Economia enquanto estiver no mandato e afirmou que já acertou com Guedes uma atualização da tabela do Imposto de Renda para 2023. eldquo;O nosso casamento (com Guedes) não tem data de validade. É enquanto durar o mandatoerdquo;, disse Bolsonaro ao ser indagado se manteria Guedes no posto. eldquo;Já está conversado com o Paulo Guedes, vai ter a atualização da tabela do Imposto de Renda para o próximo ano, já está garantido, não sei o percentual ainda, mas vamos começar a recuperar isso aí, porque está virando, na verdade, o Imposto de Renda um redutor de rendaerdquo;, afirmou. A correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física foi uma promessa de campanha de Bolsonaro em 2018, que o presidente não cumpriu. Na entrevista, ele culpou a pandemia de Covid-19 pelo descumprimento da promessa. Segundo o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco) a defasagem da tabela do Imposto de Renda em relação à inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) está em 24%, maior patamar da série histórica iniciada em 1996. Atualmente, as pessoas que recebem a partir de 1.903,99 reais já pagam Imposto de Renda. O salário mínimo atualmente é de 1.212,00 reais.

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