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Petróleo fecha sessão em queda com dado de inflação nos EUA, mas sobe na semana

Os contratos futuros do petróleo fecharam a sexta-feira (10) em queda, apagando os ganhos da abertura da sessão após a divulgação dos dados de inflação nos Estados Unidos. Ainda assim, ambas as referências da commodity anotaram a sétima semana consecutiva de ganhos. O contrato do petróleo Brent, a referência global, para agosto fechou em queda de 0,86%, a US$ 122,01 por barril, enquanto o do petróleo WTI americano para julho recuou 0,69%, a US$ 120,67 por barril. Apesar das quedas na sessão, ambos os contratos fecharam a semana em alta acumulada, de 1,91% para o Brent e de 1,51% para o WTI. O petróleo operava em alta no começo do dia, mas virou para terreno negativo depois da divulgação do índice de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de maio, que surpreendeu os investidores ao indicar nova aceleração dos preços. O dado reforçou a perspectiva de aceleração do aperto monetário do Federal Reserve (Fed, o BC americano) e alimentou os temores em torno da desaceleração econômica americana, reduzindo as perspectivas para a demanda pela commodity e pressionando os preços. O CPI indicou uma alta de 8,6% em maio, na comparação com o mesmo mês do ano passado, surpreendendo os investidores, que esperavam uma leitura estável a 8,3%. O número, que representa o maior salto desde dezembro de 1981, vai de encontro às expectativas de parte dos analistas, que acreditavam que o pico da inflação já havia ficado para trás. O salto nos preços ainda tem sido, em grande parte, alimentado pela alta dos preços de combustíveis. Por este motivo, o núcleo do CPI emdash; que exclui os elementos mais voláteis de alimentos e energia emdash; indicou alta de 6%, também na comparação anual, superando a expectativa de alta de 5,9% e reforçando o sinal de que a inflação subjacente ainda segue forte.

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Bolsonaro aposta em aval para mudar tributo

O presidente Jair Bolsonaro disse ontem que o projeto de lei complementar que cria um teto de 17% para o ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, transporte público e telecomunicações eldquo;tem tudo para ser aprovadoerdquo; no Congresso. Já votado na Câmara, a proposta deve ser apreciada no Senado na segunda-feira. Caso seja modificada, precisará novamente do aval dos deputados. eldquo;Está sendo discutido no Congresso o projeto de lei que trata de botar um teto no ICMS para os governadores. Tem tudo para ser aprovado no Senado, conforme reunião com o presidente do Senado e com o presidente da Câmara. Ato contínuo, já tem uma Proposta de Emenda à Constituição para propor redução dos impostos dos combustíveis. Está bastante adiantado isso, espero que vá para frente, para baixar o preço do diesel, gasolina e álcool no Brasilerdquo;, afirmou Bolsonaro em transmissão nas redes sociais. O pacote anunciado esta semana por Bolsonaro para tentar derrubar o preço dos combustíveis endash; uma preocupação do comando de campanha à reeleição do presidente endash; deve custar de largada R$ 46,4 bilhões aos cofres públicos, para reduzir em R$ 1,65 o litro da gasolina e em R$ 0,76 o do óleo diesel, segundo estimativas feitas pelo senador Fernando Bezerra (MDB-PE). Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), o litro da gasolina foi vendida, em média, por R$ 7,25 na semana passada em todo o País. O preço médio do diesel ficou em R$ 6,89 por litro. ebull;

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Estados vão ao Supremo para negociar corte gradual e reduzir impacto de teto para ICMS

Estados discutiram em mais uma reunião de conciliação no Supremo Tribunal Federal (STF) proposta para que as alíquotas do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte coletivo voltem ao patamar atual em janeiro de 2023, depois que o Congresso aprovar a queda do imposto neste ano para o limite máximo de 17%. A partir daí, aquedadas alíquotas em direção ao teto se daria de forma gradual até 2024, caindo em etapas nos 24 meses seguintes. Seria uma forma de mitigar os efeitos da queda do tributo nas finanças estaduais. O projeto já foi aprovado na Câmara, e pode ser votado na segunda-feira no Senado. Em reunião com o ministro do STF André Mendonça, relator da ação do governo contra os Estados que trata do ICMS do diesel, essa saída foi apresentada. O próprio ministro perguntou aos presentes sobre essa possibilidade. A reunião, que ocorreu na quinta-feira passada, teve a participação do Advogado-geral da União, Bruno Bianco, e de secretários de Fazenda dos Estados. A proposta de redução do ICMS para 17% está prevista em projeto que tramita hoje no Senado eque faz parte do pacote de medidas legislativas para reduzir os preços dos combustíveis em ano de eleição. O pacote, até agora, envolve custo de R$ 46,4 bilhões para o governo. O projeto considera aqueles quatro itens como bens e serviços essenciais para a população. Nesta condição, as alíquotas do ICMS não poderiam s erasma isaltaspr aticadas pelos Estados, como ocorre hoje em boa par tedos governos regionais. O teto ficou em 17%. Essa mudança será permanente. COMPENSAÇÃO. O parecer do relator do projeto, senador Fernando Bezerra (MDB-PE), prevê uma compensação do governo federal aos Estados e municípios apenas para a perda de arrecadação dos Estados que reduzirem o ICMS a zero para o diesel e o gás de cozinha até dezembro de 2022. O governo vai compensar a perda de 17% até zero. Para isso, Bezerra fixou uma compensação do governo federal de até R$ 29,6 bilhões endash; transferência de recursos que ficará fora do teto de gastos (a regra que atrela o crescimento das despesas à inflação). Os Estados, porém, querem ampliar o espaço para essa compensação em mudanças que podem ser introduzidas durante a votação no Senado. O governo considera que os governadores não cumpriram lei aprovada pelo Congresso que prevê uma regra de transição com fixação da alíquota do ICMS sobre o diesel com base no preço médio dos últimos 60 meses (cinco anos). ebull;

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Chega de 'Petrossauro'

Adriano Pires -A Petrobras, se dá lucro, é um problema. A Petrobras, se dá prejuízo, é um problema. A Petrobras é um problema. Na realidade, para sermos justos, a Petrobras é uma obsessão de diferentes governos desde a sua criação. E por que a Petrobras é uma obsessão dos governos de direita, de esquerda e de centro? Pela tentação de quase sempre ter sido usada para controlar a inflação e ajudar a ganhar eleições. É importante não se esquecer de que a Petrobras não é uma empresa estatal, e sim uma empresa de economia mista. Se é uma empresa de economia mista, a função objetivo da empresa deveria ser dar lucro para os acionistas. O problema é que, em diferentes governos, a preocupação nunca tem sido o lucro, produzir petróleo, gás natural e derivados com eficiência e produtividade e obter taxas de retorno adequadas ao seu negócio. Com isso, a empresa passa a dar prejuízo dependendo da intensidade com que os governos a usam. Quando a Petrobras, como atualmente, mostra eficiência em relação aos seus pares obtendo lucro e remunerando seus acionistas com dividendos, aí vem a acusação de que seus lucros são um absurdo e que a empresa não pensa no Brasil nem tem programas sociais. Na realidade, temos de elogiar a eficiência da empresa e usar os dividendos, antes da privatização, para socializar o lucro da Petrobras, em particular em períodos de lucros extraordinários promovidos por excepcionalidades como é o caso da guerra na Ucrânia. E como a Petrobras poderia deixar de ser um problema? A solução começa pela discussão de qual Petrobras a sociedade brasileira deseja. Uma Petrobras 100% estatal que poderia ser usada como instrumento de política econômica e eleitoral, como ocorre, por exemplo, na Venezuela e no México, ou uma Petrobras 100% privada que vai respeitar o interesse dos acionistas e seguir as regras de mercado, como funcionam as chamadas International Oil Companies (IOCS)? Precisamos ter coragem de colocar essa discussão de forma clara e parar de enganar a sociedade brasileira com o slogan eldquo;o petróleo é nossoerdquo;, de apresentar soluções populistas de eldquo;abrasileirarerdquo; os preços dos combustíveis e achar que política de preços de combustíveis é igual à de cachorro-quente, em que se calcula o custo e se acrescenta uma margem. Essa história só terá fim quando a Petrobras for privatizada. Não é que a privatização vai obrigatoriamente reduzir os preços. Mas cria concorrência e vai dar um fim definitivo à Petrossauro. Não faz sentido o governo brasileiro ser acionista majoritário de empresa de petróleo. O Brasil já está maduro para travar esse debate. ebull; Diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE)

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No Brasil, metade vive com R$ 13 por dia; queda na renda em 10 anos é inédita

Em 2021, rendimento médio domiciliar por pessoa foi de R$ 1.353, menor valor desde o início da pesquisa do IBGE. O segundo ano da pandemia foi marcado por um empobrecimento recorde dos brasileiros, após as políticas de transferência de renda para mitigar a crise causada pela covid-19 darem um alívio em 2020. O tombo na renda dos mais pobres em 2021 aumentou a desigualdade, embora todas as faixas tenham registrado perdas. Entre o 1% mais rico da população, por exemplo, a renda média mensal per capita foi de R$ 15.940, queda de 6,4% ante 2020. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) 2021 - Rendimento de todas as fontes, divulgada ontem pelo IBGE. Considerando a renda auferida por toda a população, o rendimento médio mensal real domiciliar per capita foi de R$ 1.353 em 2021. Assim como no caso da metade mais pobre da população, é o valor mais baixo já visto na pesquisa, iniciada em 2012, e 6,9% menor que os R$ 1.454 estimados em 2020. Houve redução em todas as regiões, sendo os valores mais baixos os auferidos no Norte (R$ 871) e no Nordeste (R$ 843). A Região Sul registrou o maior rendimento, R$ 1.656. Pesaram sobre a queda de renda a inflação alta, a redução do auxílio emergencial e uma recuperação do mercado de trabalho marcada pela geração de empregos precários. eldquo;2021 foi o ano em que teve a redução do auxílio emergencial. Principalmente as famílias mais pobres ficaram descobertas. E o emprego demorou a reagirerdquo;, disse Cosmo Donato, economista da LCA Consultores, lembrando que, só no início deste ano, o funcionamento das atividades mais afetadas pelo isolamento social (bares, restaurantes e hotéis) voltou a ficar mais perto do normal. ebull;

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Preço da gasolina volta a subir nos postos, diz ANP

O preço da gasolina interrompeu uma sequência de quedas e voltou a subir nos postos brasileiros, fechando a semana, em média, a R$ 7,247 por litro, 0,4% acima do valor verificado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) na semana anterior. O combustível vinha de três semanas seguidas de queda, acompanhando o recuo nas cotações do etanol anidro. Nesse período, o valor médio de venda do combustível no país havia caído 1,1%, ou R$ 0,08 por litro. A alta desta semana engole pouco mais de um terço da queda nas semanas anteriores. Segundo a ANP, o preço médio da gasolina permanece acima de R$ 7 por litro em 23 estados e no Distrito Federal. Apenas São Paulo, Rio Grande do Sul e Amapá têm valores menores. Beneficiado pelo início da colheita de cana-de-açúcar, o preço do etanol hidratado caiu 1,59% nos postos, segundo a ANP, para R$ 5,002 por litro. Em um mês, o produto acumula queda de 4,2%. A desaceleração nos preços do combustível já se reflete nos índices de inflação. Em maio, o IPCA subiu 0,47% após três meses de taxas mensais superiores a 1%. Segundo o IBGE, a alta da gasolina passou de 2,48% em abril para 0,92% em maio. Houve ainda queda no etanol (-0,43%). De acordo com os dados da ANP, o preço médio do diesel ficou praticamente estável esta semana, em R$ 6,886 por litro. Mesma situação foi verificada no preço do gás de cozinha, que fecha a semana vendido, em média, a R$ 112,64 por botijão de 13 quilos. Nas últimas semanas, o governo iniciou uma ofensiva no Congresso para tentar frear a escalada nos preços dos combustíveis, patrocinando projetos de alteração na cobrança do ICMS e propondo subsidiar a perda de arrecadação dos estados.

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