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Mudanças tributárias continuam a afetar o etanol

As alterações tributárias nos combustíveis afetaram em cheio, como esperado, a competitividade e as vendas do etanol hidratado, que abastece diretamente os tanques dos veículos flex. Na primeira metade de agosto, as vendas do biocombustível feitas pelas usinas do Centro-Sul foram bem mais fracas, enquanto a comercialização do etanol anidro, que é adicionado à gasolina, continuou a se fortalecer. De acordo com a União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica), as vendas de etanol hidratado recuaram 6,3% na primeira quinzena deste mês em comparação com o mesmo período da safra passada e a comercialização de anidro aumentou 15,7%. O volume de etanol hidratado ficou em 645,4 milhões de litros, a menor quantidade em uma só quinzena nesta temporada, que começou em abril. Desde que o governo federal isentou os combustíveis de PIS/Cofins, em junho, e que os Estados começaram a diminuir as cargas de ICMS ao longo do mês seguinte, o biocombustível só se manteve competitivo em relação à gasolina em Mato Grosso em algumas semanas. Ainda que o preço do etanol tenha caído nas bombas de quase todos os Estados nas duas primeiras semanas de agosto, a queda da gasolina foi mais acentuada. Há ainda um efeito de eldquo;marketingerdquo;, acredita Tarcilo Rodrigues, diretor da trading Bioagência. eldquo;O consumidor foi bombardeado com a informação de que o preço da gasolina ia cair de forma bastante drásticaerdquo;, disse. Ele crê que ainda haverá uma acomodação dos preços e aposta em mais quedas do etanol nas bombas, já que o preço para as usinas produtoras recuou de maneira mais acentuada até agora. Como reflexo das alterações tributárias, as vendas de gasolina voltaram a crescer, o que se vê nos dados de vendas do aditivo renovável. Com 493 milhões de litros comercializados, os 15 primeiros dias de agosto foram a melhor quinzena da safra para o mercado de etanol anidro. Além da migração do consumo do etanol hidratado para o combustível fóssil, o resultado também se deve a outros fatores. Parte desse volume de vendas do anidro no Centro-Sul foi direcionado para abastecer o Nordeste. A região ainda não havia iniciado de forma expressiva a moagem de cana da nova safra e também não importou volumes relevantes de etanol porque a janela de arbitragem está fechada, segundo Rodrigues. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Redução de tributos nos combustíveis pode custar mais de R$ 50 bi em 2022

Enquanto as medidas tomadas para forçar a redução nos preços dos combustíveis e nas contas de luz provocam deflações e tendem a render dividendos eleitorais para o presidente Jair Bolsonaro (PL), a fatura das desonerações deve ficar em mais de R$ 50 bilhões para o Tesouro Nacional. O volume de recursos é semelhante à diferença do custo de manter o Auxílio Brasil em R$ 600 em 2023, em vez de retomar R$ 400. Além de abrir mão de mais de R$ 33 bilhões em receitas de Pis/cofins em diesel, biodiesel, gás, gasolina e etanol neste ano, o Ministério da Economia pode ter de cobrir outro rombo, de mais de R$ 20 bilhões, com a perda de ICMS dos Estados com combustíveis e energia. O governo tentou jogar parte da conta da redução nas bombas para os governadores, mas sete Estados já conseguiram no Supremo Tribunal Federal (STF) liminares que obrigam a União a ressarcir mês a mês a perda de arrecadação no tributo estadual. As medidas cautelares já beneficiam São Paulo, Minas Gerais, Alagoas, Rio Grande do Norte, Piauí, Maranhão e Acre. Com essa jurisprudência, a Economia já começa a ver como perdidas outras ações semelhantes no Supremo. A redução do ICMS sobre combustíveis, energia e comunicações endash; com a fixação de um teto entre 17% e 18% endash; foi aprovada pelo Congresso por meio da Lei Complementar 194, em vigor desde 23 de junho. Pela lei, o governo federal é obrigado a compensar os Estados quando a perda de receita com o tributo passar de 5% na comparação com a receita de 2021. Essa compensação vem por meio de descontos nas parcelas das dívidas estaduais com o Tesouro. O Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados (Comsefaz) estima que as perdas até o fim do ano cheguem a R$ 48 bilhões. Como nem todos os Estados têm dívidas com a União, parte dos valores deverá ser paga via Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) endash; os royalties da mineração endash; em 2023. CÁLCULOS. Fontes do ministério alertam que as compensações podem passar dos R$ 20 bilhões neste ano, em um cenário em que todos os Estados consigam liminares que obriguem a compensação mensal pelo Tesouro. São Paulo foi um dos primeiros a obter a liminar, no fim do mês passado. Os cálculos do governo paulista mostram que a perda de ICMS com a nova lei chegou a R$ 963,1 milhões em julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Considerando o que excede 5% de perda, a estimativa é de R$ 5,127 bilhões a compensar até o fim do ano. eldquo;A compensação determinada pela decisão liminar do ministro Alexandre de Moraes é justa e segue o espírito da Lei Complementar 194erdquo;, diz o secretário da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo, Felipe Salto. Já a equipe econômica defende que a compensação seja feita com base nas receitas de todo o ano e, por isso, o eventual acerto de contas deveria ocorrer só em 2023. ebull;

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Gasolina e abobrinha lideram quedas de preço pelo IPCA-15

O preço da gasolina registrou queda de 16,80% em agosto e teve a maior contribuição negativa no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) do mês. No acumulado do ano, a gasolina teve queda de 14,91%. O indicador, prévia da inflação oficial, foi divulgado nesta quarta-feira, 24, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA-15 teve deflação de 0,73% em agosto, ante alta de 0,13% de julho. Esta é a maior deflação já registrada pelo IPCA-15. Segundo o IBGE, o resultado foi puxado pela queda dos preços no grupo de Transportes, que se deve, principalmente, à queda no preço dos combustíveis (-15,33%). Também foram registradas quedas no etanol (-10,78%), no gás veicular (-5,40%) e no óleo diesel (-0,56%). O único item que sofreu maior queda do que a gasolina em agosto foi a abobrinha (-17,89%). Também estão entre as maiores quedas o tomate (-15,04%), o morango (-14,12%) e a batata-inglesa (-13,37%). Após altas por quatro meses consecutivos, as passagens aéreas também registraram queda (-12,22%). Confira o ranking dos itens que mais caíram no IPCA-15 de agosto 1. Abobrinha: -17,89% 2. Gasolina: -16,80% 3. Tomate: -15,04% 4. Morango: -14,12% 5. Batata-inglesa: -13,37% 6. Passagem-aérea: -12,22% 7. Maracujá: -11,31% 8. Etanol: -10,78% 9. Pepino: -10,74%

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Petrobras foi a maior pagadora de dividendos no mundo no 2º trimestre; veja ranking

Com a distribuição de US$ 9,7 bilhões em proventos, a Petrobras foi a empresa que mais pagou dividendos no mundo no segundo trimestre deste ano. A companhia ficou bem à frente não só de outras petroleiras, como também de empresas como Nestlé, China Mobile e Microsoft. Os dados estão na 35ª edição do Índice Global de Dividendos da gestora britânica Janus Henderson. O relatório analisa trimestralmente as 1.200 maiores empresas do mundo por capitalização de mercado, que representam 90% dos dividendos pagos globalmente. Para efeito de comparação, no segundo trimestre de 2021, a empresa pagou US$ 1 bilhão aos acionistas. Como a União é o maior acionista da estatal, o governo é o principal beneficiário quando a empresa amplia o pagamento de dividendos. Pelo levantamento da Janus Henderson, a empresa não só multiplicou em mais de nove vezes os dividendos pagos no segundo trimestre como também entrou, pela primeira vez, no top 10 do ranking global. A Petrobras respondeu por mais de 90% dos dividendos pagos por empresas brasileiras no período, que somaram US$ 10,4 bilhões . O recorde de pagamentos de dividendos feito pela Petrobras no segundo trimestre foi anunciado poucos dias depois de o governo pedir às estatais que antecipassem a liberação dos recursos, com os quais a União pretende bancar o aumento do valor do Auxílio Brasil, vitrine do presidente Jair Bolsonaro na área social. O presidente concorre à reeleição. Segundo a Janus Henderson, provavelmente a empresa deverá integrar a lista das maiores pagadoras do mundo em 2022, a ser divulgada no início de 2023. eldquo;O aumento crescente dos fluxos de caixa devido aos altos preços do petróleo significou que os produtores de petróleo contribuíram com mais de dois quintos do crescimento do segundo trimestreerdquo;, destaca o levantamento da Janus Henderson. A Petrobras é a única companhia brasileira a figurar na lista das dez maiores pagadoras de dividendos. Nestlé, Rio Tinto, China Mobile, Mercedes-Benz, BNP Paribas, Ecopetrol, Allianz, Microsoft e Sanofi completam as dez maiores pagadoras de dividendos no segundo trimestre, somando, junto com Petrobras, US$ 61,7 bilhões em proventos, ou 11% do total no período. Veja as 10 maiores pagadoras de dividendos do mundo: Petrobras (US$ 9,7 bi) Nestlé (US$ 8,4 bi) Rio Tinto (US$ 8,3 bi) China Mobile Limited (US$ 6,3 bi) Mercedes endash; Benz (US$ 5,6 bi) BNP Paribas (US$ 4,8 bi) Ecopetrol (US$ 4,7 bi) Allianz (US$ 4,66 bi) Microsoft Corporation (US$ 4,63 bi) Sanofi (US$ 4,4 bi) No relatório a gestora afirma que os dividendos eldquo;são incluídos no modelo na data em que são pagos. Eles são calculados brutos, usando a contagem de ações vigente na data do pagamento, e convertido em dólares americanos utilizando a taxa de câmbio vigenteerdquo;. Mais por vir O head de Óleo, Gás e Materiais Básicos, da XP, André Vidal, ressalta que o ano de 2022 vem tendo uma geração de caixa muito alta para a Petrobras. Contribuíram para isso fatores como a baixa alavancagem (dívida), o baixo custo de extração, principalmente no pré-sal, que passa a ganhar mais relevância no portfólio da empresa, além dos desinvestimentos e da conjuntura de alta do barril no mercado internacional. emdash; O pagamento de dividendos é contingente a uma série de fatores, que perpassa temas como ciclo de investimento, nível de custos, desinvestimentos, alavancagem, preços do petróleo, dentre outros emdash; destaca o head de Óleo, Gás e Materiais Básicos, da XP, André Vidal. O analista da XP ainda acredita em um pagamento forte de dividendos à frente, condicionado a fatores como o nível de preço do petróleo praticado no mercado internacional e a continuidade da gestão praticada nos próximos anos. O analista de Research da Ativa Investimentos, Ilan Arbetman, ainda considerada a continuidade de pagamentos de fortes dividendos para o restante de 2022, levando em conta o dinheiro em caixa que a empresa possui. emdash; Achamos que tem uma gordura que não foi distribuída nesse fortíssimo dividendo de segundo trimestre e que pode ser distribuída para frente. Existe a expectativa para mais um semestre de forte geração de caixa operacional, mesmo o Brent tendo caído. Apesar do cenário externo mais desafiador para os preços de commodities, ele ainda observa uma forte geração de caixa operacional no segundo semestre. emdash; Vemos essa onda contracionista com relação ao ritmo de crescimento global, o que pode afetar a dinâmica. Vimos uma queda do preço do barril, mas ele segue em patamar forte. Temos que ver os próximos passos com relação à oferta. Para 2023, Arbetman afirma que ainda é cedo para se ter uma avaliação, levando em conta as possíveis mudanças no comando da companhia a depender do resultado eleitoral. Na mesma linha, segue o analista da Top Gain, Sidney Lima: emdash;A continuidade de distribuição desses pagamentos, está sujeito as oscilações do dólar, do petróleo, e obviamente, da gestão financeira que pode ser alterada pós-eleições, embora a empresa tenha que respeitar leis por se tratar de uma empresa listada em bolsa. Em nota, a Petrobras afirmou que o montante direcionado a dividendos segue eldquo;rigorosamenteerdquo; a legislação e a Política de Remuneração aos Acionistas. Segundo a empresa a política prevê que, em caso de endividamento bruto inferior a US$ 65 bilhões, a companhia pode distribuir aos seus acionistas 60% da diferença entre o fluxo de caixa operacional e as aquisições de ativos imobilizados e intangíveis (investimentos). A política ainda abre espaço para o pagamento de dividendos extraordinários compatíveis com a sustentabilidade financeira da companhia. Segundo a Petrobras, isso foi possível este ano, pois a empresa teve uma eldquo;situação de caixa confortável, com liquidez e endividamento equacionadoerdquo; eldquo;Ou seja, o pagamento dos dividendos extraordinários se mostrou a melhor alocação do caixa e sem qualquer prejuízo para os investimentos aprovados e previstoserdquo;, disse a petroleira, em nota. Recorde de pagamento De acordo com o relatório, os dividendos globais alcançaram um recorde no segundo trimestre, totalizando US$ 544,8 bilhões. Em termos nominais, o crescimento foi de 11,3% na comparação anual; Em termos subjacentes, quando são feitos ajustes devido ao efeito cambial e aos dividendos não recorrentes, o aumento foi de 19,1%. A pesquisa destaca que 94% das empresas presentes no índice aumentaram os seus dividendos ou os mantiveram estáveis no período. Além disso, os dividendos globais superaram os níveis pré-pandemia de Covid-19 e, agora, se encontram apenas 2,3% abaixo da tendência de longo prazo.

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Petróleo sobe e Brent supera marca dos U$ 100 com possível corte de produção da Opep

Os contratos futuros do petróleo fecharam a sessão desta terça-feira (23) em forte alta, com a referência global da commodity, o Brent, retomando a marca dos US$ 100 em meio a uma valorização do dólar e após comentários de autoridades da Arábia Saudita sugerindo a possibilidade de novos cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). O contrato do petróleo Brent para outubro fechou em alta de 3,87%, a US$ 100,22 por barril, enquanto o do WTI americano para o mesmo mês subiu 3,74%, a US$ 93,74 por barril. O índice dólar DXY, que normalmente tem correlação negativa com o petróleo, operava em queda de 0,44%, a 108,562 pontos. De acordo com uma notícia da agência de notícias estatal SPA, o ministro saudita da Energia, o príncipe Abdulaziz bin Salman, disse, ontem, que a Opep+ tem a capacidade de lidar com os desafios no mercado de energia, inclusive por meio de novos cortes de produção. O ministro também afirmou que o mercado futuro de petróleo está se tornando cada vez mais desconectado do mercado físico, sugerindo que o grupo pode reduzir a oferta de petróleo. "Os preços do petróleo estão subindo, conforme o rali do dólar foi interrompido abruptamente, em meio a receios sobre o crescimento econômico", disse Edward Moya, analista sênior de mercados da Oanda, em nota. "Um enfraquecimento da economia americana deveria ser uma notícia ruim para o petróleo, mas os dados econômicos fracos de hoje sugerem que a Opep+ poderá justificar mais facilmente os cortes de produção." Os dados econômicos dos Estados Unidos vieram bem piores do que o esperado, reforçando o argumento a favor de uma redução do ritmo de aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed, o BC americano) para evitar uma desaceleração econômica exagerada nos EUA. O PMI de serviços americano caiu a 44,1 pontos em agosto, de 47,3 da leitura anterior e contrariando a expectativa, que era de alta a 49 pontos, enquanto o PMI industrial recuou a 51,3 pontos, contra expectativa de leitura a 51,9 pontos. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Estoques de petróleo nos EUA recuam 5,6 milhões de barris, revela API

Os estoques de petróleo dos Estados Unidos diminuíram em 5,6 milhões de barris, na semana encerrada no dia 19 de agosto, estimou nesta terça-feira, 23, o American Petroleum Institute (API). Os estoques de gasolina, por outro lado, subiram 300 mil de barris e os de destilados tiveram alta de 1,1 milhão de barris. Já os estoques de petróleo em Cushing avançaram 700 mil barris no período, segundo o API.

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