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Postos já ficam sem combustíveis em alguns estados, diz Fecombustíveis

Alguns postos em diversos estados do país já enfrentam problemas pontuais de abastecimento de combustível nesta terça-feira, de acordo com informações da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis). A Fecombustíveis explicou que o bloqueio em estradas está afetando de forma pontual a distribuição dos combustíveis em alguns estados do país. Paulo Tavares, presidente SindicombustÍveis no Distrito Federal, destacou falta pontual de gasolina e diesel em alguns postos de Brasília e em Goiânia. eldquo;Esperamos que estas manifestações de cunho político provocadas por uma minoria, possam terminar com brevidade para evitar transtornos para toda a populaçãoerdquo;, disse em nota No Pará, as paralisações afetaram o abastecimento em Marabá e Altamira, onde há bloqueios, segundo o sindicato local. Em Minas Gerais, os postos de algumas regiões já estão apresentando falta de gasolina e diesel, afirmou o Minaspetro. O Minaspetro disse ainda que as rodovias do interior de São Paulo, onde estão localizadas as usinas de etanol, também estão bloqueadas e o fornecimento de poderá ficar comprometido nas próximas horas, agravando a situação, já que parte do combustível usa etanol em sua formulação. eldquo;As bases também estão apresentando problemas de suprimentos (anidro e hidratado), uma vez que os caminhões não conseguem chegar para descarregamentoerdquo;, afirmou em nota. O mesmo ocorre no Rio Grande do Sul, disse João Carlos Dalersquo;Aqua, presidente do Sulpetro. Segundo ele, os postos contam estoque baixo, e os pedidos são feitos de um dia para o outro. emdash;São problemas pontuais. As distribuidoras tiveram dificuldade em transitar durante a última madrugada, mas há informações que as vias começam a ser normalizadas. Além da falta localizada em postos em diversos estados, os sindicatos afirmam que diversas distribuidoras estão reduzindo a quantidade de produtos para sua rede de postos como forma de precaução caso a manifestação ganhe espaço. No Rio, a interrupção do tráfego em rodovias já causam impactos nos postos, com motoristas receosos tentando se prevenir e encher o tanque e até falta de combustíveis em alguns estabelecimentos. No posto Shell próximo ao Largo da Segunda-Feira, na Tijuca, gasolinas comum e aditivada acabaram no início da manhã desta terça (dia 1º). O local é abastecido a cada dois dias. Um caminhão deveria ter chegado ao posto para reabastecer o reservatório na noite de segunda, o que não aconteceu, e as mangueiras das bombas foram lacradas pela equipe. emdash; Ontem já tinha gente chegando para encher o tanque, por medo. Os clientes estão preocupados emdash; diz o subgerente do estabelecimento, Ronaldo Marques. Ele conta ainda que, sem gasolina, motoristas de veículos flex estão optando pelo etanol, que também não deve durar muito: com menos da metade do tanque preenchido, pelos cálculos do funcionário o álcool deve acabar ainda na noite desta terça. Morador do bairro, Jeferson Tourinho ia rodar outros postos em busca de gasolina, mas acabou abastecendo com etanol. emdash; É o jeito, já estou na reserva emdash; contou. No Ipiranga do Rio Comprido, o reabastecimento do reservatório de 15 mil litros atrasou mais de dez horas. O caminhão estava programado para às 7h de segunda-feira, mas só chegou às 18h15. No local, clientes também enchem o tanque por precaução. emdash; Não ia encher, mas preferi me precaver emdash; contou a jornalista Silvia Machado.

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PRF: 24 bloqueios são desfeitos na madrugada; ocorrências ainda são 167

Cerca de 32 horas após o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), mandar a PRF (Polícia Rodoviária Federal) desbloquear rodovias e a Suprema Corte referendar por unanimidade sua decisão, 24 bloqueios e interdições foram desfeitos durante a madrugada desta quarta-feira (2), segundo boletim divulgado pela PRF às 6h27. As ocorrências, no entanto, ainda são 167. Na comparação com informações divulgadas às 23h40 de ontem pela corporação, quando os bloqueios e interdições eram 191, houve diminuição no número de ocorrências nos seguintes estados: Bahia, Ceará, Espirito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo. Por outro lado, foi registrado aumento no Acre, Mato Grosso do Sul e Paraná. Ainda de acordo com a PRF, o total de manifestações desfeitas desde o início das atividades da corporação foram de 563. Em um pronunciamento feito ontem, 44 horas após a oficialização de sua derrota para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nas eleições presidenciais, o presidente Jair Bolsonaro (PL) chamou os protestos que não aceitam a derrota nas urnas de "movimentos populares". Os atos seriam, de acordo com ele, "fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral". As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, com invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir." Presidente Jair Bolsonaro (PL) Alguns manifestantes, porém, ignoraram o discurso do presidente e disseram que o importante é "a vontade do povo". Amapá: 0 Acre: 5 Alagoas: 0 Amazonas: 3 Bahia: 1 Ceará: 0 Distrito Federal: 0 Espírito Santo: 5 Goiás: 2 Maranhão: 0 Minas Gerais: 12 Mato Grosso: 30 Mato Grosso do Sul: 3 Pará: 17 Paraíba: 0 Pernambuco: 5 Piauí: 0 Paraná: 18 Rio de Janeiro: 0 Rio Grande do Norte: 0 Rondônia: 15 Roraima: 1 Rio Grande do Sul: 1 Santa Catarina: 37 Sergipe: 0 São Paulo: 3 Tocantins: 9 No domingo (30), o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, foi chamado a prestar esclarecimentos ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, e a suspender operações da corporação no dia da eleição. No sábado (29), a Justiça Eleitoral havia determinado que a PRF não fizesse operações no transporte público, para não atrapalhar a votação. A ordem, porém, foi desobedecida até a metade da tarde do domingo.

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Os impactos dos protestos nas estradas do Brasil

Desde a noite do último domingo, quando Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu vitorioso das eleições para a Presidência, manifestantes favoráveis ao atual presidente e candidato derrotado Jair Bolsonaro (PL) ocupam estradas em protestos que já afetam diferentes setores do país, e podem trazer ainda mais impactos caso permaneçam pelos próximos dias. Em seu primeiro pronunciamento sobre o assunto, Bolsonaro afirmou nesta terça-feira, no Palácio da Alvorada, que as manifestações são fruto de um sentimento de injustiça pelo processo eleitoral, mas disse que deve ser respeitado o direito de ir e vir. Até o início desta tarde, mais de 200 pontos de estradas federais em 21 Estados e no Distrito Federal estavam interditados. Alguns dos setores que já sentem efeitos diretos dos protestos são o varejo e a indústria de alimentos. Há impactos também na área automotiva, falta de combustíveis em Santa Catarina, além de um alerta nos portos que, em geral, seguem com operações normais. Veja detalhes abaixo: * O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Galassi, afirmou em nota que lojas do setor começaram a enfrentar dificuldades de abastecimento decorrente do bloqueio nas rodovias. * O GPA, dono da bandeira Pão de Açúcar, informou em comunicado que "registra atraso pontual no recebimento e expedição de algumas mercadorias, ainda sem impacto significativo" * O concorrente Carrefour Brasil, dono da marca Atacadão, disse que busca alternativas para lidar com a possível continuidade das paralisações, visto que ainda tem conseguido se abastecer com estoques. * Na ponta produtiva, estima-se que unidades da indústria de aves e suínos passem a suspender abates a partir de quarta-feira na hipótese de permanência dos protestos nas estradas, conforme fonte a par do assunto que falou à Reuters na condição de anonimato. Isso porque os atos levam à interrupção no fluxo de entrega de animais para abate e dificultam o escoamento da carne aos destinos, apesar de uma decisão do Supremo Tribunal Federal determinando o desbloqueio imediato das vias tanto pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) como pelas polícias militares estaduais. * Na indústria automotiva, montadoras e a associação que representa o setor no Brasil, a Anfavea, disse que há problemas para a fabricação de veículos em decorrência dos bloqueios nas rodovias. "Estamos recebendo vários reportes de montadoras ou reduzindo ritmo (de produção) ou fazendo algumas paralisações pontuais por falta de componentes ou recursos humanos", disse a entidade. * As distribuidoras de combustíveis avaliam que a situação de abastecimento do país é bastante crítica diante da ausência de coordenação do governo federal para evitar riscos de falta do produto, afirmou à Reuters nesta terça-feira a diretora de Downstream do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), Valéria Lima. Os principais pontos de atenção quanto ao risco de desabastecimento de combustíveis no momento são Santa Catarina e Paraná, com grandes reflexos em São Paulo, disse a diretora do IBP, que representa as maiores distribuidoras de combustíveis do país, como Vibra, Raízen e Ipiranga. * O presidente da Fecombustíveis, James Thorp Neto, baseado em relatos de sindicatos locais, informou que há falta pontual de combustíveis em postos de Santa Catarina. * Nos portos, a principal via de acesso a Paranaguá (PR), a BR-277, segue bloqueada por protestos em ambos os sentidos, a partir do quilômetro 5, impedindo a chegada de caminhões com cargas ao importante polo de exportação de commodities agrícolas, como soja e milho. Apesar disso, as operações seguem com estoques. * A agência marítima Cargonave informou que no Porto de Santos (SP) não há atrasos significativos na chegada das cargas e os berços estão funcionando normalmente. Outros portos do Brasil não estão registrando atrasos nos embarques, embora os protestos nas rodovias afetem a chegada dos caminhões com as cargas. * No Arco Norte, a agência disse que, por enquanto, as operações estão funcionando normalmente o porto de Itaqui (MA), embora haja um bloqueio localizado nas proximidades da cidade de Balsas, no sul do Estado. A normalidade também segue nos portos paraenses de Barcarena e Santarém, de acordo com a Cargonave.

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Bloqueio nas estradas já causa falta pontual de combustível no Sul e Centro-Oeste

Um dos itens mais sensíveis ao bloqueio de rodovias federais, os combustíveis, já começaram a faltar em postos de cidades do Sul e Centro-Oeste do País, segundo entidades que representam varejistas do setor. A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis) diz se tratar de focos de desabastecimento pontuais e nega o risco iminente de uma crise de nível nacional. Desde domingo à noite, bolsonaristas protestam contra o resultado das eleições e fecharam centenas de rodovias federais, travando a livre circulação de pessoas, bens e serviços. "Até aqui, são casos pontuais de falta de combustíveis. O que está nos chamando atenção é uma parte do estado de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás. Essas regiões concentram os bloqueios que estão afetando o transporte rodoviário de combustível", diz o presidente da Fecombustíveis, James Thorp. Segundo o executivo, ainda não há desabastecimento, situação em que nenhum posto de uma cidade tem combustível para venda, mas há preocupação crescente. Ele avalia que, embora haja movimentações de bloqueios desde domingo à noite, ontem foi o primeiro dia efetivo de dificuldades ao transporte de cargas de combustíveis nas estradas. O primeiro estado a registrar falta pontual de produto foi Santa Catarina. No fim da tarde de ontem, 31, postos do município de Joinville (SC) já não tinham mais produto para vender, informou o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Santa Catarina (Sindipetro). Houve corrida para encher os tanques, com filas de carros pelas ruas e aumento de preço onde ainda havia insumo. No Centro-Oeste, há problemas no Distrito Federal e Goiânia. Segundo o presidente do Sindicombustíveis-DF, Paulo Tavares, o bloqueio total ou parcial das vias de acesso à Brasília, já prejudica caminhões que transportam para a região o etanol anidro, insumo que responde por 27% da mistura da gasolina comum. Por essa razão, as distribuidoras impuseram, desde ontem à noite, quotas diárias para entrega de combustível por revendedores. "Cremos que os estoques possam durar por até 7 dias, mas é preciso confirmar com as distribuidoras. Postos do entorno (do DF), que recebem combustível de Goiânia, já estão sem produto devido aos bloqueios", informou Tavares por meio de nota. Durante a greve dos caminhoneiros de 2018, que tinha como foco o aumento do preço do diesel e mudanças na tabela de frete, começou a faltar combustível em postos de todo o país a partir do quarto dia efetivo de bloqueios, em 24 de maio. Um dia depois, passou a faltar combustível de aviação em 11 aeroportos, incluindo o de Brasília, e outros dois, Confins (MG) e Rio Grande do Sul entraram em estado crítico. Dois dias depois, em 27 de maio, o então governo Michel Temer (MDB) fechou um acordo com os caminhoneiros que, além de outras concessões, incluiu redução no preço do diesel de R$ 0,46 por litro. Desta vez, lideranças de movimentos de caminhoneiros já descartaram envolvimento com as mobilizações. Em nota, a Fecombustíveis afirma que "o direito à manifestação não pode estar à frente do bom senso, podendo causar prejuízos à economia do país e à liberdade de ir e vir dos cidadãos que estão em trânsito". O Sindicombustíveis-DF diz esperar que "manifestações de cunho político provocadas por uma minoria", possam terminar com brevidade para evitar transtornos a toda população.

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Fecombustíveis espera retorno à normalidade nas rodovias

A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) aguarda a liberação das estradas pelos caminhoneiros o mais breve possível, em prol do restabelecimento da normalidade do abastecimento nacional. A Fecombustíveis entende que o direito à manifestação não pode estar à frente do bom-senso, podendo causar prejuízos à economia do país e à liberdade de ir e vir dos cidadãos que estão em trânsito.

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Defasagem do diesel salta para 27,78% com dólar, apesar de queda do petróleo

A alta do dólar em relação ao real vem intensificando a defasagem dos preços internos dos combustíveis nas refinarias da Petrobras em relação ao mercado internacional, informou nesta segunda-feira (31), o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). Segundo o relatório diário, a defasagem do diesel atingiu 27,78% e da gasolina, 18,38%. Para alinhar os preços da Petrobras com o mercado internacional, a empresa deveria reajustar seus dois produtos em R$ 1,88 e R$ 0,74 por litro, respectivamente. Em reunião do Conselho de Administração da estatal, realizada na semana passada, foi avaliado que os preços estão alinhados com o mercado externo. A diferença da avaliação da Petrobras com as projeções do Cbie e da Associação dos importadores de Combustíveis (Abicom), que também vê defasagem nos preços dos dois produtos, foi explicada pela Petrobras pelo uso de fórmulas distintas de cálculo, mas a empresa não deu detalhes. De acordo com o CBIE, os contratos futuros do petróleo e seus derivados foram impactados pelo retorno das medidas restritivas de coronavírus (covid-19) na China. eldquo;Contrariando a expectativa de investidores, de que após assegurar seu poder o presidente do país, Xi Jinping, aliviaria a política de Covid-Zero, o governo chinês impôs uma série de lockdownseldquo;, explicou no relatório. De acordo com o levantamento, apesar do potencial de desaceleração econômica e a queda na demanda por energia impactar o preço do petróleo, os preços também receberam influência de um desempenho positivo do índice do dólar, que havia apresentado tendência negativa ao longo da semana passada.

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