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Associadas à Abeifa iniciam 2º semestre com vendas em queda de 14,2%

As onze marcas filiadas à Abeifa endash; Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, com licenciamento de 3.726 unidades, das quais 1.401 importadas e 2.325 veículos de produção nacional, anotaram em julho último queda em suas vendas de 14,2% ante junho de 2022, quando foram comercializadas 4.345 unidades. Comparado a julho de 2021, a redução é de 49,6%: 3.726 unidades contra 7.397 veículos. Na importação, as 1.401 unidades vendidas significaram aumento de 13,9% ante as 1.230 unidades de junho de 2022 e redução de 45,2% ante julho de 2021; enquanto na produção nacional endash; com 2.325 unidades endash; a queda de vendas foi de 25,4% ante as 3.115 unidades do mês anterior e redução de 52% em relação a julho de 2021 (4.842 unidades). Com esse desempenho de julho, as marcas associadas à Abeifa anotaram no acumulado do ano 32.294 unidades licenciadas, 22,9% inferior às vendas dos sete primeiros meses do ano passado. Ao separar os números de importados e unidades de produção nacional, no entanto, a disparidade ainda é marcante. Enquanto os importados amargaram baixa de 38,6% (9.666 unidades este ano x 15.736 veículos em 2021), a produção nacional apresentou performance também negativo, mas de menor impacto: 13,5% (22.628 x 26.150 unidades). Participações endash; Em julho último, com 3.726 unidades licenciadas (importados + produção nacional), a participação das associadas à Abeifa foi de 2,2% do mercado total de autos e comerciais leves (169.093 unidades). Se consideradas somente as 1.401 unidades importadas, as associadas à entidade responderam por apenas 0,82% do mercado interno brasileiro, enquanto as unidades nacionais, com 2.325 veículos, significaram marketshare de 1,37%. Se considerado o acumulado de janeiro a julho, as associadas à Abeifa respondem por 3,16%: 32.294 unidades ante o mercado interno brasileiro de 1.020.245 veículos.

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IPCA de julho registra deflação de 0,68%, a maior desde início da série histórica do IBGE

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou queda de 0,68% julho, a maior deflação registrada desde o início da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 1980. Com esse resultado, o IPCA acumula alta de 4,77% no ano e 10,07% em 12 meses. O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast, que previam um recuo entre 0,88% e 0,45%, com mediana negativa de 0,66%. A deflação foi puxada pelas quedas nos preços dos combustíveis e da energia. O preço da gasolina caiu 15,48% e o do etanol, 11,38%. A gasolina, individualmente, contribuiu com o impacto negativo mais intenso entre os 377 subitens que compõem IPCA, com -1,04 ponto percentual (p.p.). Além disso, também foi registrada queda no preço do gás veicular, com -5,67%. O único combustível com alta em julho foi o óleo diesel (4,59%), cujo resultado ficou acima do mês anterior (3,82%). O grupo de Transportes (que contém combustíveis, entre outros itens) teve queda de 4,51% na comparação com o mês anterior e teve impacto de -1 p.p. no IPCA de julho. O único outro grupo a ter deflação foi o de Habitação, que caiu 1,05% na comparação com junho e teve impacto de 0,16 ponto percentual.

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Hidrogênio verde pode puxar retomada dos investimentos na indústria química no Brasil

A substituição do hidrogênio cinza, proveniente de fontes fósseis, por hidrogênio verde pode impactar mais do que na redução das emissões dos gases de efeito estufa: pode ser a base para a retomada dos investimentos da indústria química no Brasil e, ainda, na redução do déficit da balança comercial do setor. Depois de anos sem grandes investimentos no setor, a Unigel anunciou recentemente a construção de uma fábrica de hidrogênio verde no polo industrial de Camaçari (BA). Com investimento inicial de US$ 120 milhões, a unidade deve ser a maior do mundo e ficará ao lado de outras duas fábricas que produzem amônia e estirênico. A fábrica deve entrar em operação no fim de 2023, com a produção de 10 mil toneladas de hidrogênio verde por ano. Parte dessa produção será convertida em 60 mil toneladas de amônia verde ao ano. eldquo;Por muito tempo houve hiato de investimento na indústria química no Brasilerdquo;, diz Roberto Noronha, presidente da Unigel. eldquo;Estamos apostando no País com novos investimentos e temos a certeza que isso contribuirá para a redução do déficit da balança comercial do setor.erdquo; O déficit comercial da balança de produtos químicos no Brasil é crescente, segundo Noronha, por dois motivos: a falta de investimentos locais e a dependência de fertilizantes importados. eldquo;Com a produção de hidrogênio verde, nossa ideia é ampliar a produção de amônia verde no Brasil e, consequentemente, fertilizantes verdeserdquo;, diz ele. eldquo;Não há investimento no setor químico no Brasil pelo Custo Brasil, de tributos e de matéria-prima não competitiva. Temos tomado decisões que ajudarão a reduzir o déficit da balança comercial.erdquo; Uma década de crescimento Segundo o diretor de Relações Institucionais da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), André Passos Cordeiro, o ciclo de investimentos no setor ocorreu entre 2006 e 2016. Foi uma década inteira com média anual de investimentos de US$ 2 bilhões. A partir de 2017, esse volume começou a baixar, ficando em US$ 600 milhões por ano. O investimento da Unigel significa de certa forma uma retomada, diz Cordeiro. No primeiro semestre, o déficit acumulado da balança comercial de produtos químicos atingiu o recorde de US$ 29,7 bilhões, com aumento de 60% comparado com o mesmo período de 2021. O resultado do semestre é superior a grande parte dos déficits anuais nos últimos 30 anos. eldquo;No Brasil, há passos para viabilizar projetos desse tipo da Unigel e avançar em outros projetoserdquo;, diz Cordeiro. eldquo;Há um projeto em carteira de reciclagem química de plásticos que transformam o plástico novamente em resina.erdquo; Carbono zero Fora o equilíbrio do déficit comercial, outro benefício da fábrica nova da Unigel é a descarbonização. João Zuneda, sócio fundador da consultoria MaxiQuim, diz haver uma tendência de descarbonização do setor industrial em diversas regiões do globo. eldquo;Mesmo com as riquezas fósseis do pré-sal brasileiro, como o petróleo e o gás natural, o País tem uma grande oportunidade em um novo ciclo de investimento na indústria química, sem a utilização de matérias-primas fósseis. É aí que entra o hidrogênio verdeerdquo;, afirma. Fontes de energias limpas, como a eólica e a fotovoltaica, são utilizadas agora para a produção. O Brasil já está em terceiro e quinto lugar no ranking global de produção destas energias. Quase metade do consumo energético no Nordeste brasileiro vem delas. Segundo Zuneda, é uma realidade batendo na porta da indústria química brasileira. eldquo;Se somarmos a produção de hidrogênio, no qual a indústria química brasileira pode produzir, por exemplo, a amônia, matéria-prima para fertilizantes e inúmeros outros produtos químicos, a captura de CO2, o País pode retomar a produção de metanol. Ou seja, um novo ciclo de investimentos começaerdquo;, afirma.

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Governo estuda nova âncora fiscal inspirada em metas de inflação

O Ministério da Economia está desenhando um modelo de meta para a dívida pública com banda de flutuação para cima ou para baixo, inspirado no sistema de metas de inflação adotado há 23 anos pelo Banco Central (BC) para definir a política de juros. Uma das propostas testadas é um alvo para a dívida entre 60% e 70% do Produto Interno Bruto (PIB), com margem de tolerância de cinco pontos porcentuais para mais ou para menos, segundo apurou o Estadão. Por exemplo: se a meta for de 65% do PIB, o governo cumpriria a meta se levasse a dívida para o intervalo entre 60% e 70%. Hoje, a dívida está em 78,2% do PIB endash; no melhor momento, em dezembro de 2011, chegou a 51,3%. Não há, porém, nenhum número fechado. Dependendo do nível da dívida e da sua trajetória, o sistema de bandas permitiria aumentar as despesas acima da inflação desde que garantida a continuidade da queda do endividamento. Se a dívida estiver subindo, o governo teria de voltar a corrigir as despesas. Os técnicos da equipe econômica pretendem apresentar o resultado das simulações em reunião no início da semana que vem. O modelo faz parte da regulamentação de emenda constitucional promulgada em março de 2021 que garantiu a prorrogação do auxílio emergencial. A emenda introduz uma meta para a dívida pública no arcabouço das regras fiscais, mas, passado mais de um ano, ainda não foi regulamentada. A expectativa da área econômica é de que o projeto de regulamentação seja discutido pelo Congresso na janela de votações depois das eleições. A ideia dos técnicos é que a dívida pública passe a ser a principal âncora da política fiscal brasileira. Hoje, esse papel é do teto de gastos, regra que atrela o crescimento das despesas à inflação. Emergentes A proporção de 60% do PIB costuma ser referência para economias emergentes, como o Brasil. A previsão do governo é de que a dívida bruta em 2022 seja em torno de 78% do PIB. Em 2020, primeiro ano da pandemia da covid-19, a dívida bruta subiu para 88,6% do PIB. Na época, analistas chegaram a prever que o endividamento público poderia chegar a 100%, o que não aconteceu. Como mostrou o Estadão em meados de julho, a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, discute mudanças no teto com a possibilidade de garantir um aumento real das despesas primárias (acima da inflação). Um dos números em estudo era de 1,5% do PIB. Esse número pode subir a depender do PIB. A eldquo;regra de bolsoerdquo; a ser aplicada é a de que o ajuste do teto para acomodar mais benefícios sociais e investimentos não pode ser maior do que a expansão do PIB. Para 2022, o governo prevê alta do PIB de 2%. Para 2023, a estimativa chega a 2,5%, cenário que destoa do mercado financeiro, que projeta uma desaceleração para 0,4%. A regulamentação da meta para a dívida é discutida com o ajuste no teto. Os técnicos do Ministério da Economia na área fiscal defendem a permanência de uma regra de controle das despesas aliada à meta para a dívida. Bandas Um integrante da equipe econômica disse ao Estadão que a vantagem é que a própria emenda diz que a lei complementar pode autorizar a aplicação dos mesmos gatilhos (medidas de corte de despesas) já previstos, como o congelamento de salários dos servidores e cortes de benefícios fiscais. Esses gatilhos poderão ser acionados para colocar a dívida na meta. Num primeiro estágio de cenário de endividamento e rombo nas contas públicas crescentes (o pior cenário), o governo teria de fazer cortes nas despesas, e os gatilhos poderiam ser usados como variável de ajustes finos ao longo do tempo. Num segundo estágio de cenário, de dívida caindo e pequeno déficit ou superávit, as bandas poderiam permitir usar um eldquo;pedaçoerdquo; do crescimento do PIB para aumentar as despesas. A receita estaria crescendo mais do que a despesa ao longo do tempo, e a dívida continuaria na trajetória de convergência para a meta. Já num terceiro cenário, de superávit nominal (que inclui o pagamento de juros da dívida) e trajetória de queda da dívida, o governo poderia reduzir os impostos mais rapidamente. Analista do Senado e especialista em contas públicas, Leonardo Ribeiro considera uma estratégia positiva e alinhada a boas práticas internacionais a substituição do teto de gastos, regra de despesas, por uma âncora fiscal balizada pela dívida pública. eldquo;Há transações que não necessariamente passam pelo Orçamento e afetam a dívida pública, como capitalização de bancos públicos com títulos de dívida e mesmo a postergação do pagamento de precatórios (dívidas judiciais da União)erdquo;, afirma. eldquo;O teto de gastos tem várias exceções, é mais fácil de driblar. Já uma regra de dívida é mais abrangente e mais diretamente ligada à sustentabilidade da dívida.erdquo; Ele questiona, porém, estipular uma banda de flutuação. Já o economista-chefe da XP Investimentos, Caio Megale, avalia que a manutenção do teto atual seria mais prudente, com alguns ajustes para acomodar despesas permanentes já anunciadas, como a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600. eldquo;Como ainda estamos num nível de endividamento muito alto, você não pode só apostar em aumento de receitas; precisa ter um controle de despesas que seja próximo à inflação, que acaba sendo um instrumento para chegar na meta de dívidaerdquo;, diz. Carga sobre o PIB - 51,3% do PIB era a dívida bruta do governo em dezembro de 2011 - 88,6% foi o porcentual em dezembro de 2020, o mais alto desde dezembro de 2011 - 80,3% foi para quanto caiu o peso da dívida sobre o PIB em dezembro de 2021 - 78,2% foi o porcentual de maio de 2022, que confirmou uma trajetória de queda desde dezembro de 2020

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Setor de biodiesel se articula para garantir B20 em lei

O relator da MP 1118, Danilo Forte (União Brasil/CE), pretende incluir no texto as principais propostas da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio). Dentre elas, assegurar, na lei, o aumento da mistura de biodiesel. A MP original trata de tributação dos combustíveis. emdash; Objetivo é reduzir a margem para o governo federal reduzir o mandato, hoje em 10% por decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). emdash; Frente Parlamentar do Biodiesel quer garantir retomada do B15, previsto originalmente para 2023, e o aumento até B20 nos anos subsequentes. eldquo;Estamos terminando ainda o formato. Queremos dar competitividade maior aos biocombustíveis e, ao mesmo tempo, evitar o desabastecimento nacional do mercado, que sofre impacto da guerraerdquo;, explicou o deputado. emdash; Se avançar, a MP precisa ser votada até o final de agosto. Ela perde a validade em setembro, mês em que os parlamentares pretendem se dedicar às eleições. A articulação na MP 1118 ocorre em meio à pressão de parlamentares da base, preocupados com as repercussões políticas de decisões recentes do governo de Jair Bolsonaro (PL). emdash; A dois meses das eleições, o governo deixou setores do agro insatisfeitos com a flexibilização dos prazos do programa RenovaBio. emdash; O setor de biodiesel teme também a possibilidade de perder reserva de mercado, em meio às discussões sobre a inclusão do diesel verde endash; produzido pela Petrobras a partir do coprocessamento de óleo vegetal com diesel fóssil nas refinarias endash; no mandato do biodiesel. O tema, contudo, não tem consenso dentro do próprio governo.

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Petróleo encerra em alta, com ânimo brando sobre recuperação da demanda global

Na semana passada, o preço do barril do petróleo despencou no mercado internacional. O temor de uma recessão induzida por aumento de juros e a subsequente queda na demanda da commodity deu a tônica das negociações. Ainda que esteja à espreita, o fantasma da recessão perdeu um pouco do seu tamanho, à medida que o payroll da última sexta-feira indicou um mercado de trabalho forte na primeira economia do mundo. No pregão de hoje, os preços de petróleo se beneficiaram dessa leitura mais otimista sobre a recuperação da demanda. Ao fim do pregão, os contratos futuros de WTI e Brent avançaram, respectivamente, 1,63% e 1,46%. Petroleiras de olho no ´Inflation Reduction Act´ Apesar de a aposta na recuperação da demanda sobrepor temores de encolhimento da economia e ajudar no ímpeto do setor, petroleiras americanas devem acompanhar de perto o trâmite do ´Inflation Reduction Act´ no Congresso dos EUA. Entre outras provisões compromissadas com a transição energética, o pacote cria uma taxa de 15% sobre a receita de petroleiras que arrecadam acima de US$ 1 bilhão por ano. O texto aprovado no Senado segue para a Câmara dos Representantes ainda nessa semana, onde deve ser aprovado pela maioria democrata. Após o fechamento do mercado em Londres, as britânicas BP (BP) e Shell (SHEL) avançavam 0,73% e 1,75%, respectivamente. A Chevron (CVX) apresentou perdas de 0,10%, ao passo que a ExxonMobil (XOM) ganhou 0,55%. A Petrobras (PETR4) continua os ganhos da semana passada e fechou em alta de mais de 5%.

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