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IGP-M passa a cair 0,70% em agosto com novo alívio de combustíveis, diz FGV

Os preços de combustíveis continuaram fornecendo alívio e o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) passou a cair 0,70% em agosto, marcando a primeira taxa negativa desde setembro do ano passado, depois de ter subido 0,21% no mês anterior. O dado divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters, de queda de 0,54%. Com isso, o índice passou a acumular em 12 meses avanço de 8,59%, desacelerando com força ante a taxa de 10,08% em julho e marcando o patamar mais fraco desde junho de 2020 (7,31%). Em agosto de 2021, o IGP-M havia subido 0,66% sobre o mês anterior e acumulava alta de 31,12% em 12 meses O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, caiu 0,71% no mês, depois de ter avançado 0,21% em julho. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, acelerou a queda a 1,18% em agosto, depois de ceder 0,28% no mês anterior. eldquo;Os combustíveis fósseis endash;dada a redução do ICMS e dos preços na refinariaendash; seguem exercendo expressiva influência sobre os resultados do IPA e do IPC, ambos com taxa negativa em agostoerdquo;, explicou em nota André Braz, coordenador dos índices de preços. No atacado, ele destacou as quedas nos preços da gasolina (-8,23%, de +4,47% em julho) e do diesel (-2,97%, de +12,68%) como principais responsáveis pelo arrefecimento da inflação. Para o consumidor, o alívio mais expressivo partiu dos custos de passagens aéreas (-17,32%, contra -5,20% no mês anterior) e etanol (-9,90%, de -9,41%). O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve alta de 0,33% no período, de 1,16% antes. O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

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Postos relatam desabastecimento de combustíveis na Bahia

Nos últimos dias, a revenda de combustíveis na Bahia está enfrentando dificuldades para abastecer os postos com gasolina e óleo diesel. A informação foi revelada pelo Sindicato do Comércio do Combustíveis, Energias Alternativas e Lojas de Conveniência do Estado da Bahia (Sindicombustíveis-BA), que reúne os proprietários dos estabelecimentos. Dentre os principais problemas, está a demora na chegada das remessas dos derivados, levando motoristas a procurarem outras opções para encher o tanque. Num posto de gasolina do Largo do Papagaio, um funcionário que pediu para ter seu nome não revelado confirmou o desabastecimento. eldquo;A gente já não vende diesel aqui, só gasolina e etanol, mas de fato a carga de gasolina comum atrasou nessa semana. O pessoal vem muito por causa do preço, e tem que ir pra outro lugarerdquo; Em outros postos procurados pela Tribuna, frentistas confirmaram a falta ou baixo estoque de gasolina e diesel. O presidente do Sindicombustíveis-BA Walter Tanuus Freitas confirmou a escassez desses derivados de petróleo, bem como a dificuldade para a chegada: algumas revendedoras pediram remessas de gasolina com antecedência, mas que só chegaram na tarde desta terça-feira (30). Outras sequer viram o caminhão tanque das distribuidoras, e já apresentam ausência de itens como óleo diesel. Tanuus argumenta que os fornecedores estariam criando dificuldades para a entrega dos carregamentos aos postos. eldquo;Há uma semana estamos recebemos reclamações quanto à dificuldade de abastecimento pelas distribuidoras e não temos qualquer informação sobre os motivos dessa restrição em vender os produtos aos postoserdquo;, disse Freitas. Na Bahia, praticamente 100% dos combustíveis vendidos nos postos são distribuídos pela Acelen.Procurada para dar um posicionamento sobre a situação, a atual administradora da Refinaria Mataripe afirmou que entregou todas as remessas de combustível solicitadas pelas revendedoras, sem citar quantos metros cúbicos foram entregues. Já o Sindicato das Distribuidoras de Combustíveis do Estado da Bahia (Sindicom-BA) informou que esse desabastecimento é uma questão pontual causada pelo aumento na demanda pela gasolina e óleo diesel, atingindo principalmente os postos de combustíveis que não possuem contrato com nenhuma distribuidora. Entretanto, a expectativa do Sindicom é de que o desabastecimento seja resolvido até a próxima semana, com um equilíbrio maior nos estoques.

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Petrobras intensifica anúncios de corte nos combustíveis às vésperas da eleição

Nesta terça-feira (30), a Petrobras divulgou comunicado informando corte de 6,4% no preço do asfalto em suas refinarias. Na segunda (29), já havia informado redução de 15,7% no preço da gasolina de aviação e na sexta (26), de 10,6% no querosene de aviação. Foi o segundo corte seguido nos três produtos, que têm seus preços reajustados mensalmente. Foi também a segunda vez, ao menos desde o início do governo Jair Bolsonaro (PL), em campanha pela reeleição, que as mudanças foram divulgadas de forma proativa. Embora os cortes acompanhem as cotações internacionais, a Petrobras aumentou a frequência de comunicados ao público anunciando os reajustes. A mudança começou em julho. A empresa afirma que quer aumentar a transparência. No primeiro corte dos preços dos combustíveis de aviação e do asfalto, anunciado em julho, a estatal optou por fazer as divulgações em um mesmo comunicado. Agora, liberou as informações em três dias diferentes, com textos quase idênticos, que explicam a política de preços da companhia. "O método de precificação busca o equilíbrio com o mercado e acompanha as variações do valor do produto e da taxa de câmbio, para cima e para baixo, mas sem repassar a volatilidade diária das cotações internacionais e do câmbio", diz o texto. As quedas eram esperadas pelo mercado, diante do recuo das cotações internacionais após os picos do primeiro semestre, quando os três produtos tiveram altas seguidas nas refinarias. O preço do querosene de aviação, por exemplo, subiu todos os meses entre janeiro e julho, gerando críticas das companhias aéreas e jogando forte pressão sobre as passagens. O valor do cimento asfáltico 50/70, principal produto desse segmento, foi elevado em fevereiro, abril e julho, impactando diretamente obras públicas e contratos de concessão de rodovias. Em nenhum dos casos houve divulgação dos aumentos. A empresa alegava que os reajustes nesses produtos são mensais conforme fórmula contratual negociada com as distribuidoras e que os percentuais eram informados aos clientes rotineiramente. Para uma pessoa da alta administração da companhia, a mudança na comunicação dos reajustes é motivada pela proximidade das eleições. Em nota enviada à Folha, a empresa afirmou que, "com o objetivo de promover a transparência, a Petrobras tem adotado a prática de divulgar comunicados públicos sobre os preços dos combustíveis" e que as informações também estão disponíveis em seu site. Após um semestre de pressão nos preços dos combustíveis, Bolsonaro conta hoje com o recuo do petróleo e com os efeitos dos cortes de impostos sobre gasolina, diesel e etanol para tentar reverter danos à imagem às vésperas da eleição. O tema é destaque nas redes sociais bolsonaristas e já motivou visitas a postos do próprio presidente e de seus ministros. Em agosto, a Petrobras já havia anunciado dois cortes no preço do diesel e um no preço da gasolina. No fim de julho, houve outro corte no preço da gasolina. O próprio presidente tem divulgado os cortes em suas redes sociais e, em mais de uma ocasião, prometeu que o Brasil terá uma das gasolinas mais baratas do mundo. Os movimentos acompanham, de fato, a queda das cotações internacionais. Mas a periodicidade dos anúncios aumentou após a posse de Caio Paes de Andrade na presidência da estatal, no fim de junto. Indicado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, Paes de Andrade chegou à empresa com a missão de segurar reajustes durante o período eleitoral, mas teve seu trabalho facilitado pelo recuo das cotações internacionais do petróleo. Sua nomeação se deu após um conturbado processo de troca de comando, que foi iniciado com a demissão de José Mauro Coelho pouco mais de um mês após sua posse, e enfrentou questionamentos no comitê interno que avalia os currículos para a estatal. ANÚNCIOS DE REAJUSTES NA GESTÃO CAIO PAES DE ANDRADE 19 de julho -4,9% no preço da gasolina 28 de julho -3,9% no preço da gasolina; -2,6% no querosene de aviação; -5,7% na gasolina de aviação; -4,5% no asfalto 04 de agosto -3,5% no preço do diesel 11 de agosto -4% no preço do diesel 15 de agosto -4,8% no preço da gasolina 26 de agosto -10,4% no preço do querosene de aviação 29 de agosto -15,7% no preço da gasolina de aviação 30 de agosto -6,4% no preço do asfalto

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Bolsonaro nega interferência na Petrobras e no preço dos combustíveis

Ao ser sabatinado por empresários dos setores de comércio e serviços, o presidente e candidato à reeleição ao Planalto, Jair Bolsonaro (PL), disse nesta terça-feira, 30, que nunca interferiu no preço dos combustíveis e nem na Petrobras (PETR3 ; PETR4). eldquo;A gente não quer violentar mercado, não quer interferirerdquo;, afirmou no evento elsquo;Diálogos com Candidatos à Presidência da Repúblicaersquo;, organizado pela União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs). Desde que assumiu, Bolsonaro já trocou o comando da estatal quatro vezes. Quando o comando estava nas mãos do general Joaquim Silva e Luna, Bolsonaro dirigiu ataques diretos a ele e sugeriu que havia interesses do militar e dos sócios majoritários da empresa no elevado preço dos combustíveis, que bateram recordes no meio do ano. Durante o evento, o presidente comemorou a queda do dólar nas últimas semanas e disse que a tendência é que esse cenário influencie diretamente no preço dos combustíveis. eldquo;Quero que o dólar continue caindoerdquo;, afirmou, completando que o cenário econômico é de deflação e, com isso, as taxas de juros também devem começar a cair. Enfático defensor das privatizações, o presidente disse também que foi seu ministro da Economia, Paulo Guedes, quem o fez acreditar na iniciativa privada. eldquo;Eu era estatizante.erdquo;

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Cade aprova venda de refinaria da Petrobras em Manaus

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta terça-feira a venda da refinaria Isaac Sabbá, em Manaus, da Petrobras, para a Ream Participações, do Grupo Atem. A operação faz parte do programa de desinvestimentos da estatal no âmbito de um acordo firmado com o órgão de defesa da concorrência para aumentar a competição no mercado de produção de combustíveis. Os conselheiros do órgão decidiram pela aprovação do negócios com restrições. Foram seis votos nesse sentido e um pela aprovação sem restrições, justamente o da relatora Lenisa Prado. Esta será a segunda refinaria da Petrobras a ser transferida para a iniciativa privada. A Landulpho Alves, na Bahia, foi vendida para o fundo árabe Mubadala no fim do ano passado. O acordo firmado entre Petrobras e Cade em 2019 prevê que a estatal deve vender oito de suas refinarias no país, que somam metade de sua capacidade de refino. Também já foi negociada a venda da Repar, no Paraná. A venda da refinaria de Manaus foi fechada em agosto do ano passado por um valor de US$ 189,5 milhões. O caso chegou ao tribunal no início do mês, mas a relatora pediu mais tempo para a análise. Há duas semanas, a conselheira apresentou seu relatório defendendo a aprovação sem restrições, mas a decisão foi adiada por um pedido de vista de outro integrante do colegiado do Cade. No último dia 17, Lenisa Prado apresentou um longo voto em que defendeu que a transação não apresenta risco para o fechamento de mercado ou transferência de monopólio do refino na região da Petrobras para a Ream, do grupo Atem. O Grupo Atem conta com cinco bases de distribuição e 300 postos franqueados nas regiões Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. A empresa atua nos estados do Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia, Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná. O Grupo Atem já teve participação no capital das distribuidoras de energia elétrica Amazonas Energia e Roraima Energia. Uso do porto O conselheiro Gustavo Augusto, que pediu vista na última sessão, apresentou um voto diferente da conselheira, prevendo restrições para a operação. Segundo ele, a venda levantava preocupações sobre o uso dos píeres portuários pelas concorrentes. emdash; Sem o acesso portuário portanto não há como se refinar, distribuir ou comercializar combustível líquido na referida capital uma vez que o custo do transporte terrestre é proibitivo e considerando, que não há oleoduto de transporte ligando a cidade a outras refinarias. Os terminais portuários são portanto estruturas essenciais para essa cadeia de produção emdash; apontou, lembrando que se a operação fosse concretizada, a Atem teria 4 dos 5 píeres disponíveis. O acordo aprovado prevê, entre outros pontos, que a Atem preste serviços de movimentação de gasolina e diesel no terminal em Manaus a qualquer empresa que tenha interesse e com condições eldquo;não discriminatóriaserdquo;. emdash; A importância de se manter a abertura dos serviços portuários dos terminais aquaviários para se permitir a contestação desse mercado seja transportando produtos de outras refinarias do país seja importando derivados emdash; afirmou. Contraponto A conselheira Lenisa Prado acabou sendo a única que defendeu a aprovação sem restrições da operação. Na sessão do dia 17, destacou que a Petrobras já atende distribuidoras de combustível na região por meio de cabotagem, não só pela refinaria, e esse atendimento continuará sendo feito após a venda. emdash; Isso é mais um indicativo de que a Petrobras continuará a ser uma força competitiva na região Norte após a operação. A Petrobras continuará atuando mediante fornecimento de insumos via cabotagem originados de outras refinarias ou importados como já é feito atualmente emdash; disse na oportunidade. Concorrentes argumentaram contra No início da sessão do último dia 17, algumas empresas interessadas pediram pela rejeição da operação ou pela aprovação com algumas restrições. O advogado Vitor Rufino, representante da Raízen combustíveis e Gabriel Dias, representante da Ipiranga, apresentaram contrapontos ao processo de venda. A advogada Ana Paula Paschoalini, representante da distribuidora Equador, defendeu a rejeição da operação argumentando que a venda traria custos logísticos relevantes para as distribuidoras da região. emdash; Existe sim a possibilidade de danos severos à concorrência e existe sim probabilidade de abuso de poder do grupo Atem e de outro lado não há eficiências econômicas diretas que possam neutralizar as preocupações concorrenciais emdash; disse. O advogado Ricardo Botelho, representante da Ream Participações, argumentou no plenário que a operação traria investimentos, elevaria a produção da refinaria, além de inserir uma empresa rival da Petrobras na região. emdash; A operação significa a introdução na concorrência efetiva no mercado de refino da região Norte emdash; afirmou.

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Petrobras reduz em 15,7% preços da gasolina de aviação

A Petrobras reduziu em 15,7% os preços da gasolina de aviação (GAV) para as distribuidoras, informou hoje a companhia. É a segunda queda no preço do produto neste mês emdash; no início de agosto, os preços foram cortados em 5,7%. Os novos preços entram em vigor na quinta-feira (1º/09). Na sexta-feira, a estatal havia anunciado um recuo de 10,4% nos preços de venda de querosene para aviação (QAV) para as distribuidoras. Segundo a Petrobras, os ajustes de preços de GAV são mensais e definidos por meio de fórmula contratual negociada com as distribuidoras. eldquo;Os preços de venda da GAV da Petrobras para as companhias distribuidoras buscam equilíbrio com o mercado e acompanham as variações do valor do produto e da taxa de câmbio, para cima e para baixo, com ajustes aplicados em base mensal, mitigando a volatilidade diária das cotações internacionais e do câmbioerdquo;, disse a Petrobras em comunicado. A gasolina de aviação é o combustível utilizado predominantemente em aviões de pequeno porte emdash; como as aeronaves empregadas na aviação particular, na agricultura, em treinamento de pilotos, na aviação comercial de menor porte e nos aviões experimentais e esportivos. Já o querosene de aviação é utilizado em aviões comerciais de maior porte que utilizam motores a turbina.

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