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Etanol/Cepea: Hidratado se valoriza 9,3% na safra 24/25

Levantamentos do Cepea mostram que os preços médios dos etanóis em São Paulo encerram a safra 2024/25 acima dos da temporada anterior. De abril/24 a março/25, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado teve média de R$ 2,6587/litro, forte alta de 9,3% em relação ao ciclo anterior, em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-M de março). Para o anidro (modalidade spot e contratos), a valorização foi de 7,8% em igual comparativo, à média de R$ 3,0007/l. Segundo pesquisadores do Cepea, a demanda pelo hidratado cresceu nos últimos meses do ciclo atual, com a boa vantagem competitiva nas bombas, fator que deu sustentação aos preços entre dezembro/24 e fevereiro/25. Em termos de volume vendido pelas usinas de São Paulo, o total de etanol hidratado negociado cresceu 23,7% na safra 2024/25 frente à temporada anterior, ainda conforme pesquisas do Cepea. (Cepea)

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Petróleo cai com impacto de tarifas iminentes de Trump

Os preços do petróleo fecharam em queda nesta terça-feira, com os investidores se preparando para tarifas que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve anunciar na quarta-feira, o que poderia intensificar uma guerra comercial global. No entanto, as ameaças de Trump de impor tarifas secundárias sobre o petróleo russo e de atacar o Irã também alimentaram as preocupações com a oferta, limitando as perdas. Os contratos futuros do Brent fecharam em queda de 0,37%, a US$74,49 por barril. A máxima da sessão foi acima de US$75 por barril. Os contratos futuros do petróleo West Texas Intermediate dos EUA (WTI) caíram 0,39%, para US$71,20. Na segunda-feira, os contratos fecharam em máximas de cinco semanas. A Casa Branca não forneceu detalhes sobre o tamanho e o escopo das tarifas que confirmou que Trump imporá na quarta-feira. "O mercado está ficando um pouco nervoso faltando menos de 24 horas", disse Bob Yawger, diretor de futuros de energia da Mizuho. "Podemos perder alguns suprimentos mexicanos, venezuelanos e canadenses, mas há definitivamente uma chance de que a destruição da demanda possa superar esses barris", acrescentou. Uma pesquisa da Reuters com 49 economistas e analistas em março projetou que os preços do petróleo permaneceriam sob pressão este ano devido às tarifas dos EUA e à desaceleração econômica na Índia e na China, enquanto a Opep+ aumenta a oferta. O crescimento global mais lento prejudicaria a demanda de combustível, o que poderia compensar qualquer redução na oferta devido às ameaças de Trump. (Reuters)

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Produção de petróleo do Brasil cresce 1% em fevereiro, diz ANP

A produção de petróleo do Brasil somou 3,488 milhões de barris por dia (bpd) em fevereiro, alta de 1,2% em relação ao mesmo mês de 2024, apesar de um recuo da produção da Petrobras, segundo dados publicados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta terça-feira. Na comparação com janeiro, a produção brasileira de petróleo cresceu 1,1%, mostraram os dados. Com o avanço na produção de áreas do pré-sal, onde a Petrobras tem diversos sócios, e declínio de grandes áreas em campos maduros da Bacia de Campos, onde a estatal é mais dominante, tem crescido o volume produzido por outras companhias no Brasil. Em anos recentes, a Petrobras também vendeu muitos campos de petróleo de menor porte, que hoje estão recebendo investimentos de petroleiras menores. A Petrobras produziu 2,14 milhões de bpd em fevereiro, queda de 2,7% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Já a Shell, segunda maior produtora do Brasil e principal parceira da Petrobras no pré-sal, produziu em janeiro 358.644, bpd, alta de 0,7% na mesma comparação. A produção de gás natural do Brasil, por sua vez, somou 158,76 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d) em fevereiro, queda de 1,2% frente a janeiro e aumento de 6,8% na comparação com fevereiro de 2024, mostrou a ANP. Entretanto, do volume total de gás produzido, apenas 48,54 milhões de m³/d foram disponibilizados ao mercado, enquanto 88,27 milhões de m³/d foram injetados de volta nos poços, 17,05 milhões de m³/d foram consumidos na própria plataforma e 4,9 milhões de m³/d foram queimados na plataforma. (Reuters)

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Queda no preço do diesel pela Petrobras fecha janela de importação, diz Abicom

As janelas voltaram a fechar para as importações brasileiras de diesel, após a nova redução do preço do combustível pela Petrobras, que passa a valer a partir desta terça-feira, informou a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). No fechamento da segunda-feira, 31, o diesel registrava defasagem média de 6% em relação ao mercado internacional, segundo levantamento Abicom. O Brasil importa entre 20% e 30% do que consome de diesel, devido ao déficit do parque de refino. A Petrobras reduziu nesta terça o preço do diesel em R$ 0,17 o litro nas suas refinarias, ou queda de 4,6%, ao contrário do que ocorreu na semana passada na Refinaria de Mataripe, na Bahia, que aumentou o combustível em R$ 0,04 o litro, acompanhando a alta do petróleo no mercado internacional. Mesmo assim, a defasagem na refinaria privatizada em 2021 era de 6% no fechamento da segunda-feira, mesma média das refinarias da Petrobras. Mataripe diz seguir a política de preço de paridade de importação (PPI), enquanto a Petrobras pratica uma estratégia comercial, implantada em maio de 2023, que leva em conta o maior preço que o cliente se dispõe a pagar e o menor preço que a estatal aceita receber. Apesar de se manter em alta volatilidade, o preço do petróleo tipo Brent tem operado em torno dos US$ 74 o barril nos últimos dias, depois de ficar mais próximo a US$ 70 por semanas. Nesta terça, o Brent subia 0,15% por volta das 10 horas, cotado a US$ 74,82 o barril. eldquo;O mercado internacional e o câmbio pressionam os preços domésticos. O PPI acumula redução de R$ 0,31/litro desde o último reajuste nos preços da Petrobras (09/07/2024)erdquo;, informou o relatório da Abicom. Em média, o preço interno da gasolina no Brasil está R$ 0,09 abaixo do mercado internacional. Gasolina Fora do foco de reajustes da Petrobras, a gasolina está com cinco dias de janelas fechadas para importação, segundo a Abicom Em Mataripe, o preço do combustível também foi ligeiramente elevado na quarta-feira, em R$ 0,04 o litro, mas na Petrobras o preço é o mesmo há 265 dias. O País é praticamente autossuficiente em gasolina, importando menos de 5% do total consumido. Segundo a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, por enquanto não está sendo cogitado reajuste na gasolina. Já o querosene de aviação (QAV) também foi reajustado para baixo, em 7,9%, eldquo;uma queda legalerdquo;, segundo Magda. (Estadão Conteúdo)

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Novas regras elevam tensões no mercado de combustíveis

O mercado de combustíveis está dividido diante da entrada em vigor de novas penalidades pelo descumprimento das obrigações legais, tanto na mistura de biodiesel, como no atendimento de metas do Renovabio, que acumulou quase 10 milhões de CBIOs devidos por distribuidoras de gasolina e diesel em 2024. Novas penalidades passaram a valer esta semana, mas foi pacificado entre governo e agentes regulados que a aplicação depende da regulamentação. Um decreto está em vias de ser finalizado e os processos caberão à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). No pano de fundo estão investigações dentro e fora da agência sobre ações reiteradas em diferentes elos da cadeia de combustíveis, com empresas envolvidas em fraudes regulatórias e fiscais, além de suspeitas de envolvimento com o crime organizado. A lei 15.082/2024 foi patrocinada no Congresso Nacional por produtores de etanol, biodiesel e distribuidoras de combustíveis, envolvendo a mobilização dos maiores grupos do país, entre eles Vibra, Raízen e Ipiranga. A urgência dada pelas majors ao tema mobiliza também o mercado regional, temeroso com efeitos das novas penalidades sobre empresas idôneas, mas pressionado pelos custos das políticas industriais brasileiras. Em comum, no discurso, está a necessidade de separar o joio do trigo. eldquo;O mais importante foi a sociedade e as autoridades entenderem que há um problema dentro da sala, tem que dar um freio de arrumação. Foi importante, pelas próprias entidades que representam o biodiesel. Eles [os produtores] finalizaram o ano passado com um estoque enorme de biodieselerdquo;, afirma Emerson Kapaz, presidente do Instituto Combustível Legal (ICL). O ICL representa mais de dois terços do mercado de distribuição, o market share é em boa parte detido pelas três maiores do setor. Concorrem, contudo, com as distribuidoras regionais.eldquo;[A lei] é negativa quando impõe penalidades abusivas, presume a má-fé e orienta a retirada de agentes econômicos do mercado sem o devido processo legal, decorrente de irregularidades que não estão relacionadas à atividade econômica autorizada, nem a danos ambientais decorrentes do segmento de distribuiçãoerdquo;, diz Francisco Neves. Ex-superintende de Fiscalização da ANP, Neves está à frente da Associação Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis (ANDC), de onde partiu a primeira reação à 15.082/82024: em março, interpelou a ANP sobre a lista de inadimplentes do Renovabio, publicada no site da agência. O ICL e o Sindicom obtiveram uma vitória na ANP semana passada, quando a agência negou um pedido para suspender por 90 dias a mistura de biodiesel, com base no aumento do número de fraudes. Ao passo que zerar o mandato era uma decisão fora de cogitação, os técnicos da agência entregaram um mapa para encontrar a geração espontânea de biodiesel. São casos em que distribuidoras de combustíveis vendem entre si, geram notas fiscais e, no meio do percurso, surgem volumes adicionais do biocombustível comprovado por meio de notas fiscais e informações enviadas pelos próprios agentes. A partir dessa investigação, a agência proibiu entre maio e dezembro a venda entre congêneres, medida aplicada desde 2017 no mercado de etanol justamente para coibir a emissão das chamadas elsquo;bionotasersquo; endash; o apelido das fraudes. A ANP também decidiu abrir os dados, para dar transparência às operações entre os pares endash; a usina e a distribuidora. eldquo;Com os pares, eu sei quanto o produtor vendeu e quanto o distribuidor comprou. Hoje, é a própria empresa que fala de quanto é a aquisição. No momento que eu tiver as duas informações, a fraude ficará mais difícilerdquo;, completa Carlos Faccio, diretor do ICL. Por meio da Frente Parlamentar do Biodiesel (FPBIO), os usineiros ajudaram na mobilização pela 15.082/2024. Foram, contudo, surpreendidos pelo pedido de waiver, feito logo após o congelamento do mandato em 14%. Passado o choque, o mercado sinaliza que voltará a buscar uma pauta em comum. Em fevereiro, o deputado Flávio Nogueira (PT/PI) apresentou o PL 399/2025 que eleva de R$ 5 milhões para R$ 20 milhões a multa por comprar e vender combustíveis fora da especificação, inclusive nas misturas de biodiesel e anidro. Também busca ampliar o poder da agência para revogar autorizações. Foi elaborado com apoio da FPBIO. Nos bastidores, agentes de todos os tamanhos e perfis reconhecem que cometem infrações; agentes associados ao ICL, Brasilcom e ANDC, volta e meia, são autuados pela ANP. Recentemente, a agência avançou sobre o desvio de metanol, matéria-prima da produção de biodiesel. eldquo;O importante é que todo agente pego tem que ser autuado, com direito de defesaerdquo;, diz Faccio. O ICL apresentou uma proposta à ANP para tipificação do dolo. eldquo;Aquele agente que está na não conformidade teria uma autuação, claro, até para se corrigir. E para os que estão na faixa do dolo, [A ANP deve] aplicar outros critérios, de suspensão da atividade, até que seja comprovada toda a dinâmica do balanço de massaerdquo;, diz. Regionais querem reforma do Renovabio O impacto do Renovabio nos preços é uma controvérsia desde a criação do programa. Em 2023, um estudo da PUC-Rio contratado pela Brasilcom estimou o impacto médio em 14 centavos no diesel e 12 centavos na gasolina, quando o CBIO superou os R$ 110. Na definição da meta deste ano, o MME calculou o efeito em 3 centavos, a um preço médio de R$ 77,00 por CBIO. Está abaixo de R$ 70 até o fim de março. Desde 2020, contudo, a ANP abriu 172 processos e outros 61 estão entraram na fila em janeiro, envolvendo a aquisição frustrada de 22 milhões de CBIOs. Os casos saltaram de 35 no primeiro ano do programa para mais de 50 a partir de 2022. As multas somam R$ 344 milhões, dos quais R$ 2,2 milhões foram quitados ou parcelados. É o que ajuda a embalar a articulação, menos pela pela multa (multiplicada em dez), mas pelas novas atribuições da ANP, que poderá revogar autorizações e impedir que distribuidoras comprem combustíveis quando caracterizado o dolo, seja no Renovabio ou na mistura de biodiesel. Em apenas um caso, foi aplicada a penalidade máxima de R$ 50 milhões pelo não recolhimento de 490 mil créditos pela distribuidora Ciapetro em 2022. Ela recorre em fase administrativa. Com a nova lei, o teto saltou para R$ 500 milhões; e o piso foi mantido em R$ 100 mil. Na dosimetria das penas, a ANP aplicou multas com um adicional entre 30% a 40% sobre o valor médio dos CBIOs nos respectivos anos, entre 2022 e 2023. A regulamentação é um tema de curto prazo para a ANDC. eldquo;Deve respeitar a Constituição Federal do Brasil, especialmente o artigo 5º e o Capítulo da Ordem Econômicaerdquo;, diz. É onde estão os princípios constitucionais da igualdade (eldquo;todos são iguais perante a leierdquo;) e do livre exercício das atividades empresariais. Mas ele entende que é preciso dar tração à uma reforma do Renovabio. eldquo;O desenvolvimento da transição energética deve ter fundamento econômico, ser inclusivo, justo e equilibrado, como propõe o governo. É preciso que as políticas públicas expressem essas característicaserdquo;. É uma discussão que ocorre há anos, mas não ganhou massa crítica suficiente para ocorrer. No governo Bolsonaro, o MME sob o ex-ministro Adolfo Sachsida chegou a minutar uma MP do Renovabio. O economista também era favorável à desregulamentação do mercado, incluindo aí a abertura para importação de biodiesel e contenção das misturas obrigatórias. Sachsida e Paulo Guedes conseguiram enviar para o Congresso Nacional, no apagar das luzes do governo, até mesmo um plano para liquidar antecipadamente todo o óleo da União no pré-sal. Mas a reforma do Renovabio não saiu. O Supremo Tribunal Federal (STF) avalia uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) movida pelos partidos PRD e PDT, em que as siglas questionam a legitimidade do programa e propõem uma reforma. Partido da base governista, o PDT recuou, mas a legislação não permite a retirada de uma ADI.

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Petrobras anuncia redução no preço do diesel e de querosene de aviação nas refinarias da estatal

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, anunciou nesta segunda-feira, 31, uma redução de 4,6% no preço do diesel praticado nas refinarias da estatal, e de 7,9% no de querosene de aviação (QAV). Segundo Magda, isso equivale a uma redução de R$ 0,17 por litro de diesel A. Com isso, o preço médio do diesel A da Petrobras caiu de R$ 3,72 para R$ 3,55 por litro a partir desta segunda. Essa redução no preço do diesel vem 59 dias após uma alta de 6,29% (R$ 0,22 por litro), no fim de janeiro. Magda destacou que, reajustados pela inflação, os preços atuais dos combustíveis da Petrobras estão eldquo;bem abaixoerdquo; de 31 de dezembro de 2022, ao fim do governo Jair Bolsonaro. A gasolina, disse, está 11,7% abaixo do patamar daquele período, o diesel está 19% abaixo, e o QAV, 36,4% mais barato. A queda no preço médio de venda de Querosene de Aviação (QAV) para as distribuidorasvale a partir da terça-feira, 1º de abril, o que corresponde a uma redução de R$ 0,31/litro em relação ao preço de março de 2025. Segundo a estatal, no acumulado desde dezembro de 2022, a Petrobras reduziu os seus preços de QAV em 29,2%, equivalente a um decréscimo de R$ 1,49/litro. Na comparação com dezembro de 2024, a variação é de apenas 0,2%, o que corresponde a um acréscimo de R$ 0,01/litro. A Petrobras comercializa o QAV produzido em suas refinarias ou importado apenas para as distribuidoras, que por sua vez transportam e comercializam os produtos para as empresas de transporte aéreo e outros consumidores finais nos aeroportos, ou para os revendedores.

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