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Petróleo tem sessão volátil e termina dia 'de lado"

O petróleo encerrou o pregão desta segunda-feira (22) em queda moderada, após uma sessão extremamente volátil. Preocupações com uma desaceleração global deram o pano de fundo das negociações hoje, aliado a problemas locais de produção nos Estados Unidos. Ao final da sessão regular, o petróleo tipo WTI, a referência americana, fechou em queda de 0,11%. A referência global, o tipo Brent, também encerrou no terreno negativo, perdendo 0,12%. O comportamento volátil reflete uma sessão de intenso vaivém nesta segunda-feira no mercado da commodity. Após iniciar o dia no campo positivo, logo virou para o negativo, acompanhando os sentimento dos mercados acionários globais, chegando a perder mais de 3%. Na reta final, o petróleo conseguiu recompor o fôlego para praticamente zerar as perdas. No fim, encerrou o dia eldquo;de ladoerdquo;. Petrolíferas internacionais mistas As ações de petrolíferas acompanharam a falta de direção definida do petróleo. Em Londres, a BP ganhou 0,27%, enquanto a Shell (SHEL) perdeu 0,20%. Já em Nova York, ExxonMobil (XOM) e Chevron (CVX) foram levemente pressionadas, fechando com -0,02% e -0,46%. Por sua vez, a Petrobras (PETR4) terminou em alta de 1,83%.

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Petróleo cai a nível anterior à guerra e deve derrubar gasolina e diesel

O preço dos combustíveis tem caído no Brasil, com sucessivos anúncios de cortes. Como é possível? O petróleo, que no passado recente fez a gasolina disparar, agora voltou ao nível de US$ 90 o barril, como antes da guerra na Ucrânia, o que deve puxar para baixo ainda mais o preço de combustíveis como gasolina e diesel no país. Por que o petróleo está mais barato? De acordo com especialistas consultados pelo UOL, a queda recente do petróleo está ligada a uma desaceleração da economia mundial, principalmente dos EUA e China, e também ao aumento da oferta da commodity. As projeções de crescimento global estão caindo, com inflação e juros num mundo todo, e isso reduz a demanda por produtos. Como já tivemos o pior do efeito da guerra da Rússia e Ucrânia, agora o foco é a economia do mundo desaquecendo, o que faz cair o preço do petróleo, diz Rodrigo Glatt, sócio da gestora GTI. Efeitos dos EUA e da China no mundo: Segundo Paulo Dutra, professor de economia da FAAP, a alta dos juros nos EUA para tentar segurar os impactos da guerra na economia do país ameaçam levar a maior economia do mundo à recessão, em um momento em que a China também desacelera. Isso acabou desenvolvendo um processo recessivo, principalmente com o desaquecimento da China. O país está consumindo uma quantidade menor de energia e, consequentemente, de outros insumos, diz Dutra. Há mais produção de petróleo? Além disso, há também a expectativa de volta do Irã ao mercado internacional num futuro próximo, fornecendo mais petróleo e reduzindo o preço. O país é dono da terceira maior reserva de petróleo no mundo, de acordo com dados da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), ficando atrás apenas da Venezuela e Arábia Saudita. Petróleo mais barato nos EUA: Também há um esforço do governo dos EUA para reduzir o preço da energia e dos combustíveis no país, que subiram com a guerra na Ucrânia. A Casa Branca convidou os CEOs de sete petroleiras para uma reunião para discutir maneiras de aumentar a capacidade de produção e reduzir os preços dos combustíveis. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Arábia Saudita diz que pode cortar produção de petróleo caso preços continuem a cair

A Arábia Saudita disse que caso os preços do petróleo continuem a cair, vai pleitear por uma queda na produção do produto entre os países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo + (Opep+) para eldquo;atingir um preço correto e apropriadoerdquo;. Em entrevista para a eldquo;Bloombergerdquo;, o príncipe Abdulaziz bin Salman, ministro da Energia da Arábia Saudita, disse que a Opep+ tem eldquo;a capacidade de reduzir a produção a qualquer momento e de maneiras diferenteserdquo;, diante da queda dos preços do petróleo, que foi de quase US$ 120 por barril em junho para cerca de US$ 95 por barril em agosto. Segundo o príncipe, o mercado do petróleo entrou em "um círculo vicioso perpétuo de liquidez muito baixa e volatilidade extremaerdquo;. eldquo;O mercado está em um estado de esquizofrenia e isso está criando um efeito ioiô, enviando sinais errados em um momento em que mais visibilidade e clareza são necessários mais do que nunca para permitir que os participantes do mercado gerenciem com eficiência os enormes riscos e incertezas que enfrentamerdquo;, disse o príncipe saudita. eldquo;O ciclo negativo aumenta com alegações infundadas de que há uma queda na demanda e notícias repetidas de uma grande quantidade de oferta ao mercadoerdquo;. A Opep+ anunciou um leve aumento de produção no início de agosto, medida que agradou países que vêm sofrendo com a alta dos preços de energia, como os EUA e a Alemanha. Semanas antes da decisão, o presidente americano Joe Biden viajou para a Arábia Saudita, em parte para pressionar a Arábia Saudita a aumentar a produção de petróleo para ajudar a manter os preços sob controle após a invasão da Ucrânia pela Rússia. Os comentários do príncipe Abdulaziz sugerem que a Arábia Saudita está descontente com a última queda nos preços do petróleo. Há muito tempo o país argumenta que o aumento do investimento no setor de energia é necessário para ajudar a atender à crescente demanda global e alertou que há pouca capacidade disponível para aumentar ainda mais a produção caso a oferta russa caia acentuadamente sob as sanções ocidentais.

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Petrobras é intimada em ação que pede impugnação de seu presidente

A Petrobras informou nesta segunda-feira (22) que foi intimada no dia 11 de agosto a apresentar sua defesa em ação judicial que visa a impugnação da nomeação de Caio Mário Paes de Andrade como presidente da companhia. Em comunicado ao mercado, a petroleira afirmou que a Justiça Federal fez a solicitação antes de ser apreciado o pedido de liminar de anulação da posse de Andrade. A ação é de autoria de Mario Alberto Dal Zot, presidente da Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras (Anapetro), e do senador do PT Jean Paul Prates. Caio Mário Paes de Andrade foi eleito, no dia 27 de junho, pelo Conselho de Administração para liderar a companhia, tendo sido a terceira troca feita pelo presidente Jair Bolsonaro no comando da petroleira em meio a sucessivos aumentos nos preços dos combustíveis nas refinarias. Segundo a Petrobras, a ação contra o novo CEO foi ajuizada em 28 de junho.

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Postos podem lucrar com recarga de carros elétricos

A Shell prevê instalar 35 eletropostos no Brasil até o final de 2023. Outra grande marca, a Petrobras quer criar pelo menos 70 pontos de recarga de carros elétricos até o fim do ano que vem. No caso da Petrobras, a novidade chegou em julho deste ano. A Vibra, licenciada da marca, inaugurou o primeiro eletroposto. No local, existem três pontos de recarga. Segundo a empresa, os plugues possuem padrões CCS-2, CHAdeMO (abreviatura de eldquo;CHArge de MOveerdquo;, equivalente a eldquo;Movimento de Cargaerdquo;) e conector Tipo 2. Já a potência máxima de saída é de 150 kW em corrente contínua ou 45 kW em corrente alternada. O ponto de recarga foi instalado no posto Petrobras Arco-Íris, que fica na cidade de Roseira, em São Paulo, na Via Dutra. Assim, quem possui um carro elétrico terá essa facilidade para chegar ao Rio de Janeiro. A princípio, os clientes podem fazer a recarga de forma gratuita. Já os clientes cadastrados no programa Premmia ainda acumulam dez vezes mais pontos. O objetivo da empresa é ligar sete estados brasileiros, cobrindo Sul e Sudeste. Segundo a Vibra, os eletropostos também chegarão a Brasília. eldquo;A escolha de priorizar nossa atuação em postos rodoviários se deu porque identificamos que hoje a maior dificuldade dos usuários de veículos elétricos está relacionada à falta de infraestrutura de recarga fora dos centros urbanos, o que compromete a experiência do usuário em de longas distânciaserdquo;, afirma Wilson Ferreira Junior, presidente da Vibra, em nota. Postos elétricos cobram pela recarga de carro? Ainda não há um modelo de monetização da recarga de carros elétricos no Brasil. Entretanto, a possibilidade não está descartada. Neste ano, as primeiras empresas já começaram a cobrar pelo serviço. Por exemplo, a Shell cobra uma tarifa de R$ 1,90 por kWh em um posto de São Paulo. Com o nome de Shell Recharge, o eletroposto oferece uma recarga de até 35 minutos para carros elétricos. Para cobrar, o posto usa o aplicativo da Tupinambá. Além disso, a Tupinambá também opera uma rede própria e possui 150 pontos de carregamento. Destas unidades, a metade já cobra pela recarga. Apesar de não ser uma prática tão comum, cobrar pela recarga de carro elétrico tem base legal. Em 19 de junho de 2018, a resolução nº 819 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) liberou essa cobrança. Empresas e estabelecimentos privados podem cobrar para que as pessoas carreguem os carros elétricos. Por outro lado, os postos podem optar por não cobrar a recarga e fidelizar o cliente na conveniência. Nos Estados Unidos, por exemplo, o faturamento com estas lojas acaba sendo maior do que com o abastecimento.

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Combustível limpo e energia renovável: o futuro da Vibra

O que será dos postos de combustíveis, quando chegar o futuro próximo da mobilidade elétrica, com menos combustíveis fósseis? No Brasil, são mais de 40.000 pontos de abastecimento espalhados de uma ponta a outra do país. A existência desses estabelecimentos não parece combinar com as tecnologias que apontam no horizonte, em que os próprios consumidores terão autonomia para abastecer os carros em pontos de energia elétrica de shoppings, na garagem dos escritórios ou até em casa. Para a dona da bandeira BR, responsável por mais de 8.000 postos, a resposta para a dúvida é: os postos de combustíveis serão postos de energia. E o plano não é tão simples quanto colocar pontos de carregamento elétrico nos postos endash; embora isso também já esteja sendo feito em 300 eletropostos BR espalhados por 8 estados brasileiros. O objetivo da Vibra (VBBR3), nome dado à antiga BR Distribuidora após o plano de privatização, é ser uma plataforma multienergia. Atualmente, quase 6 em cada 10 reais faturados pela antiga BR vem da rede de postos. O restante vem, basicamente, dos negócios de venda direta de combustíveis para empresas. A frente de novos negócios tem uma fração ainda menor. Porém, a expectativa da empresa é que, em um futuro breve, a participação desse último grupo fique mais equilibrada na balança. "O negócio de combustíveis continuará a ser relevante, mas queremos fazer a nossa própria transição energética", disse André Natal, CFO da Vibra, em entrevista à EXAME Invest. Por meio de parcerias e aquisições, a antiga BR Distribudora investiu em três frentes: etanol, biocombustíveis e energia elétrica renovável. Antes de tudo, cabe dizer que o plano não tem a ver apenas com o compromisso de um futuro mais verde. A questão é que a Vibra entendeu que os clientes que hoje compram combustível serão os mesmos que demandarão por outras fontes em um futuro breve, e atender a essa clientela de décadas será fundamental para manter os resultados em dia. Segundo cálculos da empresa, os investimentos feitos em novos negócios aumentarão o Ebitda, de forma consistente, em 50% nos próximos cinco anos. Os "parceiros" da Vibra Um dos passos mais importantes da jornada foi dado no ano passado, com a compra de 50% da Comerc por R$ 3,25 bilhões. A Comerc é uma das maiores comercializadoras de energia no mercado livre endash; ou seja, ela é uma fornecedora de energia elétrica para empresas. Parte dessa energia vem de projetos solares e eólicos desenvolvidos pela própria comercializadora. "A parceria nos consolida na posição de plataforma multienergia. O mercado livre de energia é o que mais tende a crescer, e a Comerc tem a vantagem competitiva de comercializar energia renovável", disse Wilson Ferreira Junior, CEO da Vibra, em conferência com analistas. Ferreira Junior deve permanecer no comando da Vibra até o mês que vem, quando assumirá a presidência da Eletrobras. A compra da Comerc tem uma importante digital de Ferreira Junior. Com uma carreira de quase 30 anos no setor de energia elétrica, o executivo assumiu a então BR Distribuidora às vésperas do follow-on que privatizou a companhia e a transformou em Vibra. Parte do plano era diversificar os negócios, tarefa que foi empenhada não só na frente de energia elétrica, mas também em outros segmentos. Sob a batuta de Ferreira Junior, a Vibra também firmou uma joint-venture com a Copersucar para a comercialização de etanol. Antes, os postos BR eram abastecidos pelo produto que era comprado diretamente das usinas.Agora, todo o etanol produzido pela Copersucar vai para a joint-venture com a Vibra, e a ideia é, em breve, não só abastecer os postos da rede, mas também outros clientes do mercado. Embora o etanol seja um "bicho" já conhecido pela Vibra, em razão da experiência com os postos BR, a estratégia agora é diferente. O negócio com a Copersucar, recém-batizado de Evolua, vai conversar com outra aquisição da Vibra. No mês passado, a empresa adquiriu 50% da ZEG Biogás, empresa que produz e comercializa biocombustíveis. As sobras do etanol produzido pela Copersucar (chamadas de "vinhaça") alimentarão a produção de biogás e biometano da ZEG. "É uma união em que nós oferecemos a capacidade financeira, o acesso aos clientes e, principalmente, a matéria prima, a vinhaça", explicou Natal, da Vibra. As participações têm sido arquitetados de duas formas: ou a Vibra firma joint-ventures com essas empresas, ou adquire uma fatia de 50% (ou menos) da parceira endash;e não é por acaso. O plano aqui, diz Natal, é permitir que os novos negócios caminhem de forma independente, preservando, inclusive, os times que criaram e operam a empresa.

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