Ano:
Mês:
article

Vibra inaugura eletroposto e prevê 70 instalações até fim de 2023

A Vibra Energia inaugurou nesta quinta-feira, 30, seu primeiro eletroposto para recarga ultrarrápida de veículos elétricos, dando início a um plano que envolve 70 instalações do tipo até o final de 2023, com investimentos estimados em cerca de R$ 50 milhões, disse à Reuters o presidente da companhia, Wilson Ferreira Júnior. O projeto da maior distribuidora de combustíveis do país prevê a criação de infraestrutura voltada a veículos elétricos principalmente em rodovias, onde a carência de pontos de recarga é maior, um fator que hoje limita viagens de longa distância. O primeiro eletroposto da Vibra foi instalado no km 82 da rodovia Presidente Dutra, em Roseira (SP), no sentido Rio de Janeiro. O espaço conta com um carregador com três pontos de recarga ultrarrápida. Até o final de 2023, a Vibra pretende instalar 50 eletropostos em estradas, conectando sete estados das regiões Sul e Sudeste, além de cidades como Brasília, em um corredor com quase 9 mil quilômetros de extensão. O plano da companhia prevê ainda 20 eletropostos em locais urbanos considerados estratégicos, em cidades como Campos de Jordão (SP), onde poderá haver maior demanda por recarga de veículos elétricos. A companhia prevê cerca de R$ 50 milhões em investimentos para a instalação dos 70 eletropostos, além de ações de marketing. Ferreira Júnior destaca que as ações da Vibra no segmento de mobilidade elétrica fazem parte de sua estratégia de ir além da distribuição de combustíveis e se tornar uma ampla plataforma de energia, liderando o processo de transição energética no Brasil. Ele explica que a energia elétrica que abastecerá os eletropostos de recarga ultrarrápida virá da Comerc, comercializadora da qual a Vibra detém o co-controle. A Comerc, que só atua com fontes de geração renováveis, poderá adquirir energia no mercado livre ou obtê-la a partir de usinas de geração distribuída. eldquo;Por ser uma grande comercializadora, ela (Comerc) é capaz de colocar a energia de forma mais barata do que a tarifa regulada. [O consumidor] terá essa vantagem também, é um preço menor do que carregar na sua casa, onde você paga uma tarifa mais caraerdquo;, disse. O executivo lembra que a Vibra já começou a atuar com mobilidade elétrica a partir de um aporte na startup EZVolt, que oferece soluções de recarga em locais públicos como estacionamentos, pontos comerciais, shoppings e condomínios. Atualmente, a EZVolt tem uma rede de 300 carregadores em nove estados, registrando uma média superior a 3 mil recargas mensais de baterias automotivas. eldquo;Nosso objetivo é que, até 2030, 25% da nossa rede de 8 mil postos rodoviários detenha esse tipo de tecnologia. É um plano bem mais ambicioso, vamos fazendo à medida que a gente perceba demandaerdquo;, afirmou Ferreira Júnior. Para o presidente da Vibra, o mercado de carros elétricos no Brasil se desenvolverá de forma distinta que na Europa, uma vez que o consumidor brasileiro já tem o etanol como uma opção de combustível menos poluente que a gasolina, por exemplo. Ele aposta, porém, que a venda de carros elétricos ou híbridos irá crescer gradualmente no país nesta década. Segundo um estudo realizado pela BCG para a Vibra, veículos elétricos e híbridos poderão representar cerca de 30% das vendas de veículos novos a partir de 2030, com participação de mais de 10% na frota circulante do Brasil. Fonte: Reuters

article

Governo prevê redução de até 20,9% no preço da gasolina; etanol pode cair até 10,7%

O Ministério de Minas e Energia prevê uma redução de até 20,9% no preço médio da gasolina para os consumidores, no melhor cenário possível, com as medidas de desoneração dos combustíveis ainda em andamento, embora Estados contestem as ações por conta da perda de arrecadação com o ICMS. Os números foram apresentados nesta quinta-feira, 30, pelo secretário de petróleo, gás natural e biocombustíveis do ministério, Rafael Bastos, durante audiência pública na Câmara dos Deputados sobre a Proposta de Emenda à Constituição 15/2022, que visa à manutenção da competitividade dos biocombustíveis. Na melhor estimativa, de quase 21% de redução, o preço médio do litro da gasolina passaria de R$ 7,39 para R$ 5,84, com base na mais recente pesquisa da reguladora ANP. Esse cenário considera tanto os efeitos da Lei Complementar 194/2022, sancionada na semana passada pelo presidente Jair Bolsonaro, quanto de uma decisão do Supremo Tribunal Federal a respeito da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7191 que seja favorável ao governo federal, ou seja, contrária ao Convênio 16/2022, firmado pelos estados em março. Sem uma decisão favorável da Corte ao argumento do executivo, a estimativa do ministério é que a queda dos preços seja menor, de até 17,6%. Esse alívio nos preços contemplaria a limitação do ICMS e a retirada total dos impostos federais, estabelecidos pela Lei Complementar 194. Se aprovada a PEC 15, porém, como ela prevê mudanças na tributação para manter os biocombustíveis competitivos frente à gasolina, a redução nos preços do combustível fóssil seria ainda menor, de até 14,9%. Para o etanol hidratado, o ministério projeta redução de até 6,2% se considerada só a Lei Complementar 194, e de até 10,7% se a PEC 15/2022 for aprovada. A decisão do STF sobre a ADI 7191 não atinge o etanol hidratado. eldquo;A PEC 15, que, lógico, garante a vantagem competitiva do etanol, impede que o imposto federal, por exemplo, da gasolina seja zerado, como se encontra hojeerdquo;, disse Bastos. Pesquisa recente sobre os preços médios dos combustíveis em junho mostram que as projeções do governo ainda estão distantes de se concretizarem, uma vez que as medidas tributárias foram verificadas ao final do mês. Em junho, o preço médio do diesel nos postos brasileiros subiu cerca de 10% na comparação com maio, após um reajuste da Petrobras, e ficou mais caro que a gasolina pela primeira vez em mais de uma década, de acordo com dados do levantamento do Índice de Preços Ticket Log (IPTL), divulgado nesta quinta-feira. O valor do diesel comum fechou em R$ 7,87 por litro. Já o preço médio do litro da gasolina fechou o mês de junho com média de R$ 7,56, alta de 0,23% ante maio, enquanto o etanol foi comercializado a 6 reais nas bombas de abastecimento, com recuo de 1,98% no preço. A ligeira alta no preço médio do país ocorreu apesar de uma redução do ICMS da gasolina em São Paulo, principal mercado consumidor, no final do mês. Fonte: Reuters

article

Estados pedem cassação de liminar que considera combustível como bem essencial

O Colégio Nacional de Procuradores Gerais dos Estados e do DF (Conpeg) pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes que suspenda a liminar concedida pelo ministro André Mendonça que considerou os combustíveis bens essenciais e limitou a cobrança do ICMS sobre a gasolina, o diesel e o etanol. A petição dos estados foi uma resposta direta ao pleito da Advocacia Geral da União (AGU) de prazo de 30 dias para se manifestar sobre a proposta apresentada pelos entes da federação sobre o ICMS dos combustíveis. Os estados propuseram durante a audiência de conciliação com a União, presidida por Mendes, que a alíquota do ICMS sobre o diesel seja calculada com base na média dos últimos 60 meses e que os combustíveis não sejam considerados bens essenciais endash; e, portanto, sujeitos ao teto de 17% e 18% na cobrança da alíquota do imposto, conforme lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro. Segundo a AGU, o prazo é necessário para analisar os impactos da proposta dos estados e os eventuais desdobramentos após o Congresso limitar em 18% a alíquota de ICMS sobre produtos e serviços considerados essenciais. Existem duas ações sobre o tema em tramitação no Supremo: uma movida pelo presidente e outra pelos governadores. O governo federal alega que os estados ferem preceitos fundamentais ao fixar a alíquota do ICMS sobre os combustíveis superior à alíquota mínima praticada no país. Bolsonaro pede que diversas normas estaduais sobre o tema sejam declaradas inconstitucionais pelo STF. Já os governadores pedem que a Lei Complementar 192/2022, sancionada pelo presidente para uniformizar a cobrança do ICMS sobre combustíveis, seja declarada inconstitucional por limitar a arrecadação dos estados e a capacidade de investimento das gestões locais em áreas como saúde e educação. Além disso, na última terça-feira, 28, governadores de 11 estados e do DF apresentaram uma nova ação ao Supremo com pedido de liminar contra outra lei (a Lei 194) aprovada pelo Congresso. O texto considera combustíveis, telecomunicações, energia elétrica e transporte coletivo bens essenciais e define um teto máximo entre 17% e 18% para cobrança do ICMS. O processo no STF foi aberto em reação a São Paulo e Goiás, que foram os primeiros a reduzir as alíquotas do imposto.

article

Bolsonaro ataca Lula e governadores do Nordeste por serem contra redução do ICMS

O presidente Jair Bolsonaro (PL) atacou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e governadores do Nordeste por criticarem a lei que estabelece teto na alíquota do ICMS dos combustíveis cobrado por estados. Líder nas pesquisas de intenções de voto e principal adversário de Bolsonaro no processo eleitoral, Lula tem dito em entrevistas que a redução do tributo não vai baratear o preço da gasolina e do diesel, além de provocar prejuízo aos governos estaduais endash; o ICMS é a principal forma de arrecadação dos estados. eldquo;Esse cara que diz que vai baixar os combustíveis quando for eleito presidente. Ele é contra redução dos impostos. Como você pode reduzir preço dos combustíveis? Reduzindo impostos e brigando na ponta para que a Petrobras some sua cota de sacrifícios, que vai somar, no meu entender, para reduzir o preço na refinaria. Ele deve achar que está barata a gasolinaerdquo;, disse Bolsonaro durante transmissão nas redes sociais nesta quinta-feira, 30. O presidente ainda afirmou que o eldquo;PT não vai chegar tão cedo ao poder, com toda certezaerdquo;. Pressionada pelo aumento dos combustíveis, a alta da inflação é um dos principais obstáculos para a campanha de reeleição do presidente e vem sendo explorada por Lula como sinal da inabilidade do governo para driblar os efeitos da crise econômica. Bolsonaro ainda criticou governadores do Nordeste, região onde Lula lidera com larga vantagem nas pesquisas eleitorais, por terem ingressado com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para barrar a lei que reduz o ICMS. eldquo;Doze governadores entraram na justiça contra essa redução. Você sabe que a região Nordeste comporta nove estados. Esses nove governadores entraram na justiça para não diminuir o preço dos combustíveis. Ou seja, os governadores do Nordeste estão unidos contra você, contra o contribuinte e contra o trabalhador. Governadores que o apoiam PT estão contra a redução dos combustíveiserdquo;, reclamou. O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, pediu que os governadores reduzam a alíquota do ICMS para que haja queda no preço dos combustíveis. eldquo;O preço da gasolina já foi reduzido. Em Brasília, combustível já está abaixo de R$ 7. Se os governadores nos ajudarem nesse momento tão difícil para o Brasil, vamos reduzir o preço da gasolina em mais de R$ 1,00erdquo;, estimou. eldquo;Estamos adotando solução estrutural para o Brasil. Estamos abaixando tributos. Às vezes, dizem elsquo;ah, estão abaixando preços na canetadaersquo;. Não, estamos respeitando todos os agentes privados, estamos respeitando contratos, estamos diminuindo tributoserdquo;, defendeu também o ministro. Fonte: Novacana.com

article

Preços do petróleo recuam 3% com incerteza de produção futura da Opep+

Os preços do petróleo caíram cerca de 3% hoje (30), quando a Opep+ confirmou que só aumentaria a produção em agosto tanto quanto anunciado anteriormente, apesar da oferta global apertada, mas deixou o mercado se perguntando sobre a produção futura. O petróleo Brent para setembro caiu US$ 3,42 (R$ 17,9), ou 3%, para fechar a US$ 109,03 (R$ 571,03) por barril. O contrato para agosto, que expira hoje (30), recuou US$ 1,45 (R$ 7,59), ou 1,3%, para fechar a US$ 114,81 (R$ 601,30) o barril. O WTI (o petróleo dos EUA) caiu US$ 4,02 (R$ 21,00), ou 3,7%, para fechar a US$ 105,76 (R$ 553,90) o barril. O grupo de produtores da Opep+, incluindo a Rússia, concordou em manter sua estratégia de produção após dois dias de reuniões. O clube de produtores evitou discutir política a partir de setembro. Anteriormente, a Opep+ decidiu aumentar a produção a cada mês em 648 mil bpd (barris por dia) em julho e agosto. As quedas de preços no mercado de petróleo foram exacerbadas, uma vez que os comerciantes dos EUA ajustaram posições antes do fim de semana prolongado devido ao feriado de 4 de julho. Fonte: Reuters

article

Consumo de diesel segue em alta e ANP propõe aumento de estoques

Puxado pelas vendas de diesel, o consumo de combustíveis no Brasil cresceu 6,1% em maio, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, quando o país ainda sofria efeitos do isolamento social. Na comparação com 2019, antes da pandemia, a alta é de 1,9%. Diante dos riscos de falta de diesel no mercado internacional, a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) propôs nesta quinta-feira (30) aumentar os estoques obrigatórios do produto, para garantir o abastecimento dos postos no fim do ano. Considerando os primeiros cinco meses de 2022, o Brasil consumiu 56,7 bilhões de litros de combustíveis, alta de 2,9% em relação a 2021. O volume é 0,6% maior do que o verificado no mesmo período de 2019. A alta ocorre em um cenário de escalada de preços, que já derrubou dois presidentes da Petrobras este ano. As vendas de diesel cresceram 6,2% na comparação com maio de 2021. Em relação ao mesmo mês de 2019, a alta é de 11,2%. Essencial para o transporte de mercadorias e da produção agrícola, o produto não sofreu tanto impacto da pandemia. Com as sanções à produção russa e o aumento do consumo para geração de energia em países que sofrem com interrupção das vendas de gás da Rússia, o mercado de diesel hoje vive um cenário de aperto entre oferta e demanda. "O objetivo da agência é atuar de forma preventiva", disse, em nota, a ANP. A proposta é que empresas responsáveis por uma fatia de mercado acima de 8% guardem estoques suficientes para nove dias de vendas. A regra vale apenas para o diesel S-10, menos poluente e obrigatório nos centros urbanos, que hoje responde por 61% do consumo do combustível no país. Com estoques maiores, a ANP acredita que o país conseguiria sobreviver 45 dias sem importações. A ANP propõe que a medida vigore entre o início de setembro e o fim de novembro, "por serem os meses de maior demanda histórica nacional, decorrente do período de safra agrícola, e da temporada de furacões na região do Golfo do México, Estados Unidos, de onde se origina a maior parte das importações brasileiras". No momento, a agência garante que o abastecimento "ocorre com regularidade". O risco de falta do produto é um dos argumentos usados pelo setor para justificar a paridade dos preços internos com as cotações internacionais. Um represamento dos preços no país, dizem Petrobras e distribuidoras de combustíveis, inviabiliza importações privadas para abastecer o mercado nacional. As refinarias brasileiras têm capacidade para produzir cerca de três quartos do volume consumido no país. Mesmo com os preços batendo sucessivos recordes durante o ano, as vendas de gasolina cresceram 13,4% na comparação com maio de 2021, para 3,4 bilhões de litros. Em relação a maio de 2019, antes da pandemia, a alta é de 9,1%. Mas as estatísticas da ANP indicam que essa alta reflete a substituição do etanol hidratado, que também atingiu recordes de preço durante o ano. Em maio, as vendas do biocombustível caíram 19,1% em relação a maio de 2021. Na comparação com o mesmo mês de 2019, a queda é ainda maior: 30%. Somando gasolina e etanol hidratado, o consumo de combustíveis por veículos leves no país ainda é menor do que no período pré-pandemia. Nos primeiros cinco meses de 2022, foram 22,9 bilhões de litros, contra 24,5 bilhões no mesmo período de 2019.

Como posso te ajudar?