Ano:
Mês:
article

Petrobras é intimada em ação que pede impugnação de seu presidente

A Petrobras informou nesta segunda-feira (22) que foi intimada no dia 11 de agosto a apresentar sua defesa em ação judicial que visa a impugnação da nomeação de Caio Mário Paes de Andrade como presidente da companhia. Em comunicado ao mercado, a petroleira afirmou que a Justiça Federal fez a solicitação antes de ser apreciado o pedido de liminar de anulação da posse de Andrade. A ação é de autoria de Mario Alberto Dal Zot, presidente da Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras (Anapetro), e do senador do PT Jean Paul Prates. Caio Mário Paes de Andrade foi eleito, no dia 27 de junho, pelo Conselho de Administração para liderar a companhia, tendo sido a terceira troca feita pelo presidente Jair Bolsonaro no comando da petroleira em meio a sucessivos aumentos nos preços dos combustíveis nas refinarias. Segundo a Petrobras, a ação contra o novo CEO foi ajuizada em 28 de junho.

article

Postos podem lucrar com recarga de carros elétricos

A Shell prevê instalar 35 eletropostos no Brasil até o final de 2023. Outra grande marca, a Petrobras quer criar pelo menos 70 pontos de recarga de carros elétricos até o fim do ano que vem. No caso da Petrobras, a novidade chegou em julho deste ano. A Vibra, licenciada da marca, inaugurou o primeiro eletroposto. No local, existem três pontos de recarga. Segundo a empresa, os plugues possuem padrões CCS-2, CHAdeMO (abreviatura de eldquo;CHArge de MOveerdquo;, equivalente a eldquo;Movimento de Cargaerdquo;) e conector Tipo 2. Já a potência máxima de saída é de 150 kW em corrente contínua ou 45 kW em corrente alternada. O ponto de recarga foi instalado no posto Petrobras Arco-Íris, que fica na cidade de Roseira, em São Paulo, na Via Dutra. Assim, quem possui um carro elétrico terá essa facilidade para chegar ao Rio de Janeiro. A princípio, os clientes podem fazer a recarga de forma gratuita. Já os clientes cadastrados no programa Premmia ainda acumulam dez vezes mais pontos. O objetivo da empresa é ligar sete estados brasileiros, cobrindo Sul e Sudeste. Segundo a Vibra, os eletropostos também chegarão a Brasília. eldquo;A escolha de priorizar nossa atuação em postos rodoviários se deu porque identificamos que hoje a maior dificuldade dos usuários de veículos elétricos está relacionada à falta de infraestrutura de recarga fora dos centros urbanos, o que compromete a experiência do usuário em de longas distânciaserdquo;, afirma Wilson Ferreira Junior, presidente da Vibra, em nota. Postos elétricos cobram pela recarga de carro? Ainda não há um modelo de monetização da recarga de carros elétricos no Brasil. Entretanto, a possibilidade não está descartada. Neste ano, as primeiras empresas já começaram a cobrar pelo serviço. Por exemplo, a Shell cobra uma tarifa de R$ 1,90 por kWh em um posto de São Paulo. Com o nome de Shell Recharge, o eletroposto oferece uma recarga de até 35 minutos para carros elétricos. Para cobrar, o posto usa o aplicativo da Tupinambá. Além disso, a Tupinambá também opera uma rede própria e possui 150 pontos de carregamento. Destas unidades, a metade já cobra pela recarga. Apesar de não ser uma prática tão comum, cobrar pela recarga de carro elétrico tem base legal. Em 19 de junho de 2018, a resolução nº 819 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) liberou essa cobrança. Empresas e estabelecimentos privados podem cobrar para que as pessoas carreguem os carros elétricos. Por outro lado, os postos podem optar por não cobrar a recarga e fidelizar o cliente na conveniência. Nos Estados Unidos, por exemplo, o faturamento com estas lojas acaba sendo maior do que com o abastecimento.

article

Combustível limpo e energia renovável: o futuro da Vibra

O que será dos postos de combustíveis, quando chegar o futuro próximo da mobilidade elétrica, com menos combustíveis fósseis? No Brasil, são mais de 40.000 pontos de abastecimento espalhados de uma ponta a outra do país. A existência desses estabelecimentos não parece combinar com as tecnologias que apontam no horizonte, em que os próprios consumidores terão autonomia para abastecer os carros em pontos de energia elétrica de shoppings, na garagem dos escritórios ou até em casa. Para a dona da bandeira BR, responsável por mais de 8.000 postos, a resposta para a dúvida é: os postos de combustíveis serão postos de energia. E o plano não é tão simples quanto colocar pontos de carregamento elétrico nos postos endash; embora isso também já esteja sendo feito em 300 eletropostos BR espalhados por 8 estados brasileiros. O objetivo da Vibra (VBBR3), nome dado à antiga BR Distribuidora após o plano de privatização, é ser uma plataforma multienergia. Atualmente, quase 6 em cada 10 reais faturados pela antiga BR vem da rede de postos. O restante vem, basicamente, dos negócios de venda direta de combustíveis para empresas. A frente de novos negócios tem uma fração ainda menor. Porém, a expectativa da empresa é que, em um futuro breve, a participação desse último grupo fique mais equilibrada na balança. "O negócio de combustíveis continuará a ser relevante, mas queremos fazer a nossa própria transição energética", disse André Natal, CFO da Vibra, em entrevista à EXAME Invest. Por meio de parcerias e aquisições, a antiga BR Distribudora investiu em três frentes: etanol, biocombustíveis e energia elétrica renovável. Antes de tudo, cabe dizer que o plano não tem a ver apenas com o compromisso de um futuro mais verde. A questão é que a Vibra entendeu que os clientes que hoje compram combustível serão os mesmos que demandarão por outras fontes em um futuro breve, e atender a essa clientela de décadas será fundamental para manter os resultados em dia. Segundo cálculos da empresa, os investimentos feitos em novos negócios aumentarão o Ebitda, de forma consistente, em 50% nos próximos cinco anos. Os "parceiros" da Vibra Um dos passos mais importantes da jornada foi dado no ano passado, com a compra de 50% da Comerc por R$ 3,25 bilhões. A Comerc é uma das maiores comercializadoras de energia no mercado livre endash; ou seja, ela é uma fornecedora de energia elétrica para empresas. Parte dessa energia vem de projetos solares e eólicos desenvolvidos pela própria comercializadora. "A parceria nos consolida na posição de plataforma multienergia. O mercado livre de energia é o que mais tende a crescer, e a Comerc tem a vantagem competitiva de comercializar energia renovável", disse Wilson Ferreira Junior, CEO da Vibra, em conferência com analistas. Ferreira Junior deve permanecer no comando da Vibra até o mês que vem, quando assumirá a presidência da Eletrobras. A compra da Comerc tem uma importante digital de Ferreira Junior. Com uma carreira de quase 30 anos no setor de energia elétrica, o executivo assumiu a então BR Distribuidora às vésperas do follow-on que privatizou a companhia e a transformou em Vibra. Parte do plano era diversificar os negócios, tarefa que foi empenhada não só na frente de energia elétrica, mas também em outros segmentos. Sob a batuta de Ferreira Junior, a Vibra também firmou uma joint-venture com a Copersucar para a comercialização de etanol. Antes, os postos BR eram abastecidos pelo produto que era comprado diretamente das usinas.Agora, todo o etanol produzido pela Copersucar vai para a joint-venture com a Vibra, e a ideia é, em breve, não só abastecer os postos da rede, mas também outros clientes do mercado. Embora o etanol seja um "bicho" já conhecido pela Vibra, em razão da experiência com os postos BR, a estratégia agora é diferente. O negócio com a Copersucar, recém-batizado de Evolua, vai conversar com outra aquisição da Vibra. No mês passado, a empresa adquiriu 50% da ZEG Biogás, empresa que produz e comercializa biocombustíveis. As sobras do etanol produzido pela Copersucar (chamadas de "vinhaça") alimentarão a produção de biogás e biometano da ZEG. "É uma união em que nós oferecemos a capacidade financeira, o acesso aos clientes e, principalmente, a matéria prima, a vinhaça", explicou Natal, da Vibra. As participações têm sido arquitetados de duas formas: ou a Vibra firma joint-ventures com essas empresas, ou adquire uma fatia de 50% (ou menos) da parceira endash;e não é por acaso. O plano aqui, diz Natal, é permitir que os novos negócios caminhem de forma independente, preservando, inclusive, os times que criaram e operam a empresa.

article

Trabalho remoto mantém varejo abaixo do pré-pandemia, diz CNC

Passado o pior momento da pandemia, a normalização da circulação de consumidores pelas ruas das cidades tem impulsionado o desempenho econômico do varejo brasileiro nas regiões mais dependentes do consumo presencial. Já nos Estados onde o trabalho remoto é mais comum, como São Paulo e Rio de Janeiro, as vendas permanecem abaixo do patamar précrise sanitária. Os dados são de um estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), obtido com exclusividade pelo Estadão/broadcast. O levantamento cruza resultados do volume vendido pelo varejo extraídos da Pesquisa Mensal de Comércio, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com informações sobre a mobilidade da população captadas pelo Google Mobility. No Norte do País, as vendas no varejo operavam em junho em nível superior ao de fevereiro de 2020, no pré-covid, em cinco dos sete Estados da região: Roraima (17,1% acima do patamar pré-pandemia), Pará (15,7%), Amapá (14,6%), Amazonas (6,2%) e Rondônia (3,2%). A movimentação de consumidores chegou a aumentar 39% no Pará em relação ao padrão do início de 2020. Em Roraima, a alta foi de 34%. A melhora nos negócios foi percebida pelo casal de comerciantes Oberdan Falcão, de 36 anos, e Fabíola Nogueira, de 35 anos. Eles têm uma loja de artigos esportivos no bairro de São Vicente, próximo ao centro de Boa Vista, capital de Roraima. eldquo;Durante a pandemia, caiu muito a venda, muito mesmoerdquo;, relatou Fabíola. eldquo;Conforme foi tendo a vacina, o pessoal voltou devagarinho. Agora, a gente já recuperou, os clientes são ainda mais numerosos do que a gente tinha antes.erdquo; O estabelecimento endash; que homenageia no nome a filha do casal, Andressa Sport Center, e existe há cerca de cinco anos endash; está faturando cerca de 30% mais do que antes da pandemia. eldquo;Hoje, a gente vende umas 40 a 50 camisas do Flamengo por mês, às vezes até mais. Antes, a gente vendia umas 25 camisas por mêserdquo;, contou Fabíola. Segundo o economista Fabio Bentes, autor do estudo da CNC, os Estados do Norte têm menos acesso ao comércio eletrônico, e as liberações de renda extra pelo governo chegam mais diretamente ao varejo. eldquo;No Rio de Janeiro e em São Paulo, isso não faz tanta diferença assim, porque esses recursos se diluem numa economia mais desenvolvida. No Norte e no Nordeste, mesmo com uma inflação alta, se você libera recursos, historicamente, tende a se destacar esse comportamentoerdquo;, explicou Fabio Bentes. EXCEÇÕES. Na média nacional, o volume vendido pelo varejo chegou em junho a um patamar 1,6% superior ao da pré-pandemia. Mas o desempenho do comércio varejista de São Paulo estava 0,4% aquém do pré-covid, enquanto o do Rio de Janeiro ainda estava 5,6% abaixo. O estudo da CNC mostrou ainda que São Paulo e Rio de Janeiro são as últimas unidades da federação no ranking de retomada da circulação de consumidores. Em São Paulo, a circulação de pessoas em estabelecimentos comerciais está 12% aquém do pré-pandemia; no Rio, 9%. Bentes explica que, no Sudeste, além de o comércio eletrônico ser mais difundido, a pandemia mudou hábitos de trabalho e de circulação de consumidores. Os trabalhadores de São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, têm maior propensão ao trabalho remoto. Isso reduziu a movimentação pelas regiões centrais das capitais. ebull;

article

Petrobras inicia adoção de 5G em plataformas

A Petrobras vai adotar o acesso a redes 5G, a partir do fim do ano, em 29 plataformas de produção próprias, nas bacias de Campos e Santos, e em 17 unidades em terra, entre refinarias, unidades de tratamento de gás e portos. O projeto envolve a ampliação de uma rede 4G privativa -- estrutura dedicada à operação da empresa -, em parceria com a Vivo, marca da Telefônica, desde 2021, que prevê a ativação gradual do 5G ao longo de 2023, informa Maximilliam Nunes Starling Vieira, consultor sênior de conectividade da Petrobras. Ainda este ano, a Petrobras prevê ativar a nova geração das redes de telefonia móvel em 4 unidades em terra e em 13 plataformas marítimas. Segundo Vieira, a melhora da eficiência operacional e a redução de riscos são os principais objetivos da empresa com a implantação do 5G. eldquo;Quando fazemos um investimento desse tipo, o objetivo principal é aumentar a eficiência operacional e a segurança dos funcionárioserdquo;, afirma o especialista, em entrevista ao Valor. O montante investido no projeto não foi informado pela empresa. eldquo;A chegada do 5G em uma rede privativa suporta uma quantidade enorme de sensores de internet das coisas (IoT), que vão gerar quantidade de dados absurdaerdquo;, diz o consultor de conectividade que integra uma equipe interna de 100 pessoas dedicadas ao projeto do 5G na Petrobras. Ele cita como exemplo o monitoramento contínuo de bombas e motores que viabilizam a produção de óleo e gás em plataformas. eldquo;Isso permite que a gente atue de maneira preditiva em manutenções antes que ocorram falhas, o que evita que equipamentos parem e afetem a produçãoerdquo;, explica Vieira. O acesso mais veloz a dados também será aplicado na segurança dos funcionários em campo, como parte de um programa de mobilidade operacional da Petrobras. eldquo;Conseguimos ver o que os funcionários estão vendo, monitorar sinais vitais e manter a comunicação, em tempo real, entre uma plataforma e uma sala de controle, ou um COI centros de operações inte O 5G também deve acelerar o uso de robôs e drones para a inspeção de torres e outras áreas elevadas, em plataformas de produção de óleo e gás da empresa, fazendo checagens minuciosas em estruturas altas que podem apresentar corrosão, por exemplo. Vieira conta que a Petrobras já tem utilizado drones para a supervisão de algumas instalações, com redes 4G, reduzindo a exposição de funcionários em áreas de risco. Para ler esta notícia, clique aqui.

article

Acordo técnico com Argentina amplia comércio de veículos

O comércio de automóveis entre Brasil e Argentina deve crescer R$ 66,8 bilhões até 2040, devido a um acordo pelo qual os certificados técnicos para itens de segurança veicular emitidos aqui serão reconhecidos lá e vice-versa. A estimativa é da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia. A redução da burocracia e de custos deve tornar o comércio mais dinâmico e estimular a expansão da capacidade das montadoras. Dessa forma, são esperados R$ 29,1 bilhões a mais em investimentos no mesmo período, calcula o governo. eldquo;É como se estivéssemos fazendo um acordoerdquo;, comparou o secretário de Comércio Exterior, Lucas Ferraz, em entrevista ao Valor. As certificações técnicas são barreiras ao comércio e sua eliminação faz crescer os volumes de exportações e importações. É um efeito semelhante ao visto após acordos comerciais. Até agora, fabricantes de automóveis no Brasil precisavam obter sinal verde da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) sobre itens como sistema de freios e cintos de segurança, para comercializar carros aqui. Para vender na Argentina, precisavam obter certificados semelhantes do governo local. O processo levava cerca de três meses e custava caro. Era necessário, por exemplo, repetir os eldquo;crash testserdquo;, aqueles testes de colisão com boneco dentro do veículo. eldquo;Transformamos o que levava três meses em algo instantâneoerdquo;, disse o secretário. Para 80% dos itens de segurança, bastará o certificado de um dos países. Neste primeiro momento, o Acordo de Reconhecimento Mútuo (ARM) entre Brasil e Argentina abarcará automóveis leves, de até oito passageiros, e caminhonetes. O plano é estendê-lo futuramente para ônibus e caminhões, além de autopeças. Os padrões de segurança não são iguais no Brasil e na Argentina, mas ambos os países seguem normas internacionais. Por isso foi possível negociar o ARM. No primeiro ano do acordo, o reconhecimento mútuo será aplicado apenas a modelos fabricados no Brasil ou na Argentina. No segundo ano, serão admitidos veículos importados, desde que trazidos por montadoras instaladas em um dos dois países. Apenas no terceiro ano serão admitidos todos os carros. O comércio entre Brasil e Argentina somou US$ 23,8 bilhões em 2021. A parcela coberta pelo ARM, na sua versão atual, representa 20% desse total. Quando outros segmentos forem acrescentados, o acordo cobrirá 40% do comércio bilateral. As negociações do acordo começaram em 2018 e foram concluídas em julho passado. Para ler esta notícia, clique aqui.

Como posso te ajudar?