Ano:
Mês:
article

Balança comercial registra superávit de US$ 1,236 bilhão; no entanto, queda anual é de 29%

Na primeira semana de agosto, a balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 1,236 bilhão e a corrente de comércio foi de US$ 13,251 bilhões, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia. O valor é resultado da diferença entre US$ 7,243 bilhões em exportações e US$ 6,007 bilhões em importações. No entanto, quando comparado com o mesmo período do ano passado, a balança comercial registrou queda de 29%. Já no ano, as exportações totalizam US$ 201,494 bilhões e as importações, US$ 160,368 bilhões, com saldo positivo de US$ 41,125 bilhões e corrente de comércio de US$ 361,863 bilhões. Houve um crescimento de 18,8% nas exportações, comparadas as médias até a primeira semana de agosto/2022 com a de agosto/2021. Nas importações, o crescimento foi de 30,5%, também na comparação entre as médias até a primeira semana de agosto/2022 com a do mês de agosto/2021.

article

Bolsonaro diz que vai estender desoneração da gasolina para 2023

O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta segunda-feira, que está negociando com a equipe econômica para que, caso seja reeleito, o governo mantenha a desoneração dos impostos federais incidentes sobre a gasolina em 2023. Segundo ele, essa determinação também já estaria certa para o diesel, o que tende a beneficiar os caminhoneiros, categoria que é ligada ao seu eleitorado. A afirmação foi feita durante entrevista a um podcast. A desoneração da gasolina foi aprovada pelo Congresso Nacional recentemente, após sugestão do próprio Palácio do Planalto. Na ocasião, essa proposta foi inserida no projeto de lei que limitava em 17% o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, energia elétrica, comunicações e transporte público. Sobre este projeto, inclusive, Bolsonaro disse que também pretende manter este "desconto" nos tributos. Não ficou claro, no entanto, se ele estava se referindo a todos os setores ou apenas a um deles. "Também reduzimos o ICMS da energia elétrica, isso não é eleitoral, o Parlamento aprovou. Nós vamos manter esse desconto ano que vem, já falei com a equipe econômica. Quando diminuímos milhares de impostos no Brasil, começou a vender mais; tivemos um excesso de arrecadação", disse. Em função dessas medidas, Bolsonaro foi questionado sobre os riscos ao teto de gastos. O presidente respondeu que a equipe econômica é "extremamente zelosa" com a questão fiscal e disse que o teto somente foi furado durante a pandemia. "Furar teto nós furamos em 2020 com 700 milhões", disse antes de rebater a questão citando a previsão de superávit primário. "O Brasil vai ser um dos poucos países este ano com PIB positivo", argumentou.

article

Sob pressão, Petrobras reduz 3,56% no óleo diesel

Com a queda no preço internacional do barril de petróleo e a pressão do governo federal para redução nos preços dos combustíveis, a Petrobras anunciou ontem um corte de R$ 0,20 no preço médio de venda do diesel nas refinarias às distribuidoras. A partir de sexta-feira (05), a estatal passa a vender o litro do diesel, em média, a R$ 5,41, o que corresponde a uma queda de 3,56%. Essa é a primeira redução do diesel desde que o atual presidente da companhia, Caio Paes de Andrade, assumiu o cargo, em junho. Andrade foi indicado à vaga pela União depois críticas do presidente Jair Bolsonaro à política de preços da estatal. Desde a posse de Andrade, a Petrobras já fez dois cortes nos preços da gasolina, em julho, mas ainda não havia alterado o diesel, vendido a R$ 5,61 o litro desde 17 de junho, quando sofreu aumento de 14,26%. Essa também foi a primeira redução no preço do diesel desde maio de 2021. O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, comemorou o anúncio nas redes sociais: eldquo;Redução de 20 centavos no preço do litro do diesel! Passo a passo e com a graça de Deus os resultados vão aparecendo! Brasil porto seguro do investimentoerdquo;, disse em um post no Twitter. A medida, porém, deve ter impacto nulo na inflação. Na semana passada, a estatal aprovou uma nova diretriz para a política de preços que reforçou a supervisão do conselho de administração em relação às decisões tomadas pela diretoria-executiva. Segundo fontes, não houve uma reunião no conselho de administração para debater a redução do diesel, mas os atuais conselheiros foram informados antes sobre o anúncio. Nas estimativas da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), a redução deve corresponder a uma queda de R$ 0,18 para a composição do produto comercializado nos postos, considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel ao produto final. No entanto, o presidente da entidade, James Thorp Neto, lembra que a queda depende das distribuidoras e da decisão individual de cada posto. Nos cálculos da Associação Brasileira dos Importadores dos Combustíveis (Abicom), antes da queda, o diesel vendido pela Petrobras estava 9% acima da paridade internacional, o que significava possibilidade de redução de R$ 0,46 no preço médio do litro. O presidente da Abicom, Sérgio Araújo, afirma que a decisão por não zerar completamente a diferença em relação aos preços internacionais ajuda a estatal a reduzir eventuais desgastes caso ocorra um novo aumento nos preços internacionais nas próximas semanas. eldquo;Isso dá mais fôlego para que a Petrobras não tenha que reajustar novamente os preços em breveerdquo;, diz. Segundo Araújo, nos patamares atuais os preços do diesel viabilizam importação por empresas menores, o que é importante para ajudar a garantir o abastecimento nacional. Cerca de 30% da demanda brasileira de diesel depende de importações, pois a capacidade de refino atual é capaz de atender por volta de 70% do que é consumido no Brasil. O Goldman Sachs estima que os preços do óleo diesel nas refinarias da Petrobras estão 11% acima do preço de paridade de importação (PPI) depois do corte.Em relatório, o Itaú BBA também disse que há espaço para que a Petrobras possa reduzir preços dos combustíveis, com a tendência de queda nos preços do petróleo e um estreitamento da margem entre as cotações do petróleo bruto ante os preços do diesel e da gasolina. Para ler esta notícia, clique aqui.

article

ANP rejeita aumento de estoques mínimos de diesel, em alívio para distribuidoras

A diretoria da ANP rejeitou uma proposta de aumento de estoques mínimos de diesel A (puro) S10 entre setembro e novembro para mitigar riscos de desabastecimento em meio à oferta global apertada do combustível, mas aprovou um reforço do monitoramento do suprimento nacional. Pela proposta original em análise pela agência, distribuidores de combustíveis com mais de 8% de participação de mercado no segundo semestre de 2021 deveriam aumentar os atuais estoques mínimos de três dias (Sul, Sudeste e Centro-Oeste) ou cinco dias (Norte e Nordeste) para nove dias. Isso elevaria custos do setor. A proposta da relatora do processo, diretora Symone Araújo, de manutenção de estoques mínimos de nove dias, que chegou a ter ajustes apresentados pela Superintendência de Distribuição e Logística (SDL) na reunião desta sexta-feira, foi rejeitada por três dos cinco diretores, que acataram a proposta do diretor Fernando Moura. Moura já havia sinalizado a divergência quanto à medida na última reunião da diretoria, quando pediu vista do processo. A proposta alternativa aprovada, em síntese, mantém a obrigatoriedade de produtores e distribuidores de informarem os seus volumes de S-10 e estipula a obrigatoriedade de traders de informarem à agência a previsão de partida dos navios com o produto importado. Além disso, os traders deverão informar à ANP quaisquer contratempos que possam impactar a chegada das cargas de diesel S10 ao Brasil, enquanto os produtores devem informar qualquer ocorrência nas refinarias que afetem a produção, como paradas para manutenção não previstas. Fontes do mercado e do próprio governo federal que acompanhavam o processo já esperavam pela reprovação do aumento, alvo de resistência de distribuidoras por conta do potencial aumento de custos logísticos, que teriam que ser repassados aos consumidores. "A gente estava numa luta enorme para baixar os preços dos combustíveis e não havia sentido em mexer com estoques, pressionar custos e ameaçar todo um esforço", disse à Reuters uma fonte do governo, referindo-se às medidas de desoneração tributária sobre combustíveis aprovadas. "A proposta foi feita sem estudo de impacto regulatório e com distorções. Pouco importa fazer estoque em São Paulo, Rio de Janeiro ou no Sul para atender a uma emergência no Amazonas", afirmou uma fonte do setor de distribuição. Os custos e a potencial ineficácia da medida foram alguns dos argumentos dos diretores da ANP que votaram contra. Segundo o diretor Daniel Maia Vieira, hoje, segundo dados da área técnica da agência, o país tem de 20 a 25 dias de estoques de diesel S10. "Os volumes atuais já superam o estoque mínimo da resolução de 2013. Não vejo objetividade absoluta nesses nove dias (da proposta)", disse Vieira. No entanto, o diretor-geral da agência, Rodolfo Saboia, que votou a favor do aumento dos estoques mínimos, defendeu que a medida reduziria os riscos de desabastecimento no cenário global de escassez de combustíveis, acentuado pelas sanções impostas ao petróleo russo após a guerra contra a Ucrânia. Para ler esta notícia, clique aqui.

article

Petróleo fecha em alta, mas termina semana com perda de mais de 8%

Os preços do petróleo fecharam a sessão desta sexta-feira (5) em leve alta, alterando a rota de queda percorrida durante boa parte da semana. O temor por uma recessão global que afete a demanda pela commodity pesou sobre as negociações nos últimos dias, levando o petróleo a acumular perdas semanais de mais de 8,5% tanto em seus contratos mais líquidos do WTI quanto do Brent. Os preços dos contratos do Brent, a referência global, para outubro terminaram o dia em alta de 0,85%, a US$ 94,92 o barril, na ICE, em Londres, enquanto os preços dos contratos do WTI, a referência americana, para setembro subiram 0,53%, a US$ 89,01 o barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).No acumulado semanal, no entanto, o Brent recuou 8,70%, enquanto o WTI caiu 9,74%, ficando este último abaixo da barreira psicológica de US$ 90 o barril, algo que não ocorria desde fevereiro, antes da guerra na Ucrânia. A preocupação com uma recessão global continua no radar, ainda que nos Estados Unidos, por ora, os dados do mercado de trabalho divulgados hoje tenham afastado a percepção de que a economia já estaria neste cenário. De todo modo, a preocupação com a energia na Europa já deixava o investidor ansioso e, nesta semana, o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) afirmou que a economia do Reino Unido deve entrar na mais longa recessão desde a crise financeira. Segundo o BC, a economia britânica deve enfrentar cinco trimestres de contração na atividade econômica, já a partir do último trimestre deste ano. Para Craig Erlam, analista sênior da Oanda, há um movimento um pouco precipitado. eldquo;Claramente, todos estão levando a ameaça de recessão muito mais a sério, pois ainda estamos vendo um mercado [de oferta de produto] muito apertado e produtores sem capacidade de mudar issoerdquo;, disse. Para ler esta notícia, clique aqui.

article

Petrobras e estatal boliviana fecham acordo para compra de gás

A Petrobras e a estatal boliviana YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos) chegaram a um acordo sobre o suprimento de gás natural da Bolívia. Na 6ª feira (05.ago.2022), as empresas assinaram um aditivo ao contrato, que garante a importação dos 20 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia contratados. Em abril, a YPFB havia cortado o fornecimento de gás ao Brasil em 30%, ou 4 milhões de metros cúbicos por dia. O gás foi direcionado à Argentina, que havia contratado volumes adicionais por causa do inverno. Na ocasião, a estatal brasileira afirmou que o contrato entre as empresas previa eldquo;consequências ao fornecedor em caso de falha de fornecimento, as quais serão aplicadas pela Petrobras à YPFBerdquo;. A estatal brasileira disse, em comunicado na 6ª feira (05.ago), que o aditivo assinado flexibiliza a entrega e o recebimento de gás natural de acordo com a disponibilidade e sazonalidade da oferta. Isso garantiria eldquo;um fornecimento em equilíbrio contratual para as empresaserdquo;. Eis a íntegra do comunicado (66 KB). O acordo de importação de gás natural da Bolívia foi assinado em 1996, com contratação de 30 milhões de metros cúbicos por dia. Depois, em 2019, o CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) publicou uma resolução que visava criar condições para que outras empresas, além da Petrobras, pudessem ofertar gás natural importado no mercado interno. No mesmo ano, a Petrobras assinou um acordo com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e se comprometeu a reduzir suas importações de gás boliviano para 20 milhões de metros cúbicos por dia. Isso abriu espaço para que outros agentes privados contratassem gás da Bolívia.

Como posso te ajudar?